terça-feira, agosto 31, 2004
Não, não, não!!!
Grão a grão.
Mais.
Maior problema.
Justificando a sua postura, Filipa Macedo sustenta que o juiz "quando é confrontado com situações desumanas e extremamente chocantes tem de reagir, sob pena de se tornar numa figura autista". No seu entender, a prisão preventiva a que queria sujeitar os cinco arguidos "sossegará, com certeza, as eventuais vítimas deste processo e até potenciais vítimas nos meios sociais em que os arguidos se inserem, originando uma maior tranquilidade e paz social".
sábado, agosto 28, 2004
A grande aldrabice.
Ora, não obstante a esperteza saloia destes tipos, tal prática é ilegal até perante os tribunais holandeses, pelo menos desde dia 20 do corrente (ver este lembrete), data em que foi decidido um recurso a uma primeira decisão judicial que já então condenava a actividade destes piratas dos tempos modernos. Para mais, esta rapaziada tem o hábito de entrar a matar (em vários sentidos) em matéria de propaganda, tanto que nas suas últimas aparições na Irlanda e na Polónia, a BBC registava o seu "hysterical approach". Nessa ocasião, Geraldine Martin, representante do irlandês Pro-Life Campaign Group, condenou o barco da morte, dizendo aos microfones da BBC: "They appear to be very much in denial of the emotion, harm and heartbreak endured by women following abortions ... [and] very much in denial of the whole humanity of the child." Já nessa altura - diga-se - o governo holandês informou o seu parceiro irlandês de que os médicos a bordo não tinham qualquer autorização do Reino da Holanda que lhes permitisse levar a cabo a sua pretensão. Para quem está minimamente por dentro desta questão, diga-se igualmente que até Marie Stopes, uma espécie de inventora do aborto 'quickie', se recusou a apoiar esta vigarice marítima. Já na incursão à Polónia - onde atracou em Ladyslawowo - a rapaziada abortista deu-se mal com o negócio e viu todo o materal (Mifegyne e Cytotec) que transportava no barco confiscado pelas autoridades locais. Na altura, o presidente polaco Aleksander Kwasniewski afirmou que as actividades do grupo traziam ao país "problemas de natureza jurídica e moral".
Como esta nojice toca a todos, desta feita somos nós. Há pouco, na televisão, fiquei a saber que esta malta já tinha tratado de arranjar um dispositivo de segurança para quando chegar a terras lusas. Parece-me sensato (embora na Irlanda nem isso lhes tenha valido), como me parece igualmente sensato que o governo trate de tomar posição. Aliás, neste exacto momento em que até temos um Ministro do Mar que tanto gosta de apregoar o valor da Vida, conviria que o mesmo agisse em conformidade, não autorizando que a barcaça chegasse sequer a terra, sob pena de trair de forma inqualificável quantos nele depositaram confiança. Não é difícil e a Marinha não serve para outra coisa.
Não termino sem dizer que quem procurar no sítio oficial do Vaticano alguma referência a esta máfia dos mares modernos não tem muita sorte, o que se compreende inteiramente. Sua Santidade deve ter quem trate do lixo.
Já aqui tinha dado conta da ilegalidade - decretada pela justiça holandesa - da actividade internacional das meninas da Women on Waves. Vejo agora que o Ecos de Província foi à raíz da decisão, remetendo todos quantos percebam holandês para esta página do Ministério da Saúde, Bem estar e Desporto lá do sítio, onde, sob o título "Women on Waves aan banden", se lê que (e passo a citar) "basicamente, [se] limita a acção no barco à administração da pílula abortiva, recusando a possibilidade de realização de aborto terapêutico (se estiverem a mais de 25 km do Hospital de Amsterdão (Slotervaart) de que são uma clínica delegada)".Está a bola no campo de Sua Excelência, o Senhor Ministro dos Assuntos do Mar..."
Plágio.
I bought a bourgeois house in the Hollywood hills
With a trunkload of hundred thousand dollar bills
Man came by to hook up my cable TV
We settled in for the night my baby and me
We switched 'round and 'round 'til half-past dawn
There was fifty-seven channels and nothin' on
porque nós também temos muitos jornais e nenhuma notícia. Corrijo: a única notícia veio da blogosfera ( do Portugal profundo, do Bloguitica) e é passada para os jornais sem qualquer indicação de fontes, como se fossem outros a descobri-la. Posso estar enganado e ser outra a circulação da notícia (dos factos da notícia), mas a verdade é que a li com 24 horas de antecedência em blogues e não vi indicada a sua origem no jornal. Hábitos. "
sexta-feira, agosto 27, 2004
Sorteio da Taça UEFA.
