terça-feira, novembro 30, 2004

Tardia.

"O Presidente da República, Jorge Sampaio, anunciou hoje que vai dissolver o parlamento e convocar eleições antecipadas, tendo o PSD manifestado a sua discordância com a decisão, que mereceu os aplausos dos partidos da oposição."

Face a tanta inépcia, amadorismo e irresponsabilidade, só pecou por tardia. Será desta que vem o "D. Sebastião"?

Bons mensageiros.

"Tema tabu para muitas mulheres, a verdade é que a prática do sexo oral faz parte da intimidade de um casal. Coloque um pouco de imaginação e ousadia nas suas relações. Leve o parceiro à loucura e desfrute do prazer que receberá em troca. Tem dúvidas? Então, que tal lerem este artigo a dois?

Quando duas pessoas se conhecem bem tudo é permitido na intimidade. O sexo oral não deve fugir a essa regra de ouro, porque o prazer é garantido. Tabus à parte, a maioria das mulheres aprecia e os homens adoram essa prática. Tudo o resto é falso moralismo. Curiosamente são as mulheres quem mais mente. Eles assumem de imediato. Para muitos o sexo oral dá-lhes tanto ou mais prazer que a penetração e por vezes é mesmo sentido como um acto de amor e de confiança por parte da parceira. De facto, quando o assunto é sexo, o importante é descontrair e tirar sempre o melhor partido. Neste caso, apela-se apenas à higiene. Básica ou com contornos mais elaborados, mesmo para quem prefere sentir o odor natural do outro. Eis algumas dicas bem picantes para usar a dois. Melhor: que tal partilharem a leitura deste artigo?

TRUQUES QUE O VÃO DEIXAR EM DELÍRIO

Eis um acto em que tem de querer estar. Uma mulher que se limita a fazer sexo oral, simplesmente porque tem de ser, pode dar cabo de toda a paixão.

Não morda (a menos que ele lhe peça). Mantenha os seus dentes bem ‘guardados’.

Não seja bruta. Puxar a pele da glande, sugando com demasiada força, para cima e para baixo como se estivesse a extrair a água de um poço seco não é nada agradável.

Educação exige-se. Pergunte à sua cara-metade o que gosta e esteja atenta às cenas de sexo dos filmes e livros. Quando mais souber e ler sobre o assunto, melhor será a sua ‘performance’.

Não haja como se o sémen fosse veneno. Não precisa de o engolir, mas também não tem de sair do quarto a correr enojada. Não o deixe em apuros: use as mãos para ‘segurar’ algum sémen e sugira-lhe que deite o restante no seu corpo. Ou então use um preservativo com sabor – vai ver que ele até acha piada.

LEIA SE É HOMEM, PORQUE ELAS QUEREM MAIS

Faça-o saber o quanto gosta do que ele lhe está a fazer Faça-lhe imensos elogios. Diga-lhe que ele é fantástico – que sabe exactamente onde colocar a língua.

Certifique-se de que cheira e sabe bem. Tome um banho demorado, com alguns sais aromáticos e tenha em atenção ao consumo de alho (evite-o, caso contrário é melhor suster a respiração).

Peça que faça-lhe amor consigo. Diga qualquer coisa do género: “querido, quero sentir-te dentro de mim”. Enquanto isso, encaminhe a cabeça dele para baixo... Mas seja segura, tem de deixar bem claro que quer que ele tome aquela atitude mais vezes.

Pergunte-lhe porque é que ele não o faz mais frequentemente como você gosta. Deve haver uma boa razão, como por exemplo a língua dele ficar cansada ou o pescoço ficar ‘entalado’. Nada mais fácil: optem por posições e técnicas diferentes.

Só quando experimentar todas as posições por cima é que podem tentar outras de modo a que ele lhe proporcione prazer, mas que também o tenha. Seja ousada o suficiente e diga-lhe, delicadamente, o que pensa e sente.

UMA OBSESSÃO MASCULINA?

Nós (mulheres) queremos saber porquê a fixação deles em sexo oral? Acho que nunca vamos obter uma resposta que nos satisfaça. Dizem alguns que se trata de um acto completamente delicado. Nada de novo. Depois referem que a intimidade é um risco e vêm com justificações de amor incondicional. Tudo isto para dizer uma única coisa: eles adoram sexo oral, sentem-se poderosos e, claro, amados (mesmo que seja mentira).

SEXO SEGURO

As doenças sexualmente transmissíveis existem e não vale a pena fechar os olhos à realidade. Quando se fala em parceiros ocasionais, todo o cuidado é pouco. Para o caso específico do sexo oral, saiba que há nas chamadas ‘sex-shops’ preservativos próprios, com aromas e sabores. Relaxe, tudo é possível.

TER AS REGRAS CERTAS NA PONTA DA LÍNGUA

Cuidado com as mordidelas e os aranhões que podem frustrar as expectativas de uma noite de sexo oral. Fique com umas dicas para solucionar eventuais conflitos e faça delas regras íntimas

1ª regra – Qualquer um dos membros do casal deve entrar em ‘campo’ em condições de higiene adequadas, sem odores ou sabores que ponham

em causa a carga erótica. Mas, claro, se ambos gostarem de cebolada e tiverem especial prazer em lambuzar-se, sigam em frente. A falta de cumprimento desta regra implica que qualquer uma das partes desista do acto. Se um falhar, é porque o outro tem de voltar para a banheira.

2ª regra – Esta regra é para eles: vamos lá a fazer a barba. Por muito pequena que ela seja, incomoda pelo menos a que fica junto à boca. À falta de cumprimento desta regra, fica sujeito a puxões

3ª regra - Nenhum dos intervenientes está obrigado à prática se o (a) companheiro (a) tiver utilizado produtos de higiene cujo aroma não seja do gosto do outro, sobretudo porque podem alterar o odor da zona a degustar. Quem falar neste jogo, merece um castigo.

4ª regra - Nada de planear uma sessão de sexo oral se um dos dois não se encontra bem dos intestinos. A emissão de gases podem comprometer uma noite de prazer.

5ª regra – Como em qualquer acordo, tem de haver diálogo e, neste caso, convém mesmo já que é através deste que o outro vai saber que partes

do corpo podem ser chupadas, tocadas ou apenas estimuladas. Já agora, e porque não, indicar quais os níveis desejados de sucção, fricção bem como posições. Se não chegarem a acordo, que tal optarem pela posição mais conhecida de todas."

Teresa Oliveira

Correio da Manhã

segunda-feira, novembro 29, 2004

Manifesta falta de força.

"Um homem de 34 anos foi baleado numa perna, ontem à noite, no bairro da Cova da Moura, Amadora, alegadamente devido a desavenças antigas com o autor dos disparos, disse uma fonte da PSP. O suspeito do crime, aparentando ter entre 30 a 40 anos, efectuou dois disparos com uma arma de calibre 6.35 milímetros e atingiu a vítima na perna direita, afirmou a fonte do Comando Metropolitano da PSP. A vítima foi transportada para o Hospital Amadora-Sintra, onde recebeu tratamento hospitalar, acrescentou à Lusa a mesma fonte. A PSP aponta como causas do crime desavenças antigas entre a vítima e o autor dos disparos, já referenciado pela polícia. A Polícia Judiciária tomou conta da ocorrência."

Uma arma de 6.35 milímetros é pesada. Razão porque o criminoso, raquítico, só conseguiu acertar na perna do "amigo". Não fosse ele mais uma vítima do "racismo" nacional e teria podido frequentar um ginásio. Assim, teria mais força e já poderia acertar noutro sítio.

Bem. Convinha ter mesmo força para não acertar a meio das pernas do homem. Era chato.

"Abençoados" os que vivem na pacata Cova da Moura sob a benção do Bloco de Esquerda e associações manhosas.

Nova Bíblia - Livro VIII.

Livro VIII-Damião e Camila
O livro de Damião e Camila, inicialmente, deveria ser publicado como folhetim num semanário fenício de Tiro. Quando o jornal encerrou por a administração considerar que os critérios jornalísticos adoptados pelos jornalistas e direcção eram algo dúbios, o autor de "Damião e Camila" resolveu proceder a algumas alterações e transformar o seu trabalho num texto sagrado. Naquele tempo, os Coliseus tinham ocupado a terra de Asrael e faziam muito mal aos olhos de Deus. O que mais irritava Deus nos Coliseus eram os seus penteados que revelavam um mau gosto escandaloso. Coisas como o risco ao meio, a franja e o corte meia-tijela não podiam ser toleradas, por isso, Deus resolveu, do alto da Sua grandeza, intervir.

Vivia naquela terra, um casal que não tinha filhos. Certo dia, quando a mulher estava sozinha no campo, Deus revelou-Se-lhe e disse: "Vais conceber uma criança. Quando nascer, não permitirás que nenhuma lâmina se aproxime do seu cabelo, pois tal é a Minha vontade. A partir de agora, não mais beberás vinho e terás cuidado com a alimentação. Virás ter comigo frequentemente para que Me possa assegurar de que tudo está a correr bem." Assim, criou Deus a medicina obstetrícia. Ao ouvir tais palavras, a mulher tentou explicar a Deus que não tinha filhos porque não os desejava e porque queria fazer carreira no mundo dos negócios, sugerindo-Lhe que fosse impregnar do Espírito Santo a vizinha do lado. Deus não atendeu ao seu pedido.

A mulher foi para casa e relatou o sucedido ao marido que ficou muito contente, não só por a sua mulher estar grávida de alguém que não era ele, mas porque sempre desejara ter filhos. Deus ficou maravilhado com a credulidade do marido perante a gravidez repentina da mulher e pensou repetir a brincadeira mais tarde para ver se o resultado seria o mesmo. Quando a criança nasceu, puseram-lhe o nome de Damião, como era da vontade de Deus. Damião cresceu forte e saudável e, como nenhuma lâmina se tinha aproximado do seu cabelo, tinha as madeixas rebeldes mais longas, belas e brilhantes de Israel e tudo sem recurso a shampoos vitaminados. Um dia, passeava Damião pelas ruas da sua cidade, quando viu um leão feroz que tinha escapado de um jardim zoológico próximo e que aterrorizava a população.

Damião aproximou-se do leão e, após um breve confronto, matou-o, fazendo uso do maxilar que tinha arrancado de um pobre burro que pastava por perto. A população ficou-lhe imensamente agradecida mas os Coliseus da Associação de Defesa dos Animais não acharam muita piada e logo se lançaram em perseguição de Damião para o castigarem. Como eram muitos, Damião viu-se obrigado a fugir. Após muito correr, e porque estava cansado, Damião refugiou-se numa porta que encontrou aberta. Era o salão de Camila, a cabeleireira coliseia mais famosa da cidade e uma das responsáveis pela moda capilar que tanto tinha desagradado aos olhos de Deus. Damião logo se apaixonou por ela, pois era muito bonita.

Com os seus encantos, Camila convenceu Damião a sentar-se na sua cadeira para que descansasse um pouco. Damião assim fez e, pouco tempo depois, tinha adormecido.
Ao ver aquela cabeleira esteticamente tão desagradável, Camila pegou numa tesoura e num secador e remodelou o penteado de Damião, fazendo-lhe uma exuberante melena que lhe caía sobre a testa e um risco ao lado. Este, ao acordar e ao contemplar o seu cabelo no espelho, perdeu todas as forças e toda a vontade de viver. Arrancou o secador da mão de Camila e apontou-o aos olhos, cegando-os para não mais ter de olhar para o que tinha restado da sua pujante cabeleira. Os perseguidores de Damião encontraram-no e entraram pelo salão de Camila adentro. Damião tentou escapar mas como estava cego, não conseguiu e depressa se viu rodeado pelos Coliseus que eram tantos que já se amontoavam contra as paredes do salão de Camila.

Enquanto bombardeavam Damião com os direitos dos animais, os coliseus, por serem muitos num espaço tão reduzido, levaram as paredes a ruir, tirando a vida a Damião, a Camila e a si próprios. Para evitar que tal se repetisse no futuro, Deus entendeu por bem criar a engenharia civil e a lotação máxima.

Projecção mediática.

