segunda-feira, fevereiro 16, 2009

Porquê a ameaça ao Euro e à CEE e de onde vem a ameaça

O último conselho de ministros das Finanças da UE, em Bruxelas, foi ensombrado por um documento de 17 páginas, preparado pelos serviços da Comissão Europeia, segundo o qual os activos tóxicos na posse dos bancos poderão ser os carrascos da União Europeia e da Moeda Única se forem ultrapassados os limites dos programas de salvação do sistema financeiro.
Pela primeira vez, os ministros dos 27 discutiram os limites do endividamento público perante a provável implosão, em 2009, de grandes bancos europeus em situação falência técnica devido a ruinosos investimentos com derivativos de crédito.
Antes do encontro os números de analistas independentes e do FMI não eram encorajadores. Os maiores bancos europeus indicavam que, desde 2007 até ao presente, o volume global de amortizações de activos atingiu os 1.063 milhões (bilhões) de dólares, 293.700 milhões/bilhões (mm/bi) dos quais nos balanços dos bancos europeus.
O FMI estimou, em Janeiro, que o total dos activos tóxicos globais se situavam em USD 2.200 milhões - incluindo derivativos hipotecários, créditos ao consumo e às empresas.
O economista Nouriel Roubini, desde o último trimestre de 2008, aponta como “valor realista” um total de activos tóxicos da ordem dos “3.600 milhões de dólares”, exclusivamente na posse de bancos norte-americanos.
O referido documento da Comissão Europeia lançou o pânico e a incredulidade entre os ministros ao estimar aquele valor, relativamente aos bancos europeus, em qualquer coisa como 25.000 milhões de dólares (17.803 milhões de euros).
“Todo o mundo ficou petrificado quanto à possibilidade de um segundo programa de salvamento bancário fazer explodir o endividamento público numa altura em que os mercados obrigacionistas estão cada vez mais cépticos sobre a capacidade de países como a Espanha, Grécia, Portugal, Irlanda, Itália e a Grã-Bretanha conseguirem pagar as suas dívidas”, escreveu o Daily Telegraph, na edição do passado dia 11.
As taxas de juro já estão a penalizar crescentemente as dívidas contraídas por aqueles países e, futuramente, terão idêntico reflexo no endividamento dos campeões deste mercado da dívida - incluindo a super solvente Alemanha.
“Tais considerações são particularmente importantes no actual contexto de crescimento dos défices orçamentais, do agravamento dos níveis da dívida pública e das ameaças à emissão de dívida soberana”, sublinhava-se no documento da Comissão Europeia.
A dimensão do problema é enorme e inversamente proporcional à capacidade das autoridades europeias e dos Estados-membros para o resolver, mesmo conjuntamente.
Esta é a razão pela qual prevemos que aquilo a que assistimos em 2008 não passa de uma ligeira amostra do tsunami financeiro que nos espera em 2009.
MRA Dep. Data Mining
Pedro Varanda de Castro, Consultor
Estes artigos demontram e é melhor ir lê-los ao sítio original por causa dos links, já se sabia o que ía acontecer muito antes de Setembro, oresto é crime organizado pelos de sempre.
Parabéns ao Pedro pelo regresso.

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