GRUPO 1
Sturm Graz (AUT) – Litex (BUL)
Lázio de Roma (ITA) – Metalurh Donetsk (UCR)
FK Bodo Glimt (NOR) – Besiktas (UCR)
Shelbourne (IRL) – Lille (FRA)
Heart of Midlothian (ESC) - Sp. Braga (POR)
GRUPO 2
Áustria de Viena (AUT) – Légia Varsóvia (POL)
Dukla Banska Bystrica (ESL) – Benfica (POR)
Partizan Belgrado (S-M) – Dínamo Bucareste (ROM)
Parma (ITA) – Maribor (SLV)
Real Zaragoza (ESP) – Sigma Olomouc (CHE)
GRUPO 3
Sporting (POR) – Rapid Viena (AUT)
Newcastle (ENG) – Hapoel Bnei Sakhnin (ISR)
Steaua Bucureste (ROM) – CSKA Sofia (BUL)
Wisla Cracóvia (POL) – Dinámo Tbilissi (GEO)
FC Utrecht (HOL) – Djurgaerdens (SUE)
GRUPO 4
Millwall (ENG) – Ferencvaros (HUN)
Schalke 04 (ALE) – Liepajas Metalurgs (LET)
Maccabi Haifa (ISR) – Dnipro Dnipropetrovsk (UCR)
Terek Grozny (RUS) – FC Basileia (SUI)
Ood Grenland (NOR) – Feyenoord (HOL)
GRUPO 5
Aalborg (DIN) – Auxerre (FRA)
Sevilha (ESP) – Nacional (POR)
NK Gorica (CRO) – AEK Atenas (GRE)
Standard Liége (BEL) – Bochum (ALE)
Estrela Vermelha (S-M) – FC Zenit (RUS)
GRUPO 6
Trabzonspor (TUR) – Athletic Bilbao (ESP)
Upjest (HUN) – Estugarda (ALE)
Maccabi Petach-Tikva (ISR) – Heerenveen (HOL)
Panionios (GRE) – Udinese (ITA)
Levski Sofia (BUL) – Beveren (BEL)
GRUPO 7
Dinamo Zagreb (CRO) – Elfsborg (SUE)
Hafnarfjordur (ISL) – Aaachen (ALE)
Middlesborough (ENG) – Banik Ostrava (CHE)
Club Brugge (BEL) – Chateauroux (FRA)
PAOK (GRE) – AZ Alkmaar (HOL)
GRUPO 8
FK Ventspils (LET) – Amica Wronki (POL)
Sochaux (FRA) – Stabaek IF (NOR)
Egaleo (GRE) – Gençlerbirligi (TUR)
Rangers (ESC) – Marítimo (POR)
Villareal (ESP) - Hammarby (SUE)
Teoricamente a Madeira teve muito azar.
Moqtada al-Sadr.
Os sete pecados mortais do terrorismo (3ª e última parte).
Os sete pecados mortais do terrorismo (2ª parte).
Os sete pecados mortais do terrorismo (1ª parte).
Parque Eduardo VII.
quinta-feira, agosto 26, 2004
Kamikazes.
Sorteio.
- Grupo A: Deportivo da Corunha (Esp), Liverpool (Ing), Mónaco (Fra) e Olympiakos (Gre)
- Grupo B: Real Madrid (Esp), AS Roma (Ita), Bayer Leverkusen (Ale) e Dínamo Kiev (Ucr)
- Grupo C: Bayern de Munique (Ale), Juventus (Ita), Ajax (Hol) e Macabi Telavive (Isr)
- Grupo D: Manchester United (Ing), Lyon (Fra), Sparta de Praga (Che) e Fenerbahce (Tur)
- Grupo E: Arsenal (Ing), Panathinaikos (Gre), PSV Eindhoven (Hol) e Rosenborg (Nor)
- Grupo F: Barcelona (Esp), AC Milan (Ita), Celtic Glasgow (Esc) e Shakthar Donetsk (Ucr)
- Grupo G: Valência (Esp), Inter de Milão (Ita), Anderlecht (Bel) e Werder Bremen (Ale)
- Grupo H: FC Porto (Por), Chelsea (Ing), Paris Saint-Germain (Fra) e CSKA Moscovo (Rus)
Processo disciplinar.