"Tem 24 anos. Desde tenra idade que a PSP o conhece, quando se especializou em roubar carteiras no antigo bairro da Pedreira dos Húngaros, em Oeiras. Há dois meses, começou a colocar as vítimas em carros, para mais facilmente as poder roubar. Um dia depois de ter sido presente a tribunal, assaltou nova vítima, o que lhe valeu a prisão.

Sem profissão, e residente no bairro dos Barrunhos, em Carnaxide, o indivíduo está referenciado em toda a Divisão de Oeiras da PSP por assaltos a lojas, roubos a pessoas, agressões, entre outros crimes. No entanto, há cerca de dois meses que a violência das práticas criminosas se intensificou. “Há suspeitas de que ele possa ter feito vários roubos a transeuntes. As vítimas eram metidas nos seus próprios carros, ou no carro do ladrão, para levantarem dinheiro em caixas multibanco (ATM)”, salientou ao CM uma fonte policial
."

São estes os "monstros" que o Bloco de Esquerda anda a criar. Ao transformá-los em mártires do pseudo racismo da nossa sociedade e impedindo as forças da ordem de agirem em conformidade com a lei, vão-lhes injectando o, cada vez maior, sentimento de impunidade. Depois o resultado é o que se vê. Para serem punidos necessitam de praticar centenas de crimes. No final, acabam por ter mais direitos que a maioria dos cidadãos e o resto de vida ligado ao crime.

A verdade é que para o Bloco de Esquerda, eles só contam enquanto lhes proporcionarem a tão desejada projecção mediática. Não passam de meros "objectos" descartáveis.

Pior é que a sua gritante impunidade vai fomentando o crescimento do racismo nas vítimas.

domingo, novembro 28, 2004

A Europa e Os Imigrantes.

"O assassínio do holandês Theo Van-Gogh por um terrorista islâmico, a 2 de Novembro, e o debate que se lhe seguiu sobre a imigração foram ofuscados pelas eleições americanas, por Arafat, pela Ucrânia. Se a eleição de Bush condiciona a aliança ocidental, se a morte de Arafat faz mover o Médio Oriente, se a Ucrânia determina a fronteira estratégica da União Europeia e da NATO, a imigração toca o modelo de civilização e a segurança interna da Europa. A Europa terá cada vez mais imigrantes e mais muçulmanos. Para manter o "ratio" activos/inactivos, a UE deverá acolher mais de 100 milhões de imigrantes nos próximos 25 anos. Tem hoje pouco mais de 20 milhões. O envelhecimento da população torna a imigração uma questão de sobrevivência económica. O terrorismo islâmico levanta uma grave questão da segurança. E o modelo de integração dos imigrantes determinará o futuro do nosso modelo político e civilizacional.

Esta discussão toca um tabu: muitos europeus ilustrados gostariam de fazer dos imigrantes outros tantos europeus, isto é, cidadãos que partilhem os mesmos valores cívicos. Frequentemente não o dizem por temer a acusação de etnocentrismo. A tendência está a inverter-se e o multiculturalismo, que defende a manutenção das culturas comunitárias e se impôs nos anos 1970, vê-se agora no banco dos réus.

Modelos em crise
Se assassínio de Van-Gogh desencadeou uma onda de choque na Holanda (ver PÚBLICO de ontem), provocou uma discussão "histérica" na Alemanha.
Durante três semanas, imprensa e políticos debateram o multiculturalismo, tradicionalmente defendido pela esquerda. A direita decretou a sua falência, apoiada por personalidades da esquerda, como o antigo chanceler Helmut Schmidt. As divergências sobem de tom quando se definem "os valores dominantes" a que os imigrantes devem aderir. Há uma pergunta implícita: é o islão compatível com o pluralismo da Constituição, com a igualdade entre homens e mulheres ou a separação entre Igreja e Estado? Já a pensar em eleições, os democratas-cristãos da Baviera (CDU) vão mais longe e lançam-se na apologia dos "valores cristãos". "A integração não pode ser decidida de cima para baixo. Não é uma rua de sentido único", adverte o presidente do Conselho Islâmico Alemão, Ali Kizilkaya. Se há "sociedades paralelas", isso deve-se também à política de imigração, diz.

A Alemanha nunca foi multicultural. Praticou uma política de "separação", coerente com a sua própria definição de nacionalidade em termos de língua e sangue. Os imigrantes eram significativamente denominados "Gestarbeiter", "trabalhadores convidados", destinados a ir embora quando deixassem de ser úteis. Só uma pequena fracção dos turcos nascidos na Alemanha conseguiu a naturalização. Sinal de alarme: os jovens tendem a identificar-se como turcos e não como alemães, mesmo quando têm dupla nacionalidade. No dia 21, os muçulmanos organizaram em Colónia uma manifestação de 25 mil pessoas contra o terrorismo em nome do Islão. "Quiseram mostrar à opinião pública que amam a paz, não batem nas mulheres e que não portam nenhum discurso de ódio", escreveu o "Berliner Zeitung".

Na quinta-feira, o Governo anunciou um vasto programa para favorecer a integração, intitulado "Combater o islamismo e naturalizar o Islão". Segundo o chanceler Gerhard Schroeder, visa evitar o desenvolvimento de "sociedades paralelas" e o "conflito de culturas".
A França representa o modelo oposto, a integração republicana. Mas também ele entrou em crise. Três relatórios publicados na terça-feira convergem nessa constatação. O mais relevante, do Tribunal de Contas, afirma que "a situação de crise não é produto da imigração", mas "resultado da maneira como a imigração é tratada". Denuncia o fracasso em três campos fundamentais: o bairro, a escola e o emprego. A exclusão mina a integração. Durante 30 anos, os poderes públicos foram incapazes de se adaptar à mudança da imigração, sublinha "Le Monde" em editorial. "É um dos mais graves fracassos da República (...)". Pior: está "a abrir-se, insidiosamente, a porta a um multiculturalismo que se situa no exacto oposto do ideal republicano".

Depois do multiculturalismo
A máquina de integrar americana continua a fazer inveja. Ao contrário dos americanos, os imigrantes alemães não manifestam qualquer "patriotismo" pelo país de acolhimento, lamenta a ministra alemã responsável pela imigração, Merieluise Beck, dirigente dos Verdes e defensora dum multiculturalismo mitigado. A historiadora norte-americana Liah Greenfeld explica que, nos EUA, o multiculturalismo não afecta a nação. "A nação foi concebida como uma federação de comunidades autónomas de indivíduos, sem que a composição étnica dessas comunidades seja tida em conta; e a estrutura federal foi sempre um mecanismo de protecção dos direitos dos indivíduos e não de grupos (...)." A diversidade étnica é "glorificada mas despojada de importância cultural". A América integra os imigrantes nos seus valores e produz uma sólida identidade nacional.

A Europa está em crise de modelos. O multiculturalismo deixa de funcionar quando a imigração, designadamente a islâmica, atinge um nível elevado. O modelo britânico de coexistência entre comunidades, de origem imperial, funciona bem em Londres, menos bem noutras cidades, e é dificilmente exportável. O politólogo italiano Giovanni Sartori sublinhou que o sistema multicultural apenas é desejável nos Estados multiétnicos ou multinacionais, onde assegura a paz civil. De resto, ameaça o pluralismo. O paradoxo reside no facto de os valores fundamentais das sociedades "abertas"- da tolerância à liberdade de opinião e crença - serem invocados e desviados dos seus fins, numa verdadeira "estratégia de conquista", pelos responsáveis das organizações islamistas, que entretanto os rejeitam categoricamente. O multiculturalismo é inimigo do pluralismo e da democracia, desagregando a "sociedade aberta" através de conflitos entre a cultura do país de acolhimento e as culturas dos imigrantes, sobretudo os que vêm de teocracias.

O controlo dos clandestinos e a defesa perante o terrorismo, uma bomba ao retardador dentro da Europa, só podem ser feitos no quadro da UE. A integração dos imigrantes é uma decisão nacional, determinada pela história e cultura de cada país, e pela origem dos seus imigrantes. Integração não é assimilação. O princípio da cidadania implica a igualdade de direitos civis e políticos e não exclui as fidelidades comunitárias e religiosas. Por razões históricas, a "integração republicana" é a única referência para países como Portugal, a Espanha ou a Itália, que de exportadores de homens passaram a destino de imigrantes. A economia deste debate é um impulso à xenofobia."

JORGE ALMEIDA FERNANDES

28 de Novembro de 1095.


No último dia do Concilio de Clermont, o Papa Urbano II nomeou Ademar, bispo de Le Puy e o Conde Raymond IV of Toulouse para liderarem a primeira cruzada à Terra Santa.

Papa Igreja Cristã Romana (1088-1099) nascido em Ckâtillon-Sur-Mane, na província de Champagne, França, escolhido como sucessor de Victor III (1086-1087), cuja actividade eclesiástica foi caracterizada pela promoção de importantes reformas na Igreja Católica Romana, e pelo planeamento e criação da Primeira Cruzada durante o sínodo de Clermont-Ferrand (1095). De uma família nobre estudou em Reims, onde se tornou clérigo e posteriormente entrou para a Ordem Beneditina e tornou-se prior no grande mosteiro de Cluny. Requisitado à Roma pelo papa Gregório VII, foi nomeado cardeal bispo de Óstia e foi delegado para a Alemanha (1084), período em que envolveu-se na intensa disputa político-religiosa entre o Papa e o imperador Henrique IV, que chegou a eleger um anti papa, Clemente III de Ravenna. Com a morte de São Gregório VII (1073-1085), e do seu substituto Vítor III (1086-1087), foi escolhido em Terracina, sumo pontífice (1088) com o nome de Urbano II. Manteve o isolamento do anti papa e seus seguidores e também do imperador Henrique IV e apoiou Conrado, o filho rebelde do imperador, que juntamente com Matilde da Toscana e Guelfo V da casa da Baviera. Com suas tropas derrotou o anti papa e fez sua entrada triunfal na Basílica de São Pedro, o que lhe deu muito prestígio junto aos príncipes e reis ibéricos e reconciliou-se com o rei da França, Felipe I (1095). Convocou os bispos para um concílio (1095), invalidou as ordenações realizadas por eclesiásticos simoníacos e iniciou um trabalho para reunir as duas Igrejas, a ortodoxa e a católica, estabelecendo contactos com o patriarcado e a corte do imperador bizantino, Alexus I.

Convocou um sínodo em Clermont (1095) e como o apoio dos nobres definiu a criação de um exército, composto de cavaleiros e homens a pé que deveria dirigir-se à Jerusalém, para salvá-la e auxiliar as igrejas da Ásia contra os sarracenos – A Primeira Cruzada. Promulgando que as pessoas que participassem desta cruzada receberiam a indulgência plenária, tendo todos os seus pecados e suas consequências excluídas, designou Ademar, bispo de Le Puy (1096), para organizar uma cruzada para libertação da cidade onde Cristo havia pregado e sofrido seu martírio. Os exércitos da nobreza e o povo comum procedente da França, do sul da Itália e das regiões da Lorena, Borgonha e Flandres participaram dessa Cruzada. Os cruzados se agrupariam em Constantinopla e, partindo de lá, realizariam uma campanha contra os muçulmanos da Síria e Palestina, sendo Jerusalém seu objectivo principal. Os cristãos tomaram Jerusalém (1099) e elegeram um de seus chefes, Godofredo de Bouillon, duque da Baixa Lorena, como governante da cidade. No entanto o papa faleceu em Roma, poucos dias após a tomada de Jerusalém (26 de Julho de 1099), sem receber a notícia da vitória dos cruzados. A maioria dos cruzados regressou à Europa, permanecendo uma pequena tropa de reserva da força original para organizar e estabelecer o governo e o controle latino sobre os territórios conquistados. Dos quatro estados que surgiram, o maior e mais poderoso foi o reino latino de Jerusalém. As conquistas da primeira Cruzada se deveram em grande parte ao isolamento e à fraqueza relativa dos muçulmanos.

