sexta-feira, setembro 25, 2009

Não aconteceu nada nos últimos quatro anos e meio...

Nunca esperei, nem espero, que umas eleições resolvam os problemas do sítio dos homens.
Como nunca esperei, que as campanhas eleitorais esclarecessem os homens nesta terra desprezada por todos os que a governam nos últimos 35 anos.
Esta campanha demonstrou que a justiça é aliada dos poderosos, mas isso não é novidade, nem aqui nem em local algum onde existem democracias ou ditaduras,ela é o fulcro e o espectro que faz as sociedades melhores ou piores.
Por aqui, nunca funcionou, porque os seus gentes e fazedores são afinal gente igual.
Decerto há excepções, mas são afastados e ostracizados.
Escuso de dar exemplo de um homem de coragem que como dizem alguns amigos meus em linguagem boçal, tem os tomates do tamanho da cabeça.
Mas tenham cuidado os que pensam que as coisas correm sempre bem!
Portanto, a justiça foi de facto a grande derrotada e a causadora dos entusiasmos do partido que governou este país como quadrilha organizada, sem usar palavras muito pesadas.
Depois se pensaram que havia informação desiludam-se, a informação foi desinformação maldosa e apenas se falou de assuntos não políticos ou não assuntos.
Não existe crise nacional, apenas internacional.
Não aconteceram falências, as empresas estão de boa saúde.
A dívida externa não tem importância e o défice está apenas no que dizem.
A Espanha não nos engoliu e os traidores que venderam a economia deste país por meia dúzia de patacos não existem.
As derrapagens das obras públicas não existiram e a entrega das grandes obras aos testas de ferro do regime não aconteceram, assim como as burlas no sector financeiro.
O Estado e a sua reforma chamada de PRACE não deu origem a milhares de cargos dirigentes que de outra forma não teriam onde cair mortos com a criação de centenas de Institutos Públicos.
Vai ser muito difícil desmantelar esta máquina criada para gerar emprego aos partidos, mas a causa do défice, de uma grande parte dele, está aí, tanto na gestão , má, como na criação de cargos sem necessidade.
O tecido económico está destruido de forma irreparável e a sensação de impunidade vai desde o cidadão que recebe para não trabalhar, ao que sabe que o crime compensa, desde o pequeno roubo ao assassinato e as polícias e as forças armadas foram enxovalhadas e deixaram que acontecesse, as chefias ausentaram-se, deixaram de obedecer ao código da ética que juraram, à Pátria não a um bando de desclassificados.
Por mais marketing político que se faça, o caldo está feito e está no ponto e os que aparecerem no dia seguinte e espero que seja Sócrates, porque este povo merece, terão de enfrentar a fera, é inevitável, habitualmente os rebanhos funcionam assim e as manadas também, quando se dá o estouro.
Fiquem bem os que são de bem.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Os empregados do PS, olhando para os seus tachos e recebendo por eles, esquecem que o PS governou o País durante 11 anos, dos últimos 14! Os últimos 4,5 foram com maioria absoluta. O amor ao seu emprego que se esfuma como o vento, por não ser algo consistente, não os deixa reparar para o ordenado e os impostos que pagam. (Se é que os pagam, uma vez que Sócrates, só em 2009 é que pagou os impostos de 2001/2 e 2003, sem se saber se pagou multas ou não) Esquecem, ou convém esquecer, que em 2005 o n/débito era 450 mil milhões e em fins de 2008 eram 920 mil milhões. A questão não reside por ser o PS. A questão é que estamos muito mais endividados, temos o dobro de desempregados e pagamos mais impostos. Encontrar trabalho é muito difícil, ou impossível. Manter um Governo durante 11 anos, que colocou o País nas condições actuais, que todos sabemos, só se consegue por meio de muito "boy" e propagandista profissionalizado! Acredito que, quem semeia ventos colhe tempestades...e elas já vem aí! Que ninguém estranhe se existirem fortes convulsões sociais, a somar à medíocridade, que alguns teimam em querer manter!

sábado, setembro 26, 2009  

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