quarta-feira, outubro 06, 2010

O FMI e os desastres que anuncia e produz

Se as últimas medidas de austeridade forem aplicadas, a economia portuguesa vai entrar em recessão no próximo ano, contraindo 1,4%.

O aviso foi deixado hoje pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) na apresentação do seu World Economic Outlook, em Washington.

Esta ainda não é a previsão que consta no relatório - que aponta para uma estagnação em 2011 - já que as medidas mais recentes "não foram consideradas", explicou Jörg Dressing, director assistente do departamento de research do FMI. "Mas estas medidas terão um efeito grande", reconheceu o director, acrescentando que representam cerca de "3% do PIB".

Ainda assim, o FMI apoia a decisão do Governo de intensificar os cortes no défice. "Portugal está sob muita pressão e por isso aplaudimos a decisão do Governo", garantiu Dressing. É que Portugal faz parte do grupo de países que não tem margem para fazer uma consolidação mais calma, que lhe permitisse proteger a economia da recessão.
Aumentar impostos é a fórmula para contrair a economia, o FMI já nos governa...
Cavaco sabe, Sócrates sabe, o PCP e o BE querem, vivem da terra queimada, poucos sabem, levanto a ponta do véu, para quem quiser acreditar...
Aplaudir?
O FMI onde toca destrói e esta gente sabe, digo a partidocracia. No Brasil, não foi Lula, foram os grandes grupos que não quiseram, queriam crescer, os louros deram-nos ao herói Lula, uma treta.
Ao contrário do que falam os tipos do FMI, -lembrem-se quem provocou a crise, Wall Street/EUA, todos os países da Europa vão entrar em recessão, na Alemanha crescer 1% é recessão...
Não acreditem no que diz Passos e Cavaco, dos outros nem falo...
Que tal um exemplo, como o dos gafanhotos...
"O fundamentalismo de mercado levou a um novo tipo de desenvolvimento invertido, em que os países desenvolvidos retrocedem para formas mais primitivas de vida económica. É esse o padrão da Argentina. Há um século, encontrava-se entre os países mais desenvolvidos do mundo. Hoje é um caos empobrecido.
É costume datar o declínio económico da Argentina do tempo em que o ditador popular Peron assumiu o poder, em 1946. A verdade é que a economia, durante a década peronista, cresceu numa proporção maior do que viria a crescer mais tarde. Durante a maior parte do período que se seguiu à passagem do controlo da sua economia para o FMI é que a economia da Argentina de facto retrocedeu. Também não é verdade que o colapso da Argentina tenha resultado do facto de a sua economia não ter sido reformada. O desastre da Argentina teria sido ainda mais completo se ela tivesse cumprido totalmente as políticas do FMI. Tal como faz em toda a parte, o FMI exigiu austeridade fiscal. A Argentina correspondeu fazendo cortes orçamentais severos. O resultado - conhecido antecipadamente pela maioria dos economistas, apesar de o não ser pelos do FMI - foi que a economia, que já se vinha a retrair, recuou ainda mais. Joseph Stiglitz coloca assi a questão:" Como seria de esperar, os cortes agravaram a queda; se tivessem sido tão implacáveis como o FMI pretendia, o colapso económico teria sido ainda mais rápido."
Em consequência da experiência do FMI, a Argentina é uma amostra exemplar de desenvolvimento invertido. A vasta classe média que em tempos existiu está arruinada.
Uma economia de mercado altamente avançada foi substituída por uma economia de permuta de géneros. Um quarto ou mais da população está desempregada. A fome alastrou, crimes como o rapto e os assaltos à mão armada são um lugar comum. Com a economia e a sociedade em estado de colapso, uma nova mudança de regime deve estar a desenhar-se no horizonte.
Fazer descer um Estado moderno ao nível de um regime do 3º mundo em menos de uma década é uma empresa notável, mas as políticas do FMI na Argentina não foram diferentes daquelas que impôs em outros países. Enquanto abre caminho aos trancos e barrancos pelo mundo fora, os objectivos do FMI não mudam. Por muito diferentes que os problemas sejam, as soluções são sempre as mesmas. O FMI pretende instalar uma determinada espécie de capitalismo em toda a parte. Inevitavelmente, dadas as diversas histórias e circunstâncias dos países que foram sujeitos às suas políticas, esse objectivo provou ser um engano. " John Gray in Al-Qaeda e o significado de ser moderno.
Tomem em atenção quando ouvem os conselho do FMI, são gafanhotos, em forma de praga, saltam de país em país, destruindo tudo, para destruir a seguir, são predadores.
Na Europa, a física que veio de leste e manda na Alemanha é um perigo para a Europa, não esqueçam...