RTP.
O homem não disse nada de especial. Pode ser que o processo disciplinar calhe a pessoal do PS.
Cabala perfeita.
Mais um.
CM
quarta-feira, agosto 25, 2004
Acima da lei.
Inês Serra Lopes
Independente
As rãs que pediam um rei.
terça-feira, agosto 24, 2004
Jornalismo no seu melhor.
Cáceres Monteiro
Revista Visão
Fontes.
Faz o que eu digo e não o que faço.
Todos????
Incluíndo a selecção de futebol, cujos atletas dedicaram o seu "tempo de antena" a partir as canelas ao adversário, na representação portuguesa mais vergonhosa de sempre? Tá bem. O crime compensa.
Bloco de Esquerda.
Fazem lembrar um certo "Emplastro" que não desgrudava das câmaras de televisão. O que não traria grande mal ao mundo, para além do enjoo de ver sempre as mesmas caras e as mesmas opiniões a toda a hora, não fosse a precipitação e irresponsabilidade de algumas sentenças que proferem.
Então quando os incidentes põem em causa instituições do Estado Democrático, com acontece com o processo Casa Pia e o episódio das cassetes roubadas, o afã do Bloco e os dislates de Louçã redobram o seu vigor. Além de exigir, como era esperado, as demissões do director da PJ, do PGR e de quem mais se disponha a alimentar a instabilidade e a precariedade dos vários poderes, Louçã apareceu a lançar frases grandiloquentes e infundamentadas como a de que "a conspiração contra a justiça começou no gabinete do actual PGR".
E a acusar Souto Moura, com a maior das ligeirezas, de "absoluta falta de caracter". Eis o populismo à moda da esquerda radical. Mas Francisco Louça, neste processo, foi ao ponto de defender a divulgação de cassetes roubadas e a denúncia pública de fontes de informação. Colocando-se ao lado dos que estão contra a existência de uma imprensa livre e responsável. Que só preservando as suas fontes de informação pode fazer um jornalismo de qualidade, que vá para além das aparências oficiais, da cortina institucional, dos jogos de conveniências.
Louçã anda há muitos anos nesta vida para fingir que não percebe. Mas prefere a lógica do quanto pior, melhor. Como diria Álvaro Cunhal, é o radicalismo pequeno - burguês de fachada democrática. Aparentemente de esquerda progressista, mas profundamente retrógrado e conservador na sua essência."
JAL
Expresso.
A verdadeira cabala.
"Porque está numa de descredibilizar o processo. Isto foi pago. Porque ele quando foi chamado ao MP e lhe foi dito a 8 de Fevereiro não sei quê, não sei quê, ele disse sim senhor, podia ter dito que a 8 de Fevereiro não estava cá (...) E não disse. É porque tem outra estratégia, tá a perceber?"
Ora acontece que, na verdade, no dia 19 de Dezembro de 2003 Herman José foi confrontado com o facto de haver "um ofendido que por alturas do Carnaval do ano de 2002 se encontrou com o arguido na zona de Alcântara" (ver também edição do Expresso de 21 de Agosto de 2004). Ou seja, não foi mencionada nenhuma data.
Pelo exposto resulta que:
1/ é por demais evidente que Sara Pina não tinha acesso ao processo;
2/ as conversas mantidas com os outros colegas jornalistas resultavam de informação que pessoalmente obteve, razão da enorme "discrepância";
3/ aproveitou-se do cargo para originar falsas notícias, não podendo assim violar segredo algum;
4/ o PGR nunca poderá ser responsável pela actuação de alguém aparentemente desonesto e malicioso que, nas suas costas, dedicava-se a fabricar histórias para alimentar a "importância" que nunca chegou a ter como fonte.
segunda-feira, agosto 23, 2004
Dúvidas.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) prometeu uma investigação a «todos os comportamentos relacionados com o caso que tenham relevância penal» mas, face às circunstâncias que envolvem o episódio, poucos acreditam que se chegue a alguma conclusão.
