segunda-feira, fevereiro 22, 2010

Deixa-me sonhar ...

Do momento que nunca esqueço,
da razão do momento,
do gosto a framboesas, a amoras silvestres e mirtilho,
a cetim,
a lençóis de seda,
a tudo o que me faz sentir vivo,
a me sentir embalado de te embalar,
de te poder proteger,
e poder fechar os olhos para sentir o teu sorriso,
a ti ,
a todo o ser que és e me ajuda a viver a e a respirar,
que me ajuda a degustar como se provasse um nectar novo da Primavera que demora,
e meu Deus como está demorada,
e como está teimoso este Inverno.
Sabes?
Sinto-me como uma abelha que procura o néctar,
como a rainha que bebe a geleia para si feita,
assim,
assim, deixa-me sentir e viver a eternidade do momento,
e não,
não movam os relógios,
não os acertem,
porque o tempo é inimigo da felicidade.
Deixa-me lembrar o gosto, o gesto a saudade que fica,
porque assim sou feliz,
pouco me basta como se fosse de gosto espartano,
e de filosofia grega.
Deixa-me adormecer no teu colo de sonho,
porque do sono não quero acordar,
deixa-e lembrar o gosto e os outros sentidos todos,
porque de sentimentos não quero falar, esse serão ou não.
Deixa-me sonhar meu amor,
deixa-me adormecer nas asas do desejo,
e pede ao sol que nasça um pouco mais tarde,
porque o que sinto meu amor é demasiado forte,
é a razão do momento,
é o momento sem razão,
porque não quero ser razoável e detesto os que o são,
e as suas razões de infelizes,
por isso deixa-me sonhar nos braços da fantasia e do desejo,
deixa-me sonhar, acordado,
porque o sonho é tudo, e o momento é o universo todo,
e o sentido é cetim,
é seda pura, é fruto silvestre,
é a geleia real das abelhas e elas são a Primavera que tarda,
por isso deixa o tempo parar e fecha os olhos, faz como eu faço.
Sonha,
mesmo que te custe,
sonha e esquece porque tudo é possível,
porque o que conta é o momento .

N. O texto e todo o artigo são da autoria de quem publica

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