6 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Soros acusa a Alemanha de liderar a implementação de medidas de austeridade que vão atirar a zona euro para uma ‘espiral deflaccionista’.

As medidas adicionais de estímulo à economia - e não a disciplina orçamental - são a forma de sair da crise tanto para a Europa como para os Estados Unidos, disse Soros num discurso proferido na Universidade de Columbia esta terça-feira.

"A redução do défice por parte de um país como a Alemanha está em contradição directa com as lições tiradas da Grande Depressão da década de 30. É provável que empurre a Europa para um longo período de estagnação ou pior", afirmou Soros, citado pela CNBC.

O investidor adiantou também que é pouco provável que a Alemanha mude de estratégia porque a sua economia está a funcionar bem.

Nota ainda Soros que a postura da chanceler alemã Angela Merkel ganhou impulso com a recente reunião do G20, em Junho, quando conseguiu o apoio do Canadá e do recém-eleito primeiro-ministro britânico David Cameron para colocar pressão sobre outros países no sentido de adoptarem medidas de austeridade.

Como resultado, o presidente Barack Obama acordou cortar o défice norte-americano para metade até 2013. "Esta pode ser a política certa mas chega na altura errada", disse Soros, acrescentando que Obama não deve alargar os cortes de impostos aos mais ricos.

Em vez disso, disse o multimilionário, o Governo deve aplicar o dinheiro extra dos impostos mais elevados em medidas fiscais para estimular o investimento, e não o consumo.

quarta-feira, outubro 06, 2010  
Anonymous Anónimo said...

Ajusta-se ou não?

Num e-mail enviado aos clientes, a Goldman avisa que a economia americana continuará em má forma nos próximos seis a nove meses.

A equipa de analistas liderada por Jan Hatzius, economista-chefe em Nova Iorque, vê dois cenários possíveis: "um relativamente mau, no qual a economia deverá crescer entre 1,5% e 2% até meio do próximo ano e a taxa de desemprego subir moderadamente até aos 10%". No segundo cenário "a economia volta a entrar em recessão", sendo que o primeiro é dado como mais provável.

No mesmo documento, a Goldman diz ainda acreditar que a Reserva Federal norte-americana (Fed) vai definir novas medidas de estímulo à economia na próxima reunião, agendada para o início de Novembro.

No segundo trimestre do ano o PIB norte-americano cresceu a um ritmo anual de 1,6%, sendo em nos três primeiros meses do ano a maior economia do mundo avançou 2,7%.

Durante o dia de hoje o FMI anunciou que também diminuiu as suas previsões de crescimento dos EUA para 2010 e 2011, estimando um crescimento de 2,6% para este ano e 2,3% em 2011

quarta-feira, outubro 06, 2010  
Anonymous Anónimo said...

Há cerca de 4 países que não vão entrar em recessão, digamos em crescimentos um pouco maior que 0:
Alemanha, Polónia, Eslováquia e outro que não me ocorre, na zona Euro, não, não é Portugal.
O resto está tudo falido incluindo a GB, que tem a £.
O Euro é a desgraça da Europa e os americanos têm a vantagem de fabricar moeda falsa, sem se preocuparem com défice e dívida, essa a diferença entre quem manda e quem é mandado, para além disso as agências de rating, são americanas e fazem o que lhes apetece, incluso cagar em cima da cabeça da chanceler, que inclusivé lhes tem sido muito útil.
Economia?
O problema dos economistas de hoje é que sabem pouco de história, sabem alguma coisa de matemática, mas de história...
O positivismo de Comte deixou-os cegos, acreditam que a economia é uma ciência e que os mercados são coisas científicas e orgnismos vivos feitos em laboratórios e autoreguláveis, "sancta simplicitas"

quarta-feira, outubro 06, 2010  
Anonymous Anónimo said...

