sexta-feira, julho 31, 2009

A pandemia da vergonha, do lucro ou apenas uma pandemia de um vírus pouco...usual?

http://tv1.rtp.pt/noticias/?t=Morte-de-criancas-no-Japao-nao-relacionada-com-Tamiflu---Roche.rtp&article=118409&visual=3&layout=10&tm=7

http://www.parana-online.com.br/editoria/especiais/news/231403/

http://tv1.rtp.pt/noticias/?t=Autoridade-medicamento-estuda-morte-12-criancas-depois-de-tomarem-Tamiflu.rtp&article=118330&visual=3&layout=10&tm=7

http://noticias.terra.com.br/gripesuina/interna/0,,OI3759355-EI13839,00.html

http://www.guardian.co.uk/society/2009/jul/31/tamiflu-side-effects-children

Segundo jornal inglês Guardian, mais de metade das crianças em Inglaterra que tomam Tamiflu sofrem de efeitos colaterais como náuseas, insónia e pesadelos.

Dois estudos da HPA (Health Protection Agency) reportaram problemas após o uso da droga, usada como profilaxia.
Os investigadores puseram em causa o uso do medicamento como medida preventiva.

More than half the children in England taking the swine flu drug Tamiflu suffer side-effects such as nausea, insomnia and nightmares, researchers have found.
Two studies from the Health Protection Agency (HPA) show a high proportion of schoolchildren reporting problems after taking the antiviral drug.

Os estudos foram publicados no jornal médico Eurosurveillance e mais outros publicados also published by Eurosurveillance, encontraram que mais de metade de 85 crianças em três escolas em Londres tinham provocado efeitos secundários quando dados como droga preventiva.
Das 45 crianças com efeitos secundários, 40% tiveram problemas gastrointestinais, incluindo vómitos, diarreia, dores de estômago e cólicas, enquanto 18% tiveram “efeitos secundários neuropsiquiátricos”, problemas de concentração, alterações de raciocino, problemas de sono, confusão e alterações comportamentais classificados como comportamentos estranhos.
A investigação foi feita em Abril e Maio – antes do governo de Sua Majestade decidir parar de usar o Tamiflu como droga preventiva. Apenas os que têm a doença confirmada tomam a referida droga.

Sir Liam Donaldson (government's chief medical officer) afirmou que o facto de existirem efeitos secundários não eram razão para suspender a droga nos casos em que se manifestaram sintomas de gripe e disse ainda à BBC Radio4’s Today :
“Todas as drogas têm efeitos secundários e há que decidir no balanço entre o benefício e os efeitos secundários”.
E cito:
"All drugs do have side-effects. It is always a case of deciding the balance between benefiting a patient from a treatment and the side-effects.
"Most of the side-effects are relatively minor – a degree of nausea, a bit of a tummy upset, the sort of thing you get quite often with antibiotics.
"If we look at the rate of admissions to hospital, it has been the under-fives who have had a very much higher rate of hospitalisation.
"It isn't common but when it does happen, it can happen amongst the youngest age groups."

Um porta-voz da the Medicines and Healthcare Products Regulatory Agency (MHRA), disse que estavam a monitorizar relatórios de efeitos secundários reportados por médicos de família (GP). Entre 1 de Abril e 23 de Julho a MHRA recebeu um total de 150 relatórios de 241 casos suspeitos de efeitos secundários por Tamiflu e cinco em relação ao Relenza.

A Roche, empresa que detêm a licença de fabrico e comercialização da droga Oseltamivir, desenvolvida pela Gillead Sciencies, muito falada devido a ligações desta ao Senhor D. R., referiu que não existe uma correlação entre o uso da referida droga e os sintomas neupsiquiátricos.

No entanto, há três anos a companhia escreveu a médicos americanos avisando que” pessoas com gripe, particularmente crianças, podem desenvolver risco de automutilação e confusão depois de tomar Tamiflu e deviam ser vigiados de perto no caso de parecerem sinais de alterações de comportamento.

A FDA (US Food and Drug Administration), relatou em 10 meses, 103 casos de eventos neuropsiquiátricos adversos, incluindo a morte de um jovem de 17 anos que morreu ao saltar para a frente de um camião e um outro de 14 anos que caiu após saltar a vedação de uma estação comboios.
Mais de 2/3 dos casos ocorreram no Japão (103) e em crianças o maior consumido de Tamiflu antes da referida pandemia.
O Governo de Sua Majestade disse que 150.000 pessoas na GB receberam tamiflu via Serviço Nacional da Pandemia da Gripe, criado esta semana.

O vírus H1N1 e os anjos caídos

http://www.pastoraldasaude.pt/dynamicdata/CNPS_GRIPE_A_H1N1.pdf

De um texto que recebi e achei de excelente qualidade e humor, acerca da nota pastoral acima.

A ESTIRPE DO VÍRUS DA GRIPE A

Haja higiene, haja prevenção, mas haja também bom-senso pastoral!

A nota pastoral relativa aos cuidados a ter nas celebrações litúrgicas, por causa do vírus da gripe A, deu-me que pensar.
Não sendo um documento de natureza científica, nunca supus que pudesse revelar a natureza do terrível vírus H1N1, mas a verdade é que esse texto esclarece definitivamente a sua maléfica estirpe.
É significativo que não se desaconselham determinados comportamentos em geral, mas apenas nas celebrações litúrgicas. Tendo em conta que a moderna concepção da caridade cristã pugna sobretudo pela imunidade pessoal e, só depois, pelo amor ao próximo, era de esperar que os pais católicos fossem impedidos de beijar os seus filhos, mas nenhum zeloso pastor veio ainda proibir que os imprudentes progenitores osculem a sua extremosa prole, a não ser que o façam na Missa.
Também seria de supor que os noivos fossem impedidos de se beijarem, mas também não consta que nenhum pároco tenha, até à data, imposto este higiénico impedimento matrimonial, excepto durante a Eucaristia.
Mesmo em lugares muito frequentados, como pode ser o caso das estâncias balneares, das discotecas ou dos centros comerciais, os católicos, ao que parece, não correm qualquer perigo de contágio pois, em caso contrário, tais ambientes teriam sido desaconselhados pela sua ASAE confessional.
Estes exemplos bastam para que se possa retirar uma importante conclusão científica: o vírus da gripe A só exerce a sua perniciosa acção nas igrejas.
Ou seja, é um vírus tipicamente anticlerical: daí o A que o distingue de todas as outras gripes, que são menos beatas, na medida em que também frequentam ambientes laicais; mais ecuménicas, porque também atacam fiéis de outras crenças; e até mesmo mais politicamente correctas porque, contagiando também ateus e agnósticos, provam que não discriminam as suas vítimas por razões religiosas.
Assim sendo, temo que o vírus H1N1 não seja apenas anticlerical, mas demoníaco, talvez até a expressão viral do Anticristo (que, por estranha coincidência, também tem por inicial a primeira letra do alfabeto…).
De facto, este vírus não incomoda os cristãos que não se benzem com água benta, nem os que não dão o abraço da paz aos seus irmãos, nem comungam, mas apenas aqueles que, por serem mais piedosos e caridosos, humedecem os dedos com que fazem o sinal da Cruz, expressam com o ósculo a autenticidade da sua caridade e, porque estão na graça de Deus, estão aptos para receberem a sagrada comunhão.
Portanto, não só é um vírus que age nas igrejas como preferencialmente atinge os fiéis que mais rezam e frequentam os sacramentos!
Se isto não é diabólico, confesso que não sei o que é!
Sendo esta a natureza do nefando vírus, há que concluir que o princípio activo susceptível de o debelar não é nenhum Tamiflu farmacêutico, mas um exorcismo, que é a resposta eclesial contra as investidas do maligno.
Sendo pastoral a nota que o anatematiza, era de esperar que se recomendassem meios espirituais e não apenas medidas da mais prosaica higiene, em que a Igreja Católica não parece particularmente competente, visto que já o seu Mestre não só foi acusado pelos seus contemporâneos de omitir as abluções rituais que os fariseus, pelo contrário, não dispensavam, como também tocava em leprosos e outros doentes, sem depois proceder à conveniente desinfecção.
Importa ainda expressar a mais profunda indignação pelo facto do Papa Bento XVI, não satisfeito com a sua gritante insensibilidade na questão do preservativo, insistir em promover comportamentos de risco, pois, como é sabido, só dá a comunhão aos fiéis que, ajoelhados, a recebam na boca.
É caso para lamentar que a Santa Sé não esteja sujeita à pastoral da saúde da nossa terrinha. Mentes mais afoitas na teoria da conspiração, talvez não desdenhem a hipótese de algum acordo secreto entre o Vaticano e as funerárias, pois só assim se explicaria a inconsciência de um tão criminoso procedimento litúrgico que, como é óbvio, atenta contra a vida e a saúde de milhões de fiéis.
G.P. de A.
O título do post é meu

"Dance Me To The End of Love"

Natal em Setembro

"O programa eleitoral do PS deve ser lido como documento humorístico. Para além de propostas nocivas (a regionalização) ou francamente marginais (o casamento gay), o engº Sócrates promete despejar dinheiro sobre tudo o que mexe.

Sobre grandes obras públicas. Pequenas e médias empresas. E até minúsculos seres humanos: 200 euros por criança é, na cabeça peculiar do engº Sócrates, uma ‘política de apoio à natalidade’. Não comento. A fantasia não se comenta.

Apesar de tudo, conviria formular uma questão básica: com um país dramaticamente endividado e com mais dois anos de crise séria pela frente (no mínimo), como levar a sério as promessas do PS sem lançar o país na bancarrota?

O engº Sócrates não se perde em pormenores: para ganhar Setembro, o homem está disposto a antecipar Dezembro. Votar PS é, literalmente, acreditar no Pai Natal
."

João Pereira Coutinho

O salazarismo que perdura em nós

"O tema é recorrente em momentos eleitorais ou em crises económicas profundas. Falo da versão light do slogan "os ricos que paguem a crise": é preciso agravar a carga fiscal de quem ganha mais para ajudar quem ganha menos.

