quarta-feira, maio 29, 2013
O governo português entregou a gestão dos aeroportos portugueses ao grupo francês Vinci, através do obscuro processo de privatização da ANA, Aeroportos de Portugal.
Como a Vinci é também o acionista de referência da Ponte Vasco da Gama, adivinha-se já que não deixará de construir um novo aeroporto em Alcochete, a que apenas se pode aceder pela ponte. Assim, dentro de pouco tempo, todos quantos viajem de avião de e a partir de Lisboa terão de remunerar duplamente a Vinci. Pagarão não só as taxas de aeroporto, como até o acesso a Alcochete.
Com a construção do novo aeroporto de Lisboa (NAL) na margem sul, o tráfego da ponte aumentará previsivelmente em mais de 40%. Também se multiplicarão os lucros da Lusoponte, da Vinci e dos seus parceiros.
Além disso, o desmantelamento do aeroporto da Portela irá permitir a disponibilização de terrenos no centro de Lisboa que, uma vez libertos, irão servir a especulação imobiliária. Já se antevê a construção de empreendimentos imobiliários para classe média-alta europeia na zona da Portela. Quem lucrará com isso? A Vinci, que assim financia a construção do NAL e, claro, os favorecidos de sempre, promotores imobiliários e banca.
A pressão para que este negócio se concretize é de tal ordem que até veio desembrulhar um problema insolúvel durante décadas, que opunha governo e Câmara de Lisboa: o da transferência para a ANA dos terrenos da Portela que pertenciam à autarquia lisboeta.
Com toda esta operação, privatização da ANA associada à alienação dos terrenos pelo município lisboeta, os novos donos dos aeroportos portugueses estão de mãos livres (que não limpas) para fazerem o que muito bem entenderem.
É óbvio que vão desmantelar o aeroporto da Portela e construir o NAL em Alcochete. E assim, no futuro, quem viajar até Lisboa de qualquer parte do mundo e todos aqueles que a partir de Lisboa rumem a qualquer paragem, terão de pagar a portagem da Ponte Vasco da Gama. Esta portagem será a versão pós-moderna e equivalente aos direitos de passagem que eram devidos aos senhores dos feudos da Idade Média. Com a conivência de governantes portugueses, o presidente do grupo Vinci terá poderes feudais em Portugal.
sexta-feira, maio 24, 2013
Poço de Boliqueime ou Fonte de Boliqueime?
Miguel parece que pisaste o risco, desculpa tratar-te por tu, mas é mais democrático...
Depois dizes que foi do contexto da coisa, ou por arrastamento.
Bem: ou assumes ou não.
Segundo aquilo de que te acusam, pelo que li, usaste um termo com diferentes significados, apesar de tudo e usando o conhecimento da língua Pátria não parece ofensivo, no entanto, conforme o contexto poderá eventualmente sê-lo, tarefa difícil para os causídicos se chegar a haver alguma coisa, relacionada com a Res Publica (coisa pública).
Há um ditado que diz: Está burra nas couves".
Uma coisa é certa, há qualquer coisa de muto putrefacto neste antes Reino de Portugal e o estado avançado da putrefação tem culpados e tem nomes de culpados, não me lembro de haver tantos crimes públicos.
Atenção o primeiro que pecou que atire a primeira pedra, como temos um povo igual ao do tempo de Jesus, vamos ter uma pedreira, onde cada pedra, ou muitas, porque há gente que gosta de atirar muitas, contará como o número de hipócritas que por cá existem.
Acho que me enganei na revisão da última frase, será?
Aonde pode levar a sinceridade
"Alguém tinha o mau hábito de se exprimir, de quando em quando, com toda a franqueza acerca dos motivos pelos quais agia, e que eram bons ou tão maus como os motivos de todas as pessoas. Primeiro, causou escândalo, depois suspeita, pouco a pouco foi terminantemente proscrito e banido da sociedade, até que por fim, a justiça se recordou de um ser tão abjecto em ocasiões, em que ela não costumava ter olhos ou os fechava. A falta de mutismo quanto ao segredo geral e a irresponsável propensão para ver o que ninguém quer ver - a si próprio - levaram-no à prisão e a uma morte prematura.
"Humano, demasiado humano" Nietszche
Vesti la giuba
O MP parece que acusou um indivíduo que até nem simpatizo muito com ele, crime público, não vem ao caso.
Pergunto como cidadão pagador de impostos para tapar buracos como o do BPN, onde ainda não vi ninguém condenado:
Um titular de cargo público antes ou depois usou, ou não da sua influência, ou perguntado de outra forma, porque as dúvidas são dúvidas e os factos são os factos, usaram da influência do mesmo para a questão das coisas relacionadas com o BPN?
Parece que disse que já tínhamos um palhaço e disse o nome.
Mas há o palhaço bom e o mau.
No dicionário Lexilello:
Palhaço:
Adj. (ital. pagliaccio).
Vestido , ou feito de palha.. - S. m. Personagem cómica que, nos circos, provoca risos com pilhérias e bobices; bobo. Truão. Saltimbanco. Arlequim.
Pergunto como cidadão pagador de impostos para tapar buracos como o do BPN, onde ainda não vi ninguém condenado:
Um titular de cargo público antes ou depois usou, ou não da sua influência, ou perguntado de outra forma, porque as dúvidas são dúvidas e os factos são os factos, usaram da influência do mesmo para a questão das coisas relacionadas com o BPN?
Parece que disse que já tínhamos um palhaço e disse o nome.
