quarta-feira, dezembro 31, 2003
segunda-feira, dezembro 29, 2003
Curiosidade.
Depois da afirmação que não compreendia porque demorou tanto tempo a sair a acusação, como vai o prof Marcelo desculpar-se, tendo em conta que são 13 mil folhas, distribuídas por 60 volumes, só do processo principal, ao que acrescem ainda 136 apensos e que foram ouvidas mais de 600 pessoas?
Estou mesmo muito curioso.
Estou mesmo muito curioso.
Sobre a imigração.
É sabido que convém a muitos a existência de mão-de-obra fragilizada, pronta a ser escravizada.
A única forma de combater essa exploração passa pelas "quotas" de entrada; pelas pesadas multas ao exploradores e pela legalização obrigatória.
Muitos dos que defendem a entrada incontrolada, só pretendem enriquecer à custa dos pobres imigrantes.
A única forma de combater essa exploração passa pelas "quotas" de entrada; pelas pesadas multas ao exploradores e pela legalização obrigatória.
Muitos dos que defendem a entrada incontrolada, só pretendem enriquecer à custa dos pobres imigrantes.
O prof Marcelo e as bolas para o pinhal 3.
Para terminar.
Dizia o prof Marcelo que, se a justiça americana só demorou 2 meses a acusar Michael Jackson, porque é que o MP está a demorar tanto a acusação na Casa Pia.
Ora, se um ofendido leva 2 meses a acusar 1 arguido, 30 e tal ofendidos levam 60 meses a acusar 10 arguidos.
É fácil de perceber. Até para um prof distraído.
Dizia o prof Marcelo que, se a justiça americana só demorou 2 meses a acusar Michael Jackson, porque é que o MP está a demorar tanto a acusação na Casa Pia.
Ora, se um ofendido leva 2 meses a acusar 1 arguido, 30 e tal ofendidos levam 60 meses a acusar 10 arguidos.
É fácil de perceber. Até para um prof distraído.
O prof Marcelo e as bolas para o pinhal 2.
Sobre a amnistia.
“A norma de amnistia, mesmo geral, não deixa de ser uma medida política, que não põe em questão a continuada vigência da norma punitiva amnistiada, que continua a ser a regra geral incriminadora, nem dos princípios gerais do direito penal, medida relativamente à configuração da qual o legislador dispõe de uma liberdade de conformação legislativa, nomeadamente do ponto de vista do princípio da igualdade, superior à que caracteriza outras normas que exprimam regras
ou princípios jurídicos.
As normas de amnistia suspendem retroactivamente a aplicação de uma norma penal relativamente a parte dos factos nesta decritos. A delimitação dessa parte deriva, desde logo, do carácter temporário da amnistia e tem a ver com as circunstâncias que dão causa à amnistia. São duas as razões invocadas no processo legislativo da Lei n.º 9/96 para justificar a amnistia: segundo a primeira razão, trata-se de uma amnistia correctiva do direito; em segundo lugar, tem
ainda uma intenção pacificadora.
Tanto a pacificação da sociedade depois de um período de violência politicamente motivada como a correcção do direito são fins racionais do Estado de direito. As contestações baseiam-se, assim, nas peculiaridades da aplicação destas causas de amnistia aos casos concretos abrangidos.
Ora não há amnistia pacificadora sem privilegiamento da motivação política, que é, em geral, uma circunstância agravante. A contestação teria em abstracto fundamento se as circunstâncias temporárias que estão na base da amnistia pacificadora, ligadas ao rescaldo de um período de excepcional conflitualidade política, não pudessem razoavelmente justificar um tratamento diferenciado da circunstância da motivação política relativamente aos casos de inteira normalidade da vida política. Há que responder de novo que a diferenciação não é irrazoável, estando no espaço de liberdade de conformação do legislador dar mais peso às razões da diferenciação do que às que militam a favor do
tratamento igual.”
Logo, a decisão de Sampaio, ao contrário do que o prof Marcelo afirma, é um sinal político que quis dar à sociedade, numa altura em que a despenalização do aborto voltou à agenda política.
Refira-se que o processo de pedido de indulto à enfermeira teve pareceres negativos, entre outros, nomeadamente do Instituto de Reinserção Social e de Celeste Cardona.
“A norma de amnistia, mesmo geral, não deixa de ser uma medida política, que não põe em questão a continuada vigência da norma punitiva amnistiada, que continua a ser a regra geral incriminadora, nem dos princípios gerais do direito penal, medida relativamente à configuração da qual o legislador dispõe de uma liberdade de conformação legislativa, nomeadamente do ponto de vista do princípio da igualdade, superior à que caracteriza outras normas que exprimam regras
ou princípios jurídicos.
As normas de amnistia suspendem retroactivamente a aplicação de uma norma penal relativamente a parte dos factos nesta decritos. A delimitação dessa parte deriva, desde logo, do carácter temporário da amnistia e tem a ver com as circunstâncias que dão causa à amnistia. São duas as razões invocadas no processo legislativo da Lei n.º 9/96 para justificar a amnistia: segundo a primeira razão, trata-se de uma amnistia correctiva do direito; em segundo lugar, tem
ainda uma intenção pacificadora.
Tanto a pacificação da sociedade depois de um período de violência politicamente motivada como a correcção do direito são fins racionais do Estado de direito. As contestações baseiam-se, assim, nas peculiaridades da aplicação destas causas de amnistia aos casos concretos abrangidos.
Ora não há amnistia pacificadora sem privilegiamento da motivação política, que é, em geral, uma circunstância agravante. A contestação teria em abstracto fundamento se as circunstâncias temporárias que estão na base da amnistia pacificadora, ligadas ao rescaldo de um período de excepcional conflitualidade política, não pudessem razoavelmente justificar um tratamento diferenciado da circunstância da motivação política relativamente aos casos de inteira normalidade da vida política. Há que responder de novo que a diferenciação não é irrazoável, estando no espaço de liberdade de conformação do legislador dar mais peso às razões da diferenciação do que às que militam a favor do
tratamento igual.”
Logo, a decisão de Sampaio, ao contrário do que o prof Marcelo afirma, é um sinal político que quis dar à sociedade, numa altura em que a despenalização do aborto voltou à agenda política.
Refira-se que o processo de pedido de indulto à enfermeira teve pareceres negativos, entre outros, nomeadamente do Instituto de Reinserção Social e de Celeste Cardona.
O prof Marcelo e as bolas para o pinhal.
Confesso que cada vez mais vou perdendo o interesse nas crónicas do prof Marcelo.
O prof está cada vez mais demagógico.
Vejamos:
Na última crónica defendeu a enorme contribuição dos imigrantes para os cofres do Estado e como tal, devem vir mais, porque eles são a esperança de aumentar a natalidade.
Nada de mais falso. É que em Portugal só existem cerca de 500 mil emigrantes legalizados. Desse número, 25 mil estão a receber subsídio de desemprego.
Se 25 mil já estão no desemprego porque é que são necessários mais?
E os restantes que são ilegais, muitos milhares mesmo, além de não descontarem e serem escravizados não contam?
Juntando a isso, o facto de 30% dos 14 mil presos serem estrangeiros, facilmente somos forçados a concluir que as portas não podem estar abertas à imigração sem critérios.
Os dados da Direcção-geral dos Serviços Prisionais sobre os detidos parecem demonstrar um índice de criminalidade elevado envolvendo estrangeiros, uma vez que a relação percentual é superior à obtida numa comparação entre o número de imigrantes legalizados (cerca de 500 mil) e a população portuguesa: ronda os 5% para os dez milhões de residentes.
Pergunto também porque é que o estado não concede “facilidades” aos naturais com vista a aumentar o seu “bem estar”, aumentando assim as condições para os casais terem mais filhos?
É que assim os países de origem desses imigrantes tendem a ficar humanamente desertificados.
Dizia o professor que os imigrantes não roubavam os postos de trabalho aos nacionais mas ocupavam-se sim, dos trabalhos que os nacionais não queriam fazer.
Ora, desta afirmação, resulta que, se a taxa de desemprego em Portugal é tão elevada, tal deve-se ao facto de os nacionais não quererem trabalhar e não às políticas governamentais e conjunturas sócio-económicas.
Evidentemente que isso não é verdade. Basta ir a um centro comercial para ver que os empregados, na quase totalidade estrangeiros, são explorados pelos respectivos patrões, devido à sua situação de ilegais.
Se um patrão pode ter um empregado ilegal, sobre o qual não vai descontar para a segurança social e para o estado, como é que vai aceitar um empregado nacional, ficando obrigado aos respectivos descontos?
O facto de se abrigar as portas do país de par em par, acarreta graves perigos para a segurança nacional e para os próprios imigrantes.
Cada vez há mais detenções relacionadas com as redes oriundas de países da antiga União Soviética, especialistas no tráfico de seres humanos e no auxílio à mão-de-obra ilegal. Estas mafias actuam no litoral português, com áreas de intervenção repartidas. A Polícia Judiciária já detectou, aliás, reuniões entre líderes de grupos com o objectivo de
delimitar a zona de actuação de cada um desses gangs.
Imigração ilegal, tráfico de seres humanos, de estupefacientes e a angariação de mão-de-obra ilegal são alguns tipos de acções relacionadas com imigrantes que levam a situações de, por exemplo, extorsão. Crime que, a prazo, pode atingir os portugueses.
A chegada a Portugal, na década de 90, de indivíduos oriundos do Leste Europeu, da China, Paquistão, Índia ou Brasil, trouxe novas realidades criminais e, como tal, é preciso ajustar a máquina de combate a essa criminalidade.
O prof está cada vez mais demagógico.
Vejamos:
Na última crónica defendeu a enorme contribuição dos imigrantes para os cofres do Estado e como tal, devem vir mais, porque eles são a esperança de aumentar a natalidade.
Nada de mais falso. É que em Portugal só existem cerca de 500 mil emigrantes legalizados. Desse número, 25 mil estão a receber subsídio de desemprego.
Se 25 mil já estão no desemprego porque é que são necessários mais?
E os restantes que são ilegais, muitos milhares mesmo, além de não descontarem e serem escravizados não contam?
Juntando a isso, o facto de 30% dos 14 mil presos serem estrangeiros, facilmente somos forçados a concluir que as portas não podem estar abertas à imigração sem critérios.
Os dados da Direcção-geral dos Serviços Prisionais sobre os detidos parecem demonstrar um índice de criminalidade elevado envolvendo estrangeiros, uma vez que a relação percentual é superior à obtida numa comparação entre o número de imigrantes legalizados (cerca de 500 mil) e a população portuguesa: ronda os 5% para os dez milhões de residentes.
Pergunto também porque é que o estado não concede “facilidades” aos naturais com vista a aumentar o seu “bem estar”, aumentando assim as condições para os casais terem mais filhos?
É que assim os países de origem desses imigrantes tendem a ficar humanamente desertificados.
Dizia o professor que os imigrantes não roubavam os postos de trabalho aos nacionais mas ocupavam-se sim, dos trabalhos que os nacionais não queriam fazer.
Ora, desta afirmação, resulta que, se a taxa de desemprego em Portugal é tão elevada, tal deve-se ao facto de os nacionais não quererem trabalhar e não às políticas governamentais e conjunturas sócio-económicas.
Evidentemente que isso não é verdade. Basta ir a um centro comercial para ver que os empregados, na quase totalidade estrangeiros, são explorados pelos respectivos patrões, devido à sua situação de ilegais.
Se um patrão pode ter um empregado ilegal, sobre o qual não vai descontar para a segurança social e para o estado, como é que vai aceitar um empregado nacional, ficando obrigado aos respectivos descontos?
O facto de se abrigar as portas do país de par em par, acarreta graves perigos para a segurança nacional e para os próprios imigrantes.
Cada vez há mais detenções relacionadas com as redes oriundas de países da antiga União Soviética, especialistas no tráfico de seres humanos e no auxílio à mão-de-obra ilegal. Estas mafias actuam no litoral português, com áreas de intervenção repartidas. A Polícia Judiciária já detectou, aliás, reuniões entre líderes de grupos com o objectivo de
delimitar a zona de actuação de cada um desses gangs.
Imigração ilegal, tráfico de seres humanos, de estupefacientes e a angariação de mão-de-obra ilegal são alguns tipos de acções relacionadas com imigrantes que levam a situações de, por exemplo, extorsão. Crime que, a prazo, pode atingir os portugueses.
A chegada a Portugal, na década de 90, de indivíduos oriundos do Leste Europeu, da China, Paquistão, Índia ou Brasil, trouxe novas realidades criminais e, como tal, é preciso ajustar a máquina de combate a essa criminalidade.
Sobre o inquérito.
Como se acentuou na Lei n.º 43/86 de 26 de Setembro, art.º 2, n.º 2, al. 45), para combater o estrangulamento da praxis processual, o código optou decididamente por converter o inquérito na fase geral e normal de preparar a decisão de acusação ou não acusação, passando a instrução, de caracter contraditório e dotada de uma fase de debate oral, a ter lugar quando for requerida pelo arguido que pretenda invalidar a decisão de acusação, ou pelo assistente que deseje contrariar a decisão de não acusação total ou parcial.
Assim, só há contraditório na instrução e na audiência de julgamento.
Assim, só há contraditório na instrução e na audiência de julgamento.
domingo, dezembro 28, 2003
Os advogados e a comunicação social.