Não vale a pena repescar a estafada ideia de que tributar quem ganha mais desencoraja o investimento. Nem outra (válida) de que, à medida que a tributação sobe, se reduz o incentivo para trabalhar mais. A questão é mais profunda e vem do salazarismo: gostamos de ser remediados (adoramos cultivar a pobreza).

Faz sentido aumentar as deduções fiscais às famílias de menores rendimentos, agravando as deduções às que ganham mais? Faz. Mas se o Governo quer fazer alguma coisa pelo País, tem de promover a riqueza, não o nivelamento por baixo. Isto é, não se pode contentar com discriminar positivamente quem tem menos rendimentos. Tem de implementar políticas que nos façam enriquecer: os que (agora) ganham menos e os que, ganhando mais (agora), podem ganhar ainda mais no futuro. Porque o problema da sociedade portuguesa não é ter pessoas que ganham bem e outras mal. É não conseguirmos que as segundas migrem desse grupo para o dos mais ricos. É que, bem vistas as coisas, todos ganharíamos se em vez de 30 mil famílias que ganham mais de 5 mil euros, tivéssemos 100 mil. Nivelar por baixo é defender um dos complexos do salazarismo, de que ainda não nos livrámos. A propósito, alguém se admira de estarmos cada vez mais pobres face aos nossos parceiros?
"

Camilo Lourenço

Eleições e terrorismo.

"A ETA matou ontem dois guardas civis em Maiorca. Quarta-feira, em Burgos, uma explosão provocou 64 feridos. Só por sorte não aconteceu uma matança. Obviamente que os terroristas bascos não desistem de matar a torto e a direito, sejam elementos das forças de segurança, políticos ou simples civis.

Desta feita matam para comemorar os 50 anos de existência de uma organização de assassinos que ainda resiste, apesar dos esforços dos governos espanhol e francês e das sucessivas prisões de altos-responsáveis. Mas se o terrorismo basco é essencialmente um problema de Madrid, interessava saber, aqui e agora, ou seja, em Portugal, a dois meses das eleições legislativas, o que pensam as principais forças políticas da ETA e dos seus atentados. Principalmente as forças à esquerda do PS, que nesta e em outras matérias directamente ligadas à liberdade e à democracia têm muitas vezes posições mais do que equívocas.

Recorde-se, por exemplo, o que Bernardino Soares, líder parlamentar do PCP, disse da Coreia da Norte. E, já agora, recorde-se os textos e as polémicas protagonizadas por Francisco Louçã, principal dirigente do BE, sobre a ETA. É que nesta matéria só há duas posições: ou se está com os terroristas ou se combate sem rodeios os assassinos. O resto é conversa cobarde digna de invertebrados.
"

António Ribeiro Ferreira

Ricos e pobres

"O PS prepara a viagem para a Esquerda. Esquecida a legislatura passada, o Governo aposta tudo num programa que pretende juntar a modernidade ao discurso da justiça social.

Percebe-se o movimento face à ameaça da extrema-esquerda. Na vertigem esquerdista, Sócrates aposta num assistencialismo abrangente em que o Estado justiceiro garante o prodígio de acudir a todas as necessidades. Na visão redutora do socialismo do futuro, os pobres são as vítimas inocentes da irresponsável ganância dos ricos.

A origem do pensamento encerra uma discriminação com base na classe social e inaceitável em termos de género ou em comparações raciais. É a velha doutrina marxista disfarçada pela aparente neutralidade de uma política que simplesmente procura a santa equidade. Apesar de todas as promessas e garantias, o crescimento do Estado-Providência só poderá ocorrer pelo óbvio aumento dos impostos. Mas de acordo com a nova política de Sócrates, taxar os ricos é uma medida social e uma exigência moral, nunca um aumento da carga fiscal.

Assim, o PS prepara-se para reduzir o espaço de manobra ao Bloco de Esquerda, socializando o discurso e chamando a si o apoio de um eleitorado urbano que perdeu e muito com o Governo socialista.

Desta forma, o PS empurra o PSD para um discurso mais liberal e encostado à Direita. Quando Ferreira Leite afirma que o país não cresce enquanto o Estado fizer tudo, ou quando acusa os grandes investimentos de serem instrumentos de empobrecimento, está certamente a criticar a primazia do Estado num país dependente do Orçamento. A mensagem subliminar aponta para o papel da iniciativa privada e para o reforço de uma dinâmica ausente da sociedade civil.

Por estranho que pareça, os dados apontam para umas eleições legislativas marcadas pelo desejo de uma bipolarização entre PS e PSD. Os portugueses preparam-se pois para uma nova encenação social-liberal em versão jogo de soma nula.

Na realidade, nada disto será sustentável. Os ricos de que fala o Governo são a classe média esmagada pelos impostos e debilitada pela crise. A mesma classe média que se habituou a receber em bens e serviços a compensação para os impostos pagos em espécie. Por outro lado, a sociedade civil e a iniciativa privada implícitas no discurso de Ferreira Leite são a mesma classe média submersa em impostos e dependente dos serviços do Estado. É o retrato do impasse nacional - gente a mais para um Estado-Social, gente a menos para um Estado-Liberal.

A tirania fiscal nunca aumentou a liberdade de ninguém. Horácio, o escritor clássico, confrontado com a pobreza, escrevia poesia. Sócrates quando vê um pobre pensa logo em aumentar impostos.
"

Carlos Marques de Almeida

quinta-feira, julho 30, 2009

Obama nasceu nos USA?

A lira de Nery

"Vamos por partes. Na semana passada, escrevi aqui sobre os "120 intelectuais" que formaram, em Lisboa, um grupinho de apoio eleitoral a António Costa (o CLAC). Disse, e mantenho, que, salvo excepções, os "intelectuais" dos CLAC deixam a desejar em intelectualidade e que, ao serem apresentados seriamente enquanto tal, são um apurado retrato do atraso pátrio. E só.

Estranhamente, estas trivialidades indignaram o dr. Rui Vieira Nery, um dos subscritores do CLAC, que enviou de imediato uma carta de protesto ao DN, publicada na quinta-feira. A carta, com poucos erros ortográficos, também é um retrato, embora não fique nítido de quê.

O dr. Nery (modestamente, ele assina "Musicólogo e professor universitário", mas não vamos cair em informalidades) começa por garantir que não me conhece de sítio nenhum, hábito nacional que, se não adianta nem atrasa a conversa, coloca o adversário no seu devido lugar. Em seguida, adopta outro hábito nacional e, numa exibição da importância que por cá se concede à liberdade de expressão, sugere que a minha intrínseca baixeza não cabe num jornal como o DN, cuja leitura o dr. Nery exerce a ponto de lhe atribuir "estatura e dignidade" mas não a ponto de reparar nesta crónica dominical com mais de dois anos.

O dr. Nery, de que eu em contrapartida tenho uma ideia, quer pelo seu breve emprego de secretário de Manuel Maria Carrilho quer por um seu trabalho de história do fado, acusa-me de diversos delitos. Um é o de fundamentar o meu artigo numa notícia de jornal (o "Público") e não no "manifesto original". Declaro-me inocente. Além de ter lido o "manifesto", apenas colhi na mencionada notícia uma frase proferida por um dos membros do CLAC ("Costa tem a 'intelligentsia' do lado dele"), a qual não vi desmentida.

Parece, porém, que o meu principal delito é o de não possuir "qualquer familiaridade mínima com o campo da cultura". Logo, a fim de suprir esta embaraçosa lacuna, o dr. Nery generosamente esmaga-me com nomes, resmas de nomes "do lado" de António Costa e que, cito, "fizeram muito pelo seu País" (com maiúscula). É a opinião do dr. Nery? Não é, já que se segue o pertinente aviso: "isto são factos, não opiniões". Ou seja, eu pensava ser livre de me envergonhar com as contribuições de Maria do Céu Guerra ou de Maria Teresa Horta para a cultura nacional. Infelizmente, não sou, visto que o dr. Nery tem acesso a estudos científicos que afastam a possibilidade de dissensão: as 120 sumidades do CLAC, está provado, são mesmo sumidades, e quem discordar é imbecil ou, pior, apoiante de Santana Lopes, extravagância de que o dr. Nery igualmente me acusa e que talvez mereça um esclarecimento.

Percebo que na cabeça do dr. Nery toda a gente vincule os juízos pessoais a interesses partidários. Há costumes que pesam e decidem uma peculiar visão do mundo. Comigo, porém, o dr. Nery enganou-se. Nunca votei em eleições autárquicas. Se votasse, nunca votaria em Lisboa. Se votasse em Lisboa, nunca votaria em Santana Lopes. Se me apetecesse escolher alguém, possivelmente escolheria António Costa. Isso se a soberba de alguns dos seus apoiantes não me convencesse a ficar em casa no dia das eleições, entretido com um livro ou um disco, ainda que, garanto, nenhum de Lídia Jorge ou de Luís Represas. Numa coisa o dr. Nery tem razão: não sou familiar ao "campo da cultura" em que ele pasta e que se encontra, cito, "acima" da "baixa política". Mas, convenhamos, um nadinha abaixo da alta
."

Alberto Gonçalves

quarta-feira, julho 29, 2009

Até amanhã e boa sorte.

Incentivos à natalidade.

1/ "A Associação Portuguesa de Famílias Numerosas acusou hoje o PS de «não perceber nada» de incentivos à natalidade ao apresentar «medidas divertidas» como a conta poupança futuro de 200 euros «que não serve para rigorosamente nada (mais aqui)"

2/ "É no fundo uma proposta para entregar 200 euros à banca, angariando clientes logo à nascença, quando as verdadeiras razões para a baixa da natalidade estão no facto de as pessoas terem salários baixos, estarem precárias no seu emprego e não terem certeza quanto ao seu futuro e de terem dificuldade nas condições de acesso por exemplo à habitação», afirmou o líder da bancada parlamentar comunista, Bernardino Soares (mais aqui)".

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Pés de barro.