Mas há o palhaço bom e o mau.
No dicionário Lexilello:
Palhaço:
Adj. (ital. pagliaccio).
Vestido , ou feito de palha.. - S. m. Personagem cómica que, nos circos, provoca risos com pilhérias e bobices; bobo. Truão. Saltimbanco. Arlequim.
quinta-feira, maio 23, 2013
"Estratégia de crescimento" para ajudar uma economia falida...
Nas múltiplas comunicações qual teatro de fantoches apareceram outra vez o 33 rotações e o ministro que o "status quo" do chamado PSD, odeia e que já não afasta porque precisa de um bode expiatório.
O mercado interno não tem interesse, o IVA mesmo que não seja cobrado não interessa, o aumento assustador de desemprego não interessa, as mortes por terror social pelas sucessivas intervenções, dos Rosalinos, dos Silvas, Coelhos e Gaspares deste sítio, pouco interessam nas consequências.
O governo do deserto aí está, não desiste e pior não há alternativas melhores, porque os candidatos vêm das juventudes ociosas da partidocracia, onde a cultura da mediocridade e o espírito de quadrilha imperam.
"Eles, estes observadores agudos às esquinas das ruas , descobrem rapidamente o fim , que tudo à volta deles corrompe e se corrompe, que nada ficará até depois de amanhã, exceptuando uma espécie de homens, os incuravelmente medíocres. Só os medíocres têm a possibilidade de continuar, de procriar, - eles é que são os homens do futuro, os únicos sobreviventes; « sede como eles!, tornai-vos medíocres!», é esta a nova moral que ainda tem sentido que ainda encontra quem a ouça. - Mas é difícil de pregar, esta moral da mediocridade! - pois que ela nunca pode confessar o que é e o que quer! Tem de falar de moderação e dignidade e dever e amor do próximo, - terá de ocultar a ironia!
Nietszche in Para além do bem e do mal
quarta-feira, maio 22, 2013
O Conselho do Day after
Decidiu o Presidente deste sítio cada vez mais mal frequentado convocar com pompa e circunstância depois do anão de serviço já ter indicado que iria haver o dito Conselho, com o suposto intuito de discutir o day after.
Depois da bomba atómica ter destruído a economia através do confisco fiscal, com a bênção dos banqueiros do regime, eis que o bombardeiro Gaspar saído decerto de uma daquelas salas brancas almofadadas, secundado por um indivíduo que nunca fez nada de jeito na vida e por outro que gosta muito de pompa e circunstância, mas sem etiqueta mínima, atendendo aos perdigotos que lança quando fala a mastigar e apenas orientando a sua vidinha pelo seu calendário pessoal, que não os superiores interesses da nação, (caso de ter permitido as loucuras do indivíduo com nome de filósofo, com o único objectivo de continuar no Palácio perto dos pastéis de nata conhecidos), esta tríade, (grupo de três, não o que pensam), disse nada, depois de ouvida a sapiência do sítio.
No entanto a bomba foi lançada, os ventos espalham a desgraça do epicentro para a periferia e depois de tudo concluído, se não se desratizar, ou melhor afastar os horrores das radiações, restando muito pouco, nada ficará, apenas as chamuscadas e silenciosas pedras que a perceber pelo que se tem passado nem escaparão ao saque e ao sopro.
Espera-se que Pandora liberte o último dos males dos homens desta Nação, a Esperança, porque sem ela o desespero será mais forte que a razão e esta já foi deitada aos cães, pelas quadrilhas que comandam o sítio.
Assim: "CAVE CANEM"
terça-feira, maio 21, 2013
A quadrilha
Pergunta-se o que faz a justiça neste país.
É verdade apanha os ratos para fazer de conta que existe.
É verdade apanha os ratos para fazer de conta que existe.
domingo, maio 19, 2013
A troika interna e a externa destruiram o país
Dois anos de troika. Promessas falsas e sacrifícios acima do esperado | iOnline
Um governo que tem um aprendiz de feiticeiro como suposto PM, um ministro das finanças que governa com guião a partir de folhas excel falseadas, já assim tinha sido no tempo do oásis de Macedo e do Sr Silva e com um parceiro de coligação que mais parece ameaçado como alguns presidentes de clubes de futebol só poderia ter provocado o que provocou: um país em ruínas.
Interessante ler o artigo em link porque esclarece.
O que vejo, com anúncios terroristas feitas por gente sem qualificação mas que já têm lugar guardado decerto em administração de bancos ou em empresas favorecidas, é um problema social gravíssimo com as taxas de mortalidade global a dispararem, com a saída em massa de jovens e uma baixa de natalidade que se agravou ao longo dos últimos anos, com relevo para 2012 e ainda mais assustador em 2013.
Com um PR que chega a afirmar que foi milagre da Nossa Senhora de Fátima a última aprovação da
troika, pode muitos de nós interrogar-se se é apenas ainda sequelas do tempo do oásis ou se já é patologia degenerativa cerebral, tipo doença do tio alemão.
