sexta-feira, março 31, 2006

Até amanhã.




Passar bem. Vamos andar de mota.

Vitória de Freitas.

"O ministro dos Negócios Estrangeiros considerou "uma vitória para os dois países" a reunião que teve ontem em Otava, com os ministros canadianos dos Negócios Estrangeiros e da Imigração e Cidadania. As deportações de portugueses vão continuar, porque a "lei é para cumprir", mas, agora a diplomacia portuguesa e o governo canadiano trabalharão em conjunto. Freitas do Amaral disse aos governantes de Otava que não era intenção do Executivo português interferir na política de imigração canadiana. "Quem está ilegal tem que se ir embora, como acontece em Portugal", sublinhou, em entrevista à SIC Notícias. "

1/ Freitas considera uma vitória os portugueses continuarem a serem deportados. O que seria para ele uma derrota?

2/ Em Portugal os ilegais tem de ir-se embora? Alguém tem de explicar a Freitas que não é bem assim. Ou melhor. Freitas devia convencer os canadianos a funcionar como cá. Até casas eles iam oferecer aos portugueses.

Como melhor afirma o Blasfémias:

"O Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal foi a Otava para defender os direitos dos portugueses repatriados. Insinuou desconfianças, contratou um advogado para se inteirar se o governo do país estava a cumprir a lei, e conseguiu, «por cortesia», ser recebido pelos seus homólogos dos Negócios Estrangeiros e da Emigração.Regressou, ontem mesmo, de nariz caído, e com a surpreendente informação, que lhe terá sido transmitida pelos seus anfitriões, de que, no Canadá, «quem está ilegal tem que se ir embora, como em Portugal». Nada que certamente lhe não lhe pudessem ter dito pelo telefone, ou ao seu embaixador local, de modo a poupar-nos a tão exótica epopeia. Pelo caminho, ainda escutou uns enxovalhos de um tal Richard Boraks, advogado dos portugueses vitimados pela medida de expulsão, que considerou a sua visita ao Canadá «um insulto».Em face disto, subsiste apenas uma dúvida: por quanto tempo mais vai José Socrates manter este democrata-cristão nas Necessidades? Talvez fizesse mais falta no Largo do Caldas, onde, quem sabe, o seu regresso pudesse contribuir para o ambiente de animação generalizada que por lá vai e que tanto tem divertido o país. É só uma sugestão.

Estupidez e segurança.

"Um suicida palestiniano fez detonar, quinta-feira à noite, uma carga explosiva que transportava consigo dentro de um carro conduzido por jovens israelitas, causando quatro mortos, num atentado perpetrado próximo do colonato judeu no norte da Cisjordânia. Ao que tudo indica, o bombista suicida pediu boleia na estrada à passagem do veículo, sendo que, já no interior deste, fez deflagrar os explosivos que transportava. O atentado foi reivindicado pelas Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa, braço armado da Fatah."
Também em Israel há pessoal tipo Bloco de Esquerda pregando que os palestinianos são todos boa gente. Também em Israel há broncos que acreditam em tudo. "Felizmente" não sobreviveram para questionar a sua monumental estupidez.

Casamento homossexual.

"Há limites para as escolhas individuais, sobretudo quando envolvem terceiros que carecem de protecção como é o caso das crianças. Com as crianças não se fazem experiências, por mais “fracturantes” e eleitoralmente atractivas que sejam. Pode ser trágico. Aliás, a psicologia refere que a existência de um modelo masculino e feminino é importante para a formação da personalidade.

O casamento ‘à la carte’ implicará, a prazo, a aceitação da poligamia ou do incesto, esses “últimos tabus da sociedade burguesa”. Privatizar totalmente o casamento é uma irresponsabilidade e uma cedência ao individualismo social dominante. A lei pode proteger a união de pessoas homossexuais, que merecem todo o respeito, aperfeiçoando o regime jurídico da União de facto, mas sem equiparar ao casamento. Tal seria artificial e com consequências imprevisíveis. Argumentar contra o casamento homossexual não implica “reaccionário”, “intolerante” ou “homofóbico”, esses novos rótulos moralistas dos politicamente correctos. Recordo-me das palavras do ex-Primeiro-Ministro socialista francês Lionel Jospin, opositor do casamento ‘gay’: “a humanidade não se divide entre homossexuais e heterossexuais, mas entre homens e mulheres”. A instituição socialmente valiosa e insubstituível que une ambos é o casamento."

Mais aqui.

Subsídios.

"Milhares de desempregados não estão a receber ajuda do Estado. O número pode aumentar com a alteração das regras do subsídio de desemprego. Segundo contas oficiais, estão à procura de trabalho 488 mil pessoas. Mas 172 mil desempregados não recebem o subsídio de desemprego por razões diversas. Estão nesta situação pelo menos 34 mil jovens à procura do primeiro emprego, pessoas que já ultrapassaram o prazo durante o qual têm direito a receber o subsídio e ainda outros inscritos nos centros de emprego. O número de desempregados sem subsídio pode até aumentar em breve porque o Governo prepara-se para mexer nas regras desse apoio social."

Expresso

Jovem à procura de primeiro emprego recebe subsídio de desemprego? Naturalmente é preciso tirar de algum lado para poder dar casas e garantir o subsídio de rendimento mínimo à chuva de imigrantes que desaba em Portugal.

Politização da justiça.

"O procurador-geral da República, Souto Moura, teme que a definição de prioridades, prevista na proposta de lei-quadro da política criminal, faça "renascer o fantasma das prescrições" e provoque um aumento do número de arquivamentos de processos por falta de provas, criando, assim, a ideia de que o crime que "não é prioritário é impune". Souto Moura estranhou ainda que a política criminal passe a ser definida pela Assembleia da República, questionando nomeadamente o tipo de relacionamento desse órgão com o procurador-geral da República, ao lembrar que na arquitectura do sistema actual, este não depende politicamente do parlamento."

JN


Subtracção de poderes à PJ e definição de prioridades na investigação. Querem melhor?

Restaurantes chineses.

"Algumas das brigadas que ontem inspeccionaram uma centena de restaurantes chineses em todo o país, levaram consigo jornalistas. O JN acompanhou duas, no Porto e em Sintra, das quais resultaram a apreensão de perto de 200 quilos de carne e pescado. Na fiscalização realizada a restaurantes situados em Belas e Rio de Mouro, foram seladas arcas de conservação de alimentos, com carne e pescado avariados. Isto é impróprios para consumo por terem sido adquiridos frescos e posteriormente congelados em arcas de conservação, só indicadas para guardar alimentos previamente congelados. Além disso, os alimentos não tinham qualquer rotulagem, que indicasse a data da congelação, e estavam enfiados em sacos de plásticos vulgares, em contacto com as tintas usadas na publicidade. A carne apresentava-se escura, toda "comida" pelo gelo, e o peixe com um cheiro quase nauseabundo. O casal de proprietários do restaurante de Belas, tem um armazém na cave, onde conviviam alimentos, roupa e produtos de higiene pessoal. Apesar de terem dado uma morada diferente, a ideia com que se ficou foi a de que residiam naquela cave. Havia lá uma cama.

JN
Se uma dia alguém quiser revelar como funciona a actividade comercial dos chineses, muita gente ia ter uma surpresa. Felizmente existe o "politicamente correcto" a impedir (ler aqui) que tal aconteça.

PJ.

"Vários membros do Governo, nomeadamente o ministro de Estado e número dois do Governo, António Costa, estão contra a decisão do ministro da Justiça, Alberto Costa, em manter em funções a direcção da Polícia Judiciária depois do ultimato público de quarta-feira. "

DN

"Esta não é, obviamente, uma mistura aceitável, já que coloca num organismo submetido, em primeira instância, a mecanismos de decisão política e não judicial, informação relacionada com a investigação de casos concretos. A partir daqui toda a suspeita é legítima e o Governo está a pôr-se na linha de fogo, ainda que se resguarde com um relatório da União Europeia mas que não tem um carácter impositivo.

Para já, é neste contexto que devem procurar-se as explicações para esta extravagante crise de uma das mais prestigiadas instituições de investigação criminal do País aos olhos da população. Queira qualquer Governo ou não, é mesmo assim: a função, a vocação, a eficácia, a história da PJ são respeitadas pelos portugueses e vai mal quem as submeta a pressões de qualquer espécie que não sejam inteligíveis por critérios de racionalidade e respeito por princípios fundamentais de direito.

O Governo está, pois, a meter-se por um caminho ínvio. No curto prazo até pode concretizar a concentração de poder no topo da hierarquia e na Administração Interna. Mais tarde, a factura a pagar poderá ser brutal. Desde logo porque está a instalar um clima de guerra civil entre os poderes de Estado. Mas sobretudo porque manter por muito tempo um controlo absoluto de tudo o que nos aborrece é impossível
."

DN

Curiosidades.

"São poucos os portugueses que pedem o visto para trabalhar no Canadá - 40/50 por ano. Foi a justificação que os responsáveis da Embaixada do Canadá em Lisboa deram para fechar o gabinete de imigração em 1998. A medida coincidiu com a eliminação da obrigatoriedade do visto de entrada para os portugueses visitarem o Canadá, em 1997. Quem quer emigrar legalmente tem de contactar a representação diplomática canadiana em Paris. Entre 1 de Abril de 202 e 31 de Março de 2005, os serviços de imigração concederam 202 mil autorizações de residência permanente, dez mil vistos de residência temporária, 112 mil vistos de trabalho e 64 mil vistos de estudantes. Recusaram 94 mil entradas. "

Sendo os emigrantes pobres, contactar a representação diplomática canadiana em Paris não dá "muito jeito". Depois o nosso governo também não ajuda nada. Conclusão: em Portugal os portugueses têm menos direitos que os estrangeiros.

Quinta do Mocho.

"Dois homens foram detidos e outros cinco identificados pela Polícia, na sequência de uma operação desencadeada na Quinta do Mocho, relativa a crimes de posse ilegal de armas de fogo usadas por grupos de indivíduos em actividades ilícitas."

Para quem não sabe, a Quinta do Mocho é, em todos os sentidos, um bairro irmão da Cova da Moura.

Cova da Moura.

"Agentes da PSP detiveram um homem de 35 anos, na Cova da Moura, anteontem à tarde, suspeito de traficar estupefacientes e de posse ilegal de arma de fogo"

Apesar do que dizem, acreditamos que deve haver boa gente na Cova da Moura. Difícil é encontrar algum.

quinta-feira, março 30, 2006

CALENDÁRIO GREGORIANO, PAPA GREGÓRIO

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Gregório nunca leu o "Cavaleiro Andante", nem o "Mosquito", nem sequer o "Homem Aranha"ou o "Flash Gordon". Filho dum sacristão maronita e duma copeira de refeitório recuperada para o Apostolado, foi internado à nascença num Abrigo para crianças, onde aprendeu o "pai nosso", mesmo antes de saber falar.Aos 6 anos sabia o "Génesis", o "Exodus", o "Levítico", o "Números" e o "Deuteronómio", de fio a pavio. Aos 8, já subscrevia artigos de opinião no "Osservatote Romano".