Contudo, a geração posterior a essa Cruzada contemplou o início da reunificação muçulmana no Oriente Próximo sob a liderança de Imad al-Din Zangi. Sob seu comando, as tropas muçulmanas empreenderam uma reacção militar e obtiveram sua primeira grande vitória contra os latinos quando tomaram a cidade de Edessa (1144). Depois disso, os muçulmanos foram avançando e dominando sistematicamente os estados cruzados na região. A resposta da Igreja de Roma aos avanços muçulmanos foi proclamar a segunda Cruzada (1145) quando era papa o Beato Eugénio III. Papa de número 160, morreu em Roma, e foi sucedido por Pascoal II (1099-1118). Foi sepultado na cripta da Basílica de São Pedro, perto da tumba de Adriano, e é venerado pela Igreja Católica, como beato.

Bons exemplos.


"Um subdirector da Direcção-Geral de Viação (DGV) foi apanhado pela Brigada de Trânsito da Guarda Nacional Republicana (BT/GNR) de Leiria num automóvel em excesso de velocidade na auto-estrada do Norte (A1), em Setembro. O carro circulava na A1 a 172 quilómetros por hora no troço compreendido entre Fátima e Torres Novas, no sentido Norte/Sul. Segundo o ‘Expresso’, o subdirector da DGV que cometeu a infracção justificou internamente a transgressão alegando “deslocação urgente de serviço”. ."

Vai ser punido?

Tardio

"O Procurador Geral da República está preocupado com o fenómeno da criminalidade grave e organizada, de cariz transnacional, e alerta para a necessidade urgente de dotar os órgãos de investigação de meios mais eficazes no combate a este tipo de criminalidade. Em causa está, sobretudo, aquilo que tem sido designado como o excesso garantístico das nossas leis penais face às necessidades de agilização e eficácia da investigação. "O nosso sistema vai procurando consagrar o mais possível os direitos humanos ao nível do arguido, mas acho que onde for preciso fazer ajustamentos é evidente que têm que se fazer", disse Souto Moura, que falava na sexta-feira à noite, em Penafiel, no final duma palestra sobre "Justiça e cidadania".

Realçando a tendência actual para se acentuarem as exigências perante o Estado e as forças de segurança, ao mesmo tempo que se esquecem ou relativizam os correspondentes deveres dos cidadãos perante a comunidade, o magistrado explicou que "a problemática dos direitos liberdades e garantias das pessoas, designadamente do arguido", deverá ter também em conta "a eficácia da investigação" que, sublinhou, "não é para dar troféus às polícias ou ao Ministério Público, mas sim uma questão de segurança e, portanto, um problema e um interesse de toda a investigação".

Por isso, Souto Moura previne que "não se pode desprezar ou menosprezar toda esta problemática, sobretudo numa altura de conflitualidade grave transnacional" e que "se Portugal apostar decisivamente, e para além do razoável, no estatuto garantístico, ou seja, num processo penal dominado pelas garantias, liberdades e direitos individuais, corre-se o risco de a criminalidade grave achar que isto é o paraíso, não para actuar, mas a partir daqui actuar". O máximo responsável pelo Ministério Público quis, contudo, deixar claro que esta não é uma visão negativa ou pessimista da realidade, mas antes um reflexão sobre uma questão actual e que urge encarar. A este respeito, disse mesmo que as autoridades estão "o mais possível despertas" para o assunto e deu mostras de alguma confiança em relação ao futuro próximo. "Estou em crer que a proposta do pacto da Justiça desencadeada pelo senhor ministro é uma iniciativa muito bem intencionada e que vai, dentro do possível e congregando todas as forças que devem ser chamadas a pronunciarem-se sobre as questões do processo penal e do combate à criminalidade, congregar todas as opiniões e pontos de vista, para que, dentro do possível, seja encontrando o máximo denominador comum e arrancar com as reformas que são necessárias", acentuou."


Já peca por tardio. Já peca por tardio. Muito tardio.

É assim.

"Um educador de infância acusado de abusos sexuais a 16 crianças, num infantário de Lisboa, foi condenado, na quinta-feira, a dois anos e meio de prisão, decisão que não agradou nem ao Ministério Público nem à Defesa pelo que ambos vão recorrer para a Relação. Uma das testemunhas de defesa do arguido foi o psiquiatra Carlos Amaral Dias, o mesmo que Carlos Cruz arrolou no processo Casa Pia. O médico, que garantiu que o apresentador “não tinha uma personalidade pedófila”, assegurou no Tribunal da Boa-Hora que as crianças (entre os quatro e os seis anos) que denunciaram o docente teriam mentido. No entanto, os juízes deram como provados os abusos e condenaram o professor. Contactado pelo CM, Amaral Dias recusou-se a comentar esta decisão. “Não faço nenhum comentário sobre os meus pareceres científicos. Só discuto essas questões com os meus colegas”, afirmou o psiquiatra. "
Pois. É assim.

sábado, novembro 27, 2004

Novas do Texas.

"Agentes da PSP da Amadora foram, por várias vezes, apedrejados junto ao Bairro de Santa Filomena durante a última semana. Numa das ocorrências, 16 agentes, oito dos quais do Corpo de Intervenção (CI), viram-se mesmo obrigados a retirar, devido à violência das agressões. Têm sido cada vez mais frequentes as visitas da Polícia ao bairro. “Na última semana, praticamente todos os dias agentes do piquete da esquadra da Amadora foram chamados, devido a desordens várias”, referiu ao CM uma fonte policial.

Quer seja para recuperar viaturas abandonadas quer seja devido a furtos ou roubos praticados com violência nas imediações do bairro, frequentes são as deslocações. No entanto, a “perigosidade das ocorrências, obriga sempre a que os agentes do piquete levem reforços”, acrescentou o mesmo informador. Numa dessas situações, a animosidade para com as autoridades policiais assumiu mesmo “contornos de ataque concertado”. Ao princípio da madrugada da última segunda-feira, um reboque policial foi destacado para se deslocar ao interior do Santa Filomena, com o intuito de transportar um carro furtado, que ali se encontrava abandonado.

No entanto, os problemas cedo se desencadearam. “Dois tiros foram disparados contra a tripulação do reboque. Não houve feridos, mas de imediato foram chamados reforços”, explicou outra fonte policial. Prontamente chegaram oito agentes de uma Secção de Intervenção Rápida, e mais oito agentes do CI, com o objectivo de proteger o trabalho dos elementos do reboque. Mas, em vez de pararem, as agressões intensificaram-se, vendo-se os agentes no meio de uma chuva de pedras. “Até um garrafão de vinho foi arremessado”, acrescentou.

A única alternativa dos 16 agentes foi abandonar o local. Posteriormente, numa nova incursão ao interior do bairro, foi possível deter o autor do arremesso do garrafão de vinho e identificar outros oito jovens, suspeitos do apedrejamento aos elementos da Secção de Intervenção Rápida e do Corpo de Intervenção.

BAIRRO DEGRADADO

JOVENS

Grupos de jovens, entre os 14 e os 20 anos, todos sem ocupação, preocupam a PSP no Bairro de Santa Filomena.

TIROS

Não há praticamente nenhuma noite em que, segundos fontes policiais, não haja tiros no interior do bairro.

BARRACAS

Barracas abandonadas espalhadas por todo o ‘Santa Filomena’ são usadas como locais frequentes para alvejar os polícias
."

Agora a polícia já nem consegue lá entrar. Está bonito. Mas não há razão para alarme.

Nova Bíblia - Livro VII

Livro VII-Os primeiros reis
Relato de autor desconhecido dos feitos dos primeiros monarcas erveus, Davi e Barrosão. Os críticos literários da época foram unânimes em considerar este livro "um traste insípido sem uma partícula de talento e que mais parece saído da mente de uma criança de 3 anos".

Assim, os Erveus se instalaram na terra que Deus lhes havia prometido e a baptizaram com o nome de Asrael. Os habitantes originais desta terra não viram com muito bons olhos as visitas indesejáveis e logo começaram a fazer-lhes guerra. Os Erveus responderam e com a grande força dos seus exércitos depressa derrotaram os seus inimigos. Findos os combates, Deus dotou os Erveus de um poder fantástico que lhes permitia convencer os outros povos do mundo do seu direito legítimo de habitar em terra alheia.

Um dos primeiros soberanos dos Erveus chamou-se Davi e ascendeu ao trono por ter realizado um feito admirável enquanto jovem que salvou a terra de Asrael de uma invasão estrangeira. Quando era apenas um pobre pastor, Davi enfrentou e derrotou o campeão do povo invasor a que chamavam Coliseus. Este chamava-se Tobias e era o melhor soldado de todo o exército Coliseu. Uma tarde, Davi aproximou-se de Tobias quando este praticava o costume a que os Coliseus chamavam "sesta" e deixou-lhe cair um enorme pedregulho na cabeça que imediatamente lhe ceifou a vida. Receoso de que a História não registasse condignamente o seu feito como algo glorioso, Davi deu-lhe algum retoques. Assim convenceu Davi os Erveus de que tinha derrotado Tobias, que descrevia como um gigante grande como uma montanha, utilizando apenas a sua funda e uma pequena pedra.

Os Erveus ficaram imensamente agradecidos a Davi e logo o aclamaram como seu rei. A Davi, sucedeu o grande rei Barrosão. Barrosão era um homem dotado de um grande sentido de justiça que se tornou lendário. Um dia, levaram até diante do rei duas mulheres que reclamavam serem mães da mesma criança. Após questionar as duas mulheres, o sábio rei ordenou que cortassem a criança em duas partes iguais que seriam entregues às duas mulheres. Uma das mulheres não se mostrou muito preocupada enquanto que a outra começou a implorar que não maltratassem a criança, preferindo entregá-la à custódia da primeira. Com isto, se descobriu quem era afinal a verdadeira mãe.

Satisfeito, o rei mandou que castigassem a falsa mãe e que entregassem à verdadeira o seu filho. Infelizmente, os servos de Barrosão eram muito zelosos e já tinham executado a ordem anterior, cortando a criança de alto a baixo com uma grande espada. Apesar disso, não se pouparam a esforços para voltar a unir as duas metades. Barrosão era também famoso pela sua grande voracidade sexual. No início, Barrosão tomou como amante a rainha de Sabá que se encontrava de visita a Asrael.

Quando a rainha partiu, o rei foi buscar a paragens longínquas as suas futuras companheiras. Uma veio da Rússia, três da Hungria, uma da Polónia, cinco do Brasil, quatro da Tailândia e uma do nordeste trasmontano. Para além destas concubinas, o rei também tomou sob sua guarda dois transformistas holandeses e um sueco e um massagista caboverdiano a quem chamavam Nilton. Os apetites do rei acabaram por ser a sua desgraça quando foi encontrado a praticar sexo oral com uma estagiária na sala do trono. De entre as muitas obras que o rei Barrosão deixou, a de maior importância foi o grande templo de Jerusalém de que apenas foi construída uma das paredes pois o rei gastara a maior parte dos fundos com as suas concubinas. No entanto, usando de sua infinita sabedoria, Barrosão conseguiu convencer o mundo de que o templo havia sido destruído pelo exército de um país vizinho.

Afinal ela é do Benfica.

sexta-feira, novembro 26, 2004

Justiça em julgamento.

Começou o round decisivo de um combate de morte, mas desigual. Falta às vítimas a protecção do dinheiro que cada vez mais descaradamente tudo compra e corrompe e que, no caso, está do lado do ‘inimigo’.

Dois anos depois da detenção do tristemente célebre ‘Bibi’, o processo Casa Pia chega aos tribunais. São oito arguidos e centenas de crimes de que Carlos Silvino averba a grande maioria. Mas a dimensão do processo não se fica por aqui. A Justiça vai iniciar o seu próprio julgamento.Todos serão julgados. Arguidos, investigadores, agentes do Ministério Público e juízes. Até o próprio legislador penal.O País tem os olhos postos em todos eles e a opinião pública, que se não deixa enganar nem pelos mais refinados e eticamente mais que duvidosos truques dos advogados (a que infelizmente, em muitos casos, a lei continua a dar cobertura) ditará o seu veredicto. Sem apelo nem agravo. Sem Supremo que a substitua ou lhe modifique o julgamento.Todos gostávamos que, pelo menos uma vez, a verdade triunfasse, se reparasse os inocentes e se punisse os culpados. Mas estamos preparados para o pior, porque há gente a mais a pretender e tudo fazer para que a verdade (toda) nunca seja conhecida.Há quem esteja, ainda, à espera de que o feitiço se vire contra o feiticeiro, de que os ofendidos, investigadores, instrutores e julgadores se transformem em vítimas e acabem massacrados.

