sábado, setembro 30, 2006
Nós e os outros.
No bom caminho.
"O presidente do PSD, Marques Mendes, acusou o Governo de, ao contrário do anunciado "há ano e meio", não ter tido "coragem", até agora, para "pôr ordem nas pensões milionárias" dos gestores do Banco de Portugal. "O Governo preocupa-se em diminuir as pensões dos reformados, em especial os da função pública, mas não é capaz de ter a coragem de pôr ordem nas pensões milionárias dos gestores do Banco de Portugal e dos administradores das empresas públicas". Marques Mendes sustentou que é a "primeira vez em 30 anos" que, após uma crise económica na Europa, Portugal "não consegue acompanhar a retoma e a recuperação" à mesma velocidade dos restantes países europeus. "Em crises anteriores, nos anos 80 e início dos 90, quando a Europa começou a recuperar, Portugal cresceu sempre mais. Mas desta vez a Europa já está em recuperação económica significativa e Portugal está a crescer muito menos", afirmou."
Nova bandeira.
"O presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, propôs que a Assembleia da República tenha uma bandeira própria, adianta o semanário Expresso este sábado. "
A Assembleia da República é a assembleia representativa de todos os cidadãos portugueses. Logo a bandeira deve ser a nacional. Mas como quase todos os portugueses têm uma bandeira nacional à janela, é natural que a AR queira fugir ao trivial e queira uma bandeira própria. Uns simples estudos para a conceber e vão ver que com meia dúzia de tostões vai ser feita uma coisa bonita.
Vacas caras.
"A vaca «Portucow» foi leiloada este sábado por 13.500 euros, sendo a mais cara das 70 vacas da exposição «Cowparade» transaccionadas, num evento que angariou um total de 420.600 euros, adiantou o responsável pela organização. "
As vacas estão a ficar muito caras. No nosso tempo, por esse preço, comprávamos uma manada inteira.
Évora.
"A cidade de Évora é a mais competitiva das 18 capitais de distrito portuguesas, à frente de Lisboa, enquanto o Porto ocupa o último lugar da lista, revela um estudo (ler aqui)".
Lula.
Compare-se as suas gaffes com as de Bush e percebe-se logo a diferença da sua posição política. Assim se sobrevive …"Figura central, entre outros, de dois escândalos que teriam derrubado qualquer outro presidente no Mundo, o do ‘Mensalão’, no ano passado, e o do ‘Dossiê’, há três semanas, Lula não só conseguiu sobreviver à queda dos seus mais importantes ministros, no primeiro caso, e dos seus assessores mais próximos na campanha, no segundo, como está muito perto de ser reeleito nas eleições de amanhã. Com um humor muito peculiar, Lula comete gaffes sucessivas."
Mais aqui.
Quando o mesmo dinheiro é menos dinheiro para gastar.
A política é a arte do compromisso; mas também é a arte da ilusão. Vejamos: é verdade que a PJ não vai sofrer cortes no próximo Orçamento. Receberá os mesmos 91 milhões de euros deste ano. Para quem não se lembra, foram os tais 91 milhões que se esgotaram antes de termos chegado a meio do ano e que foram insuficientes para, entre outras coisas, pagar a gasolina dos carros da PJ. Os sindicatos pintaram a crise em tons berrantes: não havia dinheiro para nada, o melhor era cruzar os braços e paralisar as investigações. No meio da crise, demitiu-se o director da PJ, Santos Cabral. Nomeado outro director, o ministro da Justiça, Alberto Costa, prometeu um reforço de verba: 8,9 milhões de euros. Na realidade, a ajuda foi menor (8 milhões) e teve com fonte uma entidade com nome de centopeia: Cofre Geral dos Tribunais (uf!) do Instituto de Gestão Financeira (uf! )e Patrimonial do Estado. Ou seja, aos 91 milhões, a PJ recebeu mais oito, o que lhe permitiu ter 99 milhões para gastar este ano. Voltemos, então, à dúvida inicial. Vai a PJ sofrer um corte orçamental em 2007? Finamente a resposta: vai receber a mesma dotação inicial (91 milhões), mas não vai ter direito ao reforço. O que significa que, na prática – e se não houver nova bóia de salvação financeira a meio do ano – terá menos dinheiro para gastar. Dito de outra maneira: ou a PJ se torna poupadinha ou antes do próximo Verão as investigações voltam a parar."
André Macedo, Nuno Miguel Silva e Pedro Marques Pereira
sexta-feira, setembro 29, 2006
E a culpa é de ...
"A Refer começou ontem a reconstruir o muro por onde ao fim da tarde de anteontem duas crianças de quatro anos passaram para a Linha do Norte, no Bairro da Belavista, na Madalena, Gaia.
O Bairro da Belavista – que não cala a sua revolta pelo sucedido – deverá estar hoje às 15h00 em peso no funeral do pequeno Samuel. O acidente aconteceu às 19h30 quando as duas crianças resolveram – como o fazem outros moradores asultos – atravessar a linha férrea que separa o Bairro da Bela Vista de uma lagoa num pinhal, onde os pequenos brincam e as mulheres lavam roupa. A população tem acesso à linha de comboio porque o muro que divide do bairro tem o portão destruído e várias aberturas, o que torna fácil o acesso ao outro lado.
Os pais do Rafael Cardoso estão actualmente desempregados."
Mais aqui.
Vamos por partes. “Do lado de lá da linha férrea, encontra-se um pinhal, muito frequentado pelos moradores do Bairro da Bela Vista que acedem a uma lagoa que lá existe, onde as crianças costumam brincar e os adultos lavam a roupa porque o muro que divide do bairro tem o portão destruído e várias aberturas”. Quem terá destruído o portão e o muro? Não nos parece que tenha sido a Refer para lara lá roupa.