Entrevista exclusiva à revista “Visão” de 23 de Dezembro de 2003 pelo advogado Rodrigo Santiago sobre o processo Casa Pia.
1/ “... o Dr. Rui Teixeira enviou a decisão sobre o “Habeas corpus” para o Supremo tribunal de Justiça porque já sabia que ia ser chumbada. Não é tão ignorante como parece.
Comentário: ora aqui está o Estatuto da Ordem a ser cumprido no seu máximo explendedor.
2/ “ ... a escolha do juiz Rui Teixeira dá-me garantias de erro. Entre um juiz mau e um bom, prefiro, como é evidente, um mau. Em cada despacho, o Juiz Rui Teixeira comete uma asneira. Resultado disso são os cerca de 60 recursos já apresentados no processo Casa Pia”
Comentário: mais uma vez estamos perante o escrupuloso cumprimento dos Estatutos. Adiante.
Claro que è mais fácil “ganhar” com um juiz mau, especialmente quando não se tem razão no caso defendido, e quando as qualidades do próprio “artista” são pequenas.
O bom “artista” é aquele que triunfa esgrimindo contra “inimigos” tecnicamente mais superiores, não necessitando de recorrer a manobras dilatórias e influenciar outros.
De qualquer forma, se o juiz é tão mau assim, porque é que em cerca de 60 recursos apresentados, só ganharam menos de meia dúzia? Quem será mau aqui?
3/ “... tinha-o tratado por “Vossa Excelência”, como sempre, mas ele percebeu “você”. Disse-me, de imediato, que não admitia que o tratasse assim, que estava a ser malcriado. Respondi-lhe que mal educado era ele, que tinha ouvido mal. Isto tudo aos berros”
Comentário: de facto a frase “Vossa Excelência” é facilmente confundida pela palavra “você”. São tão parecidas como o tal sósia do Carlos Cruz.
Digo-vos que já assisti a “peixeiradas” com mais nível, vindas de pessoas “menos cultas”.
O nível deste comentário é elevadíssimo, especialmente quando o Dr. acrescenta “digo-lhe coisas que com outro juiz, talvez me valessem a prisão. Mas, nesse dia, ... estivemos a discutir aos berros, quase a chegar a via de facto.”
Diz o tal Estatuto da Ordem, que “a boa educação deve ser atributo dos advogados, pois, como escreveu o Bastonário Carlos Pires “onde está um advogado deve estar um homem de bem” ...
4/ “ ... se o juiz Rui Teixeira não confirmasse a prisão preventiva, ficava mal visto”.
Comentário: acreditam que fiquei sem palavras?
Será que o tal Estatuto existe mesmo?
5/ Ao ser inquirido sobre se acreditava na inocência do embaixador Ritto, respondeu “ele nunca escondeu que é homossexual, mas garante que nunca esteve com menores de 16 anos”.
Comentários: há casos em que, apesar de a vítima ter mais de 16 anos, é considerado crime. Basta não ter vontade de o fazer e ser obrigado a isso, nem que seja com chapadas.
Como consta...
6/ “ Ainda outro dia, apresentei um requerimento ao Dr. João Guerra para ouvir o Embaixador Ritto, porque é de lei, tem de o ouvir. E o que é que ele fez? Mandou-o logo para o Dr. Rui Teixeira. Nessa altura disse-lhe “você é que é o dono do processo, e pôs aqui um intruso a redigir o despacho. Portanto, cumpra a lei e considere este despacho inexistente”.
Comentários: “Você”????!!!! Devo estar a ler mal? Devia estar “Vossa excelência” e não “Você”. O próprio Dr. Santiago afirma que trata sempre por “Vossa Excelência” os magistrados ou será que o MP tem tratamento diferenciado?
7/ “ ... está mal porque a lei diz que as declarações que valem como prova e, asseguram o contraditório, não são as que o Dr. Ritto prestou ao juiz, mas aquelas que caberia ao MP recolher em fase de inquérito”.
Comentários: O que a lei diz é que se as provas hão-de ser objecto de apreciação em contraditório na audiência de julgamento, fica excluída a possibilidade de condenação com base em elementos de prova que não tenham sido discutidos em audiência.
Logo a afirmação do Dr. Santiago carece de fundamento, o que é estranho para um advogado com a experiência e conhecimento que tem.
Por curiosidade, também a lei diz que o MP pratica actos e assegura os meios de prova necessários à investigação da existência ou não de um crime, determinar os seus agentes e a responsabilidade deles, descobrir e recolher as provas, em ordem à decisão à acusação.
Inclusivamente o MP pode delegar na polícia criminal a realização do interrogatório.
Durante o inquérito compete exclusivamente ao juiz de instrução proceder ao 1º interrogatório de arguido detido.
O único procedimento na fase de inquérito, que vale como prova na audiência de julgamento são as declarações para memória futura, que curiosamente não foram aceites pelo Dr. Santiago.
8/ O que mais surpreendeu o Dr. foi “ talvez a passividade do MP em todo o processo”.
Comentários: e eu convencido, pelas anteriores palavras dos advogados do processo, que era o MP que “dominava” o Juiz, facto que levou ao levantamento do incidente de suspeição do juiz Teixeira, com o “triste” destino já conhecido.
1/ “... o Dr. Rui Teixeira enviou a decisão sobre o “Habeas corpus” para o Supremo tribunal de Justiça porque já sabia que ia ser chumbada. Não é tão ignorante como parece.
Comentário: ora aqui está o Estatuto da Ordem a ser cumprido no seu máximo explendedor.
2/ “ ... a escolha do juiz Rui Teixeira dá-me garantias de erro. Entre um juiz mau e um bom, prefiro, como é evidente, um mau. Em cada despacho, o Juiz Rui Teixeira comete uma asneira. Resultado disso são os cerca de 60 recursos já apresentados no processo Casa Pia”
Comentário: mais uma vez estamos perante o escrupuloso cumprimento dos Estatutos. Adiante.
Claro que è mais fácil “ganhar” com um juiz mau, especialmente quando não se tem razão no caso defendido, e quando as qualidades do próprio “artista” são pequenas.
O bom “artista” é aquele que triunfa esgrimindo contra “inimigos” tecnicamente mais superiores, não necessitando de recorrer a manobras dilatórias e influenciar outros.
De qualquer forma, se o juiz é tão mau assim, porque é que em cerca de 60 recursos apresentados, só ganharam menos de meia dúzia? Quem será mau aqui?
3/ “... tinha-o tratado por “Vossa Excelência”, como sempre, mas ele percebeu “você”. Disse-me, de imediato, que não admitia que o tratasse assim, que estava a ser malcriado. Respondi-lhe que mal educado era ele, que tinha ouvido mal. Isto tudo aos berros”
Comentário: de facto a frase “Vossa Excelência” é facilmente confundida pela palavra “você”. São tão parecidas como o tal sósia do Carlos Cruz.
Digo-vos que já assisti a “peixeiradas” com mais nível, vindas de pessoas “menos cultas”.
O nível deste comentário é elevadíssimo, especialmente quando o Dr. acrescenta “digo-lhe coisas que com outro juiz, talvez me valessem a prisão. Mas, nesse dia, ... estivemos a discutir aos berros, quase a chegar a via de facto.”
Diz o tal Estatuto da Ordem, que “a boa educação deve ser atributo dos advogados, pois, como escreveu o Bastonário Carlos Pires “onde está um advogado deve estar um homem de bem” ...
4/ “ ... se o juiz Rui Teixeira não confirmasse a prisão preventiva, ficava mal visto”.
Comentário: acreditam que fiquei sem palavras?
Será que o tal Estatuto existe mesmo?
5/ Ao ser inquirido sobre se acreditava na inocência do embaixador Ritto, respondeu “ele nunca escondeu que é homossexual, mas garante que nunca esteve com menores de 16 anos”.
Comentários: há casos em que, apesar de a vítima ter mais de 16 anos, é considerado crime. Basta não ter vontade de o fazer e ser obrigado a isso, nem que seja com chapadas.
Como consta...
6/ “ Ainda outro dia, apresentei um requerimento ao Dr. João Guerra para ouvir o Embaixador Ritto, porque é de lei, tem de o ouvir. E o que é que ele fez? Mandou-o logo para o Dr. Rui Teixeira. Nessa altura disse-lhe “você é que é o dono do processo, e pôs aqui um intruso a redigir o despacho. Portanto, cumpra a lei e considere este despacho inexistente”.
Comentários: “Você”????!!!! Devo estar a ler mal? Devia estar “Vossa excelência” e não “Você”. O próprio Dr. Santiago afirma que trata sempre por “Vossa Excelência” os magistrados ou será que o MP tem tratamento diferenciado?
7/ “ ... está mal porque a lei diz que as declarações que valem como prova e, asseguram o contraditório, não são as que o Dr. Ritto prestou ao juiz, mas aquelas que caberia ao MP recolher em fase de inquérito”.
Comentários: O que a lei diz é que se as provas hão-de ser objecto de apreciação em contraditório na audiência de julgamento, fica excluída a possibilidade de condenação com base em elementos de prova que não tenham sido discutidos em audiência.
Logo a afirmação do Dr. Santiago carece de fundamento, o que é estranho para um advogado com a experiência e conhecimento que tem.
Por curiosidade, também a lei diz que o MP pratica actos e assegura os meios de prova necessários à investigação da existência ou não de um crime, determinar os seus agentes e a responsabilidade deles, descobrir e recolher as provas, em ordem à decisão à acusação.
Inclusivamente o MP pode delegar na polícia criminal a realização do interrogatório.
Durante o inquérito compete exclusivamente ao juiz de instrução proceder ao 1º interrogatório de arguido detido.
O único procedimento na fase de inquérito, que vale como prova na audiência de julgamento são as declarações para memória futura, que curiosamente não foram aceites pelo Dr. Santiago.
8/ O que mais surpreendeu o Dr. foi “ talvez a passividade do MP em todo o processo”.
Comentários: e eu convencido, pelas anteriores palavras dos advogados do processo, que era o MP que “dominava” o Juiz, facto que levou ao levantamento do incidente de suspeição do juiz Teixeira, com o “triste” destino já conhecido.
Os sofistas e Sócrates.
Sofista significava na Grécia antiga apenas sábio ou mestre de sabedoria.
O sentido pejorativo e até insultuoso que hoje tem ( hábil falsificador no discurso ) deriva daquilo que os sofistas realmente chegaram a ser.
Os sofistas foram mestres dedicados ao ensino da retórica e da dialéctica, ou seja, da arte de expor, defender e persuadir publicamente. O que até essa época tinha sido o livre e desinteressado exercício da mais nobre dedicação, transformou-se então numa actividade mercantil.
Este foi o primeiro sentido pejorativo que, na época, a palavra sofista adquiriu: aquele que recebe por ensinar ou, melhor ainda, ensina para receber.
Mas é outro, e muito mais pejorativo, o sentido que adquiriu ao longo da história, e que deriva do vício intelectual que os sofistas adquiriram com o exercício da sua função.
À força de ensinarem a defender todas as causas e de conseguirem que os seus alunos triunfassem por vezes com causas injustas, quase indefensáveis, espalhou-se entre eles um espírito céptico e irónico em relação ao conceito de verdade, e uma fé cega na habilidade dialéctica e no poder humano de persuasão.
No seio do movimento sofístico surge uma figura que impressionou profundamente aquele ambiente e que será inspiradora e mestre dos maiores filósofos gregos da idade de ouro: Sócrates.
Este filósofo não escreveu nada, nem teve sequer um círculo permanente onde expusesse e sistematizasse o seu pensamento. Negava a sua “inclusão entre os sofistas “porque não cobrava para ensinar”.
Sócrates apenas falou, livremente, com a espontaneidade do diálogo a amigos e concidadãos
Considerou ser a razão o meio adequado para penetrar na realidade e teve que sustentar esta afirmação perante dois tipos de opositores:
1- contra os sofistas : a razão bem dirigida serve para iluminar a realidade; não é uma lanterna mágica que forja caprichosamente visões sem relação com o que é.
2- Contra os irracionais, contra os filisteus da cultura.
O sentido pejorativo e até insultuoso que hoje tem ( hábil falsificador no discurso ) deriva daquilo que os sofistas realmente chegaram a ser.
Os sofistas foram mestres dedicados ao ensino da retórica e da dialéctica, ou seja, da arte de expor, defender e persuadir publicamente. O que até essa época tinha sido o livre e desinteressado exercício da mais nobre dedicação, transformou-se então numa actividade mercantil.
Este foi o primeiro sentido pejorativo que, na época, a palavra sofista adquiriu: aquele que recebe por ensinar ou, melhor ainda, ensina para receber.
Mas é outro, e muito mais pejorativo, o sentido que adquiriu ao longo da história, e que deriva do vício intelectual que os sofistas adquiriram com o exercício da sua função.
À força de ensinarem a defender todas as causas e de conseguirem que os seus alunos triunfassem por vezes com causas injustas, quase indefensáveis, espalhou-se entre eles um espírito céptico e irónico em relação ao conceito de verdade, e uma fé cega na habilidade dialéctica e no poder humano de persuasão.
No seio do movimento sofístico surge uma figura que impressionou profundamente aquele ambiente e que será inspiradora e mestre dos maiores filósofos gregos da idade de ouro: Sócrates.