Virgem de contactos com a realidade social, aos 15, só conhecia as esquinas dos calhamaços que estudava, o pó dos pesados móveis do quarto de dormir, e o ressonar pesado do Cónego Cabral, seu líder espíritual e confessor. Viu uma mulher pela primeira vez aos 18, já no fim do seminário. Foi a Irmã Kátia Marlene, uma rotunda balzaquiana, com farto buço, arroxeado pelos fumos poluentes da cozinha do Convento, e uma tonelada de enxúndia altamente concentradas na zona calipígia inferior, e na difusa área do "patriotismo" exacerbado. Enfim, um verdadeiro Viriato. Ficou tão enervado com este choque com real, que concorreu para Sumo Pontífice, introduziu o Báculo, e o Poder Temporal, fundou juntamente com a Jayne Mansfield um conjunto que ficou conhecido por "Mamas and Papas", realizou inúmeros milagres, e acabou no Calendário Gregoriano, por despacho dele próprio.

Até amanhã.



Alguém se importa da repetição?

Só nos gozam.

"Num conjunto de 30, Portugal é o 13º país da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) que menos tributa o trabalho. A análise mostra que 32,6 por cento do salário bruto dos portugueses vão para os impostos, pelo que Portugal ocupa também melhor posição do que a média da União Europeia (UE) dos 15, onde o peso dos impostos é de 40,8 por cento. Portugal está também melhor do que a média dos 30 países da OCDE (taxa de 36,5 por cento).

Os dados constam do «Livro Factos 2006» da OCDE divulgado esta semana e dizem respeito a 2004. Os impostos em causa são os impostos sobre o rendimento e as contribuições para a segurança social pagos pelo trabalhador e pela empresa
."


Convinha inserir estes dados num contexto geral aonde fosse incluído o custo de vida versus salário. Em Portugal, existe tributação sobre tudo e todos.

Exemplos:

Impostos Estaduais

IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO

IRS - Imposto sobre o Rendimento de pessoas Singulares
IRC - Imposto sobre o Rendimento de pessoas Colectivas

IMPOSTOS SOBRE A DESPESA

IVA - Imposto de Valor Acrescentado
RITI - Regime do IVA nas Transacções Intracomunitárias
SELO - Imposto do Selo

Impostos municipais

IMI - Imposto municipal sobre imóveis
IMT - Imposto Municipal sobre a Transmissão de Bens Imóveis
Imposto Automóvel
Imposto sobre Produtos Petrolíferos

Outros:

Taxa de Conservação de Esgotos

IS - Imposto Sucessório

IA - Imposto Automóvel

IT - Imposto sobre o tabaco

Acresce que Portugal é um dos países da UE com maior risco de pobreza (20%), ainda que haja uma melhoria face a 1995 (o risco de pobreza era então de 23% de acordo com os dados estatísticos disponíveis). O relatório da Comissão Europeia sobre a Inclusão Social confirma-o. São identificados três problemas estruturais - os baixos níveis da protecção social, da educação e da qualificação. Quanto a esta diz-se que "o baixo nível de qualificação de largos sectores da mão-de-obra, numa economia baseada no trabalho intensivo com baixos salários ("os trabalhadores pobres") dificulta a reestruturação sectorial e explica o baixo crescimento da produtividade".

Na União Europeia desconta-se mais mas obtém retorno. Em Portugal a carga fiscal é EXCESSIVA e só serve para engordar os parasitas e promover a economia paralela, não para desenvolver Portugal.

Curiosa esta forma do governo embalar a opinião pública para ter mais margem de manobra. É isso meus amigos. Aproxima-se uma nova campanha para aumentar os impostos directos que incidem sobre o trabalho dependente.

Conselho: Convém que sobre algum dinheiro do ordenado para poder pagar os estantes impostos.

Terrorismo.

"O Serviço de Informações e Segurança (SIS) detectou em Portugal, no ano passado, um crescimento da actividade de grupos terroristas islâmicos. De acordo com o Relatório Anual de Segurança Interna de 2005, embora não se tenha detectado a existência de células locais de grupos terroristas internacionais, passaram por Portugal diversos suspeitos de envolvimento em “recrutamento e preparação de atentados”. E no País continuam a existir, e aumentar, estruturas de apoio logístico e financeiro a grupos extremistas.

Em Setembro de 2005, a convite de uma empresa portuguesa, 48 passageiros oriundos do Magreb aterraram no aeroporto da Portela em Lisboa. O motivo da visita era dar a conhecer o nosso país como destino turístico. Dos que desembarcaram na capital, apenas onze pessoas regressaram aos seus países. Este episódio colocou as forças de segurança “à beira de um ataque de nervos”. Todos os hotéis da capital foram revistados à procura dos fugitivos e todas as forças policiais foram mobilizadas para o efeito. O episódio foi até discutido na Unidade de Coordenação Anti-Terrorista (UCAT), onde as autoridades manifestaram a sua preocupação pela quebra de segurança existente no aeroporto de Lisboa.

O desaparecimento dos passageiros foi comunicado a todas as autoridades policiais internacionais, desde o FBI à Interpol, passando pela CIA. Aliás, estes organismos visitaram Portugal no início do ano, manifestando a sua preocupação ao Governo pela facilidade com que eram obtidos documentos no nosso país
."

CM
Perder o rasto desses "pintas" já é mau. Agora oferecer-lhes o rendimento mínimo garantido... Portugal é um país de oportunidades. Vamos esperar o comentário do Bloco de Esquerda a possíveis medidas para combater o terrorismo.

Retrato do país.

"A percentagem de inquéritos sobre crimes de corrupção que acabou em acusação subiu 42 por cento em 2005. Segundo os números do Gabinete Coordenador de Segurança, a Secção Central de Investigação de Actividades de Corrupção (SCIAC) registou 118 inquéritos arquivados e enviou 91 para Tribunal.

ALGUNS CASOS

SOBREIROS

O caso Portucale que envolveu o Grupo Espírito Santo e o ex-ministro, Nobre Guedes, foi um dos casos investigados em 2005, de que ainda não se conhece acusação.

AMADORA

As irregularidades na Câmara da Amadora e do seu presidente, Joaquim Raposo, foram investigadas em 2005 e o inquérito foi remetido aos tribunais com proposta de acusação.

SEGURANÇA SOCIAL

Outro processo investigado e concluído pela PJ foi o que detectou irregularidades no Instituto da Segurança Social, onde foi detida uma assistente principal que falsificava inscrições para imigrantes de Leste
."

CM

Curiosamente o poder politico vai tirando meios às policias para investigar o fénomeno da corrupção em Portugal. Efectivamente na PJ falta dinheiro para combustível, material de escritório, produtos de limpeza, bem como para acorrer a outras despesas como sejam, electricidade, telefone e portagens. Agora com o longo e burocratico caminho para a imperiosa troca de informações, retirando à Polícia Judiciária as ligações com a Interpol e a Europol, passando-as para o Gabinete Coordenador de Segurança, tutelado pelo Ministério da Administração Interna (MAI), é o fim da última barreira que luta eficazmente contra o crime.

Conclusão: se a criminalidade está diminuindo desde há 2 anos, é natural que não seja necessário haver polícia. Certo?

Incidente de recusa.

"O advogado de Marcus Fernandes – o luso-brasileiro acusado de duplo homicídio dos agentes da PSP da Amadora Alves e Abrantes – recusou a juíza presidente do colectivo, Ana Paula Conceição, por “imparcialidade."

Descobriram este truque e agora não querem outra coisa. Com a nova revisão do Código, espera-se que a proposta de alteração do efeito do recurso do incidente de recusa de Juiz, de forma a evitar a utilização perversa desse incidente,consagrando um regime regra de efeito meramente devolutivo mitigado, à semelhança do previsto no art. 38º nº3, seja algo de jeito.

É a selva nas escolas.

"Mais uma professora agredida. Esta quarta-feira, no Porto, um aluno deixou uma docente com um hematoma e foi suspenso. Há uma semana, outra professora foi esbofeteada por um rapaz que não frequentava a escola. No início de Fevereiro, em Ovar, um aluno de 12 anos atacou a professora pelas costas com uma pancada na cervical que a levou ao hospital.

Mas os casos não param: o PortugalDiário sabe que, recentemente, uma professora em Coimbra e outra no Porto, numa escola em Aldoar, sofreram na pele a intimidação que os alunos sujeitam os docentes. E não fizeram queixa. Além do «medo da retaliação», os professores não querem que a classe mostre ainda mais «fragilidades». Arminda Bragança, da Federação Nacional de Educação (FNE), garante que «a população escolar pode retaliar» e os professores sentem esse receio num dia-a-dia de violência física e psicológica.

É a selva nas escolas. Com os números a aumentar para o dobro, o Gabinete de Segurança do Ministério registou 1.232 ofensas à integridade física. Os números de 2003 já eram preocupantes. 293 professores e 315 funcionários foram vítimas de insultos ou agressões físicas. A violência cresceu mais de 40 por cento, em relação a 2002
. "


"Os números apresentados, são apenas a ponta do Iceberg. A violência nas escolas é generalizada, todos os dias assisto a gritarias interminaveis, cenas de pugilato, insultos verbais, ameaças, roubos, má educação extrema e mais grave que isto tudo: IMPUNIDADE (QUASE) ABSOLUTA.

Estas situações afectam gravemente processo de ensino/aprendizagem, porque muitas delas ocorrem dentro das aulas, porque desgastam fisica e psicológiamente os professores e porque impedem que os outros alunos aprendam.

Parte do mal está nos problemas sociais e familiares. Outra parte, está na maneira como o ME lida com a indisciplina. Ideologia dominante é a da desculpabilização dos agressores, a do "coitadinho" e a da escola "inclusiva". Chegará o dia em que esta geração de alunos "incluídos e desfavorecidos", completamente desregrada, sairá das escolas. Até vão fazendo que não sabem de nada...
"

Novamente a Amadora.

"Uma estudante de 19 anos foi anteontem esfaqueada à porta da sua casa na Damaia, concelho da Amadora, por um assaltante a quem recusou entregar o telemóvel. Raquel Santos Pereira, estudante de Medicina Tradicional Chinesa, estava a chegar das aulas, pelas 22h30, quando foi abordada por um homem que, segundo descreve, aparentava os 18 anos."

Polícia Judiciária.

