O comandante-chefe da cozinha
"Barack Obama falou na ONU e o aplauso da "comunidade internacional" foi quase unânime. A excepção é o pedaço da "comunidade internacional" que elegeu Obama e, de acordo com as sondagens, começa a tê-lo em péssima conta. A maioria dos americanos, conhecida por cá como a "extrema-direita" local, está descontente com Obama porque lhe atura as políticas. O resto da humanidade apenas lhe ouve os discursos, os quais são inúmeros e, consta, excelentes.
Na ONU, por exemplo, o homem discursou em tom ecuménico sobre um planeta sem armas nucleares. Estranhamente, não se referia a Marte ou a Neptuno, mas à Terra, onde é vasta a comoção face às suas palavras e onde países como o Irão continuam jovialmente a preparar o acesso a armas nucleares. Aliás, depois da ONU, a notícia de uma segunda unidade iraniana de enriquecimento de urânio mereceu de Obama novo discurso, agora na cimeira do G20 e em tom ameaçador. Se nem assim o Irão recuar, Obama promete outros discursos, imensos discursos, tantos quantos forem necessários para vergar pelo sono o regime dos aiatolas ou, com maior probabilidade, para elevar o teleponto a líder do mundo livre.
Não é toa que Obama suscita inúmeras comparações com Kennedy. Apesar de um rol infindável de asneiras práticas, desde o Vietname até à baía dos Porcos, o católico do Massachusetts atingiu a glória graças à verborreia e a slogans publicitários, de que "Ich bin ein Berliner" será o paradigma. Uma lenda posterior espalhou que, em alemão, a frase significa "Eu sou uma bola-de-berlim". A lenda é incorrecta, a essência não: o palavroso Kennedy, de facto, era mais bolos. Obama parece ser só bolos, vocação que, se não o distingue da generalidade dos políticos ocidentais em funções, não devia ocupar a Casa Branca. Sim, ele pode arranjar sarilhos irreversíveis."
Alberto Gonçalves
Na ONU, por exemplo, o homem discursou em tom ecuménico sobre um planeta sem armas nucleares. Estranhamente, não se referia a Marte ou a Neptuno, mas à Terra, onde é vasta a comoção face às suas palavras e onde países como o Irão continuam jovialmente a preparar o acesso a armas nucleares. Aliás, depois da ONU, a notícia de uma segunda unidade iraniana de enriquecimento de urânio mereceu de Obama novo discurso, agora na cimeira do G20 e em tom ameaçador. Se nem assim o Irão recuar, Obama promete outros discursos, imensos discursos, tantos quantos forem necessários para vergar pelo sono o regime dos aiatolas ou, com maior probabilidade, para elevar o teleponto a líder do mundo livre.
Não é toa que Obama suscita inúmeras comparações com Kennedy. Apesar de um rol infindável de asneiras práticas, desde o Vietname até à baía dos Porcos, o católico do Massachusetts atingiu a glória graças à verborreia e a slogans publicitários, de que "Ich bin ein Berliner" será o paradigma. Uma lenda posterior espalhou que, em alemão, a frase significa "Eu sou uma bola-de-berlim". A lenda é incorrecta, a essência não: o palavroso Kennedy, de facto, era mais bolos. Obama parece ser só bolos, vocação que, se não o distingue da generalidade dos políticos ocidentais em funções, não devia ocupar a Casa Branca. Sim, ele pode arranjar sarilhos irreversíveis."
Alberto Gonçalves
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