Este filósofo não escreveu nada, nem teve sequer um círculo permanente onde expusesse e sistematizasse o seu pensamento. Negava a sua “inclusão entre os sofistas “porque não cobrava para ensinar”.
Sócrates apenas falou, livremente, com a espontaneidade do diálogo a amigos e concidadãos
Considerou ser a razão o meio adequado para penetrar na realidade e teve que sustentar esta afirmação perante dois tipos de opositores:
1- contra os sofistas : a razão bem dirigida serve para iluminar a realidade; não é uma lanterna mágica que forja caprichosamente visões sem relação com o que é.
2- Contra os irracionais, contra os filisteus da cultura.
sábado, dezembro 27, 2003
Marisa Cruz
"Tenho medo que não gostem de mim" diz a Miss Portugal e Miss Fotogenia de 1992.
Eu juro que gosto. Gosto muito mesmo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Eu juro que gosto. Gosto muito mesmo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
sexta-feira, dezembro 26, 2003
Um conto erótico na legítima versão Portuguesa
Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador. Um substantivo masculino, com um aspecto plural e alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. O artigo era bem definido, feminino, singular: era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal.
Era ingênua, silábica, um pouco átona até, ao contrário dele: um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanáticos por leituras e filmes ortográficos.
O substantivo gostou da situação: os dois sozinhos, num lugar sem ninguém ver e ouvir. Sem perder a oportunidade, começou a insinuar-se, a perguntar, a conversar. O artigo feminino deixou as reticências de lado, e permitiu esse pequeno indíce.
De repente, o elevador pára só com os dois lá dentro: óptimo, pensou o substantivo, mais um bom motivo para provocar alguns sinônimos. Pouco tempo depois, quando já estavam entre parênteses, o elevador recomeça a movimentar-se: só que em vez de descer, sobe e pára justamente no andar do substantivo.
Ele usou toda a sua flexão verbal e levou-a ao seu aposto. Ligou o fonema, e ficaram alguns instantes em silêncio, a ouvir uma fonética clássica, suave e agradável.
Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela. Estavam a conversar, sentados num vocativo, quando ele começou outra vez a insinuar-se. Ela foi deixando, ele foi usando seu forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo, todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo directo.
Começaram a aproximar-se, ela a tremer de vocabulário, ele a sentir o seu ditongo crescente. Abraçaram-se numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples passaria entre eles. Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula, ele não perdeu o ritmo e sugeriu um longo ditongo oral e, quem sabe, talvez, uma ou outra soletrada em seu apóstrofo.
É claro que ela deixou-se levar por essas palavras, estava totalmente oxítona às vontades dele, e foram para o comum de dois gêneros. Ela totalmente voz passiva, ele voz ativa.
Entre beijos, carícias, parônimos e substantivos, ele avançou cada vez mais: ficaram uns minutos nessa próclise, e ele, com todo o seu predicativo do objecto, ia tomando conta dela. Estavam na posição de primeira e segunda pessoas do singular, ela era um perfeito agente da passiva, ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular.
Nisto a porta abriu-se repentinamente. Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo, e entrou a disparar conjunções e adjetivos contra ambos, que se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas. Mas ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tônica, ou melhor, subtônica, o verbo auxiliar diminuiu seus advérbios e declarou o seu particípio na história.
Os dois olharam-se, e viram que isso era melhor do que uma metáfora por todo o edifício. O verbo auxiliar entusiasmou-se e mostrou o seu adjunto adnominal.
Espantoso! Aquilo não era sequer comparativo: era um superlativo absoluto. Aproximou-se deles, com aquela coisa maiúscula, aquele predicativo do sujeito apontado para seus objetos. Chegou-se cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo, propondo claramente uma mesóclise-a-trois. Só que as condições eram estas: enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria ao gerúndio do substantivo, e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino.
O substantivo, vendo que corria o risco de se transformar num artigo indefinido, e a pensar no seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história: agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, atirou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva.
Era ingênua, silábica, um pouco átona até, ao contrário dele: um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanáticos por leituras e filmes ortográficos.
O substantivo gostou da situação: os dois sozinhos, num lugar sem ninguém ver e ouvir. Sem perder a oportunidade, começou a insinuar-se, a perguntar, a conversar. O artigo feminino deixou as reticências de lado, e permitiu esse pequeno indíce.
De repente, o elevador pára só com os dois lá dentro: óptimo, pensou o substantivo, mais um bom motivo para provocar alguns sinônimos. Pouco tempo depois, quando já estavam entre parênteses, o elevador recomeça a movimentar-se: só que em vez de descer, sobe e pára justamente no andar do substantivo.
Ele usou toda a sua flexão verbal e levou-a ao seu aposto. Ligou o fonema, e ficaram alguns instantes em silêncio, a ouvir uma fonética clássica, suave e agradável.
Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela. Estavam a conversar, sentados num vocativo, quando ele começou outra vez a insinuar-se. Ela foi deixando, ele foi usando seu forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo, todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo directo.
Começaram a aproximar-se, ela a tremer de vocabulário, ele a sentir o seu ditongo crescente. Abraçaram-se numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples passaria entre eles. Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula, ele não perdeu o ritmo e sugeriu um longo ditongo oral e, quem sabe, talvez, uma ou outra soletrada em seu apóstrofo.
É claro que ela deixou-se levar por essas palavras, estava totalmente oxítona às vontades dele, e foram para o comum de dois gêneros. Ela totalmente voz passiva, ele voz ativa.
Entre beijos, carícias, parônimos e substantivos, ele avançou cada vez mais: ficaram uns minutos nessa próclise, e ele, com todo o seu predicativo do objecto, ia tomando conta dela. Estavam na posição de primeira e segunda pessoas do singular, ela era um perfeito agente da passiva, ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular.
Nisto a porta abriu-se repentinamente. Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo, e entrou a disparar conjunções e adjetivos contra ambos, que se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas. Mas ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tônica, ou melhor, subtônica, o verbo auxiliar diminuiu seus advérbios e declarou o seu particípio na história.
Os dois olharam-se, e viram que isso era melhor do que uma metáfora por todo o edifício. O verbo auxiliar entusiasmou-se e mostrou o seu adjunto adnominal.
Espantoso! Aquilo não era sequer comparativo: era um superlativo absoluto. Aproximou-se deles, com aquela coisa maiúscula, aquele predicativo do sujeito apontado para seus objetos. Chegou-se cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo, propondo claramente uma mesóclise-a-trois. Só que as condições eram estas: enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria ao gerúndio do substantivo, e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino.
O substantivo, vendo que corria o risco de se transformar num artigo indefinido, e a pensar no seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história: agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, atirou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva.
quarta-feira, dezembro 24, 2003
Aumento do salário mínimo nacional
Numa altura em que a própria Comissão Europeia alerta para o alto risco de pobreza (20%) e para a existência cada vez maior de pessoas a viver na miséria; num país com profundas desigualdades sociais; num país em que o Governo se compromete perante a UE a reduzir a pobreza, num país que se quer na UE, o aumento de de 2,5% no salário mínimo nacional é uma verdadeira anedota.
A explicação dada na soma da taxa de inflação de 2% com metade do aumento da produtividade não comtempla o facto de a UE prever 2,6% de inflação e 1,1% para o aumento da produtividade (valor este idêntico ao que deverá crescer o nível de vida médio da população).
Nem contempla que em 2003 os trabalhadores com o salário mínimo nacional perderam 0,8% do poder de compra.
Se somasse estas três componentes obteria 4,5%. Um tal aumento significaria que os trabalhadores de mais baixos salários apenas veriam mantido o seu poder de compra em 2003 e 2004 e que teriam em 2004 um pequeno acréscimo que seria igual ao aumento esperado para o nível de vida médio da população. Conciliaria as possibilidades económicas (a inflação e a produtividade) com um mínimo de justiça social (repondo o que foi perdido em 2003).
A explicação dada na soma da taxa de inflação de 2% com metade do aumento da produtividade não comtempla o facto de a UE prever 2,6% de inflação e 1,1% para o aumento da produtividade (valor este idêntico ao que deverá crescer o nível de vida médio da população).
Nem contempla que em 2003 os trabalhadores com o salário mínimo nacional perderam 0,8% do poder de compra.
Se somasse estas três componentes obteria 4,5%. Um tal aumento significaria que os trabalhadores de mais baixos salários apenas veriam mantido o seu poder de compra em 2003 e 2004 e que teriam em 2004 um pequeno acréscimo que seria igual ao aumento esperado para o nível de vida médio da população. Conciliaria as possibilidades económicas (a inflação e a produtividade) com um mínimo de justiça social (repondo o que foi perdido em 2003).
terça-feira, dezembro 23, 2003
Um adepto de futebol chega a uma loja de material desportivo e depara-se com uma infinidade de camisolas de clubes de futebol de Portugal e do Mundo. Só não vê a do seu clube: o Porto.
Meio sem graça, pergunta ao vendedor
Quanto custa a camisola do Real Madrid?
- 50 Euros.
- E a do Manchester ???
- Essa custa 75 Euros.
- E a do Benfica?
- Oh meu amigo... Essa é a mais cara da loja por se tratar do melhor clube do Mundo, e custa 100 Euros.
Aí o pobre arrisca:
- Você não tem aí a do Porto?
- Tenho sim. Está lá do outro lado, na prateleira das liquidações a 9,50 Euros!!
- Porra!!! Só 9,50 Euros??
- É promoção para queima de stock, essas porcarias não vendem...
- Então dê-me uma - estendendo uma nota de 10 Euros. O vendedor vai até á caixa registadora, coça a cabeça e volta, meio atrapalhado pergunta:
- Desculpe, mas eu estou sem troco. Leva uma camisola do Sporting para completar os 10 Euros?
Meio sem graça, pergunta ao vendedor
Quanto custa a camisola do Real Madrid?
- 50 Euros.
- E a do Manchester ???
- Essa custa 75 Euros.
- E a do Benfica?
- Oh meu amigo... Essa é a mais cara da loja por se tratar do melhor clube do Mundo, e custa 100 Euros.
Aí o pobre arrisca:
- Você não tem aí a do Porto?
- Tenho sim. Está lá do outro lado, na prateleira das liquidações a 9,50 Euros!!
- Porra!!! Só 9,50 Euros??
- É promoção para queima de stock, essas porcarias não vendem...
- Então dê-me uma - estendendo uma nota de 10 Euros. O vendedor vai até á caixa registadora, coça a cabeça e volta, meio atrapalhado pergunta:
- Desculpe, mas eu estou sem troco. Leva uma camisola do Sporting para completar os 10 Euros?
Portugal no seu melhor ( do que nunca ).
""Finalmente, vamos a Sócrates. Creio que se tivesse de escolher um exemplo de infelicidade - o que chamaria de "infelicidade padrão" - no Acórdão do Conselheiro Salpico, não hesitaria em eleger a belíssima citação do grande sofista ( Sócrates )"
SACUDIR A ÁGUA DO MEU CAPOTE
Por JOSÉ MIGUEL JUDICE
Público
SACUDIR A ÁGUA DO MEU CAPOTE
Por JOSÉ MIGUEL JUDICE
Público
segunda-feira, dezembro 22, 2003
Prêmio "grande paciência"!!!
Os cinéfilos já detectaram 44 erros no filme «O Regresso do Rei», último capítulo da trilogia «O Senhor dos Anéis» que estreou na passada quarta-feira, segundo o site moviemistakes.com.
Entre as falhas apontadas contam-se uma cicatriz na face de Frodo, que surge no lado direito e depois no lado esquerdo, uma caneca que muda de cor ao longo de uma cena, falhas no cenário (montanhas ao longe que não deviam existir, etc).
Os dois anteriores episódios da saga inspirada na obra de Tolkien surgem no top dos 20 filmes com mais erros - «A Irmandade do Anel» ocupa o 7º posto com 129 erros, enquanto «As Duas Torres», com 162 falhas, apenas é ultrapassado por «Titanic» (172 erros).
Entre as falhas apontadas contam-se uma cicatriz na face de Frodo, que surge no lado direito e depois no lado esquerdo, uma caneca que muda de cor ao longo de uma cena, falhas no cenário (montanhas ao longe que não deviam existir, etc).
Os dois anteriores episódios da saga inspirada na obra de Tolkien surgem no top dos 20 filmes com mais erros - «A Irmandade do Anel» ocupa o 7º posto com 129 erros, enquanto «As Duas Torres», com 162 falhas, apenas é ultrapassado por «Titanic» (172 erros).
"Primus inter pares"
"Pedro Namora assegurou que não se vai calar para defender as vítimas da pedofilia, apesar de – observou – a perseguição de que está a ser alvo por parte da Ordem dos Advogados (OA). "Já tenho quatro processos. Estão a perseguir-me de uma forma indecorosa. Vou suspender a minha inscrição, não obstante de, a partir de Novembro de 2002, não ter praticado qualquer acto como advogado. Mas assim que falo para qualquer meio de comunicação social, a OA instaura-me logo um processo, para ver se me cala. Mas não o vai conseguir." "
Juntando o advogado do Bibi, parece que há advogados mais iguais que outros.
Juntando o advogado do Bibi, parece que há advogados mais iguais que outros.
Antecipação da mensagem de Natal de Fátima Felgueiras.
Portugueses, portuguesas.