"A decisão está tomada e “é irreversível”. Se o Governo mantiver a opção de retirar à Polícia Judiciária as ligações à Interpol e Europol e competências em departamentos “essenciais”, a Direcção Nacional da PJ “vai demitir-se em bloco”, disse ao Correio da Manhã fonte da Polícia. Uma demissão em bloco que pode ser consumada já hoje, caso o Governo aprove, em Conselho de Ministros, as medidas já rejeitadas pela Polícia. O ministro Alberto Costa pretende “passar todas as ligações à Interpol e Europol para o Gabinete de Coordenação de Segurança, da dependência do Conselho de Ministros” – e a PJ não admite perder essas relações; assim como se recusa a aceitar “reestruturações impostas em vários departamentos”.

CM

«É preciso que as pessoas saibam que é a segurança de todos que está em causa», alerta Carlos Garcia para acrescentar: « duas formas de encerrar a PJ: por decreto ou por asfixia financeira». «Querem agora atribuir estas competências a um órgão coordenador de segurança que é político e securitário? Querem agora politizar a investigação? Se é isso então que o digam claramente».

quarta-feira, março 29, 2006

Até amanhã.


Segunda circular.

"As principais ruas de Lisboa registaram, no ano passado, 3739 acidentes de viação (3077 colisões, 211 atropelamentos e 451 despistes). A Avenida General Norton de Matos, mais conhecida por Segunda Circular, que atravessa a capital entre Sacavém e Benfica, lidera o número de colisões em 2005 – com 320 casos."

CM

A grande maioria destes acidentes não ocorreriam se a IC16 e a IC17 (CRIL) já estivessem concluídas. Acresce a quantidade de horas e combustível que se gasta nessas intermináveis filas, bem como a poluição aí gerada. Agradeçam ao vereador Sá Fernandes.

Ainda a criminalidade.

"Em 2005, o crime geral baixou 5,5% em Portugal. Também o crime violento diminuiu 3,7%. Mas alguns crimes tiveram uma subida que preocupa as Polícias."

CM em 29/03/06

"Há sinais preocupantes de que o crime está mais violento para as vítimas. O acesso a armas de fogo é cada vez mais fácil e os criminosos não hesitam em agredir ou abrir fogo. As autoridades preparam respostas e ontem polícias e Ministério Público discutiram o fenómeno num encontro em Lisboa."

O nível de violência associado aos crimes praticados na Grande Lisboa está a aumentar. Contra as estatísticas policiais, que traduzem uma descida da ‘criminalidade violenta’. No ano passado, a PJ apreendeu em Lisboa 65 armas. E prendeu mais gente por crimes cometidos com armas de fogo: 263 suspeitos – dos quais 156 ficaram em prisão preventiva. Há cinco anos que este tipo de crime está a subir e os alvos são cada vez mais variados
."

CM em 23/03/06

A verdade é que o "Relatório Anual de Segurança Interna reflete apenas a criminalidade participada às autoridades, ou seja, as queixas apresentadas. E não foram poucos os crimes – 383 253, grande parte violentos e com armas. Dezenas de milhares ficaram por denunciar (e contabilizar) porque as pessoas duvidam da eficácia das polícias. E o rátio de 36,2 crimes por mil habitantes não pode deixar ninguém descansado".

P.S. Curiosa a descida da ‘criminalidade violenta’ enquanto aumenta o número de presos por crimes cometidos com armas de fogo desde há cinco anos para cá. A menos que essas armas de fogo sejam isqueiros...

”Arranja-me um emprego…”

Arranja-me um emprego, pode ser na tua empresa, com certeza, …”. Era o início de uma das muitas canções de intervenção que durante o PREC as rádios mais imbuídas dos espíritos de Abril nos faziam ouvir. Confesso que sempre fui contra o emprego. Sempre defendi o trabalho. Cada um de nós tem a obrigação de produzir por iniciativa própria. Não que cada um de nós deva ser um empresário. Mas que cada um de nós deve ser empreendedor. Deve justificar o seu posto de trabalho. É esta, ao nível máximo, a única justificação para que os gestores de topo sejam milionariamente remunerados. Não sendo empresários, não assumindo responsabilidades pelo capital investido, nem, no limite, pelas vidas dependentes do sucesso da empresa gerida, a razão de ser do empenho e do correspondente sucesso profissional só pode ser a obrigação sentida por cada um de justificar, perante si mesmo, o seu posto de trabalho. De fazê-lo à sua própria dimensão.

E não acredito nos postos de trabalho criados pelo Estado. São sempre empregos. Enquanto o próprio Estado não for dirigido por Homens que tenham tido experiência de trabalho, no sentido da criação de valor e não no sentido de terem tido emprego, enquanto os nossos dirigentes máximos não forem gente que alguma vez tenha justificado o salário que recebe, não tenham tido responsabilidade por gente que deles dependa, não tenham lutado contra a burocracia estatal de ter de pagar IVA a um cliente – o próprio Estado – quando este ainda não lhes pagou o montante que origina o referido imposto, não tenham dado um aval pessoal para pagar impostos ou facturas porque o Estado não paga a horas, enquanto não for assim, os empregos gerados pelo Estado são sempre empregos e, portanto, serão sempre mantidos artificialmente, isto é, à custa do sacrifício de quem, verdadeiramente, trabalha
."

Mais aqui.

Benfica - Barcelona.





O Barcelona não soube aproveitar as muitas oportunidades criadas, as três ofertas de Moretto e a ajuda do árbitro. Quanto ao Benfica, só Manuel Fernandes (17 minutos) e Geovanni (23) responderam, com inspirados disparos de longe que saíram próximo da barra, à sufocante pressão catalã exercida na primeira parte. Com a entrada de Micolli, o Benfica transfigurou-se, conseguindo remeter a equipa catalã ao seu sector defensivo nos primeiros 10 minutos e criar várias oportunidades de golo. O Barcelona equilibrou, chegando a enviar duas bolas ao poste num jogo em que falhou muitos golos. Bom para o Benfica dado que o Barcelona raramente não marca golos. Quanto ao árbitro, ficou uma grande penalidade (mão na bola de Mota) por assinalar. O que não é pouco.

Alguma afirmação errada por certo.

"A mobilização francesa contra o Contrato de Primeiro Emprego (CPE) culminou hoje em manifestações de um e três milhões de pessoas, deixando isolado o primeiro-ministro, renitente a ceder apesar dos apelos para um compromisso. Os protestos, alguns dos quais violentos, nomeadamente na capital, atingiram proporções sem paralelo no país durante as últimas duas décadas.

Apesar da mobilização de 4.000 agentes, desordeiros encapuçados entraram em acção à margem do protesto parisiense, agredindo e roubando as pessoas, e partindo vidros. Muitos destes desordeiros eram provenientes de bairros degradados, palco dos distúrbios de Novembro de 2005
."
Deve ter sido algo que alguém disse que ofendeu os pobres coitadinhos dos bairros degradados.

Mais Bloco.

"O BE questionou hoje o Governo sobre o lugar do Cardeal Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, na cerimónia de posse do Presidente da República, Cavaco Silva, considerando que foi violada a Lei da Liberdade Religiosa. Em requerimento entregue hoje no Parlamento, dirigido ao Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), o deputado do Bloco de Esquerda (BE) Fernando Rosas lembra que na posse de Cavaco Silva o Protocolo do Estado «deu lugar individualizado e de destaque na Tribuna de Honra» a D. José Policarpo. Fernando Rosas salienta que, na cerimónia do passado dia 9, o Cardeal Patriarca de Lisboa foi o «único representante oficial de uma confissão religiosa» presente e colocado «em clara e excepcional posição oficial de destaque» no ordenamento das entidades que apresentaram cumprimentos a Cavaco
Silva
."

Rosas tem razão. O Cardeal Patriarca de Lisboa foi o único representante oficial de uma confissão religiosa e deviam estar presentes representantes de outras confissões como a Opus Gay e da ILGA. O futuro confessional de Portugal estão nas mãos deles.

Ciclo de cinema gay e lésbico "ajuda" jovens.

"O 3º Ciclo de Cinema LGBT, associação de jovens lésbicas, gays, bissexuais e transgéneros, exibe de quinta-feira a domingo, em Lisboa, seis filmes, seguidos de debates, para ajudar os jovens a lidar com a orientação sexual, noticia a agência Lusa. «O ciclo de cinema visa mostrar às pessoas exemplos positivos», disse hoje à agência Lusa o vice-presidente da LGBT, Jorge Santos, referindo que este é apenas um dos vários projectos da associação para sensibilizar a sociedade em geral e ajudar os jovens a assumir a sua orientação sexual numa comunidade que ainda os discrimina."

Segundo a LGBT, «não é a homossexualidade que é uma ameaça, mas a sociedade homofóbica que representa um perigo grave todos para aqueles, especialmente os jovens, que no dia-a-dia sofrem com o isolamento, as ofensas físicas e verbais, a consequente baixa auto-estima e tentativas de suicídio que o preconceito e a não aceitação da diferença gera
».

PD

Há que mudar toda a sociedade para satisfazer a meia dúzia de "oprimidos".

Casa Pia.

"O Estado vai pagar mais de dois milhões de euros em indemnizações às vítimas de abusos sexuais da Casa Pia. O Tribunal Arbitral, constituído para ressarcir alunos e ex-alunos molestados, decidiu atribuir a indemnização máxima de 50 mil euros a 40 das 50 vítimas que recorreram à comissão arbitral."

CM

Parece que ficou provada a vitimização e o sofrimento dos jovens. Mais difícil (ou mesmo impossível) será condenar os responsáveis. O que não deixa de "ter piada": ser vítima sem abusador.

Qualidade de vida.

"O Governo prepara-se para aumentar o Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP) em 2,3 por cento no início de Junho. Isso mesmo já foi comunicado a algumas grandes empresas que operam no sector petrolífero, transportador e algumas concessionárias de auto-estradas"

CM

"Os utentes dos serviços de saúde públicos vão pagar, a partir de domingo, taxas moderadoras mais caras, que no caso das urgências dos hospitais centrais custarão mais 23 por cento."

CM

A qualidade de vida dos portugueses aumenta a olhos vistos.

Polícia a diminuir.

"Um militar da GNR foi encontrado morto, esta quarta-feira, com um ferimento de bala, nas instalações do Grupo Territorial da GNR da Guarda, revelou um oficial da corporação."

"Um militar da GNR, de 46 anos, morreu esta última madrugada em Estarreja durante uma perseguição a dois menores suspeitos de furto, informou uma fonte do Comando geral da GNR
."
Parece que, ao contrário da criminalidade, o número de agentes da autoridade está a diminuir.

terça-feira, março 28, 2006

Até amanhã.


Viver em Portugal.

"Os números da execução orçamental não deixam margem para dúvidas. O Estado gastou, em 2005, 285,8 milhões de euros com o Rendimento Social de Inserção (RSI), mais 15 milhões de euros do que o previsto para o ano transacto, ultrapassando mesmo o orçamentado para 2006 (281,1 milhões). O distrito do Porto era, em Fevereiro último, o principal responsável pelo avolumar da despesa 32 996 beneficiários (10 095 em Fevereiro de 2005) e 12 942 famílias (4039 há um ano). No conjunto do país, o ritmo é de duplicação: há 184 708 beneficiários (91 811 há um ano) e 64 525 famílias (32 532 em Fevereiro de 2005). O que Pais Antunes apelida de "efeito de chamada" - a ideia de que é mais fácil obter o RSI leva a mais candidaturas - encontra alguma fundamentação nas mudanças introduzidas pelo Governo de José Sócrates, em cumprimento do que está estipulado no próprio programa de Governo.

