Novas da justiça.
"O que é que não é surpresa?
Esta hecatombe e esquizofrenia legislativa do governo e esta onda de criminalidade que não vale a pena esconder.
Se há uma onda de criminalidade, em que baseia essa relação tão clara entre ela e a alteração legislativa?
Foram colocados na rua 50% dos presos preventivos. Dir-me-á que algumas dessas pessoas estavam presas e não deviam estar presas. Mas a esmagadora maioria foi posta em liberdade porque a moldura do crime pelo qual estavam indiciados era inferior a 5 anos...
Está a dizer que vieram cá para fora cometer crimes. Mas esses preventivos estavam presos à espera de julgamento. É expectável que um ano depois muitos tenham sido julgados e, se os pressupostos da prisão preventiva eram correctos, condenados - e presos de novo.
Sim, admito que sim, que alguns já tenham sido julgados e ficado em prisão efectiva, outros teriam já esgotado na prisão preventiva a pena possível, alguns poderão ter sido absolvidos... Mas alguns deles podem ter fugido. Eu não quero trabalhar nos ses, quero trabalhar com realismo... E aguardo que o Governo, depois de passar a onda de criminalidade, ponha cá fora estatísticas para sabermos se algumas destas pessoas, que estão a praticar crimes, não são pessoas que foram postas em liberdade, por via da alteração do Código (mais aqui)."
Entrevista ao Juiz Rui Rangel
Esta hecatombe e esquizofrenia legislativa do governo e esta onda de criminalidade que não vale a pena esconder.
Se há uma onda de criminalidade, em que baseia essa relação tão clara entre ela e a alteração legislativa?
Foram colocados na rua 50% dos presos preventivos. Dir-me-á que algumas dessas pessoas estavam presas e não deviam estar presas. Mas a esmagadora maioria foi posta em liberdade porque a moldura do crime pelo qual estavam indiciados era inferior a 5 anos...
Está a dizer que vieram cá para fora cometer crimes. Mas esses preventivos estavam presos à espera de julgamento. É expectável que um ano depois muitos tenham sido julgados e, se os pressupostos da prisão preventiva eram correctos, condenados - e presos de novo.
Sim, admito que sim, que alguns já tenham sido julgados e ficado em prisão efectiva, outros teriam já esgotado na prisão preventiva a pena possível, alguns poderão ter sido absolvidos... Mas alguns deles podem ter fugido. Eu não quero trabalhar nos ses, quero trabalhar com realismo... E aguardo que o Governo, depois de passar a onda de criminalidade, ponha cá fora estatísticas para sabermos se algumas destas pessoas, que estão a praticar crimes, não são pessoas que foram postas em liberdade, por via da alteração do Código (mais aqui)."
Entrevista ao Juiz Rui Rangel
Etiquetas: Adoramos estatísticas…, No reino do politicamente correcto.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home