Antes de mais, quero esclarecer que não fugi. Simplesmente tive de efectuar uma retirada estratégica em virtude da má qualidade da justiça portuguesa. Como alguém disse e muito bem, a justiça portuguesa é a continuação do Santo Ofício na sua versão actualizada.
Ora, eu Fátima, que sempre desejei o bem da população de Felgueiras, chegando mesmo a abdicar de prevílegos pessoais para que Felgueiras fosse maior, nunca poderia aceitar de ânimo leve ser presa, ainda por cima, sem ter culpa.
Como qualquer pessoa normal pode constatar, fui vítima de uma cabala que visa denegrir a minha vida política e pessoal.
Felgueirenses, vocês sabem bem o trabalho que executei em prôle de vocês. TENHO OBRA FEITA!!!
Felgueirenses, a cabala não é só dirigida à minha pessoa. É para impedir a continuidade do meu trabalho em benefício da maravilhosa cidade de Felgueiras.
Felgueirenses, nessa hora difícil para a nossa cidade, vamos juntar-nos para atingir o bem comum, MODERNIZAR Felgueiras.
Felgueirenses, para terminar, sabem perfeitamente que estou inocente. Se hoje estou no Brasil é por vossa causa, porque Felgueiras, para mim, está acima de tudo, e presa não poderia fazer nada pela cidade.
Felgueirenses, juntos iremos fazer justiça.
Feliz Natal para todos os Felgueirenses.
Antes de mais, quero esclarecer que não fugi. Simplesmente tive de efectuar uma retirada estratégica em virtude da má qualidade da justiça portuguesa. Como alguém disse e muito bem, a justiça portuguesa é a continuação do Santo Ofício na sua versão actualizada.
Ora, eu Fátima, que sempre desejei o bem da população de Felgueiras, chegando mesmo a abdicar de prevílegos pessoais para que Felgueiras fosse maior, nunca poderia aceitar de ânimo leve ser presa, ainda por cima, sem ter culpa.
Como qualquer pessoa normal pode constatar, fui vítima de uma cabala que visa denegrir a minha vida política e pessoal.
Felgueirenses, vocês sabem bem o trabalho que executei em prôle de vocês. TENHO OBRA FEITA!!!
Felgueirenses, a cabala não é só dirigida à minha pessoa. É para impedir a continuidade do meu trabalho em benefício da maravilhosa cidade de Felgueiras.
Felgueirenses, nessa hora difícil para a nossa cidade, vamos juntar-nos para atingir o bem comum, MODERNIZAR Felgueiras.
Felgueirenses, para terminar, sabem perfeitamente que estou inocente. Se hoje estou no Brasil é por vossa causa, porque Felgueiras, para mim, está acima de tudo, e presa não poderia fazer nada pela cidade.
Felgueirenses, juntos iremos fazer justiça.
Feliz Natal para todos os Felgueirenses.
domingo, dezembro 21, 2003
Já que ninguém conta a história da ida á Mexicana, conto eu :
Alvorecer do dia 01 de dezembro de 2000 no cais do Conde de Óbidos. O galo nem chegou a cantar, tal era a quantidade de maltosa que se acotovelava para assistir á partida da nau “ Ai Mia Doce Mia” ( humm ), dizia nau “Fernandinho”. A partida estava agendada para as 10h da manhã. Pelas 9h30, chegou o Bigre
devidamente acondicionado no seu carro – jaula, com a pele bem lustrada e as unhas devidamente cortadas e limadas. Enfim, estava um mimo, verdadeira tentação para qualquer tigresa que se preze.
Saiu do carro no meio dos aplausos da multidão delirante e subiu para uma tribuna armada para o efeito.
Faltava o Bardo. Não havia maneira de aparecer esse foleirão. Contactados os F.B.I., C.I.A., K.G.B., etc, ninguém sabia aonde ele andava. Temia-se o pior. Mas eis que alguém se lembrou de procurá-lo naquela lindíssima casa de chá que dá pelo nome de Champanhe. E não é que ele lá estava, adormecido no meio de uns bons nacos de carne (xiiii), queria dizer, garrafas vazias, claro, sem dúvida ( aonde fui buscar essa
dos nacos ). Depois de bem lavado, barbeado e devidamente vestido para a ocasião, lá finalmente apareceu na tribuna ao lado do Bigre por entre o choro das dançarinas e os gritos do proprietário do Champanhe “ Ai que eu vou perder o meu melhor cliente de sempre “. Depois de benções, foguetório, corte de fita e tudo o mais que em tais que em tais circunstâncias se costuma usar, o Bigre puxou por uma papelosa, ajeitou as lunetas Raio Bante e botou discurso:
Exmos srs Presidente, Governador, Presidente da Câmara , do Glorioso, minhas senhoras, meus senhores e restantes alarves sem classificação especial, ao partir para esta expedição em busca do caminho marítimo para a Mexicana, levo o meu país no coração. Já era tempo de que a boa gente do Terravista mostra-se ao resto da gajada que se anda para aí a armar ao pingarelho e a gabar-se que não sabemos aonde fica a mexicana que é mentira. Nós sabemos tudo. Tenho dito, pensam o quê?
O Bardo ainda tentou armar discurso mas foi prontamente metido na Nau, não fosse ele cantar.
Com o vento favorável, a nau iniciou a viagem com metade da corja a vomitar (talvez resultado da má digestão de um famoso queijo ) e a outra metade a jogar á batota, no meio de grande chavascal pois era uma maltosa do piorio.
Cansado pelo eloquente discurso e ansioso por se ir alambazar com um leitão á bairrada , o Bigre fechou-se na cabina a sete chaves..
O bardo andava de um lado para o outro no convés, desconfiado, com uma carga de contentores no porão que dizia “cordas super-resistêntes , Martelos Automatix e Peixes Ordralfabetix” - abrir em caso de necessidade. Os dias foram-se passando. Mas como todas as cenas com mar têm de ter uma tempestadezita.
Aqui vai ela (hihihi). Levantou-se uma tremenda tempestade, com raios e trovões, chuva a cântaros, ventos ciclónicos, vagalhões do camandro e tudo o mais que nessas ocasiões é de bom tom e de boa norma acontecer. Gerou-se uma confusão do catarino a bordo. Uns gritavam, outros não abriam o bico com o cagaço. O capelão, Frei Josélito esgotou todas as orações e exorcismos contra tempestades, trombas de água, tufões e figuras afins. Desatou depois a confessar os mais acagaçados. Até ao anoitecer o vendaval e os vagalhões continuaram a bater na nau. Não se via corno e ninguém sabia para aonde ela se dirigia. Dias e noites assim se passaram (já chega ?... Já ?... Ok)
O milésimo dia amanheceu calmo, bonançoso, com uma temperatura porreiraça.
Na nau, o povo recompunha-se como podia. O piloto, completamente pitosga com a falta dos óculos, andava pela nau ás apalpadelas e á canelada ás coisas, sem distinguir a proa da ré.
Stalossos cortava as cordas que o amarravam ao mastro.
O Bigre sacudia a água do pelo.
O bardo cuspia um enorme peixe da boca e gritava “mas eu não cantei”.
Assim iam quando perto das 2 da tarde, enquanto o Frei Josèlito glorificava o Altíssimo que os poupara, um sacana qualquer, para não chamar pior, que se tinha pirado para não gramar o sermão, apareceu aos gritos:
Porto, porto á vista.
O Bigre resolveu descer e perguntar a um marmanjo fardado de branco aonde estavam.
Entretanto o bardo salivava alarvemente (ops, devia ter trazido galochas... este gajo já me estragou os sapatos de camurça), com os olhos postos numa loiraça de gritos ( está-se a tornar fixação, bem ), com as devidas medidas (perfeitas) e uma chincha aveludada (chelap) que era um autêntico disparate, vestida com um minúsculo biquini que realçava mais o produto do que tapava ( quem me empresta um lenço, já me babei, droga).
Mas não chegou á fala com a pacaça porque logo o Bigre o “raptou” e partiram a cavalo (invejoso esse gajo).
No caminho explicou ao bardo que tinham aportado á Nazaré e que a Mexicana ficava a alguns km mais a norte.
Chegados á vila de Haifa (hem hem, foram enganados), lá no cimo do monte estava a Mexicana.
O bardo logo ameaçou cantar, problema esse prontamente resolvido com um peixe do Ordralfabetix.
Chegados ao café, depararam-se com o simples problema de como descobrir o Omar num café enorme e cheio de people. O bardo lembrou-se de usar o télélé mas este não tinha bateria.
O Bigre resolveu perguntar a um cromo que estava sentado a um canto vestido á Indiana Jones ( com chicote e tudo). Mostrou-lhe uma fotografia amarelada e ainda molhada do Omar.
O tipo respondeu que “ o mar fica lá em baixo. Até um cego via.”
Então o bardo explicou que não era o mar mas sim Omar, o que lhes valeu uma carga de lenha ( porrada, cachaporra, etc) bem dada.
Sentaram-se a uma mesa partidos e desolados. Assim estavam quando alguém os chamou de um canto.
Era o tio Omar (ufa, já não tinha mais tinta na caneta, estava a ver que nunca mais acabava).
Abraçaram-se todos perante uma multidão que batia palmas e empunhavam cartazes com “finalmente chegaram” e “até que enfim, seus marmelos”( não era para menos, não é ? ).
Sentaram-se á mesa a contar as peripécias e tudo leva a crer que ainda lá estão.
Moral da história: afinal aonde fica a Mexicana ?
Agradecimentos:
Ao Bigre por nunca me ter mordido;
Ao Assur por não ter cantado;
Ao Automatix (e seus martelos) e ao Ordralfabetix (e seus peixes) por terem “ajudado” o bardo a não cantar;
Á fábrica de cordas “Açus” ( deram muito jeito);
À loira por ter passado lá por casa, ops, por ter participado, he he;
Ao museu da marinha por ter emprestado o barco;
Ao Sr Madeira Araldite pela maravilhosa cola que impede a dentadura de cair bem como abrir a boca;
À sala de chá Champanhe pelas provocações e incentivos á imaginação;
À Portugália, Trindade, Luminosa, Ramiro pela boa fauna marítima;
Ao Omar pelo Cheque chorudo ( senão não havia história)
Ao RE pela quantidade de megas postos á nossa disposição;
Ao Frei pelo bom vinho que voltou a servir;
A Chip na esperança que um dia volte a dirigir-nos a palavra;
À Mia pela imaginação “verruguenta” e pelo único prémio que recebi na vida;
Ao Pelius pela chuva de versos;
Ao Ermita pelos conselhos;
Ao Predador pela ...( hé, esse sou eu, esqueçam )
Ao Thor na esperança que ele abra as janelas do castelo;
Á Mexicana por nunca ter revelado a sua localização;
Ao Menino pela surpresa;
Ao Ilusionista ( por qualquer coisa que agora não me lembro);
A toda a restante maralha que se considere incluída.
devidamente acondicionado no seu carro – jaula, com a pele bem lustrada e as unhas devidamente cortadas e limadas. Enfim, estava um mimo, verdadeira tentação para qualquer tigresa que se preze.
Saiu do carro no meio dos aplausos da multidão delirante e subiu para uma tribuna armada para o efeito.
Faltava o Bardo. Não havia maneira de aparecer esse foleirão. Contactados os F.B.I., C.I.A., K.G.B., etc, ninguém sabia aonde ele andava. Temia-se o pior. Mas eis que alguém se lembrou de procurá-lo naquela lindíssima casa de chá que dá pelo nome de Champanhe. E não é que ele lá estava, adormecido no meio de uns bons nacos de carne (xiiii), queria dizer, garrafas vazias, claro, sem dúvida ( aonde fui buscar essa
dos nacos ). Depois de bem lavado, barbeado e devidamente vestido para a ocasião, lá finalmente apareceu na tribuna ao lado do Bigre por entre o choro das dançarinas e os gritos do proprietário do Champanhe “ Ai que eu vou perder o meu melhor cliente de sempre “. Depois de benções, foguetório, corte de fita e tudo o mais que em tais que em tais circunstâncias se costuma usar, o Bigre puxou por uma papelosa, ajeitou as lunetas Raio Bante e botou discurso:
Exmos srs Presidente, Governador, Presidente da Câmara , do Glorioso, minhas senhoras, meus senhores e restantes alarves sem classificação especial, ao partir para esta expedição em busca do caminho marítimo para a Mexicana, levo o meu país no coração. Já era tempo de que a boa gente do Terravista mostra-se ao resto da gajada que se anda para aí a armar ao pingarelho e a gabar-se que não sabemos aonde fica a mexicana que é mentira. Nós sabemos tudo. Tenho dito, pensam o quê?
O Bardo ainda tentou armar discurso mas foi prontamente metido na Nau, não fosse ele cantar.
Com o vento favorável, a nau iniciou a viagem com metade da corja a vomitar (talvez resultado da má digestão de um famoso queijo ) e a outra metade a jogar á batota, no meio de grande chavascal pois era uma maltosa do piorio.
Cansado pelo eloquente discurso e ansioso por se ir alambazar com um leitão á bairrada , o Bigre fechou-se na cabina a sete chaves..
O bardo andava de um lado para o outro no convés, desconfiado, com uma carga de contentores no porão que dizia “cordas super-resistêntes , Martelos Automatix e Peixes Ordralfabetix” - abrir em caso de necessidade. Os dias foram-se passando. Mas como todas as cenas com mar têm de ter uma tempestadezita.