Querem-no alguns arguidos e todos quantos possam ter sofrido as agruras de uma investigação dolorosa. Querem-no, naturalmente, as suas famílias que anseiam ainda por que tudo não tenha passado de um pesadelo e de um equívoco. Querem-no alguns advogados de defesa, por um leque de razões que não serão todas compatíveis com um honroso e são exercício da profissão.Começou o round decisivo de um combate de morte, mas desigual. Falta às vítimas a protecção do dinheiro que cada vez mais descaradamente tudo compra e corrompe e que, no caso, está do lado do ‘inimigo’.Sobra-lhes a solidariedade que o País lhes proporciona, mas se mostra incapaz de modificar a tendência dos pratos da balança da Justiça. Tantas vezes a mais desafinada das balanças, mas em que, apesar de tudo, todos queremos ainda acreditar.O espectáculo anunciado estará em cena com um guião muito mais rígido do que possa imaginar-se. Está delimitado o campo de batalha e as estratégias estão devidamente apuradas.Alguns advogados (com excepções), menos seguros de si e da sua verdade, não querem o seu apuramento. A sua única aposta é a descredibilizacão das vítimas, pouco se importando que com tal estratégia se descredibilizem também a eles próprios.

A regra sempre presente será a da ausência de regras e de limites. A praga da americanização das culturas europeias começa a não poupar sequer os nossos tribunais, diminuídos e vulneráveis pela exploração (até ao limite que a lei permite) das suas próprias fragilidades que poderão ser o pântano por que todos seremos engolidos. Quem sobreviverá?

João Marques dos Santos

26 de Novembro de 2003

O último voo de sempre do Concorde, modelo de Produção 216, regressou à casa que o projectou em Filton, fazendo chegar ao fim 35 anos de voo supersónico.

Uma história que começou já em 1943 quando o governo britânico emitiu pela primeira vez as especificações para uma aeronave espacial capaz de exceder Mach 1.5. Em 1956, a Comissão de Transporte Aéreo Supersónico foi criada, e em 1959 foi produzido um relatório com recomendações para dois tipos de transportador aéreo supersónico. O contrato para o estudo do projecto foi atribuído à British Aircraft Corporationem 1960, mas o governo estabeleceu como condição a obrigação a encontrar um parceiro internacional para o projecto. Foram feitas abordagens aos EUA, Alemanha e França, no entanto, os EUA tinham as suas próprias ideias sobre aviões de transporte supersónicos que estavam muito afastadas do conceito da BAC. A Alemanha achou que a indústria não estava pronta para viagens supersónicas, mas os franceses foram muito entusiásticos, animados pelo seu muito bem sucedido Caravelle com motores atrás. Começou então a colaboração entre a BAC e a Sud-Aviation, que iria produzir o primeiro avião de passageiros supersónico de sempre viajando em Mach 2, que seria conhecido e amado por todos como CONCORDE. Na sua época, 50,000 pessoas trabalharam no Concorde permitindo uma estreita relação de trabalho entre engenheiros franceses e britânicos.

Datas importantes:

Primeiro voo do Protótipo 001 em 21 de Março de 1969Primeiro recorde de voo transatlântico de 3h 33m de Washington a Orly pelo Pré-produção02 em Setembro de 1973Primeiro voo comercial em 21 de Janeiro de1976, o que representou 20 anos entre o conceito e a realidade. Esperava-se que o Concorde continuasse em serviço até 1993, mas uma revisão técnica adiou essa data para 2010. O último voo de sempre do Concorde, modelo de Dados técnicos peso total de descolagem de185 toneladas incluindo 95 toneladas de combustível capaz de viajar a1300 mph (2090 km/h)

Comprimento total 202 pés e 4 polegadas (61.66 metros) Temperatura do nariz em velocidade supersónica 127 graus CA aeronave dilatava 6 polegadas (125 mm) em comprimento em velocidade supersónica devido à expansão térmica.

Os da British Airways tinham 100 lugares e os da Air France 92, embora a aeronave estivesse certificada para 128 lugares. Um dos primeiros problemas técnicos a ultrapassar, ver para onde se vai, tornou-se numa marca registada desta mais que notável aeronave remanescente de um gigantesco cisne quando aterrava ou descolava, que pode ser vista nas fotografias, o nariz retráctil. (com a amável permissão de Dave Entrican) O Concorde precisava de ser aerodinâmico para o voo supersónico, com um longuíssimo nariz pontiagudo para reduzir a resistência ao ar e melhorar a eficiência aerodinâmica. Durante a descolagem e a aterragem, o Concorde voava com um elevado ângulo de ataque (ângulo de nariz elevado) exigido pelo modo como a asa em delta produzia a sustentação a baixas velocidades. Nestas baixas velocidades com ângulos de ataques elevados, o nariz aerodinâmico impediria os pilotos de verem correctamente durante as operações de descolagem e aterragem, por isso tinha que ser encontrada uma solução exclusiva.

The European magazine of Leroy-Somer

Para variar.

"Um homem foi detido quinta-feira no Bairro da Cova da Moura, Amadora, por ter atropelado um polícia que lhe deu ordem para parar a viatura, disse hoje à Agência Lusa uma fonte da PSP. O condutor, 41 anos, seguia na Rua da Madeira, quando um agente lhe deu ordem de paragem. O homem não acatou a ordem e passou com a roda da viatura por cima dos pés do agente, contou a fonte do Comando Metropolitano da PSP.

Para tentar parar o condutor, a polícia efectuou vários disparos, mas em vão.A viatura acabou por ser imobilizada quando outro carro da PSP se atravessou à sua frente, adiantou à Lusa a mesma fonte, acrescentando que nessa altura o homem não ofereceu resistência. O homem foi então detido, tendo-lhe sido apreendida uma arma branca e uma pequena quantidade de cocaína
. "

O pobre condutor só queria cortar as unhas dos pés ao polícia.

Nova Bíblia - Livro VI.

Livro VI- O êxodo
"O êxodo", uma narrativa da libertação do povo erveu do jugo egípcio é dos poucos textos do Livro Sagrado de autor conhecido. A autoria deste livro poderá ser atribuída, sem qualquer tipo de dúvida, ao grande ensaísta, dramaturgo e poeta hitita, Raman-Kash de Til Barsip, autor, entre outras obras marcantes, do poema épico "A Epopeia de Tarnabril, o onanista" e de vários episódios da telenovela venezuelana "Corazón Latino-La vida de una rubia".


Naquele tempo, os descendentes de João e Elsa que tinham escolhido para si o nome de Erveus, habitavam nas terras do Egipto. O rei do Egipto era um homem mau e nada agradável para com os seus súbditos Erveus. Pouco depois da sua chegada ao Egipto, já os Erveus eram perseguidos e atormentados pelas sevícias do rei.

O rei tinha dois filhos. A um, o mais velho, chamou Ruben Eduardo Michel, pois o bom gosto só seria inventado no século seguinte. Ao mais novo, que tinha sido encontrado pela mulher do faraó a boiar no Nilo num cesto de vime e que era, na realidade um dos Erveus, chamou Mousés.

Quando o velho rei morreu, o seu primogénito subiu ao trono e passou a governar o Egipto como o seu pai havia feito.
Mousés, ao ver como o seu povo era tratado, revoltou-se contra o irmão e contra a autoridade estabelecida, assim criou Deus o adolescente rebelde, e juntou-se aos seus irmãos Erveus, fundando o PSR (Partido Semita Revolucionário).

Um dia, quando Mousés apascentava o gado de seu sogro, viu um arbusto que parecia arder sem se consumir. Era Deus que se revelava e comandava a Mousés que fosse junto do faraó pedir-lhe que libertasse o seu povo.

Mousés assim fez. Infelizmente, o espírito de Deus abandonou o arbusto sem apagar o fogo e este consumiu na totalidade as vastas florestas do Egipto, transformando-o num deserto. Assim, criou Deus o incêndio florestal.
Mousés foi ter com o faraó e transmitiu-lhe a mensagem de Deus. Como prova da verdade das suas palavras, lançou a sua vara ao chão e esta trasformou-se numa serpente. Pouco impressionado, o faraó mandou chamar o mago da corte que fez desaparecer a serpente, levitou por cima do Grand Canyon, atravessou a grande muralha da China, fez desaparecer um avião e casou com uma top model alemã.

Mousés retirou-se envergonhado.
Como o faraó não tinha cumprido a vontade divina, Mousés voltou para o avisar de que o Senhor lançaria pragas sobre o Egipto para que o faraó acedesse a libertar os Erveus.
A primeira praga foi a transformação das águas do Nilo em sangue. Isto só veio melhorar a culinária egípcia pois a canja que faziam com a água do seu rio adquiriu um melhor paladar. Assim, foi criado o frango de cabidela.

A segunda, terceira, quarta e quinta pragas consistiram, respectivamente, em grandes números de rãs, mosquitos, moscas venenosas e gafanhotos. Estas pragas não tiveram grande resultado porque as rãs devoraram os insectos e foram depois vendidas com grande lucro a uma tribo de cozinheiros franceses nómadas de passagem pelo Egipto.

Como sexta praga, Deus eliminou os furos de todos os cintos que existiam no Egipto, esquecendo-se, no entanto, de um pequeno pormenor. No Egipto ninguém usava calças e os cintos pouco faziam pelas túnicas.
Como sétima praga, Deus lançou sobre O egipto, dezenas de gigantescas pirâmides de pedra que esmagariam os incautos. Para gáudio do faraó, ninguém foi atingido pelas pirâmides e os egípcios cedo aprenderam a usar as pirâmides em seu proveito para atrair turistas.

Por esta altura, Deus começava a ficar desesperado pois nada do que fazia parecia convencer o faraó a deixar partir os Erveus. Mas os egípcios, incluíndo o faraó, estavam mergulhados numa epidemia de riso histérico incontrolável ao verem o resultado das pragas que o Deus dos Erveus lançava sobre si e pouco podiam fazer para os impedir.

Assim, os Erveus partiram para o deserto em busca da terra prometida liderados por Mousés. Uma noite, enquanto estavam acampados, Mousés subiu a um monte e recebeu de Deus duas tábuas contendo os dez mandamentos da sua lei que eram os seguintes:

-Não perseguirás o carteiro como um cão raivoso.
-Não encomendarás pizzas para casa de desconhecidos que as não pretendam.
-Não embalsamarás o joelho do próximo.
-Não cobiçarás a colher do próximo.
-Não engordarás um frade capuchinho só pelo gozo de o ver rebentar como um balão enquanto canta a "Marselhesa".
-Não usarás preservativos com sabores como sobremesa em lares de terceira idade, convencendo os velhinhos incautos de que são gomas de fruta.
-Não andarás nu em casa se no prédio da frente viver alguém com problemas cardíacos.
-Não semearás salsichas na praia só para ver a reacção dos banhistas.
-Não usarás catecismos como base para copos em orgias romanas.
-Não usarás os mesmos catecismos para qualquer outro propósito em orgias romanas.

Ao descer do monte, Mousés escorregou e deixou cair as tábuas que se estilhaçaram. Mousés voltou a subir e explicou a situação a Deus que providenciou outras mas não com o mesmo conteúdo pois a Sua memória não andava muito boa.
No sopé do monte, Mousés viu que os Erveus, na sua ausência, tinham esculpido um enorme pónei de ouro e que o rodeavam, prestando-lhe culto através de práticas absolutamente bárbaras e incivilizadas, colocando-se de joelhos ante o ídolo, erguendo os braços para o céu, repetindo frases estranhas e sem sentido e rastejando pelo chão de um modo nada respeitador da sua integridade física.

