O Mito da Atlântida e o futuro da Europa
"O mito da Atlântida deixou na nossa imaginação colectiva o aviso da mortalidade das civilizações de que a Europa é o expoente máximo.
A saída de um ou mais Países da União monetária, ou a reconstituição de uma zona euro restringida a uns tantos Estados membros em volta da Alemanha era uma hipótese extravagante apenas há um ano atrás.. Agora pelo contrário os melhores analistas políticos estão a analisá-lo com frequência.
O envelhecimento acelerado da população, a baixíssima natalidade, as constantes cargas fiscais, as crises bancárias e o elevado custo dos combustíveis faz-nos pensar e voltar os olhos para o Oriente e em especial para a China e para a Rússia.
A demografia comanda o destino da China, Rússia e Índia, assim como a maior parte dos Países da Europa Ocidental e do resto do Mundo. Já nos referimos em artigos anteriores ao problema do envelhecimento da China e o que será quando em cerca de 15 anos, com a proibição dos casais não terem mais do que dois filhos, um número astronómico de velhos naquele País conduzirem a uma quase nula produtividade.
Na Rússia e graças a Putin com a sua visão estratégica global do País em 2007, o estado começou a investir em programas de fundo para conter um problema similar ao chinês. Em Outubro de 2007 Putin falou de três etapas em quatro anos que consistiam em reduzir substancialmente o índice de mortalidade e estabilizar até 2015 a população mantendo-a em 140 milhões. Com isto visava dois objectivos:
encorajar as famílias mais jovens a terem mais filhos e criar condições que permitissem uma vida mais saudável. Este projecto foi intitulado" Crianças da Rússia". Prometeu um subsídio de maternidade equivalente a 9.500 dólares a todos as jovens mães que tivessem o segundo filho. Aumentou o subsídio de aleitamento para 23.400 rublos mensais. Com isto Putin desejava criar um novo conceito de estado providência, contrariando alguns hábitos há já muito enraizados na cultura russa."
Toupeira
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