Aqui vai ela (hihihi). Levantou-se uma tremenda tempestade, com raios e trovões, chuva a cântaros, ventos ciclónicos, vagalhões do camandro e tudo o mais que nessas ocasiões é de bom tom e de boa norma acontecer. Gerou-se uma confusão do catarino a bordo. Uns gritavam, outros não abriam o bico com o cagaço. O capelão, Frei Josélito esgotou todas as orações e exorcismos contra tempestades, trombas de água, tufões e figuras afins. Desatou depois a confessar os mais acagaçados. Até ao anoitecer o vendaval e os vagalhões continuaram a bater na nau. Não se via corno e ninguém sabia para aonde ela se dirigia. Dias e noites assim se passaram (já chega ?... Já ?... Ok)
O milésimo dia amanheceu calmo, bonançoso, com uma temperatura porreiraça.
Na nau, o povo recompunha-se como podia. O piloto, completamente pitosga com a falta dos óculos, andava pela nau ás apalpadelas e á canelada ás coisas, sem distinguir a proa da ré.
Stalossos cortava as cordas que o amarravam ao mastro.
O Bigre sacudia a água do pelo.
O bardo cuspia um enorme peixe da boca e gritava “mas eu não cantei”.
Assim iam quando perto das 2 da tarde, enquanto o Frei Josèlito glorificava o Altíssimo que os poupara, um sacana qualquer, para não chamar pior, que se tinha pirado para não gramar o sermão, apareceu aos gritos:
Porto, porto á vista.
O Bigre resolveu descer e perguntar a um marmanjo fardado de branco aonde estavam.
Entretanto o bardo salivava alarvemente (ops, devia ter trazido galochas... este gajo já me estragou os sapatos de camurça), com os olhos postos numa loiraça de gritos ( está-se a tornar fixação, bem ), com as devidas medidas (perfeitas) e uma chincha aveludada (chelap) que era um autêntico disparate, vestida com um minúsculo biquini que realçava mais o produto do que tapava ( quem me empresta um lenço, já me babei, droga).
Mas não chegou á fala com a pacaça porque logo o Bigre o “raptou” e partiram a cavalo (invejoso esse gajo).
No caminho explicou ao bardo que tinham aportado á Nazaré e que a Mexicana ficava a alguns km mais a norte.
Chegados á vila de Haifa (hem hem, foram enganados), lá no cimo do monte estava a Mexicana.
O bardo logo ameaçou cantar, problema esse prontamente resolvido com um peixe do Ordralfabetix.
Chegados ao café, depararam-se com o simples problema de como descobrir o Omar num café enorme e cheio de people. O bardo lembrou-se de usar o télélé mas este não tinha bateria.
O Bigre resolveu perguntar a um cromo que estava sentado a um canto vestido á Indiana Jones ( com chicote e tudo). Mostrou-lhe uma fotografia amarelada e ainda molhada do Omar.
O tipo respondeu que “ o mar fica lá em baixo. Até um cego via.”
Então o bardo explicou que não era o mar mas sim Omar, o que lhes valeu uma carga de lenha ( porrada, cachaporra, etc) bem dada.
Sentaram-se a uma mesa partidos e desolados. Assim estavam quando alguém os chamou de um canto.
Era o tio Omar (ufa, já não tinha mais tinta na caneta, estava a ver que nunca mais acabava).
Abraçaram-se todos perante uma multidão que batia palmas e empunhavam cartazes com “finalmente chegaram” e “até que enfim, seus marmelos”( não era para menos, não é ? ).
Sentaram-se á mesa a contar as peripécias e tudo leva a crer que ainda lá estão.
Moral da história: afinal aonde fica a Mexicana ?
Agradecimentos:
Ao Bigre por nunca me ter mordido;
Ao Assur por não ter cantado;
Ao Automatix (e seus martelos) e ao Ordralfabetix (e seus peixes) por terem “ajudado” o bardo a não cantar;
Á fábrica de cordas “Açus” ( deram muito jeito);
À loira por ter passado lá por casa, ops, por ter participado, he he;
Ao museu da marinha por ter emprestado o barco;
Ao Sr Madeira Araldite pela maravilhosa cola que impede a dentadura de cair bem como abrir a boca;
À sala de chá Champanhe pelas provocações e incentivos á imaginação;
À Portugália, Trindade, Luminosa, Ramiro pela boa fauna marítima;
Ao Omar pelo Cheque chorudo ( senão não havia história)
Ao RE pela quantidade de megas postos á nossa disposição;
Ao Frei pelo bom vinho que voltou a servir;
A Chip na esperança que um dia volte a dirigir-nos a palavra;
À Mia pela imaginação “verruguenta” e pelo único prémio que recebi na vida;
Ao Pelius pela chuva de versos;
Ao Ermita pelos conselhos;
Ao Predador pela ...( hé, esse sou eu, esqueçam )
Ao Thor na esperança que ele abra as janelas do castelo;
Á Mexicana por nunca ter revelado a sua localização;
Ao Menino pela surpresa;
Ao Ilusionista ( por qualquer coisa que agora não me lembro);
A toda a restante maralha que se considere incluída.
Profecias dde Nostradamus - Clima geral da política internacional
"Clima geral da política internacional
Censura fundamentalista
I pg.277 (cII-85)
Uma distorção nos valores religiosos se espalharão por entre o povão nestes tempos de problemas. Religião fundamentalista e seus fanáticos parecerão como um velho homem segurando seu cajado de carvalho sobre seus seguidores para ter certeza de que nenhum saísse da linha. Isto e o oposto ao espirito da honra, valor, lealdade para seu próprio pais e todas as outras virtudes. Os fundamentalistas serão tanto cristãos como muçulmanos.
I pg. (cI-62)
Durante o tempo dos problemas e grandes subelevacoes na terra, os países que abrigam religiões e filosofias fundamentalistas se tornarão muito poderosos, reivindicando oferecer conforto verdadeiro e o caminho para o povão com necessidade. Os grupos fundamentalistas irão suprimir aprendizado e educação e censurar livros.
Assassinatos terroristas
I pg.202 (cIX-36)
O ultimo papa entra na teia de influencia do Anticristo durante um período de grande desassossego civil, guerra e desolação e muitos outros acontecimentos horríveis. Historia será vista como uma serie de eventos catastróficos, uns após os outros, levando ao tempo dos problemas.
Durante o tempo dos problemas o assassinato de lideres mundiais se tornara extremamente comum, de tal forma que a população não manterá rastro de quem e o líder corrente, achando que e um exercício fútil porque são assassinados tão frequentemente. Com a guerra surgindo, um grande perigo existe para qualquer um que tenha ambições de liderança, com excepção para o Anticristo que estará na realidade orquestrando ele mesmo a maioria dos assassinatos. "
Censura fundamentalista
I pg.277 (cII-85)
Uma distorção nos valores religiosos se espalharão por entre o povão nestes tempos de problemas. Religião fundamentalista e seus fanáticos parecerão como um velho homem segurando seu cajado de carvalho sobre seus seguidores para ter certeza de que nenhum saísse da linha. Isto e o oposto ao espirito da honra, valor, lealdade para seu próprio pais e todas as outras virtudes. Os fundamentalistas serão tanto cristãos como muçulmanos.
I pg. (cI-62)
Durante o tempo dos problemas e grandes subelevacoes na terra, os países que abrigam religiões e filosofias fundamentalistas se tornarão muito poderosos, reivindicando oferecer conforto verdadeiro e o caminho para o povão com necessidade. Os grupos fundamentalistas irão suprimir aprendizado e educação e censurar livros.
Assassinatos terroristas
I pg.202 (cIX-36)
O ultimo papa entra na teia de influencia do Anticristo durante um período de grande desassossego civil, guerra e desolação e muitos outros acontecimentos horríveis. Historia será vista como uma serie de eventos catastróficos, uns após os outros, levando ao tempo dos problemas.
Durante o tempo dos problemas o assassinato de lideres mundiais se tornara extremamente comum, de tal forma que a população não manterá rastro de quem e o líder corrente, achando que e um exercício fútil porque são assassinados tão frequentemente. Com a guerra surgindo, um grande perigo existe para qualquer um que tenha ambições de liderança, com excepção para o Anticristo que estará na realidade orquestrando ele mesmo a maioria dos assassinatos. "
Os Estatutos da Ordem dos Advogados e o seu Bastonário
O Bastonário da Ordem dos advogados não é um cidadão qualquer.
Primeiro é advogado e segundo, é o Bastonário da Ordem, logo tem mais deveres para com a sociedade e a própria a Ordem.
Um dos deveres è de zelar pelo cumprimento dos Estatutos da Ordem.
É certo que nos tempos que correm, infelizmente torna-se “normal” ver os advogados ( felizmente não são todos ) na comunicação social, a pressionarem a justiça e a auto publicitarem-se, comentando os casos que “defendem”.
Esses comentários originam no público mais “esclarecido” uma ideia de que, pela “via normal” não conseguem terem sucesso e originam ao vulgar cidadão a ideia de que os referidos Estatutos não existem.
Mas o que é facto é que esses Estatutos existem e devem ser cumpridos.
Assim, quando o próprio Bastonário da Ordem, chefe “supremo da corporação” vem a público dizer que o processo em que foi derrotado, é “um processo chocante”, “um caso exemplar de como as coisas não deviam ser feitas” e que “ a decisão está viciada por violação de leis, pois não foram cumpridas as regras do concurso e, por desvio de poder...”, a situação torna-se insustentável.
Pior ainda se tivermos em conta o péssimo trabalho da sua parte:
1º a última proposta, da empresa que representa, que reduzia 114 milhões de euros à anterior proposta, foi entregue fora do prazo;
2º as suas declarações públicas sobre questões pendentes, desrespeitam a regra basilar do estatuto que é não comentar em público questões pendentes;
3º ofendeu os seus próprios colegas acusando-os de actuarem ilegalmente.
Já tínhamos constatado que a sua actuação no processo Casa pia era tendenciosa. Acusava juizes e o MP, esquecia os seus "esbirros" e ele próprio, tal como estes, aparecia a falar muito.
Razão porque as escutas “pá” elogiaram a sua prestação televisiva na fomentação da campanha "Cabala", depois de ele ter afirmado, desconhecendo o processo, que os indícios eram fracos.
Esperava-se que o bastonário, numa altura em que a administração da justiça reclama auto controlo, devido ao seu elevado estatuto, fosse o primeiro a dar o exemplo.
Mas não. Faz precisamente o contrário.
Refira-se que o bastonário tem prestado um mau serviço à classe dos advogados e ao estatuto que os rege.
Razão porque pela afirmação prematura, dado o tempo de mandato que ainda dispõe, que não tenciona recandidatar-se novamente.
Primeiro é advogado e segundo, é o Bastonário da Ordem, logo tem mais deveres para com a sociedade e a própria a Ordem.
Um dos deveres è de zelar pelo cumprimento dos Estatutos da Ordem.
É certo que nos tempos que correm, infelizmente torna-se “normal” ver os advogados ( felizmente não são todos ) na comunicação social, a pressionarem a justiça e a auto publicitarem-se, comentando os casos que “defendem”.
Esses comentários originam no público mais “esclarecido” uma ideia de que, pela “via normal” não conseguem terem sucesso e originam ao vulgar cidadão a ideia de que os referidos Estatutos não existem.
Mas o que é facto é que esses Estatutos existem e devem ser cumpridos.
Assim, quando o próprio Bastonário da Ordem, chefe “supremo da corporação” vem a público dizer que o processo em que foi derrotado, é “um processo chocante”, “um caso exemplar de como as coisas não deviam ser feitas” e que “ a decisão está viciada por violação de leis, pois não foram cumpridas as regras do concurso e, por desvio de poder...”, a situação torna-se insustentável.
Pior ainda se tivermos em conta o péssimo trabalho da sua parte:
1º a última proposta, da empresa que representa, que reduzia 114 milhões de euros à anterior proposta, foi entregue fora do prazo;
2º as suas declarações públicas sobre questões pendentes, desrespeitam a regra basilar do estatuto que é não comentar em público questões pendentes;
3º ofendeu os seus próprios colegas acusando-os de actuarem ilegalmente.
Já tínhamos constatado que a sua actuação no processo Casa pia era tendenciosa. Acusava juizes e o MP, esquecia os seus "esbirros" e ele próprio, tal como estes, aparecia a falar muito.
Razão porque as escutas “pá” elogiaram a sua prestação televisiva na fomentação da campanha "Cabala", depois de ele ter afirmado, desconhecendo o processo, que os indícios eram fracos.
Esperava-se que o bastonário, numa altura em que a administração da justiça reclama auto controlo, devido ao seu elevado estatuto, fosse o primeiro a dar o exemplo.
Mas não. Faz precisamente o contrário.
Refira-se que o bastonário tem prestado um mau serviço à classe dos advogados e ao estatuto que os rege.
Razão porque pela afirmação prematura, dado o tempo de mandato que ainda dispõe, que não tenciona recandidatar-se novamente.
Os advogados e a comunicação social – parte 2
1/ “ Não tenho confiança no Doutor Rui Teixeira”
2/ “O doutor Rui Teixeira é uma pessoa séria.
Não posso afirmar que o juiz Rui Teixeira tem sido exemplar na condução do interrogatório”
Rodrigo Santiago, advogado de Ritto 19/12/03
2/ “O doutor Rui Teixeira é uma pessoa séria.