Em Junho de 2003, a equipa de Bagão Félix tinha fixado critérios mais rigorosos para os beneficiários com menos de 30 anos, obrigando à sua inscrição nos centros de emprego, e passou a ter em conta os rendimentos dos candidatos no ano anterior ao do pedido, e não apenas no mês anterior, como antes. Para além de alargar o apoio aos estrangeiros, o actual Governo repôs os princípios originais, determinando que a fórmula de cálculo voltasse a ter em conta o valor recebido no último mês, ou a média dos últimos três. Reintroduziu a renovação automática da prestação ao fim de 12 meses, e voltou a abranger os menores casados ou em união de facto
. "

Viver em Portugal só com o Rendimento Social de Inserção (RSI). Se trabalha, com os impostos, descontos, empréstimos, etc, o saldo não compensa. Acresce ainda a obrigação de levantar cedo, apanhar filas de trânsito ou transportes públicos cheios, chegar a casa de noite cansado. Não. Não fazer nada e viver do RSI é que compensa.

Sem comentários.

"Rogério Alves, em declarações aos jornalistas, vincou que a Ordem «tem o poder de sindicar a actuação de todos os advogados», pelo que ninguém está fora da alçada disciplinar dos órgãos superiores da classe. «É uma `verdade de La Palice´, mas que é preciso recordar», afirmou Rogério Alves a propósito do abaixo-assinado de solidariedade com Júdice, que conta já com as assinaturas de figuras conhecidas como é o caso de José Pedro Aguiar Branco (ex-ministro da Justiça).

O processo de Júdice foi aberto pela Ordem dos Advogados, o ano passado, após uma entrevista ao Jornal de Negócios em que o antigo bastonário defendia que o Estado e as empresas públicas deviam consultar as três maiores sociedades de advogados em Portugal (entre as quais a de que é sócio) sempre que precisassem de consultoria jurídica. O actual bastonário da Ordem dos Advogados afastou «qualquer vestígio de perseguição» a Júdice, mas não deixou de fazer críticas indirectas aos contestatários, ao dizer que «a Ordem não é uma monarquia, pois tem os seus membros eleitos».

«Se não é uma monarquia, também não pode ser uma anarquia», disse Rogério Alves, que considera inadmissível este abaixo-assinado por se referir a matéria disciplinar, num litígio ligado às elites da advocacia
."
Não vamos comentar porque não queremos ser acusados de perseguição.

Resistência iraquiana.

"Três grupos de homens armados assaltaram e raptaram pelo menos 24 iraquianos que trabalhavam numa casa de corretagem e em duas lojas de produtos electrónicos, em Bagdad, segundo o Ministério do Interior."

Mais uma brilhante acção da "resistência" iraquiana contra a ocupação americana. Ocupação representada por "perigosos" funcionários civis iraquianos. Em condições normais seria apelidada de crime.

Grrrrrrrrrrr.

A actriz Scarlett Johansson foi considerada a mulher mais sexy do mundo pela revista para homens FHM

República das Bananas.

"Cerca de 400 passageiros viveram ontem 40 minutos de pânico no túnel do metro de Lisboa, entre Sete Rios e Praça de Espanha. O Metropolitano de Lisboa (ML) evacuou os passageiros sem informar as autoridades."

CM



Respeitar.

"O Supremo Tribunal do Afeganistão decidiu interromper o julgamento de um afegão convertido ao cristianismo, que segundo a lei islâmica poderia ser condenado à pena de morte, abrindo assim a possibilidade de uma eventual libertação por "incapacidade mental".

JN

Há que tolerar e respeitar esta religião da paz.

Criminalidade.

"Uma mulher de 88 anos foi ontem encontrada morta com duas facas espetadas no pescoço, no interior da sua residência em Cristelo Covo, Valença. O homicídio, com contornos macabros, poderá ter ocorrido há três semanas."
E a criminalidade continua a cair, a cair, a cair ... A cair em cima de nós.

segunda-feira, março 27, 2006

A nossa emigração.

"Chegaram ontem ao Porto só com roupa na bagagem. João e Elisabete Ferreira deixaram no Canadá sete anos de vida, bens e sonhos desfeitos. Para já não querem voltar, mas os filhos, Licínio e Alícia, devem fazê-lo em breve (pela via do casamento, com os noivos canadianos). A família está revoltada com o Governo português. “Não nos apoiaram em nada."

CM

"Nos meandros de Toronto, a situação atinge, por vezes, contornos que roçam o absurdo entre os ilegais "convidados" a fazer as malas e deixar o Canadá, há "dúzias deles" que são patrões de imigrantes legais e de canadianos. Num país onde a burocracia é mais simples do que as regras de imigração, foi possível a muitos portugueses registar a sua empresa. E são hoje muitas as que florescem na área da construção e da limpeza, por exemplo."

JN

Não tendo nada a ver com fumar ou a transportar droga, o nosso governo não tinha motivos para intervir. Mais. Não estando em causa estrangeiros ilegais, certos partidos políticos como o Bloco de Esquerda também se esqueceram dos seus eleitores. Felizmente, para os estrangeiros ilegais que entram diariamente, há casas e saúde grátis, legalizações fáceis e protecção exagerada. Efectivamente os nossos emigrantes não são protegidos de igual forma nos países deles. Não é curioso este espírito português que coloca os seus cidadãos na condição de órfãos de Pátria?

Entrega de armas.

"Os portugueses que tenham em seu poder armas ilegais vão poder entregá-las ao Estado sem quaisquer consequências, anunciou o secretário de Estado adjunto da Administração Interna, José Magalhães, em declarações ao Diário de Notícias.

Com esse objectivo, o Governo prepara o lançamento de uma campanha pública, em conjunto com a Comissão Nacional de Justiça e Paz, prevendo-se que estas duas entidades se reúnam esta semana para definir os detalhes da sua concretização
."

PD
"Esta só para rir! Quando os delinquentes têm as armas que quiserem no mercado negro (não vão decerto comprá-las aos armiros agora detidos), inclusivamente as de guerra; quando as polícias são direccionadas para pregar multas aos cidadãos - numa prática corsária generalizada - e não para os defender de criminosos que actuam em quase completa impunidade; quando, por fim, o estado se torna cada vez mais o inimigo declarado do cidadão, este tem de se defender pelos seus próprios meios (direito que lhe é consagrado pela Constituição), sob pena de perder bens e, quiçá, a vida.

Assim, só um idiota completo é que iria entregar ao potencial criminoso nº 1 - o governo - as suas armas de defesa. Não teria consequências penais de momento, mas ficava «fichado» para ser posteriormente vigiado.

É claro que vão haver as encenações habituais de entrega de armas (tudo fingido, claro), numa campanha «publicitária» de que as detenções dos armeiros e polícias foram apenas o prólogo, para convencer os incautos e os tótós. E é claro que «fica sempre bem» tomar medidas (com um copo de água), que «visem» retirar armas (brrr... que medo) do mercado. No fundo, desarmar a população.
Já não há pachorra para tanta estupidez e má-fé juntas
!"

Os criadores de pragas

Nos tempos antigos em que os humanos usavam as parelhas de bois para os trabalhos de força nos campos, como arar, ou acarretar todo o tipo de produtos, esses bois tinham nomes.
A título de exemplo havia um que se chamava sampaio à laia de um morgado de má memória que tinha passado por aquelas terras onde esse boi trabalhava, precisamente porque tinha ar de manso mas comportava-se de forma por vezes bruta e falsa, dava patadas e corneava decerto por ter razões para o fazer, não duvido.
Como os bois têm nomes, devem ter nomes as patifarias que se fizeram e dizem acerca de um vírus aviário que se conhece há muito tempo.
Como as coincidências são demasiadas e a corrupção a nível mundial não mudou, não custa acreditar que quem vendeu os direitos de fabrico e comercialização do Tamiflu à Roche cobrando ainda royalties sobre as vendas, não tenha feito uma grande campanha de marketing ajudada pelos cachorros da comunicação social a nível mundial, controlados e com os donos do costume.
O resto é tudo uma questão de comissões a pagar, junto dos organismos que se encarregam de espalhar o terror e afixar posturas e editais.
Portanto depois da guerra às armas de destruição em massa e ao terrorismo, seguiu-se a guerra pela democracia, onde um dos grandes vencedores em massa (aqui o termo pode ser entendido como quiserem), foram alguns visíveis e outros menos visíveis, duma potência que arranja factos e vitimizações para os do costume ganharem cada vez mais royalties.
Os bois aqui terão outros nomes e decerto os morgados também, só que estes bois são mochos e investem como fazem os cornudos.
Só espero que a mina de ouro e a colecção de vírus existente no sítio referido, não nos esteja destinada, porque afinal o producto falado tem tantas contraindicações, interacções, limitações e efeitos secundários que se não for utilizado será para ir para o lixo. Será mesmo, porque os lucros estão cumpridos, espero que os cenários também o não sejam, porque aí a velha Europa será a primeira a apanhar por tabela.
Afastem-se dos espirros e avisem que quem espirra deve pôr a pata; digo a mão à frente do focinho;digo da boca e nariz.

domingo, março 26, 2006

CALENDÁRIO JULIANO, TELMO O CONFESSOR

..

