Amaral (Freitas) & Amaral (Ferreira) e o empobrecimento do país
"Freitas do Amaral e João Ferreira do Amaral atiraram-se ao euro porque nos torna menos competitivos. O ex-ministro sugere também uma coligação do "Sun belt"+Irlanda para evitar que a Alemanha aperte a "trela" aos países gastadores (limites à despesa e sanções agravadas).
Ferreira do Amaral diz que o euro destrói a competitividade ("Antes podíamos desvalorizar para ganhar competitividade e impedir a destruição de sectores produtivos") e vaticina que mais austeridade= mais ataques especulativos. Diz também que se estivéssemos fora do euro não seríamos afectados pela tempestade financeira (como aconteceu à Suécia e Dinamarca).
Valha-nos Nossa Senhora. Nenhum destes ilustres académicos percebe que a perda de competitividade não é culpa do euro, mas de não fazermos o trabalho de casa (v.g. salários que crescem acima da produtividade)? Dizer que a desvalorização garante competitividade é uma boutade que, vá lá, se desculpa a Freitas do Amaral (professor de Direito). Mas a Ferreira do Amaral, professor de Economia, apetece lembrar que desvalorização significa empobrecimento do país e destruição (pela subida da inflação) do poder de compra das classes desfavorecidas e que Suécia e Dinamarca só escaparam ao furacão financeiro porque têm as finanças em ordem. Já nós…
A Freitas do Amaral vale a pena recordar que o aperto da "trela", imposto pela Alemanha, é do nosso próprio interesse. Se gastarmos menos (nós e o "Sun belt"), sairemos do radar dos especuladores e os alemães terão menos vontade de sair do euro, largando-nos aos cães."
Camilo Lourenço
Ferreira do Amaral diz que o euro destrói a competitividade ("Antes podíamos desvalorizar para ganhar competitividade e impedir a destruição de sectores produtivos") e vaticina que mais austeridade= mais ataques especulativos. Diz também que se estivéssemos fora do euro não seríamos afectados pela tempestade financeira (como aconteceu à Suécia e Dinamarca).
Valha-nos Nossa Senhora. Nenhum destes ilustres académicos percebe que a perda de competitividade não é culpa do euro, mas de não fazermos o trabalho de casa (v.g. salários que crescem acima da produtividade)? Dizer que a desvalorização garante competitividade é uma boutade que, vá lá, se desculpa a Freitas do Amaral (professor de Direito). Mas a Ferreira do Amaral, professor de Economia, apetece lembrar que desvalorização significa empobrecimento do país e destruição (pela subida da inflação) do poder de compra das classes desfavorecidas e que Suécia e Dinamarca só escaparam ao furacão financeiro porque têm as finanças em ordem. Já nós…
A Freitas do Amaral vale a pena recordar que o aperto da "trela", imposto pela Alemanha, é do nosso próprio interesse. Se gastarmos menos (nós e o "Sun belt"), sairemos do radar dos especuladores e os alemães terão menos vontade de sair do euro, largando-nos aos cães."
Camilo Lourenço
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