1/ "O comentador da Fox News Glenn Beck disse, esta terça-feira, no programa «Fox & Friends», que Barack Obama é racista, na sequência dos comentários do presidente dos EUA à detenção de um professor negro (mais aqui)"

2/ "Barack Obama lamentou esta sexta-feira ter acusado a polícia de actuar de forma estúpida numa situação de controvérsia racial resultante da detenção de um amigo (mais aqui)"
Parece que o novo herói do politicamente correcto começa a meter água… Mas conservem a esperança, ele ainda vai salvar o mundo…

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Política moderna II

1/ "Não lhe fica bem não assumir responsabilidades e reivindicar obras dos outros. Está sempre a falar do famoso túnel [do Marquês], mas ele foi inaugurado em Abril de 2007 [quando Carmona Rodrigues era presidente]», António Costa (mais aqui)"

2/ «Felicito-o então pela obra, eu nem tive nada a ver com isso», ironizou Santana"

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Política moderna.

1/ "Foi Paulo Campos, o actual secretário de Estado das Obras Públicas, quem tentou convencer Joana Amaral Dias, do Bloco de Esquerda, a integrar a lista de candidatos do PS às próximas legislativas (mais aqui)".

2/ “O porta-voz do PS, João Tiago Silveira, reagiu ainda no sábado, afirmando que as declarações proferidas por Francisco Louçã eram “falsas”. No domingo, foi a vez de o próprio José Sócrates desmentir qualquer convite a Joana Amaral Dias. O que lamento é que um líder político utilize uma falsidade para atacar outro, ainda por cima, insinuando que andamos a traficar influências”, criticou Sócrates, dirigindo-se a Francisco Louçã, e acrescentou: “Utilizar mentiras e usar inverdades para atacar um líder político é uma coisa que não se deve fazer”.

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Criminosos e prisões.

1/ "A Polícia Judiciária anunciou hoje a detenção do último dos jovens de um grupo de cinco que em Maio passado violaram uma rapariga, na zona de Loures. Depois de ouvido em primeiro interrogatório judicial, o jovem agora detido ficou também em prisão preventiva (mais aqui)"

2/ "Os presos do Estabelecimento Prisional do Linhó vão passar a ter direito a televisão por cabo na cela, incluindo os canais da Sport TV. Para além da TV por cabo, no Linhó, os reclusos podem ainda ter uma Playstation com oito jogos e oito filmes originais e um leitor de CD com 15 álbuns originais (mais aqui)"

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The audience is Listening

Transitar Portugal

"O caso de um aluno que passou de ano (o 8.º) com nove negativas despertou por aí certos queixumes. É vontade de dizer mal. Antes de mais, o aluno em causa não é uma excepção, é um exemplo: pelos vistos, "transitar" criancinhas com sete, oito, nove ou dez negativas já se tornou prática relativamente comum nas escolas nacionais. E o hábito não é tão negativo quanto aparenta. Muito pelo contrário, e por quatro razões.

Em primeiro lugar, acaba com a discriminação entre disciplinas. Até agora, inúmeros alunos saltitavam de ano em ano sem saberem nada de matemática. Agora, são livres de saltitar sem saberem nada de coisa nenhuma. Um ponto a favor da "interdisciplinaridade".

Em segundo lugar, acaba com a discriminação entre os diferentes tipos de ensino. Se os frequentadores das Novas Oportunidades obtêm um diploma do 9º ou do 12º mediante a mera elaboração de uma redacção, num dialecto vagamente evocativo do português, sobre "O Mel" ou "As Minhas Férias" ou "O Magalhães", não há motivo para submeter os restantes usufrutuários do sistema educativo a exigências desumanas. Um ponto a favor da sistematização das "valências".

Em terceiro lugar, acaba com os traumas escusadamente infligidos às crianças. Por regra, os meninos e meninas corridos a nove negativas são criaturas sensíveis, que sofrem imenso com as sanções e que, frustradas, dedicam em consequência a vida à birra, à droga e ao pequeno crime. Um ponto a favor da segurança.

A quarta, e primordial, razão é que o fim das "retenções" acaba com alguns traumas no Orçamento de Estado. Há tempos, a sra. ministra explicou: cada aluno custa ao erário público 3 mil euros por ano, logo um aluno reprovado fica por 6 mil. Em 2007, os "chumbos" no ensino básico e secundário pesaram 600 milhões na despesa, uma enormidade que poderá perfeitamente ser aplicada no aprimoramento tecnológico da rede escolar, de modo a que os alunos que "transitam" na maior ignorância o façam nas melhores condições. Um ponto a favor do avanço em geral
."

Alberto Gonçalves

"Time lag"

1/ "Os resultados da Galp do segundo trimestre (2009) foram penalizados em 24 milhões pelo efeito ‘time lag’, a diferença temporal entre o valor dos combustíveis nos mercados e a actualização dos preços nas bombas (mais aqui)"

2/ "Na passada quarta-feira, 4 de Março, a orgulhosa Galp anunciou os seus resultados de 2008. Ninguém se incomodou com o facto de a companhia petrolífera ter declarado um lucro de 478 milhões de euros, dos quais 105 milhões vieram direitinhos da lentidão de ajustamento à descida dos preços do petróleo internacional (mais aqui)"

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Na rota do vírus de borla...

"A partir do aeroporo Sá Carneiro, no Porto, os clientes da Ryanair vão passar a poder viajar para Gran Canária e Tenerife. Para celebrar estas duas novas rotas, a 'low cost' irlandesa está a oferecer 20 mil lugares gratuitos (mais aqui)"
A Ryanair não pára de nos surpreender. E Espanha, actualmente, é um dos sítios mais indicados para passar férias…

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Detidos 150 suspeitos de roubo violento desde Janeiro

"Em pouco mais de seis meses, a Polícia Judiciária de Lisboa deteve mais 30 suspeitos que no ano anterior... Com esta detenção, a Directoria de Lisboa conta com 150 suspeitos detidos este ano por roubos, uma média de quase um por dia (mais aqui)"

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terça-feira, julho 28, 2009

Sem tirar os pés do chão

"A minha avó paterna não acreditava na chegada à Lua. Sempre que alguém lhe falava no assunto, a senhora irritava-se a sério. O facto de apenas ter frequentado a escola durante dois ou três anos e escapado por pouco do analfabetismo influenciaria a descrença e a irritação. Não sei porquê, em criança eu achava graça àquilo e maçava-a com a Apolo 11 tanto quanto podia. Não sei porquê, hoje continuo a achar graça a gente de acrescida (?) instrução que se recusa a admitir a alunagem.

Ao contrário da minha avó, cujos argumentos se resumiam à cisma, estes "negacionistas" movem-se pelo antiamericanismo da praxe e a negação, ignoro se convicta se desejada, constitui a alternativa folclórica à cautelosa indiferença que outros dedicam ao assunto. Quarenta anos depois, a viagem comandada por Neil Armstrong (ou Louis, ouvi um destes dias um jornalista chamar-lhe) ainda é um critério da supremacia do capitalismo sobre o comunismo.

Desculpem a pergunta, mas não é um critério absurdo? E se a União Soviética tivesse ganho a corrida espacial, hipótese que, até certa altura, parecia provável? Isso significaria exactamente o quê? Que um regime totalitário era preferível a uma democracia próspera? A mim, causa-me um bocadinho de espécie que a "escolha", mesmo que simbólica, da liberdade ou da submissão tenha estado dependente da nacionalidade do sujeito a pisar primeiro solo a quase 400 mil quilómetros de distância daquele que nós, os simples, pisamos diariamente. Não fora o prodigioso avanço científico associado à proeza, uma partida de póquer ou a moeda ao ar garantiriam idêntico rigor. E, embora vital, a ciência não é tudo.

A superioridade dos EUA face à URSS era, para usar uma expressão cara aos derrotados, principalmente "moral" e, por sinuosos caminhos, traduzia-se nas piscinas privadas de Los Angeles e nos medonhos bairros de Leninegrado, nos néones de Manhattan e nas filas do racionamento em Moscovo, na abundância de Oklahoma e na fome dos Urais, nos russos que cruzavam em fuga o Atlântico e nos americanos que não faziam o percurso inverso. Em qualquer caso, na Terra e entre os homens. No que respeita à Guerra Fria, na essência decidida à partida, a Lua foi um passo pequenino e redundante. No resto, claro, foi o tal salto
."

Alberto Gonçalves

segunda-feira, julho 27, 2009

Azarado.

"Foi uma pena pouco habitual. O Tribunal de Braga condenou a cinco anos de prisão efectiva um homem, de 26 anos, por ter assaltado uma bomba de gasolina e uma loja de electrodomésticos (mais aqui)"

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"Dezenas de organizações e grupos da sociedade civil portuguesa promovem terça-feira em Lisboa uma acção de protesto contra o golpe de estado nas Honduras, que destituiu em finais de Junho o chefe de Estado, Manuel Zelaya (mais aqui)"

Quando toca a este tipo de heróis, o politicamente correcto fica doido e lá aparece com as habituais lágrimas de crocodilo a mando de terceiros. Por acaso o moço só queria alterar a Constituição… Quem sabe talvez aconselhado pelo outro herói deles, o Chavez…

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Will You Be There (In the Morning)

É preciso cuidado.

"O melhor mesmo é oferecer um espelho ao presidente do Conselho e desejar-lhe um merecido descanso depois de 27 de Setembro.

Está visto que quatro anos e meio de Governo com maioria absoluta provocam danos irreparáveis no sítio, na vidinha das pessoas e, claro, na cuca dos senhores e senhoras que, por mero espírito de missão e sem qualquer outro interesse mesquinho, presente ou futuro, aceitaram o ciclópico desafio de governarem os desgraçados destinos dos indígenas.

Os sinais já tinham aparecido em alguns ministros do Governo do senhor presidente do Conselho. Declarações contraditórias, recuos inesperados em reformas importantes e irritações incompreensíveis perante situações absolutamente normais em democracia, em que, felizmente, há oposição e diferentes pontos de vista sobre as mais diversas matérias. Mas o copo acabou por transbordar com a enorme banhada do partido do senhor presidente do Conselho nas Europeias de 7 de Junho.