A investigação do Ministério Público (MP) poderá confrontar-se com vários entraves. Desde logo, a alegada destruição do material original feita por Octávio Lopes e pelo CM a conselho do advogado - e não desmentida pelo próprio ou pela direcção do matutino - não ajudará à recolha de prova.
Pensamento do dia (updated).
"Percebe-se melhor o nível de vida de um país quando até o próprio Primeiro-Ministro emigra".
Ciganos.
"As time goes by"
Perigo! Praga de Abutres e Outras Espécies.
Isto para já não falar dos outros, que gravam as conversas às escondidas e não hesitam em usar as respectivas gravações para virem mais tarde, em "ilegítima" defesa perante um desmentido, ameaçar as fontes. O caso Carmo Peralta, que o "Expresso" recorda esta semana, vem demonstrá-lo. Na transcrição da gravação, já então não autorizada, de uma conversa nem sequer faltou a insidiosa nota do jornalista "seguiu-se um momento em que (a fonte)... teve um desabafo que, para já, não vamos reproduzir". Ninguém o condenou na ocasião?! Parece que não. Andávamos todos distraídos. Pelo que me toca: "mea culpa".
Argumentará o jornalista que gente séria não mente e com bandidos a prática se justifica. Poderá acrescentar a existência de razões excepcionais e de segurança previstas em todos os códigos deontológicos. Assuma e desvende esses motivos, e justifique a excepção para cada um dos visados. Quem sabe a explicação torne a prática aceitável. O que não pode é mistificar o "crime" com o desejo de tomar apontamentos e com isso assegurar a cobertura sindical. Não somos uma máfia corporativa. As regras de camaradagem não podem confundir-se com as da abutragem. Publicada a matéria, guardam-se gravações! Para quê? Para um inócuo livrinho de memórias ou para um "best seller" sobre o caso? A dúvida é legítima.
A este circo, em que vivemos, junta-se ainda uma genuína banditagem que se caracteriza por ter tomado de assalto os lugares tradicionalmente exclusivos de gente séria. Avisa um ex-director da Polícia Judiciária que ela tem capacidade de agir de forma "manifestamente organizada" assentando "quer em quadrantes políticos quer económicos e em franjas da mais diversa criminalidade". Pelos vistos têm tal poder e desplante, deixa o dito director entender, que tendo sido incapaz de os mandar prender acabou por soçobrar às suas mãos. Sem fama e sem proveito!
Porque da fama de encobridor de "lobbies", em tudo idênticos aos denunciados naquele estertor final, o infeliz senhor não se livra. Primeiro, foi a demissão de Maria José Morgado a fazer pairar sobre ele a suspeição de pretender travar uma investigação, na área fiscal, prevenindo danos colaterais sobre o próprio Governo. A suspeita valeu uma comissão de inquérito, onde o próprio meteu os pés pelas mãos. Dessa vez faltaram-lhe as gravações para provar a falsidade da acusação de se ter referido, perante terceiros, a Maria José como "persona non grata" da ministra.
Como se isto não bastasse, posto em marcha o inesperado caso Apito Dourado (onde os próprios serviços não lhe deram conta da operação!), apressou-se o senhor ex-director a desterrar os investigadores, enviando-os um para Cabo Verde e outro para o cabo do mundo. Isto, à primeira oportunidade.
Para quem queria ficar na história como "antilobbista", chama-se a isto... azar. Pretende um homem fazer face aos interesses e acaba por cair em desgraça, só porque teve uns desabafos de amigo com alguém capaz de transformar meros "palpites" em manchetes no "Correio da Manhã"! O crime de Adelino Salvado não foi o de falar com o "CM" que, à socapa, lhe ia gravando as conversas de amigo, valorizando as estrofes de escárnio e maldizer. O crime foi o de nunca ter tido tempo de ler o jornal. Foi não ter reparado nas suas conjecturas sem conhecimento de causa, "sem factos" nem "provas", a fazerem manchete!
Aliás, o procurador caiu no mesmo erro! Nunca reparou nos jornais e na identificação de Sara Pina como a sua porta-voz! Para ele, aquela senhora com a exclusiva missão de - segundo o próprio - "passar o dia a falar com jornalistas" estava mandatada para falar do que lhe aprouvesse com os ditos colegas, sem nunca o comprometer! Pergunto eu, então por que lhe pagava o salário? Para nos distrair com observações pessoais e investigações por conta própria? Por que não leu os jornais, sr. Procurador?!
