Procuremos o vento...
Se um dia nos fosse possível o poder de vencer a relação tempo/espaço,
se nos fosse possível adivinhar o passado para prever o futuro,
não seríamos feitos desta massa de que é feito o homem.
Somos um acaso da lotaria cósmica.
Um cavalo quando vive em estado selvagem, come erva e bebe água,
quando se sentem felizes roçam os pescoços e esfregam-se uns nos outros.
Quando se zangam dão meia volta sobre si mesmos e escoiceiam o chão.
Eles sabem.
Quando os aparelhamos e os constrangimos, passam sempre a olhar para o lado,
correm a toda velocidade tentando cuspir o freio e libertar-se das amarras.
Assim meu amor,
o mais livre dos humanos não é aquele que se oriente pelo que escolheu,
é aquele que nunca tem de escolher.
Por isso eu digo que estamos agrilhoados,
porque somos as criaturas que Deus fez cair na terra, somos seres caídos,
não dominamos o tempo e o espaço.
Podemos ser felizes nos breves instantes em que não escolhemos,
em que somos guiados pelo cheiro do vento como os bichos,
pelas correntes de ar que nos podem elevar,
como fazem as águias,
porque o sonho é possível,
mesmo que estejamos agrilhoados ao pecado mortal do anjo caído,
porque a vida é o que podemos ir tirando dela, e, assim, agarrando o impossível,
podemos talvez enganar o tempo e o espaço, e ser felizes, contra ventos e marés,
porque é possível bolinar e fazer a nave procurar o vento da esperança,
mas não esqueças que as coisas são o que são,
e o destino é isso,
procuremos então o vento, para bolinar se não estiver de feição.
se nos fosse possível adivinhar o passado para prever o futuro,
não seríamos feitos desta massa de que é feito o homem.
Somos um acaso da lotaria cósmica.
Um cavalo quando vive em estado selvagem, come erva e bebe água,
quando se sentem felizes roçam os pescoços e esfregam-se uns nos outros.
Quando se zangam dão meia volta sobre si mesmos e escoiceiam o chão.
Eles sabem.
Quando os aparelhamos e os constrangimos, passam sempre a olhar para o lado,
correm a toda velocidade tentando cuspir o freio e libertar-se das amarras.
Assim meu amor,
o mais livre dos humanos não é aquele que se oriente pelo que escolheu,
é aquele que nunca tem de escolher.
Por isso eu digo que estamos agrilhoados,
porque somos as criaturas que Deus fez cair na terra, somos seres caídos,
não dominamos o tempo e o espaço.
Podemos ser felizes nos breves instantes em que não escolhemos,
em que somos guiados pelo cheiro do vento como os bichos,
pelas correntes de ar que nos podem elevar,
como fazem as águias,
porque o sonho é possível,
mesmo que estejamos agrilhoados ao pecado mortal do anjo caído,
porque a vida é o que podemos ir tirando dela, e, assim, agarrando o impossível,
podemos talvez enganar o tempo e o espaço, e ser felizes, contra ventos e marés,
porque é possível bolinar e fazer a nave procurar o vento da esperança,
mas não esqueças que as coisas são o que são,
e o destino é isso,
procuremos então o vento, para bolinar se não estiver de feição.
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