Manifestamente ninguém na máquina socialista acreditava que o seu grande líder pudesse ser derrotado por uma senhora que odeia espectáculos, marketing, não usa teleponto, não contrata criancinhas para figurantes em acções de propaganda e detesta mentiras. A partir daí foi a desbunda, com o ministro Jaime Silva a ser desmentido em pleno Parlamento pelo senhor presidente do Conselho e o ministro da Economia a ser despedido em directo no meio de um debate sobre o estado do sítio. Apesar disto, imaginava-se que a cuca do senhor presidente do Conselho ainda estivesse a funcionar com alguma regularidade, dentro dos parâmetros normais. Puro engano. A coisa está mais negra do que se imagina e agora é preciso ter muito cuidado com tudo o que se escreve e o que se diz. É que nestas situações nunca se sabe o que pode acontecer e mais vale prevenir do que remediar.

Quando o presidente do Conselho deste sítio manhoso, pobre, triste, deprimido, cheio de larápios e obviamente cada vez mais mal frequentado afirma que ainda está por nascer um presidente do Conselho como ele em matéria de défice das contas públicas é recomendável recolher aos abrigos e deixar o homem a falar sozinho. É que esta frase só pode ter dois significados. Ou o senhor presidente do Conselho imagina que só daqui a uns quarenta anos haverá alguém capaz de o substituir como presidente do Conselho ou caiu de alguma cadeira sem ninguém dar por isso. Seja como for, o melhor mesmo é oferecer um enorme espelho ao senhor presidente do Conselho e desejar-lhe um merecido descanso depois de 27 de Setembro. Bem precisa
."

António Ribeiro Ferreira

A modéstia de Sócrates

"É conhecida a modéstia de José Sócrates. Por isso não surpreende que tenha dito que "ainda está para nascer um primeiro-ministro que faça melhor do que eu no combate ao défice". Duvida-se mesmo. Que primeiro-ministro teria conseguido ter um défice a rondar os 6%, agora que o Pacto de Estabilidade provou ser um documento feito para ninguém cumprir? Nenhum.

Com os dotes demonstrados por Sócrates no combate ao défice, temos pena de que ele não estivesse por cá para ter debelado os défices do tempo da monarquia constitucional e da I República. Se assim fosse, talvez nem Eça de Queiroz teria tema para arrasar os debates sobre o défice da altura nem o dr. Salazar teria saído de Coimbra. O problema de José Sócrates não é a sua cristalina modéstia. É a sua incapacidade para, sendo modesto, esperar que outros o enalteçam por essa qualidade. Entretanto, é claro, espera-se a Boa Nova de que alguém nasça para resolver o défice daqui a 30 ou 40 anos. Porque, pelo andar da carroça da economia nacional, após a Europa e os EUA saírem da crise, Portugal lá irá no carro vassoura atrás da recuperação. Mas entretanto chegará a altura de nos confrontarmos com o défice derivado do esforço da utilização da riqueza que não existe para combater a crise. Não se duvida de que Sócrates é genial a combater o défice, mas, modéstia à parte, é menos bom a resolver trapalhadas que agravarão o défice, como o BPP. O que era um caso de polícia tornou-se, por iniciativa do Governo, num caso de política. E de ajuda ao défice
"

Fernando Sobral

A lei do mercado, neste caso dos mercados industrializados, prevalece.

"Lembro-me da casa pintada de cor-de-rosa, do céu carregado, das árvores de folhagem densa que em dias de sol darão alívio ao calor húmido. E lembro-me da estrada alcatroada e em bom estado, apesar de estarmos em África e de não ser essa a recordação típica que um europeu traz para contar aos amigos no regresso da viagem.

A vila de Manhiça, 70 quilómetros a norte de Maputo, Moçambique, não é propriamente um destino de paragem turística, sendo apenas um ponto de passagem para quem ruma ao Norte pela estrada nacional. Mas é em Manhiça que funciona uma das principais frentes de combate à malária - o Centro de Investigação em Saúde de Manhiça, primeiro centro de investigação biomédica moçambicano, que se dedica, sobretudo, a estudar e a combater as doenças que são a principal causa da pobreza. Não apenas em África, mas sobretudo em África, onde (garante a Organização Mundial de Saúde) a malária mata uma criança de 30 em 30 segundos. Leu bem: 30 segundos.

Em todo o mundo, todos os anos, metade da população mundial (3,3 mil milhões de pessoas) corre o risco de contrair malária, são registados 250 milhões de casos de malária e os casos mortais somam um milhão anualmente. A malária continua a ser a doença que provoca mais mortes em todo o mundo - a maioria crianças e a esmagadora maioria em África. Dizem ainda os números que, nos países mais afectados, a malária é responsável por 40% da despesa privada e pública da saúde, por 30% a 50% dos internamentos hospitalares e por 60% das consultas médicas. Os mais optimistas garantem que a descoberta de uma vacina contra a malária poderia representar uma subida de 25% na riqueza de alguns países mais afectados. Seja como for, a malária é, unanimemente, a doença que mais contribui para manter milhões de pessoas na armadilha da pobreza.

O problema é exactamente esse: são pessoas, comunidades, países pobres. No início deste ano, Bill Gates justificava assim a falta de interesse dos países ricos - da indústria e dos governos - na investigação da doença, tomando como exemplo o seu próprio país: na primeira metade do século 20 foram atribuídos quatro prémios Nobel a investigadores da doença, o último em 1948. Em 1951, depois de campanhas em massa para matar os mosquitos transmissores da doença, a malária estava praticamente eliminada nos Estados Unidos.

E o que é que isto tudo tem a ver com a gripe A? Nós que vivemos no hemisfério "rico" - tirando algumas excepções - estamos à beira do pânico perante a nova pandemia anunciada. Os últimos números dizem que, em todo o mundo, os doentes infectados ultrapassam os 100 mil e os casos mortais são mais de 800. Temos razão na preocupação - a Inglaterra prepara-se até para uma "pandemia de pânico". Mas é bom não perder a noção da realidade
."

Gripe A, plano B

"A comissária europeia da Saúde, Androulla Vassiliou, passeou-se por cá a fim de conhecer os métodos nacionais para enfrentar a gripe A. Confessou-se encantada. Além de achar os nossos serviços médicos "muito bem organizados", a senhora louvou "o grupo de peritos que avaliam regularmente o panorama" e "ajudam a delinear a estratégia do Governo". À partida, a sra. Vassiliou proclamou que se fosse portuguesa "estaria completamente descansada".

Mesquinhos como sempre, os portugueses não descansam. Não tanto por causa da gripe A, cuja taxa de mortalidade se revela idêntica à da gripe comum, mas aparentemente por causa da "estratégia do Governo", dos "peritos" e da "organização" dos serviços. Ainda há dias, um emigrante em França, de férias em Vila Real, experimentou semelhantes prodígios. Hoje, mostra-se menos radiante que a sra. Vassiliou.

Se apelarmos à perspicácia, percebemos porquê. Após o homem levar a filha febril ao centro de saúde local, onde encarceraram ambos, transferiram-nos, sem novo contacto com a restante família, para um dos hospitais de "referência" do combate à gripe, o S. João do Porto. Aí, pelas oito da noite, foram isolados numa sala monástica. Quiseram ir à casa de banho, gritaram, bateram nos vidros e nada. Quiseram água, gritaram, bateram nos vidros e nada. Às dez, uma médica consultou a criança e providenciou-lhe água, comida, um recipiente para as necessidades e a necessidade de exames. Às duas da madrugada, realizaram-se os exames. Às duas e tal, a criança voltou a sentir desejos. O homem saiu da sala e viu-se impedido por um funcionário: "Que defeque no chão". Às três, soltaram-nos. Não era gripe A: era o Sistema Nacional de Saúde em todo o seu esplendor.

Escusado acrescentar que o caso não é único. A "estratégia" já me atingiu a família (remota) quando um primo residente em Miami foi sequestrado no aeroporto e fechado durante horas num carro do INEM enquanto os paramédicos vestiam, despiam e tornavam a vestir os fatos de protecção em obediência a ordens aleatórias. Desde o início da epidemia que o "plano" de combate à gripe A fervilha de episódios assim, menos destinados a afugentar o H1N1 que os eventuais portadores. O que permanece inexplicável é o deslumbramento da comissária Vassiliou perante o "plano". Dado que a senhora é cipriota, cheguei a pensar que no Chipre os pacientes suspeitos fossem sumariamente abatidos a tiro. Mas depois fui ler umas coisas e parece que não
."

Alberto Gonçalves

domingo, julho 26, 2009

Atacam café a tiro.

"Um grupo de 15 vendedores ambulantes atacou ontem, pelas 13h30, o café Portugal, na Buraca, Amadora. Tudo porque três deles tinham almoçado no estabelecimento e, ao sair sem pagar, foram confrontados pelo proprietário... Menos de cinco minutos depois, 'chegaram quatro carrinhas cheias de homens armados com pistolas e facas'. O café ficou totalmente destruído e o dono e uma funcionária tiveram de ser hospitalizados devido aos ferimentos sofridos. Um cliente de um café vizinho foi ferido no tornozelo por uma faca perdida. Os agressores vivem num bairro de habitação social da Buraca, bem perto do café (mais aqui)".

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sábado, julho 25, 2009

25 de Julho de 306


Flavius Valerius Constantinus, conhcecido como Constantino I, Constantino Magno ou Constantino, o Grande é proclamado Augusto pelas suas tropas e governou uma porção crescente do Império Romano até à sua morte.

Nasceu em Naissus, na Alta Dácia (actual Roménia), filho de Constâncio I Cloro e da filha de um dono de uma albergaria, Helena. Constantino teve uma boa educação e serviu no tribunal de Diocleciano depois do seu pai ter sido nomeado um dos dois Césares, na altura um imperador júnior, na Tetrarquia em 293. Face à morte de seu pai Constâncio em 306, ele conseguiu viajar até ao seu leito de morte em Eburacum (York). Nos próximos 18 anos ele lutou uma série de batalhas e guerras que o fizeram o governador supremo do Império Romano.

Constantino é talvez melhor conhecido por ser o primeiro imperador romano a confirmar o cristianismo, na sequência da sua vitória da Batalha da Ponte Mílvio, perto de Roma, que ele mais tarde atribuiu ao Deus cristão.