Mousés, chocado pelo comportamento dos seus seguidores, exaltou-se e lançou o pónei dourado ao chão e gritou: "O que haveis feito, povo insensato? Não vedes que não precisais de vos envolver em tais práticas de bajulação irracional? Se quereis rastejar, fazei-lo em adoração do Deus que está no cimo deste monte."

Os Erveus logo se recompuseram da perda do seu ídolo e puseram-se a rastejar pelo chão, ao mesmo tempo que arrancavam os cabelos e batiam com a cabeça no chão, o que muito agradou aos olhos de Deus que tudo observava do alto.
Quando os egípcios pararam, finalmente, de rir, lançaram-se em perseguição dos Erveus. Para lhes barrar a passagem e pensando em futuras adaptações cinematográficas, Deus criou uma gigantesca coluna de fogo, dividiu o mar vermelho em dois e lançou contra os egípcios uma esquadrilha de naves espaciais tripuladas por extraterrestres verdes e com muitos braços. Assim criou Deus os efeitos especiais.

Mesquitas especiais.

"O Governo iraquiano e as forças da coligação multinacional liderada pelos EUA instaladas naquele território apresentaram, ontem, um balanço das operações em Fallujah, lançadas dia 8 e as de maior envergadura até agora visando obliterar a insurreição e capturar o jordano Abu Mussab al-Zarqawi, considerado o cérebro da al Qaeda no Iraque e cuja cabeça vale 25 milhões de dólares. Mais de 2085 iraquianos foram mortos e cerca de 1600 capturados, e a descoberta, numa casa do bairro industrial daquela cidade sunita, de um laboratório de produtos químicos para produzir explosivos e substâncias tóxicas, juntamente com manuais de fabrico de armas químicas, constituíram grandes vitórias na óptica do secretário de Estado para a Segurança Nacional, Qassem Dawd, que se congratulou ainda com a captura de Abu Said, um dos chefes do grupo de Zarqawi em Mossul, no Norte do Iraque.

A resistência em Fallujah ainda não foi completamente neutralizada, mas o tenente-coronel Dan Wilson, do corpo de fuzileiros dos EUA, garante que está confinada a "pequenos grupos que continuam a atacar os fuzileiros" dedicados, agora, à recolha do armamento dos insurrectos disperso, principalmente na mesquita Saad Abi Oaqas, no bairro de Chorta, e que, na contabilidade daquele oficial, constitui um "arsenal impressionante, com uma quantidade de armas que dava para conquistar o país"
."


Armamento escondido em Mesquitas? Mentira. As Mesquitas só servem para rezar.

Cunhal deixa uma herança sem herdeiros.

"Cunhal mais parece um guerrilheiro a apagar as pegadas para não ter seguidores nem perseguidores. Durante toda a longa vida foi criando à sua volta um espaço de terra queimada. Sempre sonhou ser um Mestre sem discípulos. E chegamos a este XVII Congresso à beira da implosão. O Partido renasceu com ele e vai morrer com ele.

Pelo caminho ficaram Pavel, Piteira Santos, Júlio Fogaça, Vital Moreira, Luís Sá, João Amaral. E mais. Cunhal sempre teve uma concepção absoluta do Poder. Nunca foi um democrata, quando muito um aristocrata, sob o manto, falsamente modesto, de «filho adoptivo do proletariado», como declarou em sua defesa, em Tribunal Plenário.

Suportava os medíocres porque a mediocridade lhe servia e fortalecia as suas correias de Poder. Cunhal não era contrariável; ainda hoje não é contrariado. Deixa uma herança, mas como nunca quis herdeiros, a herança corre o perigo de morrer com ele ou de ser desbaratada por vindouros desconhecidos.

Mas, apesar de tudo, os mais velhos aprenderam alguma coisa com Cunhal: moldemos os novos à nossa imagem e semelhança, iludidos que têm poder quando o poder é nosso. E hoje, e também por isto, o PCP é um partido sem ideias e, o mais grave, sem convicções. Já não quer mudar a realidade, só não quer que a realidade o mude a ele. Cunhal é hoje uma espécie do frade, guardião da biblioteca e dos seus segredos, do Nome da Rosa, de Umberto Eco. Isolado em si e na sua circunstância, não escreve memórias porque não quer deixar herança e dificilmente quer deixar um PCP porque ele é o PCP. É o princípio trágico da implosão. Embora lenta.

O canto doloroso de Almada anuncia dias tristes. A garantia financeira de que o aparelho se pode aguentar pelo menos durante os próximos 10 anos é um alívio para a generalidade deste Comité Central, que espera que a realidade do Mundo mude e acabe por lhe dar razão. Mais do que uma desistência, é uma desculpa. E um sinal de incapacidade. O PCP é hoje um partido triste. Para um partido de esperança e que se quer de futuro, esta tristeza torna-o um partido normalíssimo. Sistémico. Senão, vejamos a depressão em que o país está envolvido.

Quando o próprio PCP não resiste a esta depressão, então algo vai mal. Hoje, Cunhal é a última sibila do PCP. Mas já não há nada para descodificar, nem enigmas complexos para reflectir e solucionar. Cunhal sabe disso e reserva para si, só para si, a resposta do enigma. Há suspeitas de que ele próprio seja o Enigma. Como alguém disse, Cunhal está para a política como Edgar Cardoso para a engenharia.

Nunca tiveram discípulos, nem deixaram escola. E dos imitadores medíocres não reza a História. A fórmula rigorosa de Cunhal, a maior flexibilidade táctica para a máxima rigidez estratégica, já não tem sentido. O PCP está sem táctica e sem estratégia. Amarrou o barco ao cais e daí não sai. Recusa-se a levantar âncora. Almada parece ser a viagem mais longa que se pode fazer a partir da Soeiro Pereira Gomes
."

ROGÉRIO RODRIGUES

Plástico.

"O ex-primeiro-ministro Cavaco Silva advertiu ontem à noite, no Porto, que a situação económica em Portugal "é complicada" e que o país "vai continuar a empobrecer até 2006", afastando-se "cada vez mais" da média da União Europeia."Eu não invento números. A Comissão das Comunidades Europeias publicou previsões até 2006 e está lá escrito que Portugal vai continuar a empobrecer até esse ano. Já foi ultrapassado pela Grécia e pela Eslovénia e vai ser ultrapassado pela República Checa", afirmou Cavaco Silva. O ex-primeiro-ministro, que participou no Porto numa conferência sobre "Os Desafios da Economia Portuguesa", promovida pela Associação Nacional de Jovens Empresários, sublinhou que Portugal "está no quarto ano consecutivo de afastamento da Espanha e da União europeia e vai continuar a afastar-se nos próximos anos".

Questionado pelos jornalistas sobre o discurso optimista do primeiro-ministro, Pedro Santana Lopes, e em concreto sobre o alegado início da retoma económica, Cavaco Silva considerou "natural" que em 2004 o crescimento económico seja superior ao do ano passado, porque em 2003 houve "uma recessão", mas sublinhou que "isto não resolve os problemas dos portugueses".

"O problema dos portugueses só será resolvido quando nós voltarmos a uma trajectória de aproximação aos níveis de desenvolvimento da Espanha e da União Europeia. Enquanto não crescermos à volta de três, três e meio por cento ao ano, Portugal continua a afastar-se do desenvolvimento dos outros", afirmou.Para o economista, "já não há tempo para ilusões, passes de mágica e palavreado inconsequente", porque, de outra forma, Portugal corre o risco de descer para a "segunda divisão dos país da Europa em termos de desenvolvimento"."


"Com o Primeiro-ministro tudo é plástico. Tudo pode ser ou não ser. Uma coisa corre mal, pode-se mudar, não há problema nenhum. Aconteceu assim e esperava-se que acontecesse assado. Não é muito importante. Fizemos isto. Já estava previsto que o fizéssemos. Tudo é desvalorizado, nada é cortado a direito. Amanhã torce-se a memória de hoje e não fica nada. Num certo sentido é o que o primeiro-ministro deseja, que fique apenas a imagem, o som, um certo adormecimento colectivo. Um canto, monótono é certo, mas um canto.

O que move o discurso do primeiro-ministro é apenas o que dizem os jornais. Não há nenhuma dinâmica que tenha a ver com o país, com os problemas dos portugueses, apenas sobre os jornais. A frase está morta e só se alumia quando há um comentário ou notícia jornalística a que quer responder ou ripostar. Aí anima-se e tudo se torna fluído. Viu-se em toda a entrevista."

Pacheco Pereira

Paraíso Luso.

"O ex-comissário europeu para a Justiça e o Interior, António Vitorino, confirmou ontem, em declarações à comissão parlamentar de investigação aos atentados de 11 de Março, que há provas da “tentativa de obter explosivos em Portugal para perpetrar atentados terroristas contra a Audiência Nacional espanhola”. Vitorino afirmou ainda existirem “relações importantes” entre o massacre de Madrid e os atentados suicidas de Maio em Casablanca. “Isto prova que, mesmo sendo Portugal um país que não tem uma comunidade muçulmana muito importante, temos exemplos concretos de acções extremistas de radicais islâmicos desenvolvidas em Portugal”, afirmou Vitorino, defendendo uma cooperação mais estreita entre Estados na luta contra o terrorismo."

CM.
Portugal é um paraíso para os criminosos. Com as suas portas escancaradas, toda a "escumalha" internacional aqui se movimenta livremente e aqui encontra o seu refúgio dourado. Também com excelentes advogados de defesa como o Louçã, o que é que queriam????

quinta-feira, novembro 25, 2004

Pobre SLB.

"O Ministro do desporto aproveitou para esclarecer o teor da conversa com a Direcção do Benfica, que recebeu anteontem. "É falso dizer que falámos essencialmente da arbitragem do jogo com o F. C. Porto. O tema arbitragem, de uma forma geral, sem abordagem casuística, tomou escassos minutos", disse."Não me estão a ver a discutir se é penálti ou fora-de-jogo", disse o ministo-adjunto do primeiro-ministro, confirmando a recepção de um DVD, levado pelo Benfica, com os lances polémicos do encontro com os dragões. "Não o vou ver e só por delicadeza não o atirei pela janela", argumentou.

A explicação de Henrique Chaves, ministro do Desporto, sobre o destino que não deu ao DVD do Benfica motivou Pinto da Costa a ridicularizar os rivais da Luz. «Deve ter sido por delicadeza e para não acertar em alguém que ia a passar na rua», comentou o dirigente no regresso de Moscovo. Apesar do atraso de quase três horas, Pinto da Costa não perdeu a oportunidade de atacar Luís Filipe Vieira, que anteontem se reuniu com o ministro. «As pessoas deviam ter noção do ridículo para não se sujeitarem a isto», apontou, pouco depois de aterrar no Aeroporto Sá Carneiro.
"

Com estes dirigentes o Benfica não se safa.

Impunidade.

"A suspensão das obras do Túnel do Marquês do Pombal custou 2,5 milhões do euros, segundo estimativas da Câmara Municipal de Lisboa, avançadas esta quinta-feira pelo presidente Carmona Rodrigues numa visita ao local Em declarações aos jornalistas, o responsável pela CML admitiu ainda processar o Estado pelos danos causados pela decisão de suspender as obras. De acordo com o avançado, os trabalhos serão retomados na sexta-feira. As máquinas serão deslocadas para o local, desde que recebida a notificação oficial do Supremo Tribunal Administrativo de Lisboa. As obras encontravam-se paradas desde Fevereiro, após o advogado José Sá Fernandes ter interposto uma providência cautelar. "

O Dr. José Sá Fernandes devia indemnizar a Câmara e os cidadãos afectados pela sua ambição mediática. Mas como a impunidade reina nestas terras …

25 de Novembro de 1984.


36 Músicos do Reino Unido juntaram-se no estúdio de Notting Hill para gravarem a música "Do They Know It's Christmas" no intuito de juntarem dinheiro para aliviar a fome na Etiópia.