Nascido de uma família nobre do Trentino, Alto-Ádige, entroncada no ramo Visigótico dos Hammaling, foi seu pai Oderic o Flatulento, e sua mãe a nobre Mikkas Vahgina Seminova. Corria o anno dominni 1483.
Cêdo o seu ar efeminado o fez notado nas docas daquele tempo, tendo sido contratacdo pelo Sultão Muamad Hahaha, para representar o Sultanato de Viena, no Festival da Asiovisão.
Ganhou por pequena margem a outro efebo, o Marco Polo, que também cantava-e-abafava...
Foi então para Roma acolitar o Cardeal Ciccio Engrazzia, onde lhe confessou, que as mulheres não eram a sua chávena de chá.
Daí para a frente confessava frequentemente, e quanto mais confessava, mais gostava de confessar.
Tanto confessou, que a sua fama ultrapassou os limites da Cristandade, de modo que o nomearam Núncio no Reyno do Catahi.
Ao interpretar o famoso êxito "senhor a teus pés te confesso", o mandarim sentiu-se ultrajado e mandou supliciá-lo à chinesa.
Aceitou rejubilante o sacrifício, não parando nem de cantar, nem de confessar, o que exasperou sobremaneira os pagãos, levando-os a exorbitar na aplicação da pena, o que provocou a decesso premeturo do nosso herói , de úlceras gástricas e hemorróidal.
O seu processo foi sorteado para a quinta vara do Supremo, onde o Cardeal Ratzinger o despachou ,já "de cujus", para o Calendário Juliano, por decôro.

sábado, março 25, 2006

Os vírus e outros seres indestructíveis

Apetece-me contar um conto, com personagens conhecidos, mas sem discurso directo, porque nós toupeiras andamos arrepiados com o que ouvimos e vimos ao ver destruir animais que connosco conviviam de perto. Chamemos-lhe uma estória de pânico…
Os humanos são seres inadaptados e o conhecimento das leis da natureza e sua arrogância perante os Elementos será a sua destruição.
Está escrito e é inexorável, começou quando pensaram, alguns deles que eram deuses ou podiam fazer de Deus, ao ignorar a existência da alma, ao mapear o cérebro e ao tentar localizar numa zona do mesmo, a consciência, através do estudo de lesões em humanos que pareciam não ser possuidores de sentimentos, como os afectos, a raiva ou o amor e a demonstração ou ocultação do mesmo através do fingimento.
Mas que outra espécie é capaz de forma premeditada de perseguir um alvo humano, para o abater ou trucidar, sem outro motivo que não o de matar.
Infelizmente, ao que parece, os dados estão lançados há muito e a contagem decrescente já começou.
A natureza pode ser manipulada, mas essa manipulação é um pau de dois bicos, porque por mais que se toque no material genético ou nos seus códigos, a capacidade de mutação é infindável e aqui estou a referir-me aos vírus.
Veja-se, a ser verdade o corre, o que a ganância pode fazer.
Inventa-se uma substância que inibe a replicação de um determinado vírus, entretanto manipula-se a opinião pública mundial, depois vende-se a patente a uma empresa, deixando antever que o concorrente não funciona tão bem como o desejado, tudo isto com o beneplácito das autoridades que deveriam zelar pela saúde de todos os humanos do mundo e pela fome no mesmo, desacreditando de forma definitiva estes organismos corruptos.
Estes vendilhões, iguais aos vendilhões que Cristo expulsou do Templo, são os mesmo que servem democracia em carros e aviões de combate, aproveitando ao mesmo tempo para fornecer o serviço de cattering aos exércitos de mercenários e ainda os aviões e toda a panóplia militar como convém. Estes são os donos do mundo, são os donos da moral e das éticas mundiais.
Mas graças a Deus não conseguem prever, que se lançarem a praga de um vírus altamente letal, podem ser vítimas colaterais das leis da Natureza, e serão obrigados a viver em abrigos com pressões positivas, como nas estórias de ficção porque os vírus e as bactérias não são domesticáveis.
Espero que os façam arrepiar caminho, porque para arrepiado já basta o meu pêlo.

Os carrapatosos e os novos teólogos do novo neo liberalismo

Texto e comentário de um tal Carrapatoso

Carrapatoso é o autor do texto, sendo ele um fazedor de sonhos, os dele, claro está. Fala de como realizar o sonho ou o milagre português, o método e os escolhos. Decerto subiu a pulso, decerto a estória das finanças é apenas uma estória, como tantas outras contada da maneira que convém. Mas ainda bem que os portugueses acreditam no Euromilhões. porque alguns , muitos, já sabem onde ir buscar o que não têm e o fenómeno ir-se-á alargar, cada vez com mais violência.

Afinal a culpa de tudo isto não pode morrer solteira e os culpados têm o futuro assegurado, os deles e os seus, tudo gente séria e esperta. Destruíram uma economia que funcionava em todos os sectores e um ensino que era mil vezes melhor que o actual, onde ( no actual) só chegam ao topo os que antecipadamente sabem as chaves dos pontos de exame, quando os exames são decisivos, basta para isso ter cartão de qualquer um dos partidos da democracia representativa sem excepções, criando-se assim os quadros analfabetos funcionais e os empresários que temos. É claro que muitos não gostam de ouvir isto, mas se se derem ao trabalho comparem as taxas de analfabetismo, porque se compararem a 4ª classe antiga com a actual chegam à conclusão que os analfabetos criados pelo regime da III república são muitos mais.

É claro que antes também existiam aldrabões, mas a esses eram estabelecidas baias, lembro o caso champas que depois da data milagrosa recebeu a dobrar e como nunca deu nada a ninguém, foi obrigado a oferecer muitos milhões de contos para uma organização, decerto sem alicerce e a que teimam chamar o que chamam, coisa que eu toupeira, especialista em construção não entendo. Este caldo está a apurar e a empurrar para uma sociedade cada vez mais violenta. Por mim, quando não tiver, vou roubar e matar se necessário, dizia uma doninha ao meu clã de longe.

É este o grande milagre do liberalismo e da globalização que é a mesma coisa. Assim ser liberal ou ultra liberal, para os patrões protegidos e naturalmente ladrões, salvo honradíssimas e de difícil sustentação é fácil dizer que é possível o milagre, comparando decerto com o sonho americano, do menino pobre que se transformou em homem rico, não existindo nesse exemplar país proteccionismo de espécie alguma, onde o trabalho precário é a lei, onde se ganha em geral 6 US D à hora, sem garantia, com um sistema de saúde só para quem tem dinheiro e quem tem normalmente é ladrão, chamado homem de iniciativas.

Assim as profissões de sucesso são: banqueiros, advogados , actores de todo o tipo, empresários que vieram do nada e descendente decerto de determinadas castas ou políticos empresários ou ainda mafiosos e bandidos de todo o género. Para manter isto, vão buscar aos pretos e latinos, como os de casta gostam de chamar, os soldados mercenários para proteger ou fazer as incursões como os corsários no tempo dos ingleses e holandeses, e poucos chegam a coronéis, como é de saber e esperar, apenas alguns, mas bem lobotomizados e que sabem que há um risco que se não pode pisar e para mostrar ao mundo que são os campeões da democracia, regime decerto ideal desde que os donos sejam sempre os mesmos.

Os outros estão na valeta ou presos, como convém. Basta ver as estatísticas. O milagre dos senhores carrapatosos e dos senhores belmiros são também estes, secundados pelos senhores dos sindicatos que gostam de ladrar e dos senhores dos partidos políticos que gostam de roubar e de desviar os olhos e dar o que não é deles. Portanto ainda bem que se joga e se acredita no Euro milhôes e não na roleta russa, mas com a arma virada para os miolos dos homens de sucesso. Ainda bem que os cínicos têm ainda cara de cínicos e ainda reconhecem o cheiro entre eles, não aconteça se comportarem como as ratazanas que atacam quando andam constipadas os da sua espécie, o que acontece por vezes, basta saber ler os artigos das imprensas ao contrário.

Espero que caldo entorne, porque está a engrossar e não param de atirar achas para a fogueira.

Quando se gastarem as lenitivas e enganadoras palavras acerca da dignidade do trabalho, da dignidade humana e da existência, a classe servil ainda optimista, passará ao estado que levará ao aniquilamento da sociedade civilizada, podem ler liberal ou globalizada, como quiserem.

Uma citação à laia de lembrete:

Nada há mais terrível do que um povo bárbaro de escravos a quem ensinaram a ver que a sua existência é uma injustiça, um povo que assim vai preparando a vingança não só para a sua geração mas também para todas as gerações do porvir.
Nietzsche in “A origem da tragédia”

O sonho e a realidade.

"Não existe o “Sonho Português” mas devia existir. Como não existe, estamos longe de atingir o objectivo último da nossa Sociedade: a felicidade dos Portugueses. A generalidade dos Portugueses tem dificuldade em acreditar que o seu futuro ou o da sua família vai melhorar. Não só as perspectivas de futuro são pouco risonhas, como se considera pouco capaz de as alterar. E compreende-se que os Portugueses assim pensem.Desde logo temos uma Sociedade que não prepara bem os seus cidadãos, em particular os mais desfavorecidos, que perpetua uma elevada taxa de abandono escolar e mantém um ensino caduco e, dum modo geral, de baixa qualidade.Depois temos uma Sociedade rígida e com um Estado ineficiente e asfixiante, em que os recursos disponíveis têm fraca mobilidade e são mal afectados, com mercados pouco abertos e concorrenciais, onde prevalecem proteccionismos e favorecimentos, e com um enquadramento que não estimula nem facilita a iniciativa e o investimento reprodutivo.

Finalmente temos uma cultura e atitude prevalecentes que não promovem a auto-responsabilização do cidadão, nem o incentivam para os comportamentos e posicionamentos correctos e necessários. Assim, quem nasce pobre ou desfavorecido muito provavelmente assim ficará.Para que o “Sonho Português” prevaleça toda esta situação tem que ser alterada. Cada Português tem que passar a dispor de condições de partida e de enquadramento que lhe permitam alimentar esse sonho para si e para os seus.É esse sonho que vai levar cada Português a tomar iniciativas e a não descurar a possibilidade de vir a ser empresário e de ter o seu próprio negócio.É esse sonho que impulsionará cada Português a dar mais atenção e a apostar mais na sua própria formação e, em particular, na formação e educação dos seus filhos.É esse sonho que vai levar cada Português a tomar mais o futuro nas suas próprias mãos e a compreender a inutilidade da busca do paternalismo do Estado ou da Empresa em que trabalha.

É esse sonho que aumentará a autoconfiança e optimismo de cada Português, sem prejudicar a sua predisposição para ser mais solidário e associativo.Não é um sonho digno de ser classificado como Português a concentração das expectativas em qualquer jogo de sorte, seja o euromilhões ou outro.Até porque aquilo de que se trata vai para além da melhoria das condições materiais, radicando, na sua essência, numa vontade de lutar por uma melhor qualidade de vida, assim como num consequente sentimento de realização e salutar orgulho próprio. O “Sonho Português” não tem que ser a cópia de qualquer outro sonho. Deve decorrer naturalmente da nossa história e ser consistente com os valores e visão que tenhamos para a nossa Sociedade.Haverá quem não queira que exista o “Sonho Português”.Uns porque têm dificuldade em encontrar o equilíbrio certo entre igualdade e liberdade, não vendo o indivíduo, a parte, para além do todo.Outros porque garantem melhor os seus apoios, e votos, quanto maior for o desespero e falta de esperança dos seus concidadãos.Estão enganados, porque de facto o sonho comanda a vida
.

António Carrapatoso, Gestor

O fenómeno Euromilhões não é só uma loucura passageira dos portugueses. É o retrato do país, da nossa situação económica e do nosso atraso. O recorde de apostas nacional dos nove países europeus em que existe este jogo, reflecte o desespero dos portugueses. Num país cuja economia obriga quem nasce pobre a continuar pobre, raras são as hipóteses de ascensão social. E destas, a grande maioria é por recurso a métodos laterais. O Euromilhões é a única esperança do Português que sabe ter assim mais hipóteses de enriquecer do que investindo no trabalho. Até os privilegiados estão convencidos que o destino se muda com a sorte. O Euromilhões é um fenómeno nacional porque vivemos num país pobre e sem ambição.

sexta-feira, março 24, 2006

Nova criminalidade.