Em terra de comunas é assim MST:

Aos cinco mil passageiros que viajam todos os dias sem pagar junta-se a dívida do Estado à concessionária, em compensações.

São cerca de cinco mil os passageiros que diariamente utilizam o Metro Sul do Tejo (MST) sem pagar, o que representa 20% dos 35 mil utentes que todos os dias usam aquele meio de transporte. Só no último ano a sucessão de fraudes levou a empresa a acumular um prejuízo na ordem do milhão de euros, segundo os números revelados ao DN pelo administrador José Luís Brandão, que já assume estar a concessionária em risco de parar. É que além dos prejuízos provocados pelos "penduras", também o Estado deve perto de sete milhões de euros à empresa em compensações (ver caixa).

A estratégia é transversal à média das cinco mil pessoas que diariamente não validam os seus bilhetes, segundo a análise efectuada pela própria concessionária. Como o caderno de encargos prevê que todas as paragens, entre Almada e Seixal, sejam abertas, não impedindo nenhuma pessoa de ter acesso às plataformas do MST, os fiscais não estão autorizados a vistoriar os títulos dos utentes, antes destes subirem para as composições.

Os validadores estão instalados a bordo das carruagens, onde é preciso picar o bilhete, no valor de 85 cêntimos, mas os infractores só o fazem quando se apercebem que algum fiscal entrou na composição. "Uma pessoa compra um bilhete, mas com ele pode fazer três viagens, tirando partido de um sistema de grande vulnerabilidade", explica o administrador, alertando que "se o fiscal não aparecer, não se valida o título, mas se o virem entrar basta a essas pessoas encostar o bilhete ao validador e está o problema resolvido", acrescenta José Luís Brandão, admitindo que a MST tem um total de 15 fiscais.

"Somos das empresas de transportes que tem mais elementos na fiscalização, mas é impossível chegarem a todo o lado", reconhece, justificando que a média de fraudes detectadas pela fiscalização anda entre um e dois por cento (representando menos de cem pessoas por dia).

Para tentar combater o elevado índice de infractores, a administração já deu indicações para que a fiscalização seja feita no momento em que os utentes saem do metro, sendo aí obrigados a confirmar a validação do título. O sistema permitiu detectar mais burlas, implicado multas de cem a 150 vezes o valor do bilhete - podendo superar os 85 euros - mas nem todos os passageiros têm recebido esta alternativa de forma pacífica.

"Uns fiscais são agredidos e outros insultados", denuncia ao DN o administrador da Metro Sul do Tejo, equacionando agora a possibilidade de vir a introduzir um fiscal em cada carruagem. "Vai custar uma fortuna, mas não podemos continuar a permitir que 20% dos passageiros nos continuem a dar um prejuízo tão elevado", frisou José Luís Brandão.

quinta-feira, outubro 07, 2010  
Blogger Toupeira said...

A Comissão Europeia e os senhores do BCE são uma prostitutas ao serviço de Wall Street e do Fed, felizmente a Europa vai-se partir e nós em Portugal, temos gente sem capacidade para tomar uma atitude: de sair do Euro.
Sabemos que com este regime e esta gente é impossível, mas não venham com violinos e lérias, aqui ao lado continua a prisão perpétua.

O Euro é de facto uma moeda política, o USD é aquilo que grande banqueiros americanos querem, eles é que mandam no Fed e não o governo dos EUA.

A moeda única ultrapassou a fasquia de 1,40 face ao dólar e Bruxelas e o BCE alertaram para risco nas exportações.

O euro ultrapassou ontem, pela primeira vez em oito meses, a barreira dos 1,40 dólares, fazendo soar os 'alarmes' da Comissão Europeia, do Banco Central Europeu e até do Fundo Monetário Internacional, pelo receio de que, ao prejudicar as exportações, possa colocar em causa a retoma e o necessário reajustamento a nível global.