Mas, voltando aos abutres. O bando não age sozinho. É parte de um circo mediático onde todos somos cúmplices e onde pululam outro tipo de vampiros, também ansiosos por converter o sangue das vítimas em picos de audiência. São "entertainers" e congéneres. Há também uma outra espécie, híbrida, a dos jornalistas "entertainers", que conseguem fazer o pleno dos dois géneros! Contam para isso com a colaboração dos estagiários-de-abutre, os tais que nem nos hospitais psiquiátricos deixam de filar as suas presas na esperança de assegurar um suicidiozinho ou, no mínimo, uma crise de esquizofrenia "em exclusivo". Se houver um "nu", mesmo de um pobre em estado de total desespero ou adiantada loucura, melhor. Sempre serve para apimentar a coisa...
Azar da presa se dispuser de todos os critérios de notoriedade necessários para vender mais umas resmas de papel, ou alimentar mais umas horas de vazio televisivo. Servem meses de convivência televisionada com meia dúzia de iguais numa casa habitada por uma supertia. Azar mesmo é ter lá na redacção uma foto dos dois abraçados a posar para a objectiva a pedir publicação. Teremos o exemplo acabado do que o bando da abutragem é capaz de fazer, sem hesitar um instante, ao filar-lhe os dentes e apressar a morte (real ou cívica, pouco importa!), desde que a coisa venda q.b... Só num jornal, a presa já serviu, mesmo em versão decadente, para fazer mais cinco manchetes.
Não sei o que os leitores que assistiram empolgados à criação do personagem, à sua posterior exploração mediática até à náusea (desde a aventura dos negócios da restauração, à exploração da sua vida familiar e afectiva, etc.), e que agora assistem ao relato circunstancial da queda, poderão concluir da triste história. Talvez, depois de lhe invejarem o sucesso, sejam levados a pensar que "o dinheiro não trás a felicidade".
Provavelmente não colocarão sequer a questão de saber para que serviu a desgraça daquele homem e dos seus companheiros, já caídos no esquecimento. Que terá acontecido à miúda cujos pais, em desespero, vieram a Lisboa retirá-la de um concurso televisivo para lhe salvar "a inocência" e preservar "a decência", e que os despudorados senhores da TV obrigaram a uma conversa em directo, com a filha, à hora dos telejornais? Lembram-se?
O sonho e o sofrimento de gente como esta salvaram a TVI da falência, aumentaram as audiências da SIC, alimentaram a fortuna do senhor da Endemol que, agora, tem o descaro de lavar tranquilamente as mãos para afirmar que, enquanto duraram as várias versões do concurso, os concorrentes dispunham de adequado apoio psicológico. Bela hipocrisia! Isto para não falar das declarações da apresentadora, cheia de "pena" do rapaz, apesar de ser para ela "um estranho". Talvez tenha sido um estranho útil para garantir o sucesso de um programa vergonhoso enquanto modelo acabado de exploração da debilidade humana. É verdade que os concorrentes só estão lá porque querem mas, exactamente porque não são capazes de se defender deles próprios, cabe à sociedade - a todos nós - protegê-los, não permitindo a sua utilização como gente descartável. Usada para nosso gáudio e deixada na sarjeta quando não são mais úteis, depois de lhes filmarmos, em horário nobre, o corpo em decomposição. "
Graça Franco.
Prof. Marcelo.
Não podemos deixar de concordar com o prof. Soares sabe que o filho sozinho não vai lá, por isso envolve-se até ao pescoço. O problema é que mesmo assim o filho continua sem conseguir e o pai vai acabando com a pouca credibilidade que ainda lhe resta.
"PGR. Sobre o caso das cassetes com gravações com fontes ligadas ao processo Casa Pia e alegadamente roubadas a um jornalista, Marcelo Rebelo de Sousa sustentou que o procurador-geral da República, Souto Moura, «sai muito enfraquecido», sobretudo «por não ter aberto um inquérito» apesar de a assessora de imprensa da Procuradoria ter tido «acesso ao processo».Souto Moura «esteve muito perto de perder a confiança [política do Presidente da República e do primeiro-ministro]», referiu o analista, dizendo depois não achar que a sua situação possa «afectar os casos [Casa Pia e Apito Dourado]». Contudo, mostrou-se convicto de que «enfraquece a acusação. É preto no branco», frisou. Sobre o ex-director da PJ, Adelino Salvado, Marcelo disse que «fez comentários públicos insensatos".