Este país não é nem para velhos nem para novos.
sábado, maio 18, 2013
O presidente do Eurogrupo é um malabarista do circo europeu
A bolha imobiliária estourou, o país está em recessão, o
desemprego sobe e a dívida dos consumidores é 250% do rendimento disponível. O
grande aliado da Alemanha na imposição da austeridade por todo o continente
começa a provar o amargo da sua própria receita. Por Matthew Lynn, El
Economista
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Holanda pode provocar o colapso do euro
Que país da zona euro está mais endividado? Os gregos esbanjadores, com as suas generosas pensões estatais? Os cipriotas e os seus bancos repletos de dinheiro sujo russo? Os espanhóis tocados pela recessão ou os irlandeses em falência? Pois curiosamente são os holandeses sóbrios e responsáveis. A dívida dos consumidores nos Países Baixos atingiu 250% do rendimento disponível e é uma das mais altas do mundo. Em comparação, a Espanha nunca superou os 125%.
A Holanda é um dos países mais endividados do mundo. Está mergulhada na recessão e demonstra poucos sinais de estar a sair dela. A crise do euro arrasta-se há três anos e até agora só tinha infetado os países periféricos da moeda única. A Holanda, no entanto, é um membro central tanto da UE quanto do euro. Se não puder sobreviver na zona euro, estará tudo acabado.
O país sempre foi um dos mais prósperos e estáveis de Europa, além de um dos maiores defensores da UE. Foi membro fundador da união e um dos partidários mais entusiastas do lançamento da moeda única. Com uma economia rica, orientada para as exportações e um grande número de multinacionais de sucesso, supunha-se que tinha tudo a ganhar com a criação da economia única que nasceria com a introdução satisfatória do euro. Em vez disso, começou a interpretar um guião tristemente conhecido. Está a estourar do mesmo modo que a Irlanda, a Grécia e Portugal, salvo que o rastilho é um pouco mais longo.
Bolha imobiliária
Os juros baixos, que antes do mais respondem aos interesses da economia alemã, e a existência de muito capital barato criaram uma bolha imobiliária e a explosão da dívida. Desde o lançamento da moeda única até o pico do mercado, o preço da habitação na Holanda duplicou, convertendo-se num dos mercados mais sobreaquecidos do mundo. Agora explodiu estrondosamente. Os preços da habitação caem com a mesma velocidade que os da Flórida quando murchou o auge imobiliário americano.
Atualmente, os preços estão 16,6% mais baixos do que estavam no ponto mais alto da bolha de 2008, e a associação nacional de agentes imobiliários prevê outra queda de 7% este ano. A não ser que tenha comprado a sua casa no século passado, agora valerá menos do que pagou e inclusive menos ainda do que pediu emprestado por ela.
Por tudo isso, os holandeses afundam-se num mar de dívidas. A dívida dos lares está acima dos 250%, é maior ainda que a da Irlanda, e 2,5 vezes o nível da Grécia. O governo já teve de resgatar um banco e, com preços da moradia em queda contínua, o mais provável é que o sigam muitos mais. Os bancos holandeses têm 650 mil milhões de euros pendentes num sector imobiliário que perde valor a toda a velocidade. Se há um facto demonstrado sobre os mercados financeiros é que quando os mercados imobiliários se afundam, o sistema financeiro não se faz esperar.
Profunda recessão
As agências de rating (que não costumam ser as primeiras a estar a par dos últimos acontecimentos) já se começam a dar conta. Em fevereiro, a Fitch rebaixou a qualificação estável da dívida holandesa, que continua com o seu triplo A, ainda que só por um fio. A agência culpou a queda dos preços da moradia, o aumento da dívida estatal e a estabilidade do sistema bancário (a mesma mistura tóxica de outros países da eurozona afetados pela crise).
A economia afundou-se na recessão. O desemprego aumenta e atinge máximos de há duas décadas. O total de desempregados duplicou em apenas dois anos, e em março a taxa de desemprego passou de 7,7% para 8,1% (uma taxa de aumento ainda mais rápida que a do Chipre). O FMI prevê que a economia vai encolher 0,5% em 2013, mas os prognósticos têm o mau costume de ser otimistas. O governo não cumpre os seus défices orçamentais, apesar de ter imposto medidas severas de austeridade em outubro. Como outros países da eurozona, a Holanda parece encerrada num círculo vicioso de desemprego em aumento e rendimentos fiscais em queda, o que conduz a ainda mais austeridade e a mais cortes e perda de emprego. Quando um país entra nesse comboio, custa muito a sair dele (sobretudo dentro das fronteiras do euro).
Até agora, a Holanda tinha sido o grande aliado da Alemanha na imposição da austeridade por todo o continente, como resposta aos problemas da moeda. Agora que a recessão se agrava, o apoio holandês a uma receita sem fim de cortes e recessão (e inclusive ao euro) começará a esfumar-se.
Os colapsos da zona euro ocorreram sempre na periferia da divisa. Eram países marginais e os seus problemas eram apresentados como acidentes, não como prova das falhas sistémicas da forma como a moeda foi estruturada. Os gregos gastavam demasiado. Os irlandeses deixaram que o seu mercado imobiliário se descontrolasse. Os italianos sempre tiveram demasiada dívida. Para os holandeses não há nenhuma desculpa: eles obedeceram a todas as regras.
Desde o início ficou claro que a crise do euro chegaria à sua fase terminal quando atingisse o centro. Muitos analistas supunham que seria a França e, ainda que França não esteja exatamente isenta de problemas (o desemprego cresce e o governo faz o que pode, retirando competitividade à economia), não deixa de continuar a ser um país rico. As suas dívidas serão altas mas não estão fora de controlo nem começaram a ameaçar a estabilidade do sistema bancário. A Holanda está a chegar a esse ponto.