"A PSP alertou hoje para um novo tipo de criminalidade relacionado com a adulteração de bebidas, nas zonas de diversão nocturna, com o intuito de roubar ou violar os consumidores."

PD

Um novo tipo de criminalidade que, apesar de ser recente, já está a diminuir. Como toda a criminalidade em geral.

quinta-feira, março 23, 2006

O que penso sobre a situação no CDS...

A vida exige-nos escolhas e neste Domingo não pude estar presente no Conselho Nacional do CDS porque houve razões pessoais que a política, só muito excepcionalmente, seria capaz de remeter para segundo plano. Escrevo este texto sem qualquer informe especial ou particular sobre o ocorrido. E tento apenas reproduzir o que tinha alinhavado dizer na eventualidade de poder estar presente.

O último Congresso do CDS, independentemente de quem apoiámos, foi um motivo de orgulho colectivo: foi publicamente considerado um exemplo de Democracia. Por isso, não há dúvidas quanto à legitimidade da Direcção e demais órgãos nacionais do Partido, nem qual a orientação estratégica consagrada. Perante o respeito que a todos – sem excepção! – a Direcção nacional concedeu, lógico e útil pareceria que, sem unanimismos, todos buscássemos respeitar a vontade expressa em Congresso, adoptando uma postura de harmonia construtiva, coadunável com o modo que, a seu tempo – e foi há tão pouco tempo... –, todos considerámos adequado e exigível a todos.

Há pouco mais de um ano, era motivo de pundonor que, uma vez mais, fosse claro que, também na unidade, ganhávamos no confronto com o PSD: perante o rotineiro espectáculo público de invejazinhas, mentirinhas e traições passadas em off com a colaboração dos jornalistas amigos do costume, o CDS, por comparação, mostrou-se um partido com ideias e a trabalhar em uníssono. Como uma orquestra! Eu, apesar de não beneficiar da simpatia (nem de favores) da então direcção nacional, também me orgulhei de pertencer à orquestra (ou de, pelo menos, procurar não desafinar, pois tinha – e tenho! – perfeita consciência que cada manifestação de desunião interna é um tiro – e certeiro! – que poupamos aos nossos adversários).

Parece evidente que há uma diferença de interpretação quanto ao peso, conteúdo e alcance político das legitimidades: da Direcção Nacional (obtida por vontade maioritária dos militantes) face à legitimidade do Grupo Parlamentar (obtida pela votação dos eleitores). Haverá, não obstante o respeito e garantia da autonomia política de cada Deputado, uma autonomia política para o Grupo Parlamentar? Este pleito não é nem novidade nem questão despicienda. A única, mas ligeira, originalidade poderá estar na aparente unanimidade que parece reinar entre os Deputados do CDS.

Em Democracia representativa só se pode aceitar o exercício do mandato parlamentar em Liberdade. Isto é, ao Deputado não se lhe podem impor comportamentos incompatíveis com a sua reserva de intimidade e convicções pessoais relevantes. Diferente é defender que tal permite uma autonomia plena em relação às orientações definidas pelos órgãos legítimos do Partido, adoptando agenda e estratégia próprias. Poderá não concordar com a Moção de Estratégia vencedora do Congresso. Contudo, o mandato é do Partido e um uso contrário ou não conciliável com o documento que orienta a acção do Partido é um exercício possível, mas politicamente censurável e insustentável. Se se consagrasse a interpretação da autonomia plena, como poderia um Partido estabelecer acordo s de incidência parlamentar ou governativa? Se para tudo um Partido dependesse da concordância dos Deputados, estar-se-ia a atribuir de um poder de veto sobre a decisão dos militantes. È uma solução possível... mas que é, parece-me, contrária ao espírito do sistema em vigor em Portugal.

Por outro lado, entre aqueles que apoiaram a solução não vencedora parece que predomina a convicção de que, por questões de operacionalidade e eficácia políticas, deveria caber ao Grupo Parlamentar uma espécie de exclusividade na designação dos candidatos a Presidente do Partido. É um modelo... discutível, mas é um modelo possível. Todavia, a maioria dos que estão no Grupo Parlamentar recordar-se-ão que os dois líderes anteriores foram eleitos quando nenhum deles desempenhava funções parlamentares (ao contrário do actual). E nenhum dos que então os apoiaram objectou a tal situação...

Assim, se vingar esta, então, a seu tempo, espera-se que os seus defensores também estejam disponíveis para a estabelecer estatutariamente. E para, em consentânea equidade, também estatutariamente consagrar que a escolha dos candidatos a Deputados passe, toda ela, a ser feita por deliberação livre tomada pelos órgãos distritais respectivos. Se não, o Grupo Parlamentar passaria a ser composto pelos “eleitos” do Presidente, garantindo este a inexistência de uma oposição consequente e balizando o leque de escolhas na sua sucessão. E os Congressos tornar-se-iam eventos aclamatórios, onde os delegados mais não seriam que meros “excursionistas para TV ver”!

Contudo, se para alguns faz sentido que o Grupo Parlamentar seja a única (ou privilegiada) “fonte” de onde brotam líderes do Partido, então todos deverão estar disponíveis para assumir as consequências da decisão que resultar deste Congresso. Todas as decisões e todas as consequências!

A política é um espaço que exige Coerência e Responsabilidade. Se há um tempo de discutir e um tempo de agir... há também um tempo de avaliação. Que se deseja certo e justo. Impõe-se, por isso, que entre a discussão e a avaliação impere a estabilidade, a cooperação para que «os mandatos possam ser cumpridos». Se – e bem! – considerámos injusta e injustificada a decisão do ex-Presidente Sampaio de dissolver o parlamento, a coerência a todos exige que, aos órgãos eleitos, sejam proporcionadas a regularidade e a normalidade, indispensáveis ao cumprimento do seu mandato, aceitando a conformação à execução da Moção de Estratégia que a todos governa.

O comportamento daqueles que se entendem vocacionados e se apresentam disponíveis para servir a coisa pública (esta e só esta me parece ser a causa primeira e a razão última para se estar na política) parece exigir um equilíbrio instável e difícil entre, por um lado, o interesse público e a ambição pessoal; e, por outro, a vontade de proclamar uma verdade inconveniente e o refúgio confortável da fabulação proveitosa. Há um tempo de discussão e de disputa. Para isso servem os Congressos. Depois é tempo de agir. De construir o futuro percorrendo a estrada que a maioria sufragou. Desiderato que – acredito! – todos esperam e desejam bem sucedido. Porque a todos beneficia.

Não defendo uma concordância acéfala, mas nenhum projecto humano colectivo poderá ser bem sucedido se padecer de uma permanentemente desafinação e desarmonia interna. Creio que se enganam os que julgam poder advir um vencedor num hipotético braço-de-ferro entre o Grupo Parlamentar e a Direcção eleita pelos militantes. Esta não pode senão usar da persuasão e – legitimamente! – aguardar dos Deputados o cumprimento politicamente adequado do seu mandato. E, não o obtendo, proclamar – política e publicamente – a sua censura. Por seu lado, o Grupo Parlamentar poderá recusar cumprir ou cumprir defeituosamente as orientações emanadas dos órgãos nacionais, mas a jamais deixará de dar uma imagem de desafinação em relação à vontade dos militantes. Que a todos será evidente. Que em todos fará reflectir as suas consequências. Desenganem-se os que julgam que a destruição de um “produto” da ”marca” não prejudicará outros “produtos” que mais tarde venham pretender beneficiar dela: os “consumidores” fartam-se com facilidade e voltar a ganhar-lhes a confiança pode demorar outros 20 anos...

Vale a pena prender?

"O poder das armas ditava leis entre o bairro e as ruas de Lisboa. Caçadeiras e pistolas para uns, catanas e matracas para outros, os seis homens aterrorizaram vizinhos e, meses a fio, foram roubando onde e quem lhes apeteceu. A PSP entrou pelo Bairro da Estrada Militar, Amadora, e apanhou-os segunda-feira de madrugada, a dormir. Presentes ao juiz de Instrução Criminal, foram logo postos em liberdade – e já estão de volta ao bairro.

Mas o que a operação ‘Gatilho’ visava mesmo era armas. E não desiludiu. Duas caçadeiras de canos serrados; duas pistolas de calibre 6.35 mm; um revólver .32; centenas de munições; duas catanas; cinco facas; duas matracas; um foguete como arma de arremesso; um taco de basebol; e um spray de defesa-ataque. E o produto de dezenas de roubos violentos também estava à vista: vários objectos em ouro, dois telemóveis e auto-rádios.

A PSP acredita que, com estas apreensões, tenha dado um contributo “no combate à violência e criminalidade urbana”. Mas as seis detenções ficaram-se por pouco mais de 24 horas, uma vez que o juiz entendeu deixar sair o gang em liberdade – aguardando julgamento com Termo de Identidade e Residência. Resignados, os agentes da PSP prometem, ainda assim, mantê-los debaixo de olho
."

CM

E ainda não "saiu" o novo Código Penal.

Criminalidade.

"Há sinais preocupantes de que o crime está mais violento para as vítimas. O acesso a armas de fogo é cada vez mais fácil e os criminosos não hesitam em agredir ou abrir fogo. As autoridades preparam respostas e ontem polícias e Ministério Público discutiram o fenómeno num encontro em Lisboa.

O nível de violência associado aos crimes praticados na Grande Lisboa está a aumentar. Contra as estatísticas policiais, que traduzem uma descida da ‘criminalidade violenta’, a percepção dos polícias é a de que os criminosos, muitas vezes jovens com fácil acesso a armas de fogo, não hesitam em recorrer à violência
.

RAÇA NEGRA E BRANCA

A procuradora Francisca van Dunen, natural de Angola, afirmou que, quando se torna “relevante” para a compreensão de um determinado fenómeno, não deve evitar falar-se de indivíduos negros, brancos ou outros.

GRUPOS MISTOS

As forças de segurança detectaram uma nova tendência: a adesão de jovens brancos a grupos de negros. “São franjas da sociedade atraídas para os pequenos grupos que deviam ter sido integrados”, disse fonte da PJ.

RIOUBAR SEM PRECISAR

No retrato que fez da criminalidade urbana, a PJ destaca o facto de os roubos cometidos com armas de fogo não terem por objectivo a satisfação de necessidades
."

CM

É por isso que está em preparação uma alteração ao Código Penal que vai resultar num sistema mais brando.

quarta-feira, março 22, 2006

A sarna, os cães rafeiros e as ovelhas de sempre

Hoje o dia cinzento deixou-me triste e agressivo, que me perdoem aqueles não fazem parte do rol. O pêlo eriça e a tristeza enche-me a alma, deixem que divague...