Não há bela sem senão. Fazendo eco da corrente que quer à viva força a cabeça do PGR, o prof. nem teve o cuidado de inteirar-se sobre o assunto. Coisa grave tendo em conta o excesso de informação divulgada sobre o referido. Acontece que desde 6 de Agosto que foi aberto o inquérito. O tal inquérito que toda a gente sabe existir mas que o tal grupo curiosamente não conhece. Isto apesar dos vários comunicados da Procuradoria da República e das afirmações do próprio PGR divulgadas na comunicação social.
Segue-se a afirmação de a assessora de imprensa ter acesso ao processo. Que seja o BE a fazer essas afirmações, ainda se compreende dada a sua necessidade de espaço mediático para sobreviver, pelo que não necessitam de fundamentar as suas acusações. Agora o prof. é obrigado a fundamentar, senão corre o risco de ser conhecido pelo "manda bolas para o pinhal".
Outra grande pérola do prof. é a afirmação que a divulgação das cassetes enfraquece a acusação mas não afecta os casos Casa Pia e Apito Dourado. Repetindo: enfraquece a acusação mas não afecta os casos. Que mais pode-se dizer?
FCP e a comunicação social.
Sábado.
Dúvidas.
"Os dois aviões que na passada sexta-feira se envolveram num incidente aéreo, do qual resultaram 34 feridos ligeiros, não estiveram em rota de colisão. Em declarações à RTP, o presidente da comissão de inquérito ao incidente, explicou que os dois aparelhos apenas quebraram a rota de segurança.
«Fisicamente não estiveram em rota de colisão. Se os dois continuassem o percurso que seguiam não iriam colidir», garantiu. Anacleto Santos adiantou ainda que os dois aviões estiveram separados por «5 milhas», cerca de 8 quilómetros.
Mas o facto de os dois aviões terem quebrado a rota de segurança constitui só por si «uma falha de segurança»."
Se não estavam em rota de colisão porque quebraram a rota de segurança? Porque constitui essa quebra da rota de segurança uma falha de segurança senão havia perigo? Como se pode estar em rota de colisão sem ser fisicamente?
domingo, agosto 22, 2004
A nossa traficante.
Elizabeth Sardinha, 30 anos, cumpre uma pena de quatro anos de prisão por tráfico de drogas faltando-lhe dez meses para obter a liberdade condicional."
A atenção do BE.
Estranhamos o "silêncio" do BE.
Mais do mesmo.
A sério?
Revisores dos comboios.
Texas.
sábado, agosto 21, 2004
Azar.
Mortes.
"NA SEGUNDA semana de Agosto, entre os dias 9 e 15, as tropas da coligação registaram 18 baixas no Iraque. No mesmo período, nas estradas portuguesas faleceram 37 pessoas. Desde o início do ano morreram no Iraque 510 soldados; nas estradas portuguesas perderam a vida 730 pessoas. Muitas delas - como os mortos do acidente do último sábado, em Montargil - tinham menos de 25 anos. Os jovens com idades entre os 20 e os 29 anos são, de facto, as maiores vítimas mortais na estrada, e a noite é o período mais perigoso para a condução já que, das 37 pessoas falecidas entre 9 e 15 de Agosto, 22 delas perderam a vida em acidentes ocorridos entre as 20h e as 8h."
Expresso
Claro que o Iraque é mais importante do que a sinistralidade nacional. Esta já passou a ser algo perfeitamente natural. Apesar dos milhares que custa aos cofres do Estado.
Transportes Públicos.
Tendo em conta que:
Novo Blog.
Junte-se o “Do Portugal Profundo” e talvez os “media” vejam o seu campo de manobra lateral reduzido. “A ver vamos” como dizia o ceguinho.
sexta-feira, agosto 20, 2004
Combate desigual!!!!
Cozinheiro de Bin Laden.