Não posso afirmar que o juiz Rui Teixeira tem sido exemplar na condução do interrogatório”
Rodrigo Santiago, advogado de Ritto 19/12/03
Os advogados e a comunicação social.
Sá Fernandes decidiu aproveitar o facto do seu colega Rodrigo Santiago estar nas imediações da sua casa, mais concretamente no TIC para o interrogatório do diplomata Ritto, para emprestar-lhe um livro.
Por “estranha coincidência”, a porta do TIC estava pejada de jornalistas. Coisa que da janela dele não se consegue ver.
Fruto de “muitas insistências” dos jornalistas, lá aceitou a “muito custo" falar do processo, referindo estar confiante que, devido ao “espírito natalício” os restantes intervenientes se despachassem e permitissem ao Carlos Cruz ir passar o Natal a casa.
Trata-se de um acto humano diz ele.
Palavras engraçadas vindas de quem anda a utilizar expedientes dilatórios para atrasar a justiça.
Por “estranha coincidência”, a porta do TIC estava pejada de jornalistas. Coisa que da janela dele não se consegue ver.
Fruto de “muitas insistências” dos jornalistas, lá aceitou a “muito custo" falar do processo, referindo estar confiante que, devido ao “espírito natalício” os restantes intervenientes se despachassem e permitissem ao Carlos Cruz ir passar o Natal a casa.
Trata-se de um acto humano diz ele.
Palavras engraçadas vindas de quem anda a utilizar expedientes dilatórios para atrasar a justiça.
Portugal no seu melhor
“Se vocês forem neste Natal beijar a imagem do Menino Jesus, assegurem-se primeiro que não estão a ser observados por nenhum jornalista”
Carlos Cruz, 16/12/03
Carlos Cruz, 16/12/03
sábado, dezembro 20, 2003
NATIONAL GEOGRAPHIC SOCIETY - Técnicos de informática nas grandes empresas
Os técnicos de informática de grandes empresas são seres estranhos por excelência. Se o ambiente está soalheiro, podem ser vistos, em pequenos bandos, a gozar ao sol a hora de almoço. Mas assim que uma nuvem escura aparece no horizonte, batem em retirada com tal rapidez que em muitas empresas ainda hoje não se sabe ao certo onde se situam os seus locais de refúgio.
É, portanto, extraordináriamente dificil encontrar um destes individuos sob condições menos propicias e, quando tal acontece, a captura envolve uma metodologia muito própria e grandes riscos tanto para o captor como para a presa.
Após avistar um, o método mais utilizado consiste numa aproximação discreta, como quem não quer a coisa. Qualquer pretexto serve: pode dizer-me as horas ; tem lume? etc. - Logo que o contacto seja establecido, é fundamental agir com rapidez antes que a presa note o logro e inicie a fuga. Alguns estudos, embora rudimentares, indicam a frase “Já agora talvez me possa dar uma ajuda com a minha máquina”, num tom de voz suave e amigável, como a ideal para este efeito. É importante não usar palavras como “computador” ou “PC” pois parecem ter um efeito negativo sobre o técnico, podendo mesmo levar ao colapso.
É natural que nesta fase, a presa comece a cambiar uma série de cores que podem variar entre o vermelho e o amarelo esverdeado, embora não se saiba ao certo se tal se deve a um complexo sistema de camuflagem ou tão simplesmente a um ataque de nervos. Pode também emitir sons guturais ou balbuciar frases sem nexo com muitos bites e bytes, ou mesmo entrar num estado semelhante ao autismo em que repete vezes sem conta “desligue e volte a ligar”.
Terminada a captura, experiência sempre traumática para qualquer técnico de informática, é necessário aguardar que o metabolismo da presa recupere algumas das suas funções. Deve-se então levá-lo suavemente até ao computador, tentando descrever em linguagem simples qual é o problema.
Mas atenção: mesmo debilitado, o técnico de informática é manhoso e tentará todos os expedientes para evitar o cativeiro. Subterfúgios como “Preciso de ir buscar um CD para reinstalar a aplicação”ou “é um problema de rede que só se resolve na consola” estão registados como os mais comuns, embora, em desespero de causa, possa mesmo alegar que está à rasquinha para mijar e que volta já. Nesta situação é fundamental ser firme e, se necessário, pedir ajuda a um colega que esteja por perto.
O recurso à violência é desaconselhado, embora, em alguns casos, um ligeiro abanão possa ser de alguma utilidade.
Embora seja uma espécie que interage socialmente entre si, não se reproduz em cativeiro e pouco se sabe sobre os seus hábitos sexuais. Nas raras vezes em que são vistos fora da hora de almoço, os machos transportam vários CD´s coloridos, o que levou, no inicio, alguns investigadores a pensar que utilizariam esse suporte para um qualquer efeito prático a nível profissional. No entanto, não foi possível confirmar esta hipótese, supondo-se agora que os usam apenas como ornamento a fim de atrair femeas da mesma espécie. Estudos recentes apontam ainda para rituais de acasalamento que envolvem a oferta inicial de placas de som, avançando depois para gráficas 3D e motherboards numa fase mais próxima do acto.
A cada vez maior procura a que está sujeito tem levado a novas investigações sobre os seus hábitos, o que inevitávelmente levará a que no futuro sejam desvendados alguns dos mistérios mais obscuros que envolve esta tão extraordinária espécie.
É, portanto, extraordináriamente dificil encontrar um destes individuos sob condições menos propicias e, quando tal acontece, a captura envolve uma metodologia muito própria e grandes riscos tanto para o captor como para a presa.
Após avistar um, o método mais utilizado consiste numa aproximação discreta, como quem não quer a coisa. Qualquer pretexto serve: pode dizer-me as horas ; tem lume? etc. - Logo que o contacto seja establecido, é fundamental agir com rapidez antes que a presa note o logro e inicie a fuga. Alguns estudos, embora rudimentares, indicam a frase “Já agora talvez me possa dar uma ajuda com a minha máquina”, num tom de voz suave e amigável, como a ideal para este efeito. É importante não usar palavras como “computador” ou “PC” pois parecem ter um efeito negativo sobre o técnico, podendo mesmo levar ao colapso.
É natural que nesta fase, a presa comece a cambiar uma série de cores que podem variar entre o vermelho e o amarelo esverdeado, embora não se saiba ao certo se tal se deve a um complexo sistema de camuflagem ou tão simplesmente a um ataque de nervos. Pode também emitir sons guturais ou balbuciar frases sem nexo com muitos bites e bytes, ou mesmo entrar num estado semelhante ao autismo em que repete vezes sem conta “desligue e volte a ligar”.
Terminada a captura, experiência sempre traumática para qualquer técnico de informática, é necessário aguardar que o metabolismo da presa recupere algumas das suas funções. Deve-se então levá-lo suavemente até ao computador, tentando descrever em linguagem simples qual é o problema.
Mas atenção: mesmo debilitado, o técnico de informática é manhoso e tentará todos os expedientes para evitar o cativeiro. Subterfúgios como “Preciso de ir buscar um CD para reinstalar a aplicação”ou “é um problema de rede que só se resolve na consola” estão registados como os mais comuns, embora, em desespero de causa, possa mesmo alegar que está à rasquinha para mijar e que volta já. Nesta situação é fundamental ser firme e, se necessário, pedir ajuda a um colega que esteja por perto.
O recurso à violência é desaconselhado, embora, em alguns casos, um ligeiro abanão possa ser de alguma utilidade.
Embora seja uma espécie que interage socialmente entre si, não se reproduz em cativeiro e pouco se sabe sobre os seus hábitos sexuais. Nas raras vezes em que são vistos fora da hora de almoço, os machos transportam vários CD´s coloridos, o que levou, no inicio, alguns investigadores a pensar que utilizariam esse suporte para um qualquer efeito prático a nível profissional. No entanto, não foi possível confirmar esta hipótese, supondo-se agora que os usam apenas como ornamento a fim de atrair femeas da mesma espécie. Estudos recentes apontam ainda para rituais de acasalamento que envolvem a oferta inicial de placas de som, avançando depois para gráficas 3D e motherboards numa fase mais próxima do acto.
A cada vez maior procura a que está sujeito tem levado a novas investigações sobre os seus hábitos, o que inevitávelmente levará a que no futuro sejam desvendados alguns dos mistérios mais obscuros que envolve esta tão extraordinária espécie.
quinta-feira, dezembro 18, 2003
Charadas para o Omar
No primeiro dia do mês de Natal, dois milénios após o nascimento de Cristo,
Os irmãos Dupond Dupont partem em busca do “Santo Graal”.
Cansados, param numa grande praça, com o nome duma grande capital Celta insular, algures, perto do coração da capital do outrora grande império, epopeia cantada em verso.
Sedentos em resultado da longa viagem, procuram um lugar para descansar.
E que lugar melhor do que uma taberna central.
Do alto da porta, uma placa enorme reflecte o feminino do nome do país que viu nascer Emiliano Zapata.
A hora era a do típico chá insular.
Numa mesa distante, alguém cantava “ Fui ao mar, no meu batel ...”
Os irmãos Dupond Dupont partem em busca do “Santo Graal”.
Cansados, param numa grande praça, com o nome duma grande capital Celta insular, algures, perto do coração da capital do outrora grande império, epopeia cantada em verso.
Sedentos em resultado da longa viagem, procuram um lugar para descansar.
E que lugar melhor do que uma taberna central.
Do alto da porta, uma placa enorme reflecte o feminino do nome do país que viu nascer Emiliano Zapata.
A hora era a do típico chá insular.
Numa mesa distante, alguém cantava “ Fui ao mar, no meu batel ...”
Curtas
Vira-se o marido para a mulher :
"Paulinha, tenho um grande segredo para te dizer: sou daltónico!"
"Sim... eu também tenho de te contar um grande segredo:
eu não sou sueca,sou cabo-verdiana!"
O Capuchinho Vermelho foi visitar a avó:
-Avózinha, tens uns olhos tão grandes!
-É para te ver melhor.
-Avózinha, que orelhas tão grandes...
-São para te ouvir melhor.
-E que dentes enormes tu tens...!
-Porras!!! tu vieste para me visitar ou para me pôr defeitos?
Três cegonhas estão voando e uma pergunta à outra :
- Para onde é que vais?
- Vou a casa dum casal que há 10 anos está a tentar ter um filho.
- Que bom! - E tu?
Eu vou a casa duma senhora que nunca teve filhos. Levo-lhe aqui um lindo rapaz.
- Que bom! Vais deixá-la muito feliz.
- E tu? - perguntam as duas à terceira cegonha.
-Eu? Eu vou ao Convento das Freiras. Nunca levo nada, mas sempre lhes prego um susto do ! caraças!
"Paulinha, tenho um grande segredo para te dizer: sou daltónico!"
"Sim... eu também tenho de te contar um grande segredo:
eu não sou sueca,sou cabo-verdiana!"
O Capuchinho Vermelho foi visitar a avó:
-Avózinha, tens uns olhos tão grandes!
-É para te ver melhor.
-Avózinha, que orelhas tão grandes...
-São para te ouvir melhor.
-E que dentes enormes tu tens...!
-Porras!!! tu vieste para me visitar ou para me pôr defeitos?
Três cegonhas estão voando e uma pergunta à outra :
- Para onde é que vais?
- Vou a casa dum casal que há 10 anos está a tentar ter um filho.
- Que bom! - E tu?
Eu vou a casa duma senhora que nunca teve filhos. Levo-lhe aqui um lindo rapaz.
- Que bom! Vais deixá-la muito feliz.
- E tu? - perguntam as duas à terceira cegonha.
-Eu? Eu vou ao Convento das Freiras. Nunca levo nada, mas sempre lhes prego um susto do ! caraças!
quarta-feira, dezembro 17, 2003
Noticiários de sexta-feira.
Júlio Secas -> São 14horas. Vamos iniciar o primeiro directo ao TIC aonde se encontram a jornalista Maria Ceguinha. Alô Maria Ceguinha.
Maria Ceguinha Olá Júlio. Cá estamos à porta do TIC. Lembro que falta menos de 5 horas para o Herman José ser ouvido Podemos dizer que o ambiente ainda não aqueceu como é próprio destes grandess acontecimentos. Vamos perguntar a este espectador o que pensa.
Como se chama?
Espectador -> Carlitos.
M.C. -> O que pensa que vai acontecer ao Herman?
E -> Quem é esse?
M.C. -> Como quem é esse? Então o que está aqui a fazer?
E-> Sou funcionário da EMEL. Estou a controlar o estacionamento.
M.C. -> Bom. Vamos entrevistar este outro espectador. Acha que o Herman fica detido?
Outro Espectador-> Sorry? Speak english?
M.C. -> Of course. I am a journalist. Do you think that Herman will be put in prison?
O.E. -> Who is Herman?
M.C. -> Bom. Estamos com dificuldades de emissão. Alô Júlio. Devolvo-te a edição.
J.S -> Obrigado Maria. Vamos agora fazer uma breve rasanha da vida do Herman. Nasceu em …
Blá blá blá. Aos 14 meses e 3 dias blá blá blá. Aos 16 meses e 4 dias blá blá bla. Aos 2 anos, 5 dias e 3 horas blá blá blá… Aos 15 anos, 2 dias, 3 horas e 25 segundos blá blá blá…
Faltam neste momento 2 horas. Vamos estabelecer novamente contacto com a nossa reporter. Alô Maria. Ainda tudo calmo?