O euro seguia a valer 1,4007 dólares pouco depois das 14.00, um valor que já não era atingido desde o início de Fevereiro. O porta- -voz da Comissão Europeia, Amadeu Altafaj, apressou-se a mostrar a sua preocupação, referindo, em conferência de imprensa: "Estimamos que o valor do euro está desajustado, o que pode afectar a retoma económica, as exportações." O mesmo responsável deu ainda conta das preocupações das autoridades europeias no que concerne ao nível do yuan chinês, que está "subavaliado de maneira significativa".

Por seu turno, o director-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), em entrevista ao jornal francês Le Monde, considerou que deve ser tomada como "muito séria a ameaça de uma guerra de moedas" e prometeu que o FMI vai fazer "propostas para a evitar".

O risco de uma guerra de divisas tornou-se mais intensa nos últimos dias, com vários países emergentes, sobretudo a China, mas também o Japão e o Brasil, a serem acusados pelos países mais ricos de não permitirem a valorização das suas moedas com o objectivo de impulsionarem as exportações.

Já na quarta-feira, o secretário de Estado do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, havia apelado à China para que valorizasse a sua moeda, tendo também sugerido, tal como ontem Dominique Strauss-Khan, que o FMI pode ser o fórum adequado para discutir a situação actual dos câmbios.

Certo é que Clive Dennis, responsável pela área de divisas da Schroders, acredita que ainda poderemos ver o euro chegar a 1,50 dólares antes do fim do ano, em consequência da aposta da Reserva Federal americana em manter o dólar fraco para potenciar o crescimento económico. Clive Dennis reconhece o impacto deflacionário do euro forte, que é a "última coisa" de que os países periféricos, com políticas fiscais mais severas, precisam. Mas, sublinha, é preciso ter em mente que "parte deste efeito, se não todo, pode ser compensado se a Europa, no seu todo, recuperar e o elevado nível de rendibilidade das obrigações do Tesouro baixar".

Descontentes com a evolução cambial estão os exportadores. O presidente da Associação das Indústrias da Madeira e do Mobiliário de Portugal considera que "fica claro que as políticas restritivas europeias para reduzir a inflação, quando o problema já não era a inflação, permitiram o aumento da competitividade dos EUA e provaram que os europeus têm uma moeda política e os EUA uma moeda económica". Rolin vai mais longe: "O que me preocupa é que o BCE venha dizer que está preocupado. É que nós já estamos a pagar a preocupação, precisamos é de acção."

Já Ribeiro Fontes, dos têxteis- -lar, reconhece que a questão cambial "é determinante para a competitividade de uma indústria e a evolução do euro face ao dólar tem vindo a criar-nos dificuldades junto dos nossos clientes habituais nos EUA". A situação começou a colocar-se há meia dúzia de anos e houve que tentar encontrar mercados alternativos. "Mas o desinvestimento de um mercado é um processo longo e lento", diz.

sexta-feira, outubro 08, 2010  
Blogger Toupeira said...

Os mercados como lhes chama não pensam nem são autoreguláveis, tem de inventar outra, por exemplo a sua incompetência e ainda pior a sua subserviência em relação aos grupos que mamam através dos cartões dos partidos, aí sim pode reduzir a despesa, aumentar impostos vai levar a mais fências, a amenor arrecadação fiscal e acontracção da economia, o FMI sabe, foram eles quelhe disseram, não foram, são todos uns crápulas.

Teixeira dos Santos pediu hoje ao PSD para "clarificar o mais rapidamente possível" a sua posição sobre o Orçamento de 2011.

Garantido que Governo e PSD não estão "num ambiente de negociação", o ministro notou que "os mercados começam a reflectir dúvidas sobre a aprovação do Orçamento do Estado" e por isso, pediu, "seria bom que o PSD pudesse clarificar o mais rapidamente possível qual é a sua posição".

"É importante que todos saibam com o que podemos contar", declarou Teixeira dos Santos.

O Orçamento de Estado tem de ser entregue ao Parlamento até à próxima sexta-feira. O Governo já prometeu que irá cumprir "escrupulosamente" esse prazo.

sexta-feira, outubro 08, 2010  

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