Entre 1984 e 1985 o músico britânico Bob Geldof organizou dois eventos beneficentes de primeira grandeza. Um foi o megashow Live Aid (1985) que arrecadou fundos para a Etiópia. O segundo foi uma gravação chamada Band Aid (1984). Duas décadas depois Geldof reuniu novos astros para uma regravação beneficente. Em 1984, o mundo está chocado com as imagens que chegam da Etiópia. Trinta milhões de pessoas correm o risco de morrer de fome em Africa. O músico Bob Geldof acredita que o poder mediático da televisão e dos artistas pode fazer o que os governos não conseguiram ou não quiseram. Neste ano, surge o single "Do They Know it's Christmas" e as vendas servem para levar alimentos para Africa, com artistas sobretudo britânicos. OS Estados Unidos não perdem tempo. A experiência de Geldof é um sucesso e surge uma versão eventualmente menor, mas de grande efeito. O USA Africa. Estão assim criadas as condições, mobilizadas as audiências e os meios de informação. Geldof lança-se para o concerto impossível. Simultaneamente em Londres e em Filadélfia, um gigantesco concerto é transmitido para mais de mil e 500 milhões de pessoas. Este foi inequivocamente o evento que por si só recolheu mais dinheiro em ajuda humanitária: 80 milhões de dólares. O Live Aid de 13 de Julho de 1985 contribuiu com milhares e milhares de toneladas de alimentos.

Com pontualidade britânica, ao meio-dia desse dia (13 de Julho de 1985), várias figuras do mundo da canção deram as mãos, afinaram as vozes, os instrumentos, e alinharam naquele que é considerado como um dos maiores concertos até hoje realizados: o ‘Live Aid’. Entre as 72 mil almas que esgotavam a lotação do Estádio de Wembley, em Londres, encontravam-se Carlos e Diana de Gales, anunciados em alto e bom som por Richard Skinner. Seguiu--se a saudação real, para um minuto mais tarde ecoar ‘God Save the Queen’, o hino a dar o mote para uma maratona musical que se estenderia por 16 horas.

Do outro lado do Atlântico estava tudo a postos. Dividido entre a capital inglesa e os Estados Unidos, onde foi acolhido no Estádio JFK, em Filadélfia, o ‘Live Aid’ tornou-se uma lenda, marco incontornável entre os eventos de caridade a sério. Bob Geldof, então vocalista dos Bomtown Rats, assumia as funções de homem do leme do projecto transcontinental. Em parceria com Midge Ure, dos Ultravox, tinha dado os primeiros passos na matéria ao conceber a ‘Band Aid’, reunião de artistas de onde saiu o tema ‘Do You Know It’s Christmas?’, êxito à escala europeia, responsável pela angariação de oito milhões de libras para a luta contra a fome em África – os ‘States’ responderam com o colectivo USA for Africa a trautear ‘We Are The World’.

Entusiasmado com aquele dia de boa memória, Geldof aproveitava as pausas entre as actuações para manter os telespectadores pregados ao ecrã: “Não vão para o bar esta noite – por favor fiquem ligados e dêem-nos o vosso dinheiro. Há pessoas a morrer agora.” A estratégia, algo tosca, deu os seus frutos. Durante o concerto choveram chamadas de todas as regiões do planeta, com uma família do Dubai a bater o recorde dos donativos: um milhão de libras. A audiência chegou aos 1.5 mil milhões de telespectadores espalhados por 160 países e o espectáculo, rotulado desde os primeiros instantes como a mais ambiciosa transmissão via satélite de todos os tempos, revelou-se altamente lucrativo. O acerto de contas acabou por indicar um sucesso colossal: 140 milhões de euros.

CONFUSÕES (QUASE) IRREPARÁVEIS

Apesar da ideia ter sido bem sucedida, nem todos os artistas compareceram à chamada de Bob Geldof, com três baixas de peso no alinhamento inicialmente previsto: Julian Lennon, Cat Stevens – chegou a compor uma canção para aquela que seria a sua primeira aparição depois de se ter convertido ao islamismo – e Prince. Este último colmatou a falha com a gravação do teledisco de ‘4 the Tears in Your Eyes’. Mas houve outros espinhos nessa rosa que despontou em Inglaterra e nos Estados Unidos. Mick Jagger tinha intenção de realizar um dueto intercontinental com David Bowie, impossível devido a problemas de sincronização. O ‘camaleão’ safou a honra do convento ao criar o vídeo para a versão de ‘Dancing in the Streets’ que deveria ser emitida em directo e a cores, enquanto o ‘boca grande’ dos Rolling Stones actuou em Filadélfia ao lado de Tina Turner.

Bob Dylan não deixou os créditos de figura controversa em mãos alheias e na sua actuação disparou: “Era bom se algum deste dinheiro fosse para os agricultores americanos”. Bob Geldof não gostou e retribuiu na sua autobiografia: “Ele mostrou uma completa falta de percepção de como vão ser utilizados os fundos do ‘Live Aid’. Este projecto é sobre as pessoas perderem as suas vidas. Há uma diferença radical entre perder o sustento e perder a vida ( ) Foi um erro crasso e uma coisa estúpida e nacionalista para se dizer”. Além da tirada de Dylan, no Estádio JFK a transmissão teve alguns problemas e acabou por sofrer um corte precisamente no momento em que Roger Daltrey, vocalista dos The Who, cantava ‘Why Don’t You All Fade Away?’ (‘Porque é que vocês todos não desaparecem?’), do clássico ‘My Generation’. Mas os problemas não se ficaram por aí. Quando Keith Richards, dos Rolling Stones, partiu uma corda da guitarra, Ron Wood disponibilizou-se rapidamente a emprestar-lhe a sua. Resultado, ficou sem o instrumento e teve de recorrer à mímica para fingir que continuava a tocar.

A NOVA AVENTURA

Desde 1985 até ao lançamento da caixa de quatro DVD ‘July 13, 1985 – The Day the Music Changed the World’, o Band Aid Trust já distribuiu mais de 144 milhões de euros na luta contra a fome em África, apoiando projectos no Burkina Faso, Eritreia, Etiópia, Mali, Nigéria e Sudão. No ano passado, Bob Geldof voltou pela enésima vez a África, de onde regressou desesperado. “Isto é vergonhoso. Está um continente inteiro em declínio desde o ‘Live Aid’. Está toda a gente a andar para a frente, menos África. Porquê? Durante quanto tempo vamos querer que isto continue?”

A 28 de Julho último o músico e empresário (ver caixa) demonstrava-se desiludido quanto à falta de sensibilidade de alguns dos actuais senhores do planeta: “Vários líderes mundiais estiveram presentes e assistiram total ou parcialmente ao evento, incluindo George W. Bush, Tony Blair e Gerhard Schroeder. Vinte anos depois, estão no poder e nada fizeram para mudar a situação”. A luta pelo combate à fome terá em breve novos desenvolvimentos. Todos os lucros do filme serão usados na continuidade do trabalho do Band Aid Trust no continente africano e para garantir que a ajuda vá para quem necessita. “Estive pessoalmente em Port Sudan e Darfur, para garantir que o dinheiro angariado chegava às mãos certas. Estarei de novo em África para assistir à chegada dos camiões com a ajuda que pode significar a sobrevivência destas pessoas”, assegura Bob Geldof.

Quase duas décadas sobre o ‘Live Aid’, o homem que sonhou mudar o mundo através da música assentou os pés na terra. Apesar do muito dinheiro angariado, a sua visão cor-de-rosa da sociedade igualitária não passava de uma utopia.

NOME DE GUERRA: GELDOF

Apesar de continuar a acreditar cegamente na missão de dar de comer a quem mais precisa, Bob Geldof está longe da imagem do jovem idealista de outros tempos. O cabelo desgadelhado e o ar de quem dormiu no parque desapareceram. Aos 52 anos, usa um telemóvel de última geração e marca todas as reuniões numa agenda electrónica. No 'Live Aid' teve o seu grande momento televisivo ao gritar bem alto: “Give us your fookin' money” – tão célebre que passou a figurar no dicionário de frases composto pela Universidade de Oxford. E ainda hoje é reconhecido na rua devido a alguns momentos televisivos que ficaram na retina dos súbditos de Sua Majestade, como um incontornável confronto de palavras com Margaret Tatcher sobre África. Geldof passou ao lado de uma grande carreira como cantor. Nos últimos tempos vendeu a sua agência de viagens 'on-line', assim como a produtora Planet 24, conseguindo um bom pé-de-meia que lhe permitiu ter pela primeira vez desafogo financeiro.

Fontes:
Correio da Manhã
Terra Música
Sic on Line

25 de Novembro de 1863.


As últimas tropas britânicas abandonam Nova York 3 meses após o Tratado de Paris.O Tratado de Paris, entre os Estados Unidos da América e a Grã-Bretanha, selou o fim da Guerra da Revolução Americana, com a aceitação da independência das treze colónias britânicas na América do Norte e o reconhecimento dos Estados Unidos da América.

História da América

Colonização
A América foi dividida pelo tratado de Tordesilhas (1494) entre Portugal e Espanha. As terras que ficavam até 370 léguas das Ilhas do Cabo Verde (litoral africano) seriam de Portugal, o restante da Espanha. Os ingleses, franceses e holandeses discordaram do tratado e também estabeleceram colônias na América. A colonização inglesa na América do Norte teve 13 colônias, que se uniram por ocasião da independência e formaram os Estados Unidos da América. Os estados eram: Connecticut, Massachusetts, Rhode Island, New Hampshire, Nova York, Nova Jersey, Pensilvânia, Delaware, Maryland, Virginia, Carolina do Norte, Carolina do Sul e Geórgia.

Guerra dos Sete Anos (1756 - 1763)

Conhecida na história dos EUA como Guerra Contra os Franceses e Índios, foi protagonizada por Inglaterra e França, e contou com o apoio de colonos e índios de ambos os lados. No tratado de Paris, a França cedeu o Canadá, o vale do Ohio e parte das Antilhas Francesas para a Inglaterra.

Independência dos Estados Unidos

O conflito entre americanos e ingleses foi provocado pelo aumento e criação de novos impostos. Oa americanos invocaram a "Magna Carta" de 1215, renovada pelo "Bill of Rights" de 1689, pela qual o rei não podia decretar impostos sem consultar o Parlamento. Os americanos não tinham representação parlamentar na Inglaterra e o rei recusou-se a consultar as assembléias coloniais.O impasse resultou na Declaração de Independência, em 4 de julho de 1776. Os ingleses reconheceram a independência em 1783, na Paz de Versalhes.

Expansão territorial

Foi regulamentada pela Lei do Noroeste (1787). O governo federal tomava posse de uma área e vendia as terras por um preço baixo para os pioneiros que obtinham títulos de propriedade garantidos pelo governo. No interior dos EUA havia a colônia francesa da Louisiana, que foi comprada pelos americanos em 1803, abrindo o rio Mississipi para a navegação. Em 1846, a Inglaterra cedeu o Oregon aos EUA. Em 1848, numa guerra contra o México, foram incorporados o Texas, a Califórnia e o Novo Mexico. Em 1853, foi anexada mais uma faixa ao sul do Novo México e a oeste do Rio Grande.

Guerra de Secessão (1861-1865)

Durante a expansão territorial ocorreu um desequilíbrio político entre os estados industriais do norte e os estados agrários e escravistas do sul. Nos estados onde predominava a mão-de-obra livre cresceu o número de eleitores que eram vinculados ao mercado do norte industrial; o sul, voltado para a exportação de produtos agrícolas, tinha suas reivindicações examinadas em segundo plano. O norte, interessado na ampliação do mercado interno, defende a abolição da escravidão; o sul rejeita a proposta, com medo de perder o monopólio mundial do algodão. Em 1861, o sul declarou independência em relação ao norte, e o presidente Lincoln apoiou a manutenção da União, iniciando a Guerra de Secessão. O sul foi derrotado e o saldo de mortos foi de 600 mil. Após a guerra os EUA têm um crescimento extraordinário. Entre 1860 e 1914, a população passa de 31,3 para 91,9 milhões de habitantes, sendo 21 milhões de imigrantes. Em 1915 os EUA são os maiores produtores mundiais de ferro, carvão, petróleo, cobre e prata. Isso credenciou os EUA a ingressar na política mundial.