A sua adopção do cristianismo pode também ser resultado de influência familiar. Helena já terá com grande probabilidade nascido cristã e demonstrou grande piedade nos finais da sua vida.

Constantino legalizou e apoiou fortemente a cristandade por volta do tempo em que se tornou imperador, com o Édito de Milão, mas também não tornou o paganismo ilegal ou fez do do cristianismo a religião estatal.

Foi durante o reinado de Constantino que a cruz se tornou o símbolo sagrado dos cristãos. Os cristãos perseguidos durante o tempo do Imperador Romano Nero usavam como símbolo o peixe.

Apesar de a igreja ter prosperado sob o auspício de Constantino, ela própria decaiu no primeiro de muitos cismas públicos. Constantino convocou o concílio de Niceia para resolver os problemas do Arianismo, uma disputa acerca de figura de Jesus ser humana ou divina.

Constantino só foi baptizado e cristianizado no final da vida. Ironicamente, Constantino poderá ter favorecido o lado perdedor da questão Ariana, uma vez que ele foi baptizado por um bispo Ariano, Eusébio de Nicomedia.

Um historiador competente que se especializou neste periodo da história é Edward Gibbon, autor do livro clássico sobre a "A história do declínio e queda do império romano"

A sua vitória em 312 sobre Maxêncio na Batalha da Ponte Mílvio resultou na sua ascenção ao título de Augusto Ocidental, ou soberano da totalidade da metade ocidental do império. Ele consolidou gradualmente a sua superioridade militar sobre os seus rivais com o esfarelamento da Tetrarquia até 324, quando ele derrotou o imperador oriental Licínio, tornando-se imperador único.

Constantino reconstruiu a antiga cidade grega de Bizâncio, chamando-a de Nova Roma, dotando-a de um senado e ministérios cívicos semelhantes aos da antiga Roma. Após a sua morte foi renomeada de Constantinopla, tendo-se gradualmente tornado a capital do império.

Um anos depois do Concílio de Niceia (325), Constantino mandou matar seu próprio filho Crispus. Sufocaria depois sua mulher Fausta num banho sobreaquecido. Mandou também estrangular o marido de sua irmã, e chicotear até à morte o filho de sua irmã.

Wikipedia

25 de Julho de 1109


Nasce D. Afonso Henriques ou D. Afonso I (25 de Julho de 1109 - 6 de Dezembro de 1185), o primeiro rei de Portugal. Em virtude das suas múltiplas conquistas, que ao longo de mais de quarenta anos mais que duplicaram o território que o seu pai lhe havia legado, foi cognominado de O Conquistador; também é conhecido como O Fundador e O Grande. Os muçulmanos, em sinal de respeito, chamaram-lhe Ibn-Arrik («filho de Henrique», tradução literal do genitivo Henriques) ou El-Bortukali («o Português»).

Afonso era filho de Henrique de Borgonha, Conde de Portugal e da infanta Teresa de Leão. Terá nascido em Coimbra e foi, possivelmente, criado em Guimarães onde viveu até 1128. Tomou, em 1120, uma posição política oposta à da mãe (que apoiava o partido dos Travas), sob a direcção do arcebispo de Braga. Este forçado a emigrar leva consigo o infante que em 1122 se arma cavaleiro, em Tui. Restabelecida a paz, voltam ao condado. Entretanto novos incidentes provocam a invasão do Condado Portucalense por Afonso VII de Castela, que, em 1127, cerca Guimarães onde se encontrava Afonso Henriques. Sendo-lhe prometida a lealdade deste, Afonso VII desiste de conquistar a cidade. Mas alguns meses depois, em 1128, as tropas de Teresa de Leão defrontam-se com as de Afonso Henriques tendo estas saído vitoriosas – o que consagrou a sua autoridade no território portucalense, levando-o a assumir o governo do condado. Consciente da importância das forças que ameaçavam o seu poder este concentrou os seus esforços em dois planos: Negociações junto da Santa Sé com um duplo objectivo: alcançar a plena autonomia da Igreja portuguesa e o reconhecimento do Reino.

Em 1139, depois de uma estrondosa vitória na batalha de Ourique contra um forte contingente mouro, Afonso Henriques autoproclama-se Rei de Portugal, com o apoio das suas tropas. Segundo a tradição, a independência foi confirmada mais tarde, nas míticas cortes de Lamego, quando recebeu do arcebispo de Braga a coroa de Portugal, se bem que estudos recentes questionem a reunião destas cortes. O reconhecimento de Castela chegou em 1143, com o tratado de Zamora e deve-se ao desejo de Afonso VII de Castela em ser Imperador (e como tal, necessitar de reis como vassalos). Desde então, Afonso I procurou consolidar a independência por si declarada. Fez importantes doações à Igreja e fundou diversos conventos. Procurou também conquistar terreno a Sul, povoado então por Mouros e conquistou Santarém em 1146 e Lisboa em 1147. Em 1179 o Papa Alexandre III, através da bula Manifestis Probatum, reconhece Portugal como país independente e vassalo da Igreja.

Os passos mais importantes do seu reinado foram:

Fundação do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra em 1131
Pacificação interna do reino e alargamento do território através de conquistas aos Mouros – o limite sul estabelecido para o Condado Portucalense – e assim Leiria em 1135; Santarém em 1146; Lisboa, Almada e Palmela em 1147; Alcácer em 1160 e quase todo o Alentejo (que posteriormente foi de novo recuperado pelos Mouros).
O seu túmulo encontra-se no Mosteiro de Santa Cruz, em Coimbra, ao lado do túmulo do filho D. Sancho I.

Wikipedia

sexta-feira, julho 24, 2009

Petróleo.

"Os preços do petróleo seguem em alta nos mercados internacionais, acumulando oito subidas consecutivas em Nova Iorque, o mais longo ciclo de avanços em quase dois anos. Os peritos explicam as subidas do petróleo, que se encaminha para a segunda semana de ganhos, com a recente recuperação das bolsas, que tem alimentado as expectativas dos investidores de que a economia mundial já está a recuperar, o que levará ao aumento do consumo de combustíveis (mais aqui)"
São sempre curiosas as explicações para a subida do preço do petróleo. Será que os “amigos” especuladores conseguem acabar com a economia do petróleo muito antes do próprio petróleo começar a escassear?

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Crise? Que crise?

"O lucro do banco BPI atingiu os 89 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, com um aumento de 880%, ou quase 10 vezes, face ao resultado de igual período do ano passado (mais aqui)"

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E o desemprego continua a diminuir...

"Seja para estrangeiros ou para cidadãos nacionais, a capacidade de atracção de Portugal está em queda. As estimativas da população residente relativas a 2008, ontem divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatística, mostram que o número de residentes que, no ano passado, decidiu abandonar o país mais que duplicou o patamar de 2001. Há sete anos, com uma taxa de desemprego nos quatro por cento, foram 9800 os que procuraram outro destino para viver e trabalhar. Em 2008, com o desemprego nos 7,7 por cento, esta foi a escolha de 20.357 cidadãos (mais aqui)"

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Them Bones

Gripe A: doentes serão vigiados em casa

"Quando o vírus se alastrar e houver muitos doentes com H1N1, estes passarão a ser atendidos em serviços específicos para a gripe, que funcionarão nos centros de saúde. Os que não precisarem de internamento, mais de 90% estimam as autoridades, serão acompanhados em casa por telefone. O Ministério da Saúde estuda ainda a criação de equipas domiciliárias (mais aqui)"

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Democracias "especiais".

"A Coreia do Norte executou publicamente uma mulher cristã em Junho por alegadamente ter distribuído a Bíblia, proibida naquele país comunista (mais aqui)"

Sempre achámos muito estranho esta democracia especial do amigo Bernadino Soares (mais aqui)”

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Ser polícia...

1/ "Roubam turistas e agridem agente (mais aqui)"

2/ "Rapariga bate em polícia (mais aqui)"

3/ "C. Paiva: Camionista morde GNR (mais aqui)"

4/ "PSP à chuva sem vidros (mais aqui)"

5/ "PSP expostos a radiações (mais aqui)"

6/ "Gripe A: Inglês contaminado põe em risco PSP (mais aqui)"

7/ "Polícias vivem do crédito (mais aqui)"

8/ "Polícias morrem mais cedo (mais aqui)"

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Promover o turismo.

"Três jovens, com idades entre os 18 e os 24 anos, que assaltaram dois turistas irlandeses, na madrugada de ontem, na Praia da Rocha, foram detidos após perseguição por elementos do Corpo de Intervenção da PSP, a quem injuriaram, tendo um dos suspeitos agredido ainda um agente a pontapé (mais aqui)"

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O inferno do défice

"Se há um ano José Sócrates dissesse "ainda está para nascer um primeiro-ministro que faça melhor do que eu no combate ao défice", a afirmação poderia parecer presunçosa, mas até pareceria verdadeira.

Um ano depois, e com o tsunami da crise que provocou uma brutal erosão nas contas públicas, a presunção de Sócrates já precisa de muita água benta. A grande vitória do Governo foi corroída pela crise e agora o défice real não andará muito longe do valor deixado pelo anterior Governo, que foi considerado uma pesada herança e que serviu para justificar o aperto draconiano na despesa pública e o aumento da pressão fiscal.

Manuela Ferreira Leite, que em 2005 tinha sido co-responsabilizada pelo buraco do Estado, exige agora que Sócrates divulgue os números previstos do défice no final de 2009. A líder da Oposição considera que o primeiro-ministro tem a obrigação de esclarecer esses números porque "vamos entrar num momento eleitoral e os diferentes partidos, se quiserem ser sérios e honestos nas propostas que fazem aos portugueses, têm de saber aquilo que vão encontrar quando assumirem as suas funções e para fazerem propostas credíveis e realistas". O défice orçamental será o inferno em que arderá a economia e a política portuguesa na próxima década. E todos vamos penar.
"

Armando Esteves Pereira

quinta-feira, julho 23, 2009

O vírus que veio de um laboratório, um híbrido ou uma quimera como numa cabala

Um vídeo interessante.
Tudo é necessário para que a água se separe do azeite.

http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=14513

Que se lixe aqui vai.