M.C. É verdade Júlio. Posso dizer-te que a afluência ao TIC ainda não é grande. Só cá se encontram 8698 jornalistas. Talvez mais em cima da hora o TIC se encha de público. Passo-te a emissão Júlio.
J.S. -> Obrigado Maria. Vamo agora rever os melhores momentos do Herman. Blá blá blá blá blá blá blá. Falta agora 1h 30. Vamos fazer nova ligação. Alô Maria.
M.C. -> Nada de novo.
J.S. -> Ok. Visto que nem todos os nossos estimados espectadores tiveram oportuniddae de ver, apesar de já termos a termos transmitido segunda, terça, quarta, quinta e à bocado, vamos então rever novamente a história de Herman José. Blá blá blá blá blá.
Falta agora 1 hora. Maria, há novidades?
M.C. -> Não Júlio. Mas posso perguntar, à falta de melhor, a um dos nossos colega, o que pensa?
Como se chama?
Colega -> Mário “Lapa”.
M.C. -> Colega “Lapa”. Acha que o Herman é culpado?
Colega -> Bom. Isso é uma resposta que dá para muitas edições diárias.
M.C -> Obrigado colega. Devolvo-te a emissão Júlio.
J.S. -> Obrigado Maria. Vamos agora perguntar ao nosso convidado Ricardo La Palisse se o Herman vai aparecer de carro, táxi ou transporte público?
R.L.P. -> É verdade Júlio. Há grandes hipóteses de ele vir de carro, autocarro ou táxi. Até o facto de ele poder vir a pé não deve ser esquecido.
J.S. -> Acha que ele é culpado.
R.L.P. -> De facto há essas duas hípoteses. Ou está inocente ou é culpado.
J.S. -> O que pensa deste caso.
R.L.P. -> é um caso difícil com um desfecho imprevisível. Efectivamente ninguém sabe como vai acabar. Uma coisa é sabida. A imprevisibilidade deste caso.
J.S. -> acha que a justiça sai beliscada deste caso?
R.L.P. -> Efectivamente a justiça pode sair beliscada ou pode não sair.
J.S. -> Mas não acha que tudo leva a acreditar que vai sair beliscada?
R.L.P -> Bom. Neste momento está metade metade.
J.S. -> mas não acha que há fortes indícios de a justiça sair beliscada?
R.L.P -> Numa anâlise mais fria, efectivamente existem essas duas hipóteses. Ou sai beliscada, ou não sai.
J.S. -> Nisso tudo, por certo se poderá encontrar um indício de que a justiça sairá beliscada. Não acha?
R.L.P. -> tem toda a razão. Consegue-se aferir a possibilidade de a justiça sair um pouco beliscada ou inclusivamente não sair.
J.S. -> Obrigado pela sua preciosa participação. Falta agora 1h. Vamos a nova ligação em directo. Novidades Maria?
M.C. -> Acabaram de chegar mais 2367 jornalistas. Só isso.
J. S. -> Ok Maria. Vamos agora aproveitar para conhecer a prima, o sobrinho, o vizinho, o irmão do vizinho, o primo do sobrinho do vizinho, o irmão do sobrinho do tio do pai da irmã da amiga do vizinho do Herman. Blá blá blá blá blá. Faltam agora 10 minutos. Aproveitamos para fazer nova ligação. Maria?
M.C. -> É verdade Júlio. Falta pouco. A espectativa invade os milhares de jornalistas presentes.
J.S. -> Ok. Vamos entretanto a um curto espaço comercial.
“Tem grandes problemas de audição? Troque-os por miúdos na Gomes Freire.”
“Agora o mais delicioso sabor na terra tem 12 anos. Beba Whisky “Terras do Bibi” e sinta o prazer das grades paraisiacas do Hotel PJ”
Está na hora. Vamos agora em directo para o TIC. Maria?
M.C. -> É verdade. A qualquer momento o Herman pode chegar. Olha um Taxí a chegar. É ele. É ele.
Vamos lá…
Ops. Não é. Mas ó Júlio. Vêm aí um tipo de óculos escuros. É ele. É ele…
Ops. Também não é. Senhores espectadores. Como devem calcular, a ansiedade é muita e leva o jornalista a cometer estes pequenos lapsos. Vamos então entrevistar um espectador.
Boa noite. Estamos em directo para a TV Chachada. O que pensa deste caso?
Espectador -> Nada. Nem estou interessado. Simplesmente estou à espera que me deixem passar. Moro no prédio ao lado e com o espalhafato que vocês estão a fazer aqui, não consigo passar. Adeus
M.C. -> Bom. Vamos ver se há mais motivos de reportagem…
Júlio. Júlio. Fomos agora informados que o Herman já entrou pela porta dos fundos. Vamos ficar à espera da sua saída. Passo-te a emissão Júlio.
J.S. -> Obrigado Maria. Lembramos que o Herman está desde há 5 minutos no TIC a prestar declarações. Lembramos que o Herman blá blá blá…
Neste momento o Herman está à 15 minutos a prestar declarações. Lembramos que o Herman blá blá blá…
Neste momento o Herman está à 30 minutos e 26 segundos a prestar declarações. Lembramos que o Herman blá blá blá…
Neste momento o Herman está à 42 minutos e 45 segundos a prestar declarações. Lembramos que o Herman blá blá blá…
Neste momento o Herman está à 56 minutos e 37 segundos a prestar declarações. Lembramos que o Herman blá blá blá…
Neste momento o Herman está à 1 hora e 27 segundos a prestar declarações. Lembramos que o Herman blá blá blá…
Neste momento o Herman está à 3 horas, 47 minutos e 17 segundos a prestar declarações. Lembramos que o Herman blá blá blá
Neste momento o Herman está à 6 horas, 17 minutos e 48 segundos a prestar declarações. Alô Maria. Novidades?
M.C. -> Nenhuma. Aproveito o facto para criticar a actuação do juíz. Sabe que estamos cá fora à espera e em vez de fazer meia dúzia de perguntas, não. Deve estar a fazer de prepósito. Nós os jornalistas temos direitos que não estão a ser cumpridos. Como pode ele fazer-nos esperar mais de 5 minutos? Fica esta nota de protesto a manchar a nossa emissão. Continua Júlio.
J. S. -> Vamos agora relembrar toda a história que condena Herman e toda a sua vida .
Blá blá blá.
Neste momento o Herman está à 10 hora, 27 minutos e 38 segundos a prestar declarações.
Blá blá blá.
Lembramos que o Herman está à 12 hora, 18 minutos e 42 segundos a prestar declarações.
Maria. Parece que há novidades?
M.C. -> É verdade Júlio. Acabamos de saber que o Herman já saiu há muito pelas traseiras.
Recordamos que ele esteve … blá blá. Continua Júlio.
J.S. -> Fechamos esta edição especial e contamos retomar o assunto, logo pela manhã, mantendo o espectador informado segundo a segundo. Boa noite.
Maria Ceguinha Olá Júlio. Cá estamos à porta do TIC. Lembro que falta menos de 5 horas para o Herman José ser ouvido Podemos dizer que o ambiente ainda não aqueceu como é próprio destes grandess acontecimentos. Vamos perguntar a este espectador o que pensa.
Como se chama?
Espectador -> Carlitos.
M.C. -> O que pensa que vai acontecer ao Herman?
E -> Quem é esse?
M.C. -> Como quem é esse? Então o que está aqui a fazer?
E-> Sou funcionário da EMEL. Estou a controlar o estacionamento.
M.C. -> Bom. Vamos entrevistar este outro espectador. Acha que o Herman fica detido?
Outro Espectador-> Sorry? Speak english?
M.C. -> Of course. I am a journalist. Do you think that Herman will be put in prison?
O.E. -> Who is Herman?
M.C. -> Bom. Estamos com dificuldades de emissão. Alô Júlio. Devolvo-te a edição.
J.S -> Obrigado Maria. Vamos agora fazer uma breve rasanha da vida do Herman. Nasceu em …
Blá blá blá. Aos 14 meses e 3 dias blá blá blá. Aos 16 meses e 4 dias blá blá bla. Aos 2 anos, 5 dias e 3 horas blá blá blá… Aos 15 anos, 2 dias, 3 horas e 25 segundos blá blá blá…
Faltam neste momento 2 horas. Vamos estabelecer novamente contacto com a nossa reporter. Alô Maria. Ainda tudo calmo?
M.C. É verdade Júlio. Posso dizer-te que a afluência ao TIC ainda não é grande. Só cá se encontram 8698 jornalistas. Talvez mais em cima da hora o TIC se encha de público. Passo-te a emissão Júlio.
J.S. -> Obrigado Maria. Vamo agora rever os melhores momentos do Herman. Blá blá blá blá blá blá blá. Falta agora 1h 30. Vamos fazer nova ligação. Alô Maria.
M.C. -> Nada de novo.
J.S. -> Ok. Visto que nem todos os nossos estimados espectadores tiveram oportuniddae de ver, apesar de já termos a termos transmitido segunda, terça, quarta, quinta e à bocado, vamos então rever novamente a história de Herman José. Blá blá blá blá blá.
Falta agora 1 hora. Maria, há novidades?
M.C. -> Não Júlio. Mas posso perguntar, à falta de melhor, a um dos nossos colega, o que pensa?
Como se chama?
Colega -> Mário “Lapa”.
M.C. -> Colega “Lapa”. Acha que o Herman é culpado?
Colega -> Bom. Isso é uma resposta que dá para muitas edições diárias.
M.C -> Obrigado colega. Devolvo-te a emissão Júlio.
J.S. -> Obrigado Maria. Vamos agora perguntar ao nosso convidado Ricardo La Palisse se o Herman vai aparecer de carro, táxi ou transporte público?
R.L.P. -> É verdade Júlio. Há grandes hipóteses de ele vir de carro, autocarro ou táxi. Até o facto de ele poder vir a pé não deve ser esquecido.
J.S. -> Acha que ele é culpado.
R.L.P. -> De facto há essas duas hípoteses. Ou está inocente ou é culpado.
J.S. -> O que pensa deste caso.
R.L.P. -> é um caso difícil com um desfecho imprevisível. Efectivamente ninguém sabe como vai acabar. Uma coisa é sabida. A imprevisibilidade deste caso.
J.S. -> acha que a justiça sai beliscada deste caso?
R.L.P. -> Efectivamente a justiça pode sair beliscada ou pode não sair.
J.S. -> Mas não acha que tudo leva a acreditar que vai sair beliscada?
R.L.P -> Bom. Neste momento está metade metade.
J.S. -> mas não acha que há fortes indícios de a justiça sair beliscada?
R.L.P -> Numa anâlise mais fria, efectivamente existem essas duas hipóteses. Ou sai beliscada, ou não sai.
J.S. -> Nisso tudo, por certo se poderá encontrar um indício de que a justiça sairá beliscada. Não acha?
R.L.P. -> tem toda a razão. Consegue-se aferir a possibilidade de a justiça sair um pouco beliscada ou inclusivamente não sair.
J.S. -> Obrigado pela sua preciosa participação. Falta agora 1h. Vamos a nova ligação em directo. Novidades Maria?
M.C. -> Acabaram de chegar mais 2367 jornalistas. Só isso.
J. S. -> Ok Maria. Vamos agora aproveitar para conhecer a prima, o sobrinho, o vizinho, o irmão do vizinho, o primo do sobrinho do vizinho, o irmão do sobrinho do tio do pai da irmã da amiga do vizinho do Herman. Blá blá blá blá blá. Faltam agora 10 minutos. Aproveitamos para fazer nova ligação. Maria?
M.C. -> É verdade Júlio. Falta pouco. A espectativa invade os milhares de jornalistas presentes.
J.S. -> Ok. Vamos entretanto a um curto espaço comercial.
“Tem grandes problemas de audição? Troque-os por miúdos na Gomes Freire.”
“Agora o mais delicioso sabor na terra tem 12 anos. Beba Whisky “Terras do Bibi” e sinta o prazer das grades paraisiacas do Hotel PJ”
Está na hora. Vamos agora em directo para o TIC. Maria?
M.C. -> É verdade. A qualquer momento o Herman pode chegar. Olha um Taxí a chegar. É ele. É ele.
Vamos lá…
Ops. Não é. Mas ó Júlio. Vêm aí um tipo de óculos escuros. É ele. É ele…
Ops. Também não é. Senhores espectadores. Como devem calcular, a ansiedade é muita e leva o jornalista a cometer estes pequenos lapsos. Vamos então entrevistar um espectador.
Boa noite. Estamos em directo para a TV Chachada. O que pensa deste caso?
Espectador -> Nada. Nem estou interessado. Simplesmente estou à espera que me deixem passar. Moro no prédio ao lado e com o espalhafato que vocês estão a fazer aqui, não consigo passar. Adeus
M.C. -> Bom. Vamos ver se há mais motivos de reportagem…
Júlio. Júlio. Fomos agora informados que o Herman já entrou pela porta dos fundos. Vamos ficar à espera da sua saída. Passo-te a emissão Júlio.