CONFLITOS EXTERNOS

Política do Big Stick (Grande Porrete)Enunciada em 1901 pelo presidente Theodore Roosevelt, resume-se na frase "fale macio e use um porrete", a ele atribuída.O primeiro exemplo foi o caso do Panamá, então pertencente à Colômbia. A França havia adquirido os direitos para a construção do canal, mas a empresa construtora faliu fraudulentamente. Os EUA viam o canal como um objetivo fundamental, que lhes daria a hegemonia naval entre o Atlântico e o Pacífico; por isso fomentaram a independência panamenha. O canal foi construído pelos EUA, que exerceram um protetorado sobre a área, semelhante à emenda Platt.


GUERRAS

Primeira Guerra Mundial (1914 - 1918)

Antes da guerra, a Europa estava dividida entre a Tríplice Aliança (Alemanha, Áustria-Hungria e Itália) e a Tríplice Entente (Inglaterra, França e Rússia czarista). A causa imediata do conflito foi o assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono austríaco, ocorrido em Sarajevo, na Bósnia, em 28 de junho de 1914. O autor do atentado, Gavrilo Princip, era membro dos "Jovens Bósnios", um braço da organização nacionalista sérvia "Mão Negra". A Bósnia havia sido anexada pelos austríacos em 1908, enquanto a Sérvia buscava a unificação da Iugoslávia.Os sérvios tinham um pacto secreto com a França e a Rússia, pelo qual as duas reagiriam mediante um ataque austríaco. Os sérvios sob essa proteção negaram diversas exigências dos austríacos, que inadvertidamente deflagraram o conflito invadindo a Sérvia. A Itália declarou neutralidade no primeiro ano, entrando posteriormente ao lado da Entente. Durante os três primeiros anos da guerra, os EUA exportaram material bélico e alimentos para a Entente. Quando os EUA constataram o desgaste econômico da França e da Inglaterra, enxergaram a possibilidade de assumir o posto de primeira potência, caso a Alemanha fosse derrotada.

Os pretextos para a entrada dos EUA na guerra foram o afundamento de navios americanos por submarinos alemães e o telegrama "Zimmermann", divulgado pela Inglaterra, pelo qual os alemães pretendiam que o México entrasse em guerra contra os EUA, prometendo a devolução dos territórios subtraídos ao México pelos americanos, em caso de vitória. Em 1917, a entrada dos EUA na França foi massacrante, pois franceses e alemães estavam esgotados por três anos de combates nas trincheiras. Antes do final da guerra ocorreu a Revolução Russa de 1917; os bolcheviques liderados por Lênin firmaram a paz em separado com os alemães. A Alemanha rendeu-se em 1918.A vitória provocou a transferência do centro financeiro de Londres para Nova York. Os EUA, satisfeitos com o predomínio econômico, decidiram preservar o isolacionismo político e não fizeram nenhuma intervenção política na Europa até a Segunda Guerra Mundial.Entre GuerrasO declínio do predomínio inglês na América Latina levou ao controle total da área pelos EUA. A crise de 29 levou à ruína os grupos econômicos da América Latina ligados ao capital inglês. Essa elite foi substituída por novos grupos ligados ao capital norte-americano. A ascensão de Getúlio Vargas, através da Revolução de 1930, integra esse quadro. No Pacífico os americanos ampliaram o seu comércio e observaram com cuidado a expansão japonesa na área.

Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945)

No início da Segunda Guerra Mundial, os principais protagonistas eram os aliados França e Inglaterra, que enfrentavam o Eixo, composto por Alemanha, Itália e Japão. Os sucessos alemães levaram Hitler a declarar guerra à URSS, em 1941. Nesse mesmo ano, os japoneses atacaram Pearl Harbour, levando os EUA a declarar guerra ao Eixo. Até então os americanos vendiam material bélico e alimentos à França e Inglaterra pelo sistema "cash and carry" (pague e leve).Com o início do recuo nazista devido às derrotas no norte da África e em Stalingrado, o presidente Roosevelt (EUA), Winston Churchill (1º ministro da Inglaterra) e o ditador soviético Stálin reuniram-se nas Conferências de Teerã (1943) e Yalta (1945). Além de determinar o destino da guerra, esses encontros delinearam as novas fronteiras do mundo, que via surgir uma nova potência, a União Soviética. A guerra acabou com o lançamento das bombas atômicas pelos americanos em sobre Hiroxima e Nagasaki. Em Yalta, Stálin exigiu o reconhecimento da influência soviética no Leste Europeu, desenhando o mapa da "cortina de ferro". A nova ordem internacional estabelecida opunha o capitalismo ao socialismo, delineando a "Guerra Fria".

Guerra Hispano-Americana (1898)

Em 1823, os EUA criaram a Doutrina Monroe ("A América para os americanos"), que era hostil à qualquer intervenção européia na América. Na época, os países europeus não a levaram a sério.Cuba era uma colônia espanhola produtora de açúcar, produto que interessava ao mercado interno norte-americano. A violenta repressão espanhola sobre o movimento cubano de independência foi alvo de uma campanha da imprensa americana contra a Espanha. O navio americano U.S.S. Maine, em "visita de cortesia", inexplicavelmente explodiu no porto de Havana, com a morte de 260 marinheiros. Por esse motivo os americanos declararam guerra à Espanha.Os americanos venceram e exigiram dos espanhóis a cessão de Porto Rico, no Caribe, e de Guam e Filipinas no Pacífico, pontes para o comércio americano na Ásia. Os espanhóis entregaram as Filipinas por 20 milhões de dólares. Cuba, embora independente, foi submetida à emenda Platt, que admitia a intervenção norte-americana em Cuba sem autorização.

A Guerra Fria (1945 - 1991)

Durante esse período o mundo foi dominado pelo antagonismo entre EUA e URSS. Nos anos 50, durante o governo do general Eisenhower, foi consagrada a Teoria do Dominó, pela qual as fronteiras entre o Capitalismo e o Socialismo eram consideradas definitivas, e nenhum país poderia mudar de lado. Em todos os lugares onde essa ordem fosse ameaçada, ocorreria uma intervenção militar norte-americana. Os soviéticos adotaram uma estratégia semelhante, marcada pelas intervenções na Hungria, Tchecoslováquia e Afeganistão. Os momentos de maior tensão da Guerra Fria foram:


Guerra da Coréia (1950 - 1953)

No final da Segunda Guerra Mundial, a Coréia foi ocupada simultaneamente por tropas soviéticas e norte-americanas. Foi estabelecida a divisão do país em duas partes, Norte e Sul, tendo o paralelo 38° como linha divisória. Os guerrilheiros do Norte iniciaram incursões ao Sul. A ONU considerou como agressão os atos da Coréia do Norte, o que permitiu a entrada de tropas americanas. Depois de 3 anos de guerra não houve alteração nas divisas.


Guerra do Vietnam (1945 - 1973)

O Vietnam era uma colônia francesa até a Segunda Guerra Mundial. Em 1945, o líder comunista Ho Chi Minh proclamou a República Democrática do Vietnã. Diante da Guerra Fria, os franceses retomaram a Cochinchina e tentaram restaurar o domínio sobre o Vietnã. Em 1954, pelos acordos de Genebra, criou-se a divisão entre Norte (comunista) e Sul (capitalista), ao largo do paralelo 17°. Foi previsto um plebiscito sobre a unificação. Porém, devido a radicalização de ambos os lados, não foi realizado. Assim, o Norte teve apoio da URSS e da China, e o Sul apelou aos EUA. Os americanos intensificaram a sua presença nos anos 60, chegando a 550 mil homens, em 1968. O apoio dos civis aos vietcongs (guerrilheiros comunistas) e as práticas terroristas levaram à derrota dos americanos que começaram a se retirar em 1973. Os americanos rotularam a retirada como "Paz com Honra". O Auge da Guerra Fria A Crise dos Mísseis Em janeiro de 1959, a Revolução Cubana derrubou Fulgêncio Batista e levou Fidel Castro ao poder. A conversão de Cuba ao socialismo surpreendeu os EUA, que tentou invadir Cuba com um exército de exilados cubanos, mas fracassou na invasão da baía dos Porcos. Fidel Castro recorreu a Moscou. Preocupado com um novo ataque dos EUA, Fidel aceitou a instalação de bases de mísseis soviéticos em Cuba. Os americanos fotografaram as bases; em outubro de 1962, o presidente Kennedy publicou as fotos e ameaçou atacar a URSS. Depois de 13 dias tensos, os EUA desistiram de atacar Cuba e os soviéticos retiraram as bases da ilha. O bloqueio decretado por Kennedy dura até hoje.

O Efeito da Crise dos Mísseis Sobre a Amércia Latina Cuba teria sido a primeira pedra do dominó que poderia derrubar as demais. Diante disso os norte-americanos decidiram eliminar a ameaça comunista na América Latina. Uma sequência de golpes de Estado transformou as precárias democracias da América Latina em ditaduras militares. Os principais golpes foram no Brasil (1964), Chile (1973) e Argentina (1976).


A Guerra da Golfo (1991)
Em 17 de julho de 1990, o presidente do Iraque, Sadam Hussein, acusou o Kuwait de quebrar acordos relativos à venda de petróleo. Em 2 de agosto de 1990, o Iraque invadiu e conquistou o Kuwait em uma semana.A ONU condenou a ação do Iraque. Os EUA, sob o escudo da ONU, colocou 500 mil homens na Arábia Saudita, temendo um avanço de Sadam na zona petrolífera. O general Norman Scwarzkopf, comandante norte-americano, atacou o Iraque em 24 de fevereiro, após o Iraque não ter respondido ao ultimatum da ONU para abandonar o Kuwait.Sadam aceitou o cessar fogo em 28 de fevereiro. Segundo a estimativa, o Iraque teve 120 mil baixas, entre elas 10 mil civis.



POLÍTICA EXTERNA

A Revolução Sandinista na Nicarágua (1979)O movimento promovido pela Frente Sandinista de Libertação Nacional, sob a liderança de Daniel Ortega, derrubou a ditadura de Anastacio Somoza. O programa dos revolucionários propôs o confisco dos bens do clã Somoza, a liquidação da Guarda nacional, a construção de uma economia mista, um sistema político pluripartidário e política externa não alinhada.A politica dos sandinistas em relação aos vencidos foi "implacáveis no combate, generosos na vitória". Essa medida permitiu a organização de forças contra-revolucionárias patrocinadas pelos EUA. O desgaste econômico produzido pela contra-revolução levou à perda das eleições pelos sandinistas em 1990, com a eleição de Violeta Chamorro.O Escândalo Irã-Contra (1985)Alguns membros do Conselho Nacional de Segurança dos EUA, tendo como pivô o tenente Oliver North, começaram a vender armas através de Israel para a República Islâmica do Irã, então em guerra com o Iraque, pela disputa do território onde se fundem os rios Tigre e Eufrates (Mesopotâmia). As armas iam parar em mãos de terroristas libaneses que entroca libertavam reféns detidos no Líbano. Os lucros obtidos eram destinados ao financiamento dos contra-revolucionários da Nicarágua. O Senado dos EUA abriu uma investigação em 1986, mas não conseguiu provar o envolvimento do presidente Ronald Reagan no caso. North e seu sócio Poindexter foram considerados culpados, mas foram absolvidos na apelação. O caso acabou em pizza.

Guerra Civil da Bósnia

Com a crise do Leste Europeu, a Iugoslávia fragmentou-se em diversos países. Porém, o marechal Tito, que governou o país por mais de 30 anos, promoveu uma redistribuição da população que provocou enclaves em várias regiões. Esses grupos deslocados provocaram inúmeros problemas.A Bósnia declarou sua independência da Iugoslávia em 1992, tendo como presidente o muçulmano Izetbegovic. A minoria sérvia proclamou a República Sérvia da Bósnia-Herzegovina, iniciando a Guerra Civil da Bósnia (1992 - 1995), que arrasou o país. O conflito acabou com o Acordo de Dayton, que criou um Estado frágil, dividido em duas partes, a sérvio-bósnia e a croata-muçulmana.A estabilidade do novo Estado depende de um contingente de 60 mil homens da Nato, sob o comando dos EUA.