Um artigo interessante sobre vacinas

We bring to the attention of our readers this 2005 article by Robert F. Kennedy Jr. published by Rollingstone.com.
The article sheds light on the collusion between Big Parma and the US government and the dangers associated with vaccines produced by major pharmaceutical companies.
This article is of particular relevance to the current debate on the H1N1 swine flu virus and plans by the WHO, The Obama Administration and Big Pharma to develop a swine flu vaccine. The article by Robert F. Kennedy Jr. documented "the government's efforts to conceal alarming data about the dangers of vaccines."
For a review of Global Research articles on the H1NI Swine Flu Pandemic, click here. Michel Chossudovsky, July 23, 2009

Do estado do país.

"Dificilmente se poderá dizer que o País está agora em melhores condições de vencer os desafios futuros do que estava no início de 2005", conclui o estudo. "Basta constatar o continuado atraso nas reformas estruturais e a situação muito grave de indicadores com o PIB Potencial, as responsabilidades líquidas face ao exterior (...), o peso elevado da despesa pública e da dívida pública, directa e indirecta, face ao PIB, o nível relativo de qualificação dos cidadãos, para verificarmos como estamos condicionados em muitas das opções que poderemos tomar e os extraordinários desafios com que nos confrontamos (mais aqui)"

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Ninguém diga que está bem

"Além das (belíssimas) inovações na grafia que o Acordo Ortográfico promete, há novidades lexicais imprevistas no próprio Acordo. Uma delas, já em pleno uso institucional, mediático e popular, é "Tar". Em inglês, é substantivo e significa "alcatrão". Aqui é verbo e, se bem entendo, veio fazer as vezes do velho "Estar", o qual levou sumiço da oralidade.

Veja-se, salvo seja, a televisão. Não se passam dez segundos em frente a um canal nacional sem deparar com uma senhora que "tará" disposta a mudar a sua vida, um cavalheiro que "teve" dois anos desempregado e uma instituição que "tá" a apostar em novas valências. Nos noticiários é ainda melhor: o Governo conta que a retoma "teja" próxima; os colegas do Real Madrid não "tariam" à espera do profissionalismo de Ronaldo; os 40 anos da alunagem "tarão" aí.

Julgo que o propósito, compreensível na sociedade de informação alucinante em que vivemos, é poupar nas letras. Pelos vistos, e por exemplo, a abolição dos "cc" e dos "pp" não articulados explícita no Acordo não é o bastante. A ideia é alargar a abolição aos caracteres que pudermos, até atingirmos o objectivo de falar exclusivamente por monossílabos e grunhidos, proeza que as novas gerações, as que brilham nos exames de Português e que tanto orgulham a sra. ministra da Educação, já cometem com brio. Daqui ao silêncio e aos sinais de fumo é um passo evolutivo que não tardará em chegar. Por mim, tou mortinho que chegue. Você não tá?
"

Alberto Gonçalves

quarta-feira, julho 22, 2009

Caridade das multinacionais do medicamento

http://www.guardian.co.uk/business/2009/jul/22/glaxosmithkline-swine-flu-vaccine

Nesta época de neoliberalismo selvagem as grandes multinacionais estão com o coração grande e de mãos largas, não confundir com mãos abertas.
Mas será que a culpa é delas?
Aquilo que penso é… não!
Uma coisa é investigar e encontrar drogas para tratamento de doenças que de facto trazem grande sofrimento à humanidade ou aos outros animais, mas negócio é negócio e ninguém dá nada a ninguém. Afinal ainda não se descobriu a cura para a malária que ainda parece ser a doença que mais mata nesta maltratadaTerra.

O que questiono é como raio apareceu este vírus que começou com 2 casos na Califórnia, USA. Esqueçam o México.
A “coisa” está como está. Factos são factos.
Lembram-se da história do ovo e da galinha nunca esclarecida acerca do HIV?
Apareceu de um chimpanzé?
De um caso 0 (zero) humano, tão ao gosto de alguns cientistas, assim chamados?
Como carga de água o vírus apareceu?

Lembro-me em 1984 um brilhante Internista, ter feito um diagnóstico brilhante de um caso semelhante, num paciente, com uma doença oportunista nos pulmões e de já ter pedido na altura uma contagem de populações de linfócitos, coisa rara na altura e muito menos num hospital de província. Era um homem brilhante este meu amigo e tinha nome de monarca no plural e era de facto um farol, um predestinado, mas neste país esta gente brilhante e trabalhadores incansáveis pouco valor têm, valem mais aqueles com currículos de 800 páginas e com Prof antes de qualquer nome, são os que durante uma vida inteira têm currículos escondidos que nos valem, mas ainda bem para eles, afinal, não se pode ter tudo, ou se é bom em diagnóstico e investigação em diagnostico ou se passa a vida a andar a vender banha da cobra.

Não se dispersem.
Estava a falar sobre o HTLV, mais tarde HIV e há semelhanças na forma de aparecimento, excepto que estamos a comparar uma lebre com um caracol em termos de rapidez de tudo, incubação, replicação, por aí fora.
Em lucros ainda ninguém fez a conta, mas deve ser uma coisa para supercomputador.

Pois há semelhanças de local de aparecimento.
Ora vejam:
http://www.avert.org/origin-aids-hiv.htm
Já repararam que ninguém se pergunta como a coisa apareceu?

Eu costumo dizer que não conheço um único jornalista sério, não porque o não sejam, mas porque não podem, mesmo os que querem ser.
Não conheço actualmente nenhum político honesto, seja democrata ou ditador.
Sabem porquê?
Pela mesma razão que leva a que não conheça nenhum jornalista sério.

A plutocracia mundial é de facto quem governa.
http://www.eco.unicamp.br/artigos/artigo26.htm

Caldo de galinha à maneira da avó é uma boa receita, o que é difícil é arranjar galinhas velhas do campo, pica no chão e que apenas comam sementes, ervas e bichinhos da terra.
Congelem e guardem, é uma vacina concentrada.
Mas eu não percebo nada disto, sou apenas uma simples e cega toupeira.
Fiquem com Deus que não tem nada a ver com isto.

If you see kay

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Viajar de pé.

"80 mil estão dispostas a viajar de pé se a viagem for gratuita. Esta é a conclusão de um inquérito 'online' realizado pela Ryanair (mais aqui)"
Só falta saber quem paga as despesas de hospital…

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Acordam vítima para roubar carro.

"Foram ao quarto onde dormia o casal e aí acordaram o empresário, que se encontrava em casa com a família, entre eles três filhos menores, para lhe pedir a chave do Mercedes topo de gama que estava na garagem da vivenda (mais aqui)".

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Facada à frente de criança.

"Começaram a discutir com o Marco, mas foram embora. Passados cinco minutos voltaram com mais cinco amigos e traziam uma pistola, um taco de basebol, pedras e paus'. Quando encontraram Marco, ainda à porta do prédio da mãe, 'dispararam sobre ele, mas falharam', disse pouco depois um morador ao CM. A vítima tentou fugir, mas 'caíram todos em cima dele'. Marco Santos acabou prostrado no chão, depois de agredido violentamente e esfaqueado. A Quinta do Lavrado é uma urbanização de 12 edifícios com 263 fogos, construída ao lado da antiga Curraleira, por detrás do cemitério do Alto de S. João. Em Abril, depois de confrontos entre moradores deste bairro e do bairro Portugal Novo – onde está integrado o Bairro Azul – ambos foram alvo de uma operação policial de grande envergadura, que resultou na detenção de sete pessoas por posse ilegal de armas e tráfico de droga (mais aqui)"
Já ninguém tem dúvidas que a política dos bairros sociais resultou… E com as novas leis penais ainda melhor se verifica tal.

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Ninguém pára o Benfica...

Artigo esclarecedor sobre o que está por detrás da pandemia

Just two months of swine flu sniffles, and madness reigns
Scaremongering officials are leading us to lose all sense of proportion and waste resources. People should take an aspirin
·
Simon Jenkins
guardian.co.uk, Tuesday 21 July 2009 21.00 BST
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Now we know what happens when Cobra meets nanny state over swine flu. The public realm goes potty and people die.
Ministers meddle, medical officials abuse language, and drug companies make huge profits. And all this is over a condition correctly diagnosed by a Dulwich 12-year-old during the initial outburst of hysteria in May as "like a cold".
Whitehall empire-building has been reduced to a nationalised sniffle.

Last week the government's chief medical officer, Sir Liam Donaldson – never knowingly out-panicked – suffered an acute attack of headline deprivation. Nostalgic for the famous "750,000 could die" prediction for avian flu, he decided that "65,000 people might die" of swine flu. He later said the figure was an "upper estimate scenario for planning purposes". He added that his "lower limit" was 11,000 dead. Donaldson knows his media.
This week he terrorised ministers gathered in Downing Street's Cobra bunker into conceding his dream, a 2,000-strong department for a "national pandemic flu service".

Lord Haw-Haw could not have calibrated a more demoralising panic than the government's health establishment. Some spuriously exact statistic, such as 65,000 or 31% or 0.1, is dressed up with mights, coulds and other pseudo-qualifications.
The head of the Royal College of General Practitioners announces that "at its worse [sic], the pandemic will hit 30% of the population, of whom 0.3% might die". I suppose they might, or perhaps might not.

The death of two pregnant sufferers offered a perfect storm for the panic-merchants and their media acolytes, who duly staged a full MMR-style scare.
Quick as a flash the National Childbirth Trust warned that "symptoms could lead to premature labour or a miscarriage, or even cause birth defects".

Knowing that anything to do with pregnancy causes deep concern, the health secretary, Andy Burnham, went Stalinist.
Pregnant women were told they should not go out, or should go out "carefully" or "only if necessary".
They should see their doctor at once, or phone their doctor, or perhaps avoid their doctor in case they infect others.