J.S. -> Obrigado Maria. Lembramos que o Herman está desde há 5 minutos no TIC a prestar declarações. Lembramos que o Herman blá blá blá…
Neste momento o Herman está à 15 minutos a prestar declarações. Lembramos que o Herman blá blá blá…
Neste momento o Herman está à 30 minutos e 26 segundos a prestar declarações. Lembramos que o Herman blá blá blá…
Neste momento o Herman está à 42 minutos e 45 segundos a prestar declarações. Lembramos que o Herman blá blá blá…
Neste momento o Herman está à 56 minutos e 37 segundos a prestar declarações. Lembramos que o Herman blá blá blá…
Neste momento o Herman está à 1 hora e 27 segundos a prestar declarações. Lembramos que o Herman blá blá blá…
Neste momento o Herman está à 3 horas, 47 minutos e 17 segundos a prestar declarações. Lembramos que o Herman blá blá blá
Neste momento o Herman está à 6 horas, 17 minutos e 48 segundos a prestar declarações. Alô Maria. Novidades?
M.C. -> Nenhuma. Aproveito o facto para criticar a actuação do juíz. Sabe que estamos cá fora à espera e em vez de fazer meia dúzia de perguntas, não. Deve estar a fazer de prepósito. Nós os jornalistas temos direitos que não estão a ser cumpridos. Como pode ele fazer-nos esperar mais de 5 minutos? Fica esta nota de protesto a manchar a nossa emissão. Continua Júlio.
J. S. -> Vamos agora relembrar toda a história que condena Herman e toda a sua vida .
Blá blá blá.
Neste momento o Herman está à 10 hora, 27 minutos e 38 segundos a prestar declarações.
Blá blá blá.
Lembramos que o Herman está à 12 hora, 18 minutos e 42 segundos a prestar declarações.
Maria. Parece que há novidades?
M.C. -> É verdade Júlio. Acabamos de saber que o Herman já saiu há muito pelas traseiras.
Recordamos que ele esteve … blá blá. Continua Júlio.
J.S. -> Fechamos esta edição especial e contamos retomar o assunto, logo pela manhã, mantendo o espectador informado segundo a segundo. Boa noite.
terça-feira, dezembro 16, 2003
Dia 08 de Dezembro de 1980 morria o Homem, com 40 anos, covardemente assassinado pelas costas.
Working Class Hero
"Ah, she's gone to do it?"
- "Let's go again"
- "What is it?"
- " I just wanted to do an ......
- " Okay, I'll try it, okey?"
AS SOON AS YOU'RE BORN, THEY MAKE YOU FEEL SMALL,
BY GIVING YOU NO TIME INSTEAD OF IT ALL.
TILL THE PAIN IS SO BIG YOU FEEL NOTHING AT ALL.
A WORKING CLASS HERO IS SOMETHING TO BE,
A WORKING CLASS HERO IS SOMETHING TO BE.
THEY HURT YOU AT HOME AND THEY HIT YOU AT SCHOOL,
THEY HATE YOU IF YOU'RE CLEVER AND THEY DESPISE A FOOL.
TILL YOU'RE SO FUCKING CRAZY, YOU CAN'T FOLLOW THEIR RULES.
A WORKING CLASS HERO IS SOMETHING TO BE,
A WORKING CLASS HERO IS SOMETHING TO BE.
WHEN THEY TORTURED AND SCARED YOU FOR TWENTY ODD YEARS,
THEN THEY EXPECT YOU TO PICK A CAREER.
WHEN YOU CAN'T REALLY FUNCTION, YOU'RE SO FULL OF FEAR.
A WORKING CLASS HERO IS SOMETHING TO BE,
A WORKING CLASS HERO IS SOMETHING TO BE.
KEEP YOU DOPED WITH RELIGION AND SEX AND TV,
YOU THINK YOU'RE SO CLEVER AND CLASSLESS AND FREE.
BUT YOU'RE STILL FUCKING PEASANTS AS FAR AS I CAN SEE.
A WORKING CLASS HERO IS SOMETHING TO BE,
A WORKING CLASS HERO IS SOMETHING TO BE.
THERE'S ROOM AT THE TOP, THEY ARE TELLING YOU STILL,
BUT FIRST YOU MUST LEARN HOW TO SMILE WHEN YOU KILL.
IF YOU WANT TO BE LIKE THE FOLKS ON THE HILL.
A WORKING CLASS HERO IS SOMETHING TO BE,
A WORKING CLASS HERO IS SOMETHING TO BE.
IF YOU WANT TO BE A HERO, WELL, JUST FOLLOW ME,
IF YOU WANT TO BE A HERO, WELL, JUST FOLLOW ME.
WELL, WELL, WELL, OH WELL,
WELL, WELL, WELL, OH WELL.
- "How is the sound?"
John Lennon.
"Ah, she's gone to do it?"
- "Let's go again"
- "What is it?"
- " I just wanted to do an ......
- " Okay, I'll try it, okey?"
AS SOON AS YOU'RE BORN, THEY MAKE YOU FEEL SMALL,
BY GIVING YOU NO TIME INSTEAD OF IT ALL.
TILL THE PAIN IS SO BIG YOU FEEL NOTHING AT ALL.
A WORKING CLASS HERO IS SOMETHING TO BE,
A WORKING CLASS HERO IS SOMETHING TO BE.
THEY HURT YOU AT HOME AND THEY HIT YOU AT SCHOOL,
THEY HATE YOU IF YOU'RE CLEVER AND THEY DESPISE A FOOL.
TILL YOU'RE SO FUCKING CRAZY, YOU CAN'T FOLLOW THEIR RULES.
A WORKING CLASS HERO IS SOMETHING TO BE,
A WORKING CLASS HERO IS SOMETHING TO BE.
WHEN THEY TORTURED AND SCARED YOU FOR TWENTY ODD YEARS,
THEN THEY EXPECT YOU TO PICK A CAREER.
WHEN YOU CAN'T REALLY FUNCTION, YOU'RE SO FULL OF FEAR.
A WORKING CLASS HERO IS SOMETHING TO BE,
A WORKING CLASS HERO IS SOMETHING TO BE.
KEEP YOU DOPED WITH RELIGION AND SEX AND TV,
YOU THINK YOU'RE SO CLEVER AND CLASSLESS AND FREE.
BUT YOU'RE STILL FUCKING PEASANTS AS FAR AS I CAN SEE.
A WORKING CLASS HERO IS SOMETHING TO BE,
A WORKING CLASS HERO IS SOMETHING TO BE.
THERE'S ROOM AT THE TOP, THEY ARE TELLING YOU STILL,
BUT FIRST YOU MUST LEARN HOW TO SMILE WHEN YOU KILL.
IF YOU WANT TO BE LIKE THE FOLKS ON THE HILL.
A WORKING CLASS HERO IS SOMETHING TO BE,
A WORKING CLASS HERO IS SOMETHING TO BE.
IF YOU WANT TO BE A HERO, WELL, JUST FOLLOW ME,
IF YOU WANT TO BE A HERO, WELL, JUST FOLLOW ME.
WELL, WELL, WELL, OH WELL,
WELL, WELL, WELL, OH WELL.
- "How is the sound?"
John Lennon.
sábado, dezembro 13, 2003
Direitos do arguido
“O primeiro interrogatório judicial de arguido detido destina-se, fundamentalmente, a verificar os motivos da detenção, as provas que a fundamentam, se foram satisfeitos os requisitos legais da detenção e ainda informar o arguido dos direitos que lhe assistem ( constantes no n.º 1 do art.º 61º do Código Processo Penal ), dos motivos da detenção e dos factos que lhe são imputados ( números 1 e 4 do art.º 141º ).
Se desse interrogatório resultar a necessidade de aplicação ao arguido de medidas de coacção ou de garantia patrimonial, serão estas imediatamente aplicadas ( art.º 142º, n.º 2 e 194º, n.º 2 ).
O arguido deve ser advertido pelo juiz de instrução, antes do início do interrogatório, da obrigatoriedade de responder com verdade às perguntas sobre a sua identidade e antecedentes criminais, sob pena de incorrer em responsabilidade criminal ( art.º 141º, n.º 3 ).
De acordo com o disposto no n.º 4 do art.º 141º e n.º 1 do art.º 61º deverá o arguido ser, também, advertido expressamente do direito que lhe assiste de não prestar declarações e de que prestando-as lhe não é exigível dizer a verdade.
A omissão desta advertência configura uma autêntica proibição de prova, cuja consequência é a de não permitir ao tribunal valorar as declarações assim prestadas.
Se o arguido decidir prestar declarações pode confessar os factos, pode negá-los ou contrariá-los, sem que nunca possa ser exigido que diga a verdade ( nº5 do art.º 141º ).
Assiste, assim, ao arguido, um duplo direito: o silêncio e não dizer a verdade, cujo exercício nunca o pode desfavorecer ( arts 343º, n.º 1 e 345º, n.º 1 ) ou nas palavras de Marques Ferreira “não poderá ser valorado como indício ou presunção de culpa nem tão pouco como circunstância relevante para a determinação da pena caso o crime se prove “.”
Fernando Gonçalves e Manuel João Alves, “ Os Tribunais, as Polícias e o Cidadão”, Almedina.
Se desse interrogatório resultar a necessidade de aplicação ao arguido de medidas de coacção ou de garantia patrimonial, serão estas imediatamente aplicadas ( art.º 142º, n.º 2 e 194º, n.º 2 ).
O arguido deve ser advertido pelo juiz de instrução, antes do início do interrogatório, da obrigatoriedade de responder com verdade às perguntas sobre a sua identidade e antecedentes criminais, sob pena de incorrer em responsabilidade criminal ( art.º 141º, n.º 3 ).
De acordo com o disposto no n.º 4 do art.º 141º e n.º 1 do art.º 61º deverá o arguido ser, também, advertido expressamente do direito que lhe assiste de não prestar declarações e de que prestando-as lhe não é exigível dizer a verdade.
A omissão desta advertência configura uma autêntica proibição de prova, cuja consequência é a de não permitir ao tribunal valorar as declarações assim prestadas.
Se o arguido decidir prestar declarações pode confessar os factos, pode negá-los ou contrariá-los, sem que nunca possa ser exigido que diga a verdade ( nº5 do art.º 141º ).
Assiste, assim, ao arguido, um duplo direito: o silêncio e não dizer a verdade, cujo exercício nunca o pode desfavorecer ( arts 343º, n.º 1 e 345º, n.º 1 ) ou nas palavras de Marques Ferreira “não poderá ser valorado como indício ou presunção de culpa nem tão pouco como circunstância relevante para a determinação da pena caso o crime se prove “.”
Fernando Gonçalves e Manuel João Alves, “ Os Tribunais, as Polícias e o Cidadão”, Almedina.
sexta-feira, dezembro 12, 2003
Reflexões
“ ...poderá acontecer que, minados embora os alicerces morais e de civilidade do estado social, este se mantenha, por algum tempo, na base do receio das punições estaduais, que garantirão o tal mínimo ético, definido pelo poder. Desde que, pela sua dureza, ou pela solidez da rede preventiva estabelecida, as sanções legais sejam, efectivamente, temidas. Não sendo assim, a previsão de que as infracções ficarão impunes começará por alargar a esfera da marginalidade, dentro de qualquer Estado. E, por autodefesa contra os marginais, ou por natural propensão dos homens para claudicarem, lesando o seu semelhante e renunciando ao próprio aperfeiçoamento, alastrará a convicção de que tudo é permitido. Essa convicção de que tudo é permitido passa. Até, mais que não seja, pelo instituto de conservação dos homens, que terá influenciado a construção de Hobbes. Mas não passa sem ter gerado profundas involuções no processo cultural dos povos, forçados a reencontrarem-se, no meio das maiores ruínas e misérias, dos corpos e espíritos.”
Imposto Municipal de Imóveis
O regime transitório prevê a capitalização da renda anual pela aplicação do factor 12, enquanto o regime geral prevê a actualização do valor tributável com base em coeficientes de desvalorização da moeda ajustado pela variação temporal dos preços de mercado imobilíariário nas diferentes zonas do país, estabelecidos até um máximo de 44,21.
Para beneficiar do regime transitório, é preciso entregar cópia do contrato de arrendamento.
Não existindo contrato deverá ser entregue cópia dos recibos de renda (Dezembro de 2001 e Setembro de 2003).
Os recibos ou os canhotos só serão considerados prova suficiente se identificarem o inquilino, o mês e o valor da renda, o artigo matricial ou, em alternativa a identificação da localização do prédio.
Para beneficiar do regime transitório, é preciso entregar cópia do contrato de arrendamento.
Não existindo contrato deverá ser entregue cópia dos recibos de renda (Dezembro de 2001 e Setembro de 2003).
Os recibos ou os canhotos só serão considerados prova suficiente se identificarem o inquilino, o mês e o valor da renda, o artigo matricial ou, em alternativa a identificação da localização do prédio.
quinta-feira, dezembro 11, 2003
Curiosidades
Carlos Cruz, prepara-se para apresentar um recurso junto do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem e pedir uma indemnização de dez milhões de euros por ser alvo do que diz ser uma prisão ilegal, por não saber onde, como e quando alegadamente praticou os actos de que é acusado, e ao mesmo tempo, quer ser ouvido pelo juíz Teixeira no âmbito do reexame da sua prisão preventiva e pronunciar-se sobre os factos e elementos de prova que lhe dizem respeito, ou seja, pelos mesmos factos que não sabe, mas afinal sabe.