Talvez se tenha de esperar um ano mais, talvez dois, mas a queda ganha ritmo e o sistema financeiro perde estabilidade a cada dia. A Holanda será o primeiro país central a estourar e isso significará demasiada crise para o euro.
Matthew Lynn é diretor executivo da consultora londrina Strategy Economics.
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Holanda pode provocar o colapso do euro
Que país da zona euro está mais endividado? Os gregos esbanjadores, com as suas generosas pensões estatais? Os cipriotas e os seus bancos repletos de dinheiro sujo russo? Os espanhóis tocados pela recessão ou os irlandeses em falência? Pois curiosamente são os holandeses sóbrios e responsáveis. A dívida dos consumidores nos Países Baixos atingiu 250% do rendimento disponível e é uma das mais altas do mundo. Em comparação, a Espanha nunca superou os 125%.
A Holanda é um dos países mais endividados do mundo. Está mergulhada na recessão e demonstra poucos sinais de estar a sair dela. A crise do euro arrasta-se há três anos e até agora só tinha infetado os países periféricos da moeda única. A Holanda, no entanto, é um membro central tanto da UE quanto do euro. Se não puder sobreviver na zona euro, estará tudo acabado.
O país sempre foi um dos mais prósperos e estáveis de Europa, além de um dos maiores defensores da UE. Foi membro fundador da união e um dos partidários mais entusiastas do lançamento da moeda única. Com uma economia rica, orientada para as exportações e um grande número de multinacionais de sucesso, supunha-se que tinha tudo a ganhar com a criação da economia única que nasceria com a introdução satisfatória do euro. Em vez disso, começou a interpretar um guião tristemente conhecido. Está a estourar do mesmo modo que a Irlanda, a Grécia e Portugal, salvo que o rastilho é um pouco mais longo.
Bolha imobiliária
Os juros baixos, que antes do mais respondem aos interesses da economia alemã, e a existência de muito capital barato criaram uma bolha imobiliária e a explosão da dívida. Desde o lançamento da moeda única até o pico do mercado, o preço da habitação na Holanda duplicou, convertendo-se num dos mercados mais sobreaquecidos do mundo. Agora explodiu estrondosamente. Os preços da habitação caem com a mesma velocidade que os da Flórida quando murchou o auge imobiliário americano.
Atualmente, os preços estão 16,6% mais baixos do que estavam no ponto mais alto da bolha de 2008, e a associação nacional de agentes imobiliários prevê outra queda de 7% este ano. A não ser que tenha comprado a sua casa no século passado, agora valerá menos do que pagou e inclusive menos ainda do que pediu emprestado por ela.
Por tudo isso, os holandeses afundam-se num mar de dívidas. A dívida dos lares está acima dos 250%, é maior ainda que a da Irlanda, e 2,5 vezes o nível da Grécia. O governo já teve de resgatar um banco e, com preços da moradia em queda contínua, o mais provável é que o sigam muitos mais. Os bancos holandeses têm 650 mil milhões de euros pendentes num sector imobiliário que perde valor a toda a velocidade. Se há um facto demonstrado sobre os mercados financeiros é que quando os mercados imobiliários se afundam, o sistema financeiro não se faz esperar.
Profunda recessão
As agências de rating (que não costumam ser as primeiras a estar a par dos últimos acontecimentos) já se começam a dar conta. Em fevereiro, a Fitch rebaixou a qualificação estável da dívida holandesa, que continua com o seu triplo A, ainda que só por um fio. A agência culpou a queda dos preços da moradia, o aumento da dívida estatal e a estabilidade do sistema bancário (a mesma mistura tóxica de outros países da eurozona afetados pela crise).
A economia afundou-se na recessão. O desemprego aumenta e atinge máximos de há duas décadas. O total de desempregados duplicou em apenas dois anos, e em março a taxa de desemprego passou de 7,7% para 8,1% (uma taxa de aumento ainda mais rápida que a do Chipre). O FMI prevê que a economia vai encolher 0,5% em 2013, mas os prognósticos têm o mau costume de ser otimistas. O governo não cumpre os seus défices orçamentais, apesar de ter imposto medidas severas de austeridade em outubro. Como outros países da eurozona, a Holanda parece encerrada num círculo vicioso de desemprego em aumento e rendimentos fiscais em queda, o que conduz a ainda mais austeridade e a mais cortes e perda de emprego. Quando um país entra nesse comboio, custa muito a sair dele (sobretudo dentro das fronteiras do euro).
Até agora, a Holanda tinha sido o grande aliado da Alemanha na imposição da austeridade por todo o continente, como resposta aos problemas da moeda. Agora que a recessão se agrava, o apoio holandês a uma receita sem fim de cortes e recessão (e inclusive ao euro) começará a esfumar-se.
Os colapsos da zona euro ocorreram sempre na periferia da divisa. Eram países marginais e os seus problemas eram apresentados como acidentes, não como prova das falhas sistémicas da forma como a moeda foi estruturada. Os gregos gastavam demasiado. Os irlandeses deixaram que o seu mercado imobiliário se descontrolasse. Os italianos sempre tiveram demasiada dívida. Para os holandeses não há nenhuma desculpa: eles obedeceram a todas as regras.
Desde o início ficou claro que a crise do euro chegaria à sua fase terminal quando atingisse o centro. Muitos analistas supunham que seria a França e, ainda que França não esteja exatamente isenta de problemas (o desemprego cresce e o governo faz o que pode, retirando competitividade à economia), não deixa de continuar a ser um país rico. As suas dívidas serão altas mas não estão fora de controlo nem começaram a ameaçar a estabilidade do sistema bancário. A Holanda está a chegar a esse ponto.