In surely the most bizarre ministerial statement in history, Burnham added that British mothers should "plan their pregnancy carefully, but we are not advising women not to conceive … but to think twice".
The mind boggles at the Cobra debate that preceded this conception edict. I can hear an official querying, "How many thoughts should we advise women to have before conception, minister, one, two or three?" Another official was solemnly telling woman to "wash and look after yourself".
Meanwhile, schools are warned they may have to close "to save lives", or perhaps not.
Parents are told not to organise "flu parties".
The public is recommended to get a "flu friend".
The information that 28 out of the 29 "killed so far by swine flu" had other potentially life-threatening conditions was rarely mentioned.
This compares with 6,000 people a year who "die of" normal flu, without ever making the front page or the ministerial dispatch box.

By this Monday, madness ruled.
Supplies of the anti-flu drug Tamiflu were said to be "rolling into the capital in convoys of lorries" to a secret location in Tower Hamlets that was "surrounded by a ring of steel".
The BBC broadcast a warning that the public should not panic, then promptly bought up 4,000 doses for its staff, doubtless on expenses.

A firm called Oxford Economics won cheap publicity claiming that flu "could knock 5%" off gross domestic product.
This was topped by Ernst & Young's Item Club in hysteria mode announcing that "with the western world teetering on the brink of deflation … a pandemic on this scale could tip it over the edge". After such drivel I distinctly saw economists flying alongside Donaldson's pigs.

I have family and friends who have had swine flu, though I doubt if they appear in the figures. Doctors have better things to do than telephone the health department with every cough and splutter.
All the victims found the flu less severe and certainly briefer than a bad cold.
Most confirm that the one thing not to take is Tamiflu.
I do not want to dent the soaring profits of Roche pharmaceuticals, but most I spoke to found the Tamiflu side-effects, of bad dreams, nausea and irritability, far worse than the illness. People should take an aspirin.

In Dread, an analysis of medical scares, the American public health expert, Philip Alcabes, offers the sober warning of the 1976 outbreak of swine flu in America. After immunising 45 million people against a near harmless strain initially compared with the 1918 virus, the federal government had to pay out $93m in compensation for side-effects. Time and again, says Alcabes, scares are used by someone with a vested interest "to incite anxiety or shake loose some funds".

Of course authority has to guard against harm.
But the public is entitled to a sense of proportion.
Untold billions are still being spent on "the risk of terrorism".
Who knows what disproportionate costs have been incurred in what is an almost annual flu scare.
London's accident and emergency services are desperate at the best of times.
I have lost three acquaintances to avoidable hospital-induced infection in the past year. Last week a friend had to wait seven hours after a bicycle accident to have a shattered arm set, by when a simple wound had become complex.
In despair he went private.
These same resources are now being diverted to "await" a flu epidemic.
The government is recruiting 2,000 telephone advisers to answer inquiries from members of the public reduced by the public health apparat to nervous wrecks. This will inevitably suck resources from elsewhere in the health service.

I would like to know how many people will die of heart attacks, meningitis, MRSA and delayed cancer treatment while health politicians play Whitehall games with flu. Many people might indeed die of flu, but they might also die of a nuclear attack, an asteroid strike or a dozen other diseases and accidents now receiving lower priority.

What should scare the public is not flu but the shambles of scaremongering that regularly envelopes it. Suppose Britain were afflicted by a serious disease? A habit of modern government is to generate public dependence by periodic scares. To do this with the nation's health is the politics of fear at its worst.
http://www.guardian.co.uk/politics/2002/oct/21/Whitehall.uk
http://www.philipalcabes.com/
Por cá ainda não tivemos casos suficientes, no entanto entopem as linhas de aconselhamento, que costumam não funcionar ou funcionar mal.
Os senhores da saúde pública habituados aos seus gabinetes também apresentaram números da catástrofe.
Os ingleses parecem que vão ter a vacina em meados de Setembro, quando a gripe estiver em queda, por aqui parece que em Janeiro /Fevereiro, já estará paga?
Conforme está no artigo o estado americano teve que indemnizar muitos por utilizar uma vacina numa situação idêntica que começou com militares, já se precaveu o senado ao provar um impedimento legal de processos cíveis ou criminais no caso desta vacina do sindicato de laboratórios convidados der para o torto.
Mas no fim de tudo quem ficou a ganhar foi e vai ser a Indústria farmacêutica.
Assim, os jornalistas como comem à mão fazem o papel que lhes mandam, os políticos fazem aquilo que há muito sabem fazer: desbaratar o dinheiro que não é deles e dizer asneiras em conferências de imprensa se um porco espirra.
Vergonha é uma palavra a utilizar, sobre quem lucra com estas coisas.

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Claque inteligente

"O apoio de "personalidades públicas" à candidatura de um político é sempre um processo engraçado. Primeiro, na expectativa de benesse ou mera notoriedade, a "personalidade" X declara o seu entusiasmo pelo político Y. Depois, na expectativa de que a "personalidade" X contagie anónimos (os pelintras que não são "personalidades"), o político Y agita-a em público género penduricalho. Consequências? O anónimo ignora o assunto, o político julga-se estimado, a "personalidade" arrisca uma tença e eu divirto-me à grande.

Confesso, porém, que raras vezes o potencial de diversão atingiu o nível verificado na actual campanha de António Costa. Nem falo da simpatia de José Saramago, comprada à custa do património municipal. Falo do CLAC, Cidadãos Lisboetas Apoiam António Costa, que conheci através de notícia no "Público", onde se descreve o movimento subscrito por "120 intelectuais".

O título da notícia já é um prodígio cómico: "Costa tem 'a intelligentsia do lado dele'", citação colhida num Eduardo Pitta, a que o jornal chama "escritor" e que parece ter ganho um "t" por troca com o "a" que falta ao CLAC. Mas não sei o que tem mais piada, se a candura com que o sr. Pitta, cuja obra talvez seja familiar a 0,006% dos portugueses, se coloca a ele próprio na "intelligentsia", ou se a "intelligentsia" propriamente dita.

Vejamos a lista dos "120 intelectuais": actores de telenovela, fadistas e cançonetistas ligeiros (incluindo o fatal Represas), sindicalistas, "artistas plásticos", a activista "palestiniana" Maria do Céu Guerra, aquela senhora da "Abraço", o capitão/coronel/marechal de "Abril" Vasco Lourenço, incontáveis funcionários da autarquia (pudera) e puros desconhecidos (para mim). E o sr. Pitta.

Escusado dizer que, salvo duas ou três excepções (Eduardo Lourenço, por exemplo), as criaturas da lista não são a elite cultural lisboeta. Mas o simples facto de poderem ser seriamente apresentadas como tal (e com direito a debate sobre a acepção histórica de "intelectual") trai uma certa rusticidade, um certo arzinho a menino da lágrima e "marquise" de subúrbio que não destoaria em Kinshasa ou Bogotá. Ou em Gaza, com que, não por acaso, querem "geminar" a capital. Em si, a presumida "intelligentsia" em prol de António Costa vale zero, ou menos. Enquanto sintoma, é o retrato nítido do nosso lugar no mundo e do nosso atraso. 120 intelectuais? O sr. Represas? Não encontraram o pequenito Saul (com o devido respeito por este)? Se não rirmos disto, a alternativa será um pranto interminável
."

Alberto Gonçalves

terça-feira, julho 21, 2009

Até amanhã e boa sorte!

Educação.

"Um aluno de 15 anos do 8.º ano de escolaridade passou de ano com negativa a nove cadeiras. O professor Augusto Sá nota, contudo, que para decidir se um aluno "passa" não basta "somar" as positivas e as negativas. "Há um percurso, há um contexto, há uma família..." E a decisão de passar José "teve em conta" tudo isso (mais aqui)".
Vejam a notícia pelo lado bom. Se forem 12 disciplinas teve três positivas... Nós tivemos azar. No nosso tempo não havia contexto e a família… Digamos que era doloroso para o nosso pêlo…

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curiosidades.

"O aditamento ao contrato assinado com a Liscont para o terminal de contentores de Alcântara prevê que a empresa seja indemnizada em caso de "restrições técnicas, ambientais ou meteorológicas (mais aqui)".

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Recomendações.

"Em Portugal não se justificam ainda as recomendações que as autoridades britânicas fizeram a propósito da Gripe A para as grávidas (mais aqui).
Uma "recomendação" que vem ao encontra do afirmado pela ministra da Saúde, Ana Jorge, ao garantir que não há qualquer «risco grave para a saúde» nas viagens para o México (mais aqui)".

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Investimentos.

"O grupo Agni desistiu de investir em Portugal, os quadros deixaram o país e todo o projecto de investimento, avaliado entre 60 e 70 milhões de euros, está sem rumo. A situação, por alegada falência, deixou parceiros e fornecedores sem pagamentos (mais aqui)"

Assim acabou o projecto que ia "colocar Montemor no mapa da inteligência em Portugal (mais aqui)"

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FORSAKEN

Pregnant or nor pregnant, cumpram as regras...

Andy Burnham today sought to reassure pregnant women about the risks of contracting swine flu as he promised further help was on its way to frontline NHS staff dealing with the outbreak.

While the virus has spread quickly, it has not become more dangerous, the health secretary told MPs.

Addressing the issue of conflicting advice being issued to mothers-to-be, Burnham said the government's recommendations had not changed.
Most pregnant women who contracted the H1N1 virus only suffered "mild symptoms" but were more at risk of contracting swine flu because their immune systems are suppressed, he told the Commons.

He urged pregnant women to:
• Observe good hand hygiene.
• Where possible avoid contact with those suspected of the having the virus.
• Contact a medical practitioner if they suspect they have the virus.
Burnham said 55,000 new cases of swine flu were reported last week and so far there had been 26 deaths from the virus in England.

"The virus has taken hold around the country," he said. "The government must be as open as possible about the potential threat so organisations can establish plans to deal with it."

Burnham said the Department of Health had now signed contracts for enough vaccinations to inoculate 30m people and that supply should start to come through from August.
Priority groups, such as NHS staff, would be vaccinated first, as soon as officials "got the green light".
MPs will also be given weekly updates on the situation during the long parliamentary summer recess.
Earlier today, Burnham promised that further help was on its way to frontline NHS staff dealing with swine flu.

A new national service for England that includes websites and dedicated call centres to be launched on Thursday would help people assess their own health, the health secretary said.