Ao que parece de vez em quando, quando os donos mandam, aparece um cachorro a escrever, das grandes vantagens da globalização e acenam com o papão. Quem não vai no comboio terá de seguir a pé ou ser trucidado pela avalanche provocada pela mesma. Mas espremido apregoa aquilo que a voz do dono manda.

Como todos os que têm inveja de quem tem alguma estabilidade na vida se comportam como ovelhas cada vez mais incapazes de pensar, não se dão conta que a invenção do chamado ou chamada globalização é um chavão inventado por quem já inventou outras coisas por esse mundo fora e por essa história fora, usada para quem tem a memória curta ou então para quem a tem pouco usada, pelo que a usura, neste caso aplicado o termo das formas que se entender, é estratégia há muito utilizada pelos donos do mundo e pelos seus testas de ferro junto dos governos democráticos, se possível parlamentares, fórmula deveras útil aos donos e que é acarinhada pelos elementos dos rebanhos adestrados.

Quem melhor que cães rafeiros para atiçar a quem se sente revoltado, mas que não sabe bem contra o quê ou contra quem, porque já não são necessários os ismos tão em voga noutros tempos e que os que hoje criticam a revolta selvagem, foram os mesmos que apadrinharam a destruição em França de um homem sério que não se deixou manipular pelos rafeiros de sempre, porque os protocolos foram e estão cumpridos e serão obedecidos.

Pobres humanos que se transformam em cães que rosnam quando um outro cachorro, mas este adestrado, e com dono, lhes atiça o ódio de pequeno burguês com era hábito os fósseis comunistas chamarem aos seus pares, mas que lidavam em campos opostos, mas todos com sarna impregnada no ar e nas palavras.

O trabalho incerto vai ser como no tempo em que se contavam os dentes dos escravos na praça e se viam quais os que tinham mais ou menos saúde, o esclavagismo está a regressar e não pensem que alguém irá escapar, pensem apenas nos vossos filhos e netos e depois vão criando rancor e ódio contra os mercantilistas do dinheiro, não contra o arrematadores da carne ou os capatazes, porque esses apenas sabem usar o chicote, os outros, os objectos do vosso ódio, os que manipulam as consciências e atiçam os ódios nas direcções erradas e estupificam as mentes e dizem que a história verdadeira é deles e que verdade e ética dos povos é a deles e os deuses são e devem ser os deles e as castas que devem ser obedecidas as suas.

O pensamento é o que nos resta, não nos restando decerto a possibilidade de o divulgar mais tarde ou mais cedo, e isto, não tem a ver com esquerda ou direita ou centro, nem com outras coisas que se apregoam, tem apenas a ver com o poder, ou se tem ou se é escravo.

Portanto quem inventou a chamada sociedade igualitária e depois saiu de fininho, deixando no caso os franceses, ficarem com o ónus, a fama, a glória e depois a desgraça, de criarem as chamadas ideias modernas, do século dezoito ou as ideias francesas, serão os mesmos que criaram esta ideia que é velha de séculos e que se chama de globalização, a que nós portugueses não somos alheios, porque o mercantilismo a outros aproveitou, basta ver a história.

Os ingleses que aqui serão uma ideia semântica e que não deverá ser tida à letra, aquilo contra que se insurgiu na altura o espírito alemão, antes de ser destruído, como dizia, os ingleses foram os criadores dessas ideias francesas, tendo sido os franceses os seus melhores soldados e infelizmente as suas maiores vítimas. Acabo com uma citação que já repeti, acerca de Darwin, Mill, Spencer e outros ingleses bem pensantes e convertidos:

“…Não esqueçamos, por fim, que os ingleses já causaram, com a sua profunda mediocridade, uma depressão global do espírito europeu: aquilo a que se chama «as ideias modernas» ou as «ideias do século dezoito» ou também as «ideias francesas» - aquilo, pois, contra o que o espírito alemão se insurgiu com profundo nojo -, isso era de origem inglesa, não cabe duvidar. Os franceses apenas foram os macacos imitadores e comediantes destas ideias, também os seus melhores soldados e, também e infelizmente, as suas primeiras e radicais vítimas: pois que com a anglomania condenável das «ideias modernas», a ame française diluiu-se e emagreceu tanto que hoje nos recordamos quase com incredulidade dos seus séculos XVI e XVII, da sua profunda força passional, da sua engenhosa aristocracia. Mas tem que se segurar com ambas as mãos esta afirmação de justiça histórica e defendê-la com unhas e dentes contra o instante e a aparência visível: a noblesse europeia – do sentimento, do gosto, dos costumes, enfim, tomada a palavra no sentido elevado – é obra e invenção da França, a vulgaridade europeia, o plebeísmo das ideias modernas – da Inglaterra.”

Nietzsche Para além do bem e do mal

Até amanhã.

"Inaceitável".

"Quem defende que é «inaceitável» não se saber qual a data da inauguração da infra-estrutura é o vereador independente José Sá Fernandes, apoiado pelo Bloco de Esquerda. «A obra do Túnel do Marquês está atrasada em mais de 18 meses, o que só por si é inaceitável», denunciou o dirigente em comunicado, acrescentando que «muito mais grave é não se saber como é que obra está a decorrer."

PD

Curioso o facto de Sá Fernandes achar o atraso do túnel inaceitável. Com certeza que ponderou muito nesse atraso quando intrepôs a providência cautelar para parar as obras. Paragem essa que custou mais de quatro milhões e meio de euros aos contribuintes.

Espectáculo.

"Os dois agentes da PSP de Viseu que há uma semana estiveram envolvidos na morte de um assaltante receberam ameaças de morte que estão a ser investigadas. Os dois homens são já alvo de medidas de protecção especial. A polícia receia agora que grupos organizados se dirijam a Viseu para causar distúrbios. Desde que começaram as ameaças, as entradas e saídas da cidade estão sob apertadas medidas de controlo e vigilância. . "

SIC
Polícias sob protecção. Receio que grupos organizados se dirijam a Viseu para causar distúrbios. Aos olhos do cidadão normal parece que estamos no Texas. Mas felizmente não. A criminalidade está praticamente extinta.

Curiosidades do nosso "paraíso".

"António Aparício, de 56 anos, é há 22 anos proprietário do café O Aparício, estabelecimento situado junto ao Bairro da Cova da Moura e que já foi assaltado três vezes.Recorda uma vez em que lhe levaram todos os documentos: “Na manhã seguinte ao assalto vieram ao café duas moças de cor e perguntei-lhes se tinham visto alguma coisa no bairro com a minha foto. Isto era umas dez e tal da manhã. Disse-lhes que só queria os documentos que não queria saber quem os tinha levado. Por volta das três da tarde apareceu um tipo de cor à frente do café, um pintas do gamanço que eu conheço pelo nome de ‘Lulu’, e trazia um miúdo branco com ele. Disse-me que o Marquito – o pequeno que trazia com ele – tinha encontrado o meu bilhete de identidade. Não perguntei nada e paguei para reaver o BI. Uns dias mais tarde apareceram com o cartão de contribuinte, depois com a carta de condução e assim fui comprando os meus documentos às prestações. Isto foi há seis anos e acabei por pagar 16 contos por tudo."

O regresso do Bloco.

"O Bloco de Esquerda apresenta hoje um projecto de lei que inclui no Código Civil a possibilidade de divórcio a pedido de um dos cônjuges. A legislação actual admite apenas o divórcio por mútuo consentimento e o litigioso, que pode ser requerido quando um dos cônjuges "violar culposamente os deveres conjugais", tiver as faculdades mentais alteradas ou quando houve separação de facto. O diploma do BE "estabelece um regime que acaba com a necessidade de haver mútuo acordo para que as pessoas se possam divorciar". O BE tinha apresentado este diploma em 2003, que caducou pela dissolução da AR. "
Ainda bem que termiram as jornadas reflectivas do BE. O resultado está à vista. Quanto ao divórcio, o BE têm toda a razão. Um dos cônjuges pode acordar um dia com vontade de divorciar-se e como não tem outros motivos além do súbito desejo, decide divorciar-se e não é justo que não o possa fazer só porque o outro não encontra razão para isso. Além disso, é bom para o negócio dos casamentos. Imagine-se que o cônjuge no dia a seguir ao divórcio chega à conclusão que não devia ter-se divorciado ...

Boa pergunta.

"O ex-vereador socialista da Câmara de Felgueiras Horácio Costa disse hoje nunca ter recebido resposta às cartas que enviou, em 2001, ao primeiro-ministro António Guterres e aos ministros José Sócrates e Jorge Coelho, denunciando o «saco azul» no PS local."


DD

Para memória futura.

"A BragaParques, empresa proprietária dos terrenos da antiga Feira Popular, quer que José Sá Fernandes lhe pague os prejuízos contraídos pela acção que interpôs. Como tal, na contestação apresentada exige-lhe já mais de cinco milhões e meio de euros de indemnização. Sá Fernandes foi notificado desta contestação no dia 23 de Janeiro, quatro semanas antes de vir a público acusar Domingos Névoa, um dos sócios da BragaParques, de corrupção, o que fez no dia 18 de Fevereiro.

Na contestação entregue em Novembro último no Tribunal Administrativo e Fiscal de Lisboa, a defesa da BragaParques, a cargo da advogada Rita Matias, colega e sócia de Ricardo Sá Fernandes, refuta várias acusações, como o direito de preferência dado à BragaParques na hasta pública, lembrando que este está relacionado com a existência de uma carta da empresa exigida pelo ex-vereador do PS Vasco Fraco.

Ainda na contestação, a defesa sublinha que Sá Fernandes começou a criticar o negócio em Março, mas só interpôs a acção a 20 de Julho, cinco dias depois da BragaParques pagar mais de 116 milhões de euros (54 milhões do Parque Mayer e 62 milhões da Feira Popular) à Câmara.

José Sá Fernandes foi representado no processo contra a BragaParques pelo seu irmão, Ricardo, até meados de Fevereiro, quando o caso passou para as mãos de José António Pinto Ribeiro. Ricardo patrocinava o irmão quando terá tido os três encontros com Domingos Névoa, sócio da BragaParques, facto censurável do ponto de vista deontológico, pois um advogado “está impedido de se encontrar com a parte contrária sem o conhecimento do colega”, afirmou ao CM João Correia, ex-vice-presidente da Ordem dos Advogados.

E se tal acontecer, se um advogado contactar com a parte contrária, “incorre numa infracção disciplinar” que será determinada mediante “a abertura de um processo disciplinar”; “processo que deve ser aberto”, defende João Correia. Ricardo Sá Fernandes encontrou-se com Domingos Névoa, sendo este seu adversário e também representado por Rita Matias, colega e sócia do escritório de Ricardo
. "

CM

Fisco.