Talvez se tenha de esperar um ano mais, talvez dois, mas a queda ganha ritmo e o sistema financeiro perde estabilidade a cada dia. A Holanda será o primeiro país central a estourar e isso significará demasiada crise para o euro.
Matthew Lynn é diretor executivo da consultora londrina Strategy Economics.
sexta-feira, maio 17, 2013
Morrer em Portugal, por medo de viver e por terror difundido por quem deveria o povo defender.
Morre-se de medo em Portugal.
Hoje aconselha-se aos mais vulneráveis que não vejam as notícias, os debates políticos, as declarações públicas dos mais altos dirigentes.
Morre.se de morte por medo de viver e morre-se por livre arbítrio, por decisão de não querer mais sobreviver ou viver neste inferno em que os políticos dos partidos transformaram este país.
Não são só os velhos que toldados pelo medo se sentam em casa esperando a velha senhora, morrem também os mais novos, pelas pressões dos patronatos sem qualidade e que por favor e sem vergonha se chamam de empresários.
Não nascem crianças em número suficiente para renovar as gerações e os mais corajosos, os melhor formados por este país emigram e muitos nunca mais voltarão, porque morreu a esperança nos seus corações.
A casa de passe em que se transformou a AR é um centro de negócios e quando toma como causa fracturante o casamento entre indivíduos do mesmo sexo uma questão mais importante que a desgraça ruinosa da Pátria, percebe-se que pouco resta, senão o livre arbítrio contra quem os tem subjugado pelo terror de estado.
Impossível será bater mais fundo, escavar mais fundo, impossível será continuar esta loucura de destruição de um país em nome de regras de cálculo falseadas e maldosas, feitas por gente que julga que a economia é uma ciência, quando não é mais que um instrumento para melhorar o bem estar, poucas e raras vezes, na maioria delas para fazer valer a usura e a mesquinhez.
Vá lá entendam-se ou desentendam-se de vez, porque circo é circo...
Merkel acusa Barroso e troika de serem os culpados da austeridade | iOnline
A Europa como lhe chamam, a UE e o Euro grupo, agora com um idiota á frente, o tal do mestrado e pérolas do género, demonstra que não mexe por exemplo na sua forma de governança, não se poupa a despesas e mordomias, típicas de um regime de ditadura corrupta.
Afinal quem manda é a Comissão, como se fosse uma cópia, esta sem ética, de uma máfia que é controlada pelo poder financeiro. Os padrinhos são muitos como aquilo que vemos neste canto à beira mar com uns tipos que passam pelo governo, fazem o frete e têm prémio assim saiam, para grandes empresas ou escritórios, enfim, o que se sabe.
A Comissão é um órgão não eleito e Barroso depois de deixar o pântano e de estender a passadeira vermelha nos Açores por causa das armas de destruição em massa no Iraque que foi desmantelado à bomba, é um exemplo de quem de facto manda neste extremo da Eurásia.
Merkel menina mimada pelo chanceler Helmut Kohl, pisou-o de forma vergonhosa, assim como Schäuble, que considerado culpado, a empurrou depois para a candidatura ao mais alto grau do partido quando do escândalo dos financiamentos da CDU. Merkel tem uma biografia interessante, fez parte das juventudes hitlerianas, perdão, stalinistas, da antiga RDA e sobe a chanceler através de um partido que demonstra o que é a partidocracia instalada nas democracias ditas ocidentais, porque votar, afinal, é apenas um acto de liturgia da nova religião dos secularistas evangélicos do politicamente correcto.
O crescimento na Alemanha será negativo mais tarde ou mais cedo, porque a China vai caindo em crescimento, coisa óbvia, vão vender a quem?
Assim vamos, antigamente cantando e rindo, agora, vamos indo...
quinta-feira, maio 16, 2013
O viveiro
Hélder Rosalino
Secretário de Estado da Administração Pública
Hélder Rosalino nasceu em Sintra em 1968. Licenciou-se em Organização e Gestão de Empresas pelo ISCTE em 1991, pós-graduou-se em Fiscalidade pelo Instituto Superior de Gestão em 1998 e fez um curso de especialização em Gestão pela Universidade Católica Portuguesa em 2006-2007.
Entre 1991 e 1994 foi auditor Financeiro e de Gestão na Marconi.
Desde 1994 que exerceu diversas funções no Banco de Portugal onde foi Diretor do Departamento de Emissão e Tesouraria, tendo sido ainda Presidente do Fundo Social dos Empregados do Banco e da Comissão de Acompanhamento dos respectivos Planos de Pensões.
Entre 2010 e Junho de 2011, foi Diretor do Departamento de Gestão e Desenvolvimento de Recursos Humanos, tendo sido ainda responsável pelo Desenvolvimento Organizacional e pelo Planeamento Estratégico.
Exerceu a docência como Assistente Universitário no Instituto Superior de Gestão entre 1998 e 2003, na licenciatura de Gestão de Empresas e nas pós-graduações de Fiscalidade e de Assessoria de Empresa.
Retirado do site do governo de Portugal como lhe chamam, concluam o que quiserem.
quarta-feira, maio 15, 2013
Obsessivo compulsivo e psicótico
Vítor Gaspar interrompido por protestos durante apresentação de livro | iOnline
O homem vem apresentar um livro que tem fórmulas que se provou estarem erradas.