Miséria.

"Dezenas de jornalistas, outros tantos repórteres de imagem, técnicos, realizadores, produtores, assistentes, fotógrafos... O circo mediático no Tribunal da Boa-Hora, no Chiado, em Lisboa, está montado para o julgamento do ano. Enquanto a Polícia de Segurança Pública tentará fazer a melhor triagem de pessoas e veículos nos acessos ao tribunal, os profissionais da Comunicação Social andarão espalhados pelo local e mesmo ‘empoleirados’ nas varandas dos edifícios da zona.

E se a SIC terá honras de camarote, a partir de um primeiro andar (com acesso ao segundo piso) de um prédio mesmo em frente ao Largo da Boa-Hora – onde funcionará uma mini-redacção –, a TVI não se privou do melhor ângulo de filmagem e, a pique. Terá as imagens mais abrangentes captadas do quarto piso do edifício contíguo ao da SIC. No que se refere à RTP, a varanda de um cabeleireiro de um outro edifício à entrada do Largo da Boa-Hora permitirá também uma visão (relativamente) favorável de toda acção, a partir de um exíguo espaço alugado para hoje por 125 euros, como revelou a proprietária ao CM, Ana Paula Sampaio. Já a Quatro, apurou o nosso jornal, pagará cerca de 200 euros por dia de permanência no espaço alugado. Para já, o pequeno quarto foi alugado durante quatro meses, mas apenas nos dias em que decorram as audiências (segundas, terças e quintas-feiras). Quanto à SIC, ainda que não tenha sido possível apurar o valor exacto do aluguer do espaço escolhido, o CM sabe que, por um local idêntico, a entidade proprietária do edifício exigia, por um dia, o pagamento de várias centenas de euros.

UM DIA EM CHEIO

No que respeita a meios humanos e técnicos, hoje é o dia em que as três televisões generalistas apostam ‘tudo’ para se baterem pela melhor cobertura jornalística. A RTP destacou sete jornalistas – mas só um está autorizado a entrar na sala de audiências da 7.ª Vara do Tribunal, tal como acontece com os órgãos de comunicação social mais representatitvos – para a Boa-Hora e respectivos repórteres de imagem, além dos técnicos que também estarão no carro de satélite estacionado na rua. Mas também as estações de Queluz e Carnaxide não se pouparam em meios. A TVI disponibilizou para a operação cinco jornalistas e a SIC aposta em sete. Isto para não falar em repórteres de imagem, realizadores, produtores, assistentes, além de todos os equipamentos de edição e montagem de peças jornalísticas e de transmissão de sinal satélite. A título de curiosidade refira-se que só a SIC terá dois assistentes a acompanhar os operadores de câmara, que funcionarão quase como guarda-costas.

SALA DE IMPRENSA DO TRIBUNAL PRONTA EM 15 DIAS

Ainda cheira a tinta, mas está a postos para receber os jornalistas que vão acompanhar as várias sessões do julgamento do processo Casa Pia. A Sala de Imprensa do Tribunal, situada muito perto da entrada principal do edifício, foi remodelada em apenas quinze dias e tem cerca de 40 metros quadrados. A sala principal tem alinhadas dezasseis cadeiras e ainda outras oito ao fundo da sala e, num pequeno espaço contíguo disponibiliza alguns meios técnicos. Um computador com ligação à internet, três telefones (só para recepção de chamadas), um fax, uma impressora e quatro linhas RDIS são os meios ao dispor dos vários jornalistas que por ali passem ao longo do julgamento. A sala estará aberta durante as sessões e quando for o caso, em período posterior, quando existir leitura de comunicados pelos funcionários do Tribunal da Boa-Hora. Não é de descurar ainda a hipótese de que os advogados do processo possam também utilizar o espaço para algum depoimento ou esclarecimentos aos profissionais da Comunicação Social. Para hoje, três das quatro linhas RDIS estão já reservadas pelo ‘Jornal de Notícias’ e pelas rádios TSF e Antena 1. “Fizémos as obras em apenas quinze dias mas tinha que ficar tudo pronto a tempo”, explicou ao CM, José Palma, da secretaria-geral do Tribunal da Boa-Hora

POSIÇÕES ESTRATÉGICAS

A TVI terá o melhor ângulo de filmagem (em altura e abrangência) do Largo da Boa-Hora a partir do quarto piso de um edifício frontal, mas é a SIC que tem a posição mais privilegiada em termos de proximidade. Mesmo de frente para o Largo, os repórteres de imagem poderão não só dispor da varanda do primeiro piso como têm ainda acesso ao segundo andar. Já a RTP terá uma visão mais limitada pela sua posição ligeiramente mais lateral e, sobretudo, pelo facto de estar num primeiro piso pouco alto em relação à Rua Nova do Almada.

PLANO DE ACÇÃO

SIC E SIC NOTÍCIAS

SIC e SIC Notícias vão fazer ‘directos’ da Boa-Hora e mostram imagens do percurso entre a casa de Carlos Cruz e o Tribunal. A SIC emite um Especial Informação desde as 8h30 às 10h00.

TVI

A TVI terá um helicóptero na zona do Chiado (o mesmo que faz os relatórios de trânsito do canal). A TVI fará transmissões em directo sempre que se justifique, para além da emissão especial durante o ‘Diário da Manhã’ (7h30-10h00).
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Tanto dinheiro mal empregue.

Finalmente.

"O julgamento do processo da Casa Pia começou esta quinta-feira, com cerca de uma hora de atraso em relação à hora prevista, com a presença dos oito arguidos (Carlos Silvino, Manuel Abrantes, Jorge Ritto, Carlos Cruz, João Ferreira Dinis, Hugo Marçal, Francisco Alves e Gertrudes Nunes) e dez advogados de defesa."

Ainda bem que começou. Finalmente o país vai esquecer os problemas laterais como défice, desemprego, SIDA, insegurança, etc, para dedicar-se ao que realmente interessa. Esperamos que, tal como acontece com o "White Castle", também seja divulgado as marcas das roupas usadas pelos arguidos e outros aspectos importantes. Melhor dizendo, o ideal seria fazer um relato à Gabriel Alves.

Nova Bíblia - Livro V.

Livro V-Agriãao.

Livro que relata a vida do patriarca Agriãao e que, hoje em dia, hermeneutas experientes consideram ter sido escrito sob o efeito de alucinógeneos. O Senhor disse a Agriãao: "Sai da tua terra, da terra dos teus pais, da terra dos teus avós, da terra dos teus bisavós, etc, etc e dirige-te para a terra que te indicar, onde farei do povo de Asrael, um povo que dominará todos os seus vizinhos com a minha benção." Agriãao era um líder nato e o homem mais justo, recto e cumpridor dos mandamentos divinos. O único problema de Agriãao era que não podia ter filhos, pois a sua legítima esposa, Tara era ésteril, o que a ambos trazia grande amargura. O senhor quis recompensar Agriãao, por ser tão bom, e providenciou para que tivesse um filho, o que muito lhe agradou.

Passados os meses que a natureza determinou para estas coisas da reprodução, a mulher de Agriãao deu à luz um bonito rapaz a que chamaram Iraac, apesar de ter havido uma certa hesitação entre este nome e Carlos Paulo. Alguns meses após o nascimento de Iraac, o Senhor anunciou a Agriãao que a sua mulher iria conceber outro filho. Agriãao, mais uma vez ficou muito contente com a nova e Tara acompanhou-o na alegria. Só que, desta vez, não era a sério. Por esta altura, o Senhor havia desenvolvido um sentido de humor particularmente apurado e tudo não passava de uma brincadeira. Agriãao partiu assim na peegrinação que o Senhor lhe havia ordenado e fixou-se na cidade de Acetoma, uma cidade rica e próspera vizinha da igualmente poderosa cidade de Modorra. Em toda a antiguidade, não havia povo que melhor se soubesse divertir do que os habitantes de Acetoma e Modorra. As suas festas eram lendárias e atraíam pessoas vindas de muito longe. Isto irritava particularmente o Senhor, não por considerar que as festas eram pecaminosas, nada disso, mas, muito simplesmente, porque os organizadores das festas, bailes de máscaras, banquetes, orgias e afins nunca o convidarem, pois nunca pensaram que Deus Todo-Poderoso tivesse inclinação para este tipo de divertimento mundano.

O Senhor estava a ficar roxo de inveja e, por isso, decidiu destruir as duas cidades e todos os seus folgazões habitantes. Antes disso, chamou até si Agriãao, que resolvera poupar por pena, já que este era um homenzinho particularmente monótono, e disse-lhe: "Agriãao. Deixa a cidade de Acetoma com os teus, pois tomei a decisão de a destruir e a todos os seus habitantes.Destruirei também a cidade de Modorra pelo fogo, pelo enxofre e por outras coisas pouco agradáveis porque não me caíu bem a vida de libertinagem e pecado que as pessoas lá levam". Como é óbvio, Deus não ia dizer a Agriãao o verdadeiro motivo da sua atitude. Agriãao respondeu: "Mas, Senhor, eu sou apenas um servo, um reles mortal, um verme, um monte de pó...", "Anda lá com isso", disse o Senhor, pois tinha uma agenda muito ocupada. Agriãao prosseguiu: "Enfim, eu não sou ninguém, mas não quererás reconsiderar esse teu gesto? Pensai nos justos que partilham o espaço com os pecadores". O Senhor replicou: "Se lá encontrares 50 justos, não destruirei as cidades." "Então e se forem só 45?", tornou Agriãao. "Idem", disse o Senhor. "E que tal 40?" inquiriu Agriãao. "Muito bem", condescendeu o Senhor. "30?", regateou Agriãao. "Claro", condescendeu o Senhor. No entanto, Deus pensou, por momentos, e viu que o negócio não lhe era muito favorável.

"Vamos fazer antes assim" disse, "em vez de 30 justos, para que não lance a minha fúria sobre as cidades de Acetoma e Modorra, basta que encontres 15 malabaristas ventríloquos que saibam cantar com voz de falsete e imitar o canto de acasalamento do alce e dois pinguins." Agriãao voltou para casa e procurou desesperadamente aquilo que o Senhor lhe havia indicado, mas sem sucesso, o que não surpreendeu já que o malabarismo ainda não tinha sido inventado, não havia alces naquelas paragens e muito menos pinguins.Então, o senhor advertiu Agriãao que era chegada a hora de abandonar a cidade, o que este fez sem hesitar, levando consigo a sua família, um seu sobrinho de nome Pot e a mulher.Pot deixou a cidade depois de Agrãao e só o alcançou mais tarde. Como vinha sozinho, Agriãao perguntou-lhe o que tinha acontecido à esposa. Pot respondeu que a coitada não tinha resistido a olhar para trás quando fugiam e foi transformada numa estátua de sal. A verdade é que a mulher de Pot era particularmente chata e a razão do atraso de Pot foi ter estado a fechá-la na despensa.

O Senhor sempre soube a verdade mas perdoou Pot pois até aos olhos de Deus a sra. Pot parecia insuportável.Tendo ficado muito tempo sem falar com Agriãao, o Senhor voltou a chamá-lo e disse-lhe: "Vai buscar o teu filho Iraac e sacrifica-o em minha honra." "A sério?", quis saber Agriãao. "A sério", respondeu o Senhor, tentando conter uma gargalhada. Agriãao apressou-se a ir a casa buscar o seu filho e a colocá-lo num altar onde seria sacrificado. Iraac, como era uma criança um pouco apática, nem sequer resistiu. Quando Agriãao já erguia o punhal, a voz de Deus ouviu-se. "Mas que estás tu a fazer?", perguntou. "Faço o que me ordenastes, Senhor, sacrifico o meu filho Iraac.", respondeu Agriãao."Mas tu nem uma piada, percebes?", disse o Todo-Poderoso "sacrifica antes esse cordeiro que está aí atrás de ti." "De certeza?" , perguntou Agriãao. "SIM", gritou o Senhor e, a partir daí, desistiu de partilhar o seu sentido de humor com Agriãao, pois com gente chata não há brincadeira que aguente.

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