"This service is the first of its kind in the world, it is a new service and it is giving people a way of getting medication without going through the normal channels; hopefully they will get it more quickly," Burnham told GMTV this morning.

But the Conservatives accused the government of "dithering", saying delays had damaged the ability of the NHS to respond coherently to the outbreak.

In the Commons, Andrew Lansley, Burnham's Tory shadow, suggested some of the "confusion" seen since the pandemic alert was declared in June could have been avoided and said it was vital the government set out clearly the process for the licensing and implementation of vaccines.

Amid increasing concern over the impact of swine flu on expectant women, the DoH has posted a new document on its website reiterating previously issued advice. It has also stressed that it is no longer telling women to delay conception.
A DoH spokeswoman admitted that its previous guidance to those trying to conceive had been based on predictions for a pandemic involving bird flu, a more serious infection. She said the advice had now been "refined to reflect current circumstances". The DoH was forced into a clarification after women appeared to be given conflicting advice.
The National Childbirth Trust (NCT) advised women to consider delaying pregnancy until the pandemic had passed. It was accused of scaremongering but said it had only taken advice from the DoH website.
It was also reported that the Royal College of Midwives and the Royal College of Obstetricians and Gynaecologists were advising pregnant women to avoid rush hour, stay indoors and restrict the movement of other children so as to avoid bringing the virus home.
The RCM/RCOG sought to distance themselves from advice about expectant mothers avoiding the rush hour or staying indoors. But, in comments that deepened the sense of confusion, they said pregnant women should avoid crowded places "wherever possible".

Concerns over expectant women were heightened after a woman with swine flu died last week shortly after giving birth prematurely. Named by her brother as Ruptara Miah, 39, she died in London's Whipps Cross hospital. Her newborn baby is reported to be very ill. A total of 29 people have so far died from swine flu.

Dr Boon Lim, of the RCOG, said he disagreed with previous comments from the RCM for pregnant women to avoid the rush hour. Lim said: "If people go to work on the tube, they can't not go to work on the tube. They can take precautions to limit the spread but if they do not have the infection they should not stay at home." He said there was no need for parents to avoid taking children to play groups. "By all means follow sensible hygiene measures but do not change your lifestyle."
Belinda Phipps, the director of the NCT, said:
"Following the death of a pregnant woman on Friday we brought together in a Q&A all the disparate bits of advice out there. Since then, the DoH has changed their minds and said what they were saying about [delaying] conception wasn't sensible at all ... The furore has been quite a good thing because it has caused them to look again at what they are saying."
Confusão? Nem por isso.
Reparem só como irá ser por cá, e então depois das novas oportunidades e portanto com gente tão inteligente, assim de um dia para o outro, e ainda por cima com diplomas, como os de certa gente.
Não vão, telefonem!
Mas por favor não peçam esclarecimentos que já não tenham ouvido, porque a S24 não funcionará, digo isto, se já foram abertos os cordões à bolsa, afinal aquilo não é da CGD?

Os intelectuais

"Sente-se na recandidatura de António Costa o embrião de um PS que se prepara para os dia da sucessão.

Não há candidatura de esquerda em apuros que não amanheça, um dia, rodeada de um colorido grupinho de entusiastas prontos a mostrar que a intelligentsia nacional é um exclusivo de uns tantos. António Costa, como seria de esperar, não fugiu à regra: pouco depois de se recandidatar a Lisboa, lá recebeu o apoio de 120 (de acordo com as primeiras expectativas) ‘intelectuais’ de serviço que, mais do que se reflectirem no seu programa de acção, se sentem genuinamente incomodados com uma hipotética vitória de Pedro Santana Lopes. É verdade que Santana Lopes tem este condão: sempre que aparece – e ele aparece constantemente – consegue reunir, contra sim, um coro apocalíptico que anuncia, com inexcedível zelo, um incalculável número de catástrofes associadas à sua eleição.

Em última análise, a intelligentsia portuguesa devia agradecer-lhe. Só ele, com o seu proverbial ‘mel’, consegue fazê-la sair da toca e exibir-se florescente nos mais extravagantes manifestos. Com ele, como dizia a canção, há sempre alguém que resiste, há sempre alguém que se junta, com ar grave e circunspecto, no Martinho da Arcádia, à sombra de Fernando Pessoa, disposto a denunciar os perigos que se escondem por trás das suas imprevisíveis aventuras políticas. Sem ele, este saudável exercício estaria condenado ao fracasso e rastejaria, por aí, sem brilho, entregue às qualidades clandestinas do actual presidente da Câmara de Lisboa.

Como é óbvio, António Costa, por si só, não mereceria as honras de um manifesto nem os cuidados especiais que lhe dedica a intelectualidade indígena. A sua permanência à frente da Câmara salda-se, por junto, num enorme ponto de interrogação. É difícil qualificar a sua obra porque, em última análise, a sua obra é um mistério mais ou menos impenetrável.

Só agora, no momento da recandidatura, entre conversinhas amenas com Manuel Alegre, acordos ‘coligatórios’ com Helena Roseta e o apoio de dois ou três comunistas, se percebe que a sua força política não desapareceu e que se prepara, do fundo do seu apagado mandato, para suceder a José Sócrates, caso este perca as legislativas e ele consiga sobreviver às autárquicas. Mais do que Lisboa, sente-se na sua recandidatura o embrião de um PS que se prepara para os dias da sucessão.

Talvez este quadro, este cheiro a pós qualquer coisa, anime alguns dos 120 signatários. Mas não anima, com certeza, quem perca algum tempo a ler os nomes que constituem este florido grupinho. Os intelectuais que nós temos! 120, para quem não saiba
."

Constança Cunha e Sá

Médicos alertam para vacina da gripe em pacientes vulneráveis (UK)

Doctors warn over swine flu vaccine for vulnerable patients

Doctors have warned that the forthcoming vaccines for swine flu may not work as well in patients who have cancer or HIV/Aids, are on kidney dialysis, or have received a new organ, as they will for everyone else.

The fact such people's immune systems are impaired may mean giving them Tamiflu is a better option than the H1N1 vaccines being developed, according to American researchers in a study published in The Lancet Infectious Diseases.
"Although influenza vaccination is widely recommended for people that are immunosuppressed, the same immune dysfunction that can increase the risk and consequences of influenza infection might also compromise vaccine responses and effectiveness," Ken Kunisaki of the University of Minnesota and Edward Janoff of Denver Veterans Affairs Medical Centre, write.
The authors recommend more research into how susceptible such patient groups are to H1N1 and to how effective future vaccines may be.
The health secretary Andy Burnham insisted again that the first supplies of a vaccine would be received next month and would be safe.

Around 2 million people in the UK have, or have had, cancer; 77,400 have HIV/Aids, while 19,000 are receiving dialysis treatment. A further 21,478 people have received a transplanted organ in the last decade.
Macmillan Cancer Support said it has seen an increase in calls and emails to its support services about the effects of swine flu on people with reduced immunity.

But Professor Steve Field, chairman of the Royal College of General Practitioners, said: "People with these conditions should not be unduly concerned by this research paper, which is theoretical, because the evidence isn't clear."

Patients who are immuno-compromised should, however, avoid contact with people who may have swine flu and may even want to avoid crowds, he added.
Guardian UK
A confusão está instalada, mas é bom que a discussão seja feita por gente que sabe e lida com doentes em vez de burocratas que pouco exerceram, apenas o fizeram no corredores do poder.
Uma coisa é certa:
Nas salas de espera de Centros de Saúde e Hospitais, por exemplo é onde acontecem os contágios nas épocas de gripe. Por cá chega muitas vezes a acontecer estarem pessoas à espera para saber se do médico se uma simples constipação é gripe e ao sair de lá, dias depois, ficam com a dita.
Uma coisa é certa esta gripe, assim chamada, é diferente, porque se não fosse a vacina estaria pronta e sem grandes dúvidas. O que a comunidade científica não se atreve a dizer é como aconteceu o incidente de ser um vírus da gripe por fora e uma quimera de vírus por dentro.
O essencial é que as pessoas evitem as multidões, as aglomerações e sigam as regras de higiene e boa educação, se estão a tossir ou a espirrar, o que parece ser difícil num povo que deixou de ser educado há muito, e que não pode certamente seguir as regras de boa educação, com os exemplos de governantes e políticos que os dirigem há muitos anos.
We are doomed?

ASAE, uma elegia

"A ASAE nasceu em finais de 2005, espécie de braço armado de um Governo com maioria parlamentar e sem intimações de mortalidade. Logo a abrir, adoptou a sobranceria reformista dos seus criadores e, de capuz e metralhadora, passeou o estilo por feiras, restaurantes, fábricas e negócios em geral, nuns casos no cumprimento da lei, noutros no cumprimento da prepotência de que começou a ser sinónimo. As televisões mostravam o lado "eficaz" da organização. Em privado, pessoas reais relatavam o lado burlesco, suscitado por inspectores zelosos, inexperientes e ignorantes daquilo que inspeccionavam. Habitualmente, o método de "inspecção" consistia numa lista de normas e imposições a que os inspectores, formados em cursos mais ou menos universitários, submetiam as empresas. A arrogância do pequeno poder e a legitimação "comunitária" faziam o resto.

E faziam o quê, no final de contas? Removido o folclore bélico, o que sobrou? Quais são os efeitos da ASAE no número de intoxicações alimentares? E na contrafacção de produtos? Quantas empresas beneficiaram da sua acção? Quantas faliram? O que ganharam os consumidores com tamanho vendaval? E os contribuintes? Quanto perdeu o país? Quanto nos custou?

Convinha que estas perguntas arranjassem respostas, e o eng. António Nunes, que uma ocasião amavelmente me ofereceu uma visita guiada à sede da organização (impedida por incompatibilidade de datas), não terá problemas em fornecê-las. Resta saber se terá tempo. A detenção de uma senhora que vendia "raspadinhas" gerou um processo judicial que aponta para a eventual inconstitucionalidade da ASAE. Afinal, os ilegais serão eles. Nenhuma surpresa: por regra, a caça às bruxas, ou às bolas de Berlim, ou às colheres de pau, termina com os caçadores em apuros. Mas o importante é que termine
."

Alberto Gonçalves

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