Pode ser louco, isso é problema dele, mas escusava de ter destruído a economia do país.
É um dos elementos da troika interna.
O regime aberto dos loucos revela-se muito permissivo e perigoso: o das previsões mil vezes falhadas acenando a folha de excel com fórmulas falseadas, o dos perdigotos continua a lançar os ditos e o jota dos neurónios queimados fazem um trio, que se houvesse Rilhafoles, teriam reserva lá para nosso descanso.
terça-feira, maio 14, 2013
Se for como é costume nesta mente tortuosa, há que pensar que vai fazer o contrário
Vítor Gaspar. Depósitos abaixo de 100 mil euros são “sagrados” | iOnline
Escusa dizer que vai ou não fazer, pelo que a escusa de dizer no caso desta gente da folha de Excel, pode querer dizer o contrário.
Não tinha a certeza, mas hoje penso que Gaspar e Shäuble foram os arquitectos do esbulho em Chipre, ou restantes a carneirada, comandada pelo bancos dos SWAPS/CDS, derivados e afins.
Fraco com os fortes
Fraco com os fortes
O novo pacote de austeridade anunciado na sexta-feira chega a ser uma agonia. Mais uma vez, o governo fustiga os trabalhadores e pensionistas e poupa os grandes grupos económicos. As medidas para reequilibrar as contas públicas em cerca de 1500 milhões de euros por ano poderiam ser outras, bem diversas.
Em primeiro lugar e de uma vez por todas, o governo tem de baixar drasticamente as rendas das parcerias público-privadas (PPP). O eventual ganho anual para as Finanças com as medidas agora anunciadas pelo primeiro-ministro pouco excede o que foi pago a mais, só num ano, em 2011, nas PPP rodoviárias. Nos últimos quatro anos, os encargos líquidos com as PPP quadruplicaram, atingindo por ano montantes da ordem de dois mil milhões de euros. Basta! Baixem as rendas ou, em alternativa, expropriem as PPP pelo seu justo valor.
Em segundo lugar, o governo poderia ainda conseguir poupar nos juros da dívida pública. Não é aceitável que o estado consigne ao pagamento de juros 14% dos impostos pagos por todos os cidadãos e empresas. Em 2013, à semelhança de anos anteriores, o estado pagará em juros mais do que gasta em saúde, educação ou qualquer outra atividade. Para baixar o custo do serviço da dívida, é necessário colocar parte da dívida no mercado interno a juros bem mais favoráveis, renegociar os contratos com juros mais elevados e obter períodos de carência nos pagamentos. Não podemos ter um estado refém da sua dívida pública. Foi aliás para evitar esta situação que tivemos um resgate!
Também ao nível da receita o governo tem margem para atuar. Poderia aumentar a coleta se tributasse todos os cidadãos e não isentasse de impostos os fundos imobiliários fechados. Os maiores beneficiários da especulação imobiliária estão isentos de IMI ou IMT. Uma tributação deste património com taxas de 1% poderia representar um ganho superior a mil milhões de euros.
Claro que para tomar medidas deste tipo e outras afins há que ter coragem para enfrentar o fortíssimo "lobby" financeiro que se alimenta da dívida pública portuguesa e suga os recursos do orçamento de estado. Mas é este o nível mínimo de coragem que se exige ao chefe do governo de Portugal.
Prof. Paulo Morais
Despejados
Despejados
Despejados, sem casa! É a perspetiva que hoje está a deixar milhões de portugueses em pânico.
Porque não conseguem pagar a hipoteca ao banco, ou porque não irão aguentar o aumento das rendas. No entanto, enquanto as famílias veem perigar o seu direito a ter uma habitação condigna, há dois milhões de casas vazias. Um absurdo!
O crédito imobiliário mal parado atingiu dimensões colossais. São mais de cem mil as famílias em situação de incumprimento. Muitas já entregaram a casa ao banco, tendo deitado a perder as poupanças duma vida. Para a maioria dos incumpridores, a ameaça de despejo é iminente. E só não há mais despejos porque os bancos já não sabem onde colocar tanto património imobiliário desvalorizado.
Mesmo os que conseguem honrar os compromissos bancários se encontram numa situação desconfortável, pois percebem hoje que compraram "gato por lebre". A maioria da habitação adquirida em propriedade horizontal depreciou, em média, quarenta por cento. Por um lado, porque as vendas nas últimas décadas foram muito inflacionadas por movimentos de especulação imobiliária. Por outro lado, porque a procura caiu abruptamente e, com ela, os preços.
Nuvens negras de despejo pairam ainda sobre aqueles que dispõem de casas com rendas antigas que poderão ser muito agravadas, em função da nova Lei das Rendas. Se não conseguirem pagar os novos valores, ficam sem alternativa, pois não existe mercado de arrendamento.
Esta é também uma situação incompreensível, pois há muitas mais casas do que famílias. Só que a maioria dos milhões de casas vazias pertence a especuladores que não as querem colocar no mercado. Nem precisam, pois têm este património titulado em fundos de investimento imobiliário fechados e estão isentos de impostos, nomeadamente IMI e IMT. Se tivessem de pagar impostos como todos os portugueses, só lhes restaria colocar as casas no mercado e dessa forma os preços desceriam. Mas como não há coragem para impor um princípio básico, o de que os detentores de património têm de lhe dar uso sob pena de o perderem, "use it or lose it" – o mercado de arrendamento continuará a definhar e o drama dos despejos irá agravar-se.