"A Direcção-Geral dos Impostos (DGCI) deixou caducar uma alegada dívida de IRS superior a 740 mil euros ao contribuinte António Carrapatoso, presidente da Vodafone Portugal.A alegada dívida diz respeito a rendimentos auferidos por António Carrapatoso em 2000 e, como tal, teria de ser notificada ao contribuinte até 31 de Dezembro de 2004. Mas não foi isso que aconteceu: a liquidação só foi feita em 2005, fora do prazo legal. Ainda assim, um funcionário dos impostos colocou no sistema informático que a liquidação foi feita em 2004, sem que tivesse, no entanto, qualquer suporte documental que lhe permitisse garantir que tal correspondia à verdade. Face à liquidação fora de tempo, o presidente da Vodafone apresentou uma reclamação graciosa da mesma com base, entre outros motivos, na caducidade do direito à liquidação por parte da Administração Fiscal. A resposta a esta reclamação graciosa já foi dada (ver página ao lado) e, segundo António Carrapatoso, o fisco deu-lhe razão ao não considerar que havia lugar ao pagamento de qualquer imposto, pelo que o presidente da Vodafone garante ter a sua situação fiscal regularizada."

DN


Há quem diga que só os "pequenos" têm problemas ...

A verdade politicamente incorrecta.

"Duas rusgas, realizadas em simultâneo em Faro e na Amadora, permitiram ontem à GNR de Santiago do Cacém deter dois romenos suspeitos de integrarem um gang responsável por, pelo menos, dez assaltos a ourivesarias e lojas de electrodomésticos em vários locais do País. Outros três romenos, ilegais, foram notificados para abandonar o País."

CM
Gang de assaltantes constituído por imigrantes apanhados na Amadora? Não acreditamos.

Curiosidades.

"PROCESSOS

FRACASSO

José Sá Fernandes perdeu a acção que interpôs aquando da reabilitação, pela Câmara de Lisboa, de alguns edifícios na Rua da Madalena, operação que obrigou a encerrar aquela rua ao trânsito. E perdeu também a acção popular do Túnel do Marquês, uma vez que o Supremo Tribunal acabou por dar razão à Câmara, apesar de esta ter de arcar com os custos da paragem da obra; ou seja, o empreiteiro recebe mais quatro milhões e meio de euros por ter estado parado sete meses.

SUCESSO

José Sá Fernandes ganhou protagonismo com o caso do elevador para o Castelo, projecto defendido pelo ex-presidente da Câmara, João Soares, que previa a demolição de um edifício no Poço do Borratém, à Praça da Figueira. Sá Fernandes pediu a suspensão do despejo dos moradores, necessário para dar início à demolição do edifício e construção do elevador, e juntou-se aos protesto e Soares acabou por desistir da obra
."

CM

terça-feira, março 21, 2006

Leitura sugerida.

Até amanhã.

Franceses contra o risco.

"Os jovens franceses não querem trabalhar.

Ou melhor, eles querem, mas dizem: sem riscos. E por isso saíram à rua como só os jovens sabem fazer: arriscando tudo. Claro. O que distingue os jovens da maioria é isso: eles procuram o risco. E por isso é tão estranho observar um magote de rapazes e raparigas novas de cara escondida por um cachecol arriscando muito para conseguir o que não lhes serve: um mesmo emprego para a vida. O assunto é bem simples: o Governo francês quer introduzir maior flexibilidade no mercado de trabalho, o que o levou a conceber um contrato dedicado as mais novos - até aos 26 anos. Deu-lhe o nome correcto - Contrato Primeiro Emprego (CPE) - e impôs uma norma Darwiniana que levou a revolução à rua: nos primeiros dois anos qualquer um pode ser despedido.

Ou seja, o contrato faz sentido, é dirigido à camada correcta da população e, mais importante, introduz no mercado de trabalho os incentivos correctos. Por um lado, porque impõe a ética do trabalho árduo e porque a dirige aos que mais energias têm: os jovens. Por outro, porque permite libertar empregos. Melhor dito: porque garante a todos os que chegam ao mercado que com esforço e dedicação conseguirão sempre ocupar o lugar dos que não se aplicam. É verdade: qualquer norma como esta, que facilite os despedimentos, pode produzir injustiças e permitir que o livre arbítrio de um chefe empurre para o desemprego um empregado competente. Pode: mas essas injustiças acontecem hoje, e é a rigidez do mercado que explica que um competente demore tanto tempo a encontrar novo emprego.

Os franceses não costumam estar certos nas questões sociais. Desde a revolução Franceses, que todos recordamos como acontecimento histórico, que todos os esforços gauleses consistem em procurar mudar privilégios de uma classe para outra - e não em distribui-los de forma equitativa. Desta vez não estão a liderar nada, estão somente a tentar não perder o barco da competitividade. Os jovens franceses, pelo contrário, parecem estar a perder todos os comboios. E um deles é bem mais rápido que o inovador TGV: chama-se globalização e pede, acima de tudo, criatividade e flexibilidade. Foi um austríaco (nunca ocupado pela França) que definiu o modelo que agora voltou a estar na moda: a destruição criativa. Nada acontece por acaso.

Os jovens franceses são bons em destruição (de ruas), mas muito fracos em criatividade: eles querem os mesmos empregos que os seus pais já tinham
. "

Martim Avillez Figueiredo

Medidas para "inglês ver".

"Os polícias estão com o pé atrás relativamente ao plano de acção anunciado esta segunda-feira pelo ministro da Administração Interna, António Costa. Um policiamento mais musculado vai «aumentar os processos-crime e os processos disciplinares», dizem os sindicatos. Além disso, sublinham que há militares que, desde o início da carreira, nunca mais treinaram o uso da arma. Um policiamento mais reactivo e disparos mais rápidos são respostas da PSP e da GNR à crescente ameaça aos agentes das forças de segurança. O Modelo Integrado de Prevenção e Intervenção Policial foi apresentado ao ministro da Administração Interna um ano depois do assassinato de dois agentes na Amadora e dá instruções de reacção em caso de tiroteio.

Mas os sindicatos prevêem o pior. «Nós neste momento já temos processos disciplinares só por andarmos na rua com a mão na arma», explica Ernesto Rodrigues, da Associação Sindical Independente de Agentes da PSP. «Com a actual legislação não podemos usar armas de fogo de uma forma mais musculada», afirma. Se o fizerem, admite, isso «vai aumentar o número de processos [crime e disciplinares] contra os elementos das forças de segurança». A anunciada liberdade para disparar também não convence José Alho, dirigente sindical da GNR. «A lei só nos permite ripostar perante ameaça de morte - nossa ou de colegas - e perante igualdade de armas», esclarece. Ora, «se a lei não foi alterada», fica a dúvida: «podemos disparar em que aspecto?»

Em que aspecto e com que armas, acrescente-se. É que, de acordo com os sindicatos ouvidos pelo PortugalDiário, os elementos das forças de segurança não estão preparados para responder ao fogo com fogo. «Eu, por exemplo, não faço tiro há três anos», admite Ernesto Rodrigues. Três anos sem treinar. Um prazo demasiado longo que pode ser fatal em caso de tiroteio. Mas há casos piores. «No grupo territorial da GNR de Beja há cinco anos que ninguém faz tiro com a arma que usa», garante José Alho, da Associação Socio-Profissional Independente da Guarda. O mesmo responsável acrescenta: «há pessoas que só fizeram [treino de tiro] no curso e depois nunca mais». O ideal, explica, «devia ser mensalmente». «Há pessoas que exercem funções burocráticas que se forem chamados a intervir numa situação de ordem pública não estão preparadas», sublinha Ernesto Rodrigues.
"

PD

A ideia é o patrulhamento ser reforçado, com mais do que os dois agentes habituais num veículo; armamento mais eficaz, sempre à mão e pronto a atirar – e coletes à prova de bala sempre vestidos nessas circunstâncias. O problema é que não existem coletes e armas novas para todos, os polícias de serviço nas zonas mais perigosas (Amadora) são os menos bem classificados, não há treino de tiro e a actual legislação não permite usar as armas de fogo de uma forma mais musculada, logo esta medida parece mais uma para "inglês ver".

36 bairros???!!!

"Quantos bairros problemáticos há na Grande Lisboa, na área da PSP?
Neste momento, em termos genéricos, há 36 bairros problemáticos. Em que há hostilidade contra a polícia e contra os cidadãos que lá vivem.

O policiamento mais musculado tem resultado?
Tem. Orientamos o esforço no sentido da detecção e detenção de indivíduos provocadores de instabilidade. Detivemos muitos deles. E depois a visibilidade permanente a todas as horas também fez com que de algum modo ficassem receosos. Apostamos no carácter científico da utilização da polícia. Todos os meses enviamos para os comandantes das esquadras, a análise circunstanciada da criminalidade. Eles sabem o tipo de crimes e onde se realizaram naquela zona, tudo ao pormenor. Nós colocamos a polícia com base nessa análise científica. Claro que também apostamos na prevenção em zonas turísticas, por exemplo, ou seja zonas onde não há criminalidade mas onde temos de reforçar o sentimento de segurança.

Como caracteriza o pessoal que trabalha na Amadora? É verdade que só vão para lá os homens menos bem classificados?
Em parte é verdade. Há sítios onde as pessoas voluntariamente não querem ir. Do ponto de vista psicológico demos apoio psicológico à esquadra inteira e aos familiares das vítimas
. "

Mais aqui.

Zapatero.

"Passemos à questão da ETA. Que críticas tem a fazer à acção do Governo?

PP e PSOE tinham um pacto até que o sr. Rodríguez Zapatero chegou a presidente do Governo. Esse pacto dizia o seguinte: a política antiterrorista nunca mudará, governe quem governar; com a ETA não se negoceia, a ETA derrota-se; nunca se deve pagar um preço político aos terroristas; faremos os possíveis para impedir que a ETA, através da Batasuna, se apresente às eleições. Tudo isso foi muito útil e eficaz e debilitou a ETA. A mudança que se produziu é que, neste momento, o objectivo não é a derrota da ETA, mas a negociação, o que, para mim, é inaceitável. Transforma o terrorismo num instrumento para conseguir fins políticos e significa romper um acordo que funcionou.

Pergunta: Mas Zapatero disse que não aceita negociações enquanto a ETA não depuser as armas e renunciar à violência.

Isso é o que ele diz. Mas vou dar-lhe dois dados das últimas 24 horas: o juiz da Audiência Nacional, Grande Marlasca, ordenou a prisão de dois terroristas da ETA e o procurador-geral opôs-se, o que é muito grave; e o ministro da Justiça disse que o PP faz mais ruído do que a ETA, o que é ainda mais grave. A isso há que acrescentar muitos outros factos dos últimos meses, como o Governo pretender autorizar o congresso de um partido ilegal . Não havia necessidade de mudar a política antiterrorista, que vinha de um pacto, era moral e foi eficaz
."

Mariano Rajoy

DN

Não podemos esquecer os factos que levaram à derrota de Aznar. O arrependimento cresce desmesuradamente mas é tarde...

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