Muhamad Osman, que supostamente trabalhava como cozinheiro de Bin Laden, foi capturado durante a realização de um seminário religioso, informou hoje o porta-voz do ministério do Interior, Masud Jan.
Suspeita-se que Osman, que está a ser interrogado pela polícia paquistanesa, esteve sob as ordens de Bin Laden durante pelo menos seis anos, pelo que poderá fornecer informações valiosas sobre o funcionamento da organização e sobre o paradeiro do seu líder."
Verdades de La Palisse.
O avião da OMNI, ao serviço da empresa Somague, tinha levantado da pista açoriana, já o avião da TAP tinha levantado de Lisboa, da Portela, às 8h00."
Rádio Renascença
Formas de noticiar.
De acordo com o comunicado, o ministério «determinou a abertura de um rigoroso inquérito para apurar responsabilidades».
Em causa está a aterragem de emergência e sem segurança de um Airbus A310 da TAP, nos Açores que causou ferimentos a 25 pessoas. "
Ora uma redução de altitude brusca na aterragem resultaria transformar o avião num Metro. Como ainda não há notícia que tal tenha acontecido com sucesso, a aterragem sem segurança só poderá significar que a empresa que efectua a segurança no Aeroporto das Lajes está de greve.
Chaves.
Apoio.
Amiga Paula.
Tem todo o nosso apoio. Leve o Zé para sua casa e trate dele. Não se esqueça das galinhas.
I"I feel SICk"
I feel SICk..."
BWV 1004
Expresso
Jornalistas.
Novo Saddam.
Rapaziada estranha.
Mais.
Lendo "tem vindo a transformar-se, gradualmente, numa referência para todos os iraquianos que se opõem à presença de tropas estrangeiras no país" e "parece estar a crescer o número daqueles que ali se opõem à presença do líder xiita " fica-se com a ideia que gostam muito dele mas longe. Estranha maneira de viver têm estes rapazes.
Taxistas, esses nossos amigos.
Taxistas.
A reacção dos taxistas provocou alguma confusão, devido à acumulação de pessoas, que pretendiam usar um táxi nas suas deslocações.
No cerne do protesto dos taxistas esteve uma acção de fiscalização, na rotunda anterior ao aeroporto, que a PSP garante ter sido de rotina e ter abrangido muitos outros veículos e não apenas os táxis. Os profissionais daquela praça sentiram-se, contudo, discriminados porque, segundo revelou ao DN um dirigente da Federação Portuguesa do Táxi, «os polícias nos perguntaram se éramos do aeroporto».
«Nós não estamos contra a fiscalização, estamos é contra a discriminação. A polícia fiscaliza o que quiser mas não pode perguntar de onde somos», sublinha Luís Veiga, presidente da Assembleia Geral da Federação."
Sonho.
quinta-feira, agosto 19, 2004
Diário de um infeliz.
Eu fui lá a casa. Não estava ninguém.
Tem sido um dia difícil. Levantei-me de manhã... vesti uma camisa e saltou um botão. Peguei na minha pasta e a pega partiu-se. Estou a ficar com medo de ir à casa de banho.
Posso dizer que os meus pais me odeiam. Os meus brinquedos do banho eram uma torradeira e um rádio.
A minha mãe nunca me deu de mamar. Ela dizia que só gostava de mim como um amigo.
O meu pai anda com a fotografia de um miúdo que já vinha quando ele roubou a carteira.
Quando eu nasci... o médico foi à sala de espera e disse ao meu pai: "Tenho muita pena. Fizemos tudo aquilo que podíamos... Mas mesmo assim ele conseguiu sair."
Lembro-me do dia em que fui raptado e em que enviaram um bocado de um dedo meu ao meu pai... Ele disse que queria mais provas.
Uma vez, quando me perdi... Vi um polícia e pedi-lhe ajuda para encontrar os meus pais. Disse-lhe... "Acha que alguma vez os vou encontrar?" Ele disse... "Não sei miúdo... há tantos sítios onde eles se podem esconder."
Trabalhei numa loja de animais e as pessoas estavam sempre a perguntar se eu crescia muito ou se ficava só daquele tamanho.
Fui ao médico: "Doutor, todas as manhãs quando me levanto e me olho ao espelho.
Fico com vontade de vomitar. O que é que se passa comigo?" Ele disse: "Não sei, mas a sua vista está óptima."