Iremos pois continuar a ter mais gente sem casa… e mais casas sem gente.
Prof Paulo Morais
Pois há, pois há. Há limites para a falta de vergonha também e para a oportunidade do que diz e faz.
Cavaco. “Há limites de dignidade que não podem ser ultrapassados” | iOnline
É verdade há limites par tudo e entre eles o pudor de dizer e desdizer.
Afinal num país em que a partidocracia instalada está em guerra com a esmagadora maioria da população, os consensos fingidos são figuras de oca retórica e a estabilidade governativa a todo o custo não pode ser tabu, num país destruído muito menos.
De facto há limites e a paciência é uma delas, tenha santa paciência.
De vez em quando, "sancta simplicitas", apetece dizer, como disse da fogueira um condenado onde estava a começar a ser imolado, em nome da VIRTUDE, quando uma anciã, lançou um graveto para a referida fogueira.
sábado, maio 11, 2013
Morrer em Portugal por medo de viver
Morrer em Portugal por medo de
viver
Em Portugal morre-se de medo, de
terror que não é irracional e é o pior dos medos, o de viver e sobreviver,
apenas num país em guerra isso acontece.
Vivemos num país em guerra? Parece
que sim, contra a oligarquia financeira e a partidocracia instalada desde Abrl.
A taxa bruta de mortalidade em
2012 disparou para valores idênticos aos dos anos 60, se atendermos à taxa de
mortalidade infantil da altura.
Pois é a economia estúpidos e é o
terrorismo de estado com anúncios frequentes que são retirados a seguir,
fazendo da população mais vulnerável o alvo.
As previsões falhadas e
substituídas por outras que se sabe que vão falhar são actos premeditados e criminosos.
Ano
|
Mortalidade
|
Nados
vivos
|
Diferença
|
2003
|
108.795
|
112.774
|
3.979
|
2004
|
102.012
|
109.298
|
7.286
|
2005
|
107.512
|
109.399
|
1.887
|
2006
|
101.990
|
105.499
|
3.509
|
2007
|
103.512
|
102.492
|
-1.020
|
2008
|
104.280
|
104.594
|
314
|
2009
|
104.434
|
99.491
|
-4.943
|
2010
|
105.954
|
101.381
|
-4.573
|
2011
|
102.848
|
96.216
|
-6.632
|
2012
|
107.598
|
89.842
|
-17.756
|
*No ano de 2003 faleceram cerca de 3000 pessoas na sua
grande maioria idosos devido à vaga de calor.
Pandora deixou por ordem de Zeus
que a Esperança não fosse libertada para mal dos homens, parece que o desespero
arranca a esperança da alma dos que ficaram, dos que não puderam sair para uma
vida melhor, dos que não saíram por falta de coragem e por esperança, ficando
num deserto e num pântano uma população assustada, aterrorizada pelos
criminosos que provocaram a crise que se vive, num país sem Estado e sem
poderes legalmente constituídos, porque todos os dias a lei é atropelada,
apenas aplicada aos fracos.
Da reforma de um Estado morto
ninguém se queixa, deveria ter começado no poder local e regional, porque o
Estado Central há muito morreu e nisso toda a partidocracia está de acordo.
sexta-feira, maio 10, 2013
Ea montanha vai parir um rato no reino do faz de conta
Fechados sete acordos para cortar 300 milhões nas PPP | iOnline
300 milhões em quantos?
300 milhões em quantos?
Perguntem ao Senhor Silva, ao Senhor Sócrates, ao Senhor Coelho, aos banqueiros do regime e muitos outros porque as PPPs se continuam a fazer e porque razão a montanha nestes casos vão parir ratos.
Os governos BPN e as oposições das causas fracturantes
Depois do governo BPN I, o do oásis, temos agora
o do BPN II, o do deserto, repete vezes sem conta que a crise não foi bancária,
não querendo ser o do pântano, embora os miasmas que dele vivam, com as suas
emanações morbíficas sejam os mesmos que viveram do BPN I/SLN e agora fazem
tudo para apagar a sua má memória, através deste, o governo BPN II.
As más consciências só existem para quem a tem,
coisa que não existe para quem comanda este sítio muito mal frequentado.
Diz o chefe deste governo que o terrorismo está
nas pressões de quem fala (mal) dele, no entanto, existe uma coisa cultivada
por este, que é o terrorismo de Estado.
Os órgãos de soberania estão com ele, cultivam a
divisão entre as populações, o ódio entre o que é privado e público, criando um
clima de confrontação com o Estado, ou seja, um ente, dado por
meio pataco, aos poucos, aos clientes privados. De dia, fazem de conta que
se faz a reforma do mesmo e à noite dormem com os parceiros privados, tornando
o mesmo Estado numa casa de passe em que Assembleia da República se tornou, um
centro de negócios como o Professor Paulo Morais lhe chama com tudo incluído,
vícios privados e falsas virtudes públicas. .
Falam nos consensos, o de Belém e o de S. Bento,
depois do de Belém ter criado o oásis com as mesmas folhas de excel, feitas por
conselheiros que hoje são ministros e outros, ministros sombra, daí que exista
um consenso de facto, o do deserto, podendo ser este considerado o governo do
deserto.
Sobre o resto, até a forma como trata as
oposições, que estão à sua altura, emulando tudo, como no tempo do governo
BPN I, o do oásis, tornando o negócio que destruiu o país, num leilão de despojos
e acenando com o medo e o terror, através de cortes, de antecipação e anúncios
forjados para ver se cola, pelos cachorros dos media que têm na sua mão e
com trela de asfixiar.
Esta forma de governar que pisa os fracos e
engorda os fortes pode ser chamada de eutanásia social, os números
demonstram-no.
Portanto, o Estado morreu através desta deriva, a
UE está morta e só falta enterrar e por certo, mais tarde ou mais cedo seremos
corridos do Euro como os falsos maus alunos de uma Bruxelas corrupta e maldosa,
comandada como sempre foi, por fora a partir do momento em que cederam a
industrialização aos financeiros, trocando os homens, as máquinas e o saber,
por instrumentos de terror e roubo, conhecidos por derivados e outras invenções
de casino, dando como exemplo mais conhecido, agora, de muitos, os CDS ou
SWAPS.
Retirem a ESPERANÇA do vosso coração porque
é disso que precisam, é disso que os que comandam temem, sabem que é dado como
certo que não destaparão a Caixa de Pandora para libertar o último dos males
que os atormentam, a todos que ainda distinguem no meio deste deserto, as boas
e as más consciências.
O último dos males: a esperança.
Depois de invernoso tempo, de
limpar a toca e enterrar alguns dos meus fantasmas, porque todos é tarefa
impossível, o sol brilhou e subindo a um pequeno outeiro, cheirei e ouvi o
vento que trouxe as vozes dos humanos do sítio, não lhes ouvindo calmas
palavras, apenas imprecações, lamentos e esperanças vãs, depois de encolherem
os ombros.
O meu Avô Toupeira contou-me
então uma história:
Pandora trouxe o vaso com os
males e abriu-o. Era a dádiva dos deuses aos homens, por fora um lindo e
tentador presente, denominado “vaso da felicidade”. Então, voaram cá para fora
os males, seres vivos alados: a partir daí, andam a vaguear e causam danos aos
homens, de dia e de noite. Um único mal não se tinha ainda esgueirado para fora
do vaso: então, segundo a vontade de Zeus, Pandora fechou a tampa e, portanto,
ele ficou lá dentro. Agora, o homem tem para sempre o vaso da felicidade em
casa e pensa que maravilhoso tesouro aí tem; está ao seu serviço, ele deita-lhe
a mão quando lhe apetece; pois não sabe que esse vaso, que Pandora trouxe, era
o vaso dos males, e toma pela maior benesse o mal que ficou para trás – é a
esperança. É que Zeus queria que o homem, mesmo por muito atormentado que fosse
pelos outros males, todavia não rejeitasse a vida, mas continuasse sempre a
deixar-se atormentar de novo. Para isso, ele dá ao homem a esperança: ela é, na
verdade, o pior dos males, pois prolonga o tormento dos homens.
Nietzsche “Humano demasiado
humano”
Os humanos do sítio, ao que
parece, acreditam que tudo vai passar, que é coisa passageira como nuvem, os
mais curvados olham para o chão, deixaram de acreditar mas alimentam que algo
dali vai brotar, tudo perderam, procuram as sementes da dignidade perdida,
outros ainda não curvados, esperam, vociferam e praguejam, mas ainda não
perderam completamente a dignidade, afinal o mal ainda apenas aconteceu aos
outros e isso é lá com eles.
Maquiavel sabia que quando não há
comida os ratos se devoram uns aos
outros, os seres que comandam o sítio dos humanos usam essa forma de governar
atiram os ratos uns contra os outros.
Os que ainda sobrevivem, no medo
e no terror todos os dias divulgados pelos meios que os humanos usam através do
éter, não arrancaram a Esperança da sua alma, as ratazanas que os comandam,
sabem, que enquanto o mal que Pandora não libertou continuar na sua caixa,
podem descansar.
quinta-feira, maio 09, 2013
A caixa de Pandora
Jorge Miranda. Diminuição retroactiva de pensões é "manifestamente inconstitucional" | iOnline
Fala das pensões dos políticos e dos seus regimes não contributivos, não interessa se se gosta ou não da pessoa, só o futebol é irracional quando se vê o nosso clube.
O Estado não existe no seus vários poderes.
Estranha-se que juízes ligados a determinado partido tenham votado a favor da inconstitucionalidade das normas de que o governo dos oligarcas se queixa, no entanto tem de se fazer fé que foi por não concordarem, embora o que se pode concluir é que o referido governo usa as decisões deste tribunal como arma de arremesso e como justificação para a sua incapacidade em considerar ilegais os contratos das PPPs e lesivos para os contribuintes e para o país.
Por outro lado apenas mexeu na reforma do Estado nas Freguesias, nas Câmaras Municipais nem pensar, para isso é preciso ter coragem e ser independente.
Apaguei alguns artigos que com o pouco tempo de que disponho escrevi, não quero pensar que Blog está morto.
Estou a tentar apresentar uns números acerca da questão da esperança de vida e da falácia em que se transformou, assim como o chamado factor de sustentabilidade da SS.
Uma crise com a actual provocou danos na sociedade que vão alterar todas as contas e o tempo médio de esperança de vida não vai continuar a subir, juntando a isto os saldos migratórios e os números de nados vivos, adivinha-se desastre.
Fico admirado que pessoas ligadas a estudos antropológicos e sociais se dobrem a um poder político corrupto e mentiroso, porque todos os dias somos assaltados nos media por anúncios terroristas colocando as populações idosas e os mais vulneráveis em situação de medo semelhante ao medo de bombardeamentos de uma população civil em guerra.