Sabendo que o muro e o portão estão destruídos, os pais desempregados deixam crianças de quatro anos à solta?
“Os campos de futebol são o alcatrão e as balizas os automóveis”??? No nosso tempo também os campos de futebol eram o alcatrão das ruas embora as balizas não fossem os carros. Eram simples pedras da calçada porque cada mossa num carro cada carga de lenha no pêlo. Mais. Também a bola ia parar à linha do comboio e ninguém da malta morreu. E se apostamos que tinha mais comboios a passar do que no Bairro da Belavista, na Madalena, Gaia.
P.S. Quanto tempo vai aguentar-se inteiro o muro?
Turismo e imigração.
"Quando abriu a porta foi surpreendida por um homem de faca em punho. Momentos depois a inglesa de 23 anos era violada na vivenda de um aldeamento turístico, na zona de Vale do Lobo, em Loulé. O suspeito, um imigrante romeno de 26 anos, foi detido anteontem, quatro dias depois do crime, pela Polícia Judiciária (PJ) de Faro. Presente a Tribunal, aguarda agora julgamento em prisão preventiva. Para o presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) o crime contra a turista inglesa não terá repercussões negativas relevantes na imagem da região, tendo em conta que foi praticado por um estrangeiro. “Se o criminoso fosse um nacional, como é frequente acontecer por exemplo na Turquia, a imagem da região seria certamente muito mais afectada. No entanto isso não diminui a gravidade da situação”, referiu Elidérico Viegas ao CM."
Sobre a notícia, novamente se pode constatar a qualidade da maioria da imigração que chega a Portugal e a sua imprescindibilidade.
Curiosa também a opinião do presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve. Já estamos a ver um anúncio fixe: “Faça férias no Algarve e seja violada por um não Português”. Por certo iria atrair mais turistas e imigrantes.
À atenção da GALP.
Carta a um amigo
Já se viu que tal é impossível nos media porque não tem interesse politico, porque a politica hoje utiliza, ou por má ventura, sempre utilizou a demagogia primeiro e nunca a razão. Porquê? Porque a Razão não interessa, não é rentável, porque desarma o ódio, utilizando aqui o que discutia Séneca, cujo pensamento se identifica a meu ver com o pensamento Cristão. Ao argumentar com palavras justas, nem sempre defende ideias com justeza, porque apenas fala dos fundamentalistas, esquecendo que estes são minoritários no Islão.
Os Xiitas que defendem que a Comunidade dos Crentes foi liderada por doze imãs, iniciada por Ali e continuada pelos seus descendentes até Muhammad Al-Muntazar, que “desapareceu” em Samarra nos finais do século IX, ainda criança, onde leva uma vida sobrenatural. E até que esse imã regresse como mahdi messiânico, tudo é ilegítimo, tudo é suspeito. Dentro de todas estas seitas, Duodecímanos, Zaiditas, Ismaelitas, Fatimidas, Nizaritas , Drusos e Carmácios.
A luta dos Xiitas a respeito dos critérios de consanguinidade para designação dos imãs não é aplicável aos Kharijitas e não aceitam o carácter da escolha do califa (imã) que segundo eles, se deve basear no mérito e na competência.
No mundo ortodoxo e subserviente dos Sunitas, os maiores conflitos não provêm da genealogia dos imãs, como no mundo xiita, mas de lutas ferozes em função do critério do livre-arbítrio. Uns abstêm-se de julgar os pecadores, que não consideram ser do domínio terreno ( Muriistas), os Qadaritas (Bagdad) atribuem um papel relevante à vontade do indivíduo, compressora da vontade divina, outros os Acharitas defendem o fatalismo que não exclue a responsabilidade. Preocupa-se em mitigar o antropomorfismo de Alá. Este teria duas faces e duas mãos, mas as duas mãos seriam direitas, diferentes da dos homens.
E os Cristãos e Judeus quantas seitas têm? Cansei de citar e vou pensar em voz alta de novo se o meu amigo me permitir e tiver paciência.
Quando disse que não considerava reconquista, mas sim conquista, penso que não errei. Nessa altura até surgirem novas vagas do norte de África não existiam moçarabes e igrejas cristãs respeitadas e com liberdade de culto? O fundamentalismo integrista que diferença faz de tantos outros fundamentalismos, em que a intolerância e o ódio se ocultam, sob a capa do despojamento e da ascese?
Mudando de rumo, será que o medo da cultura islâmica não será o medo que nós, os que vivemos no Al Andaluz, temos da destruição dos valores fundamentais que os nossos ancestrais nos ensinaram como certo e que sob a capa da tolerância admitimos tudo, (o que se está a tornar impossível de aceitar), porque deixámos ou permitimos, pelos que têm mais meios que nós, que passassem para a rua ideias que destruíram os pilares da sociedade? A Família, e o respeito pelos pais e avós, o respeito pela vida e pelo mundo em geral que nos foi legado, a “Todos”, a justiça que não cobra o que deve, a aceitação de que o poder de facto apenas reside no poder do dinheiro, sem interessar por que meios. Veja-se a naturalidade com que as televisões aceitam a troca de casais, a imprecação de estilistas que odeiam as mulheres, e que querem esqueletos ambulantes como modelos, para mostrar os trapinhos que fazem e a que chamam de moda e a obrigatoriedade que temos de assistir às manifestações de homossexuais como se fosse a coisa mais natural do mundo e qualquer dia obrigatória pelo politicamente correcto, não optando pelo recato, mas pela exibição.
Será que não é isto que o Islão teme?
E nós ainda tememos? E destes quantos?
A quem interessa que o exército de crentes nas coisas tidas como boas diminua e enfraqueça?
Roma não teve medo antes de ser cristã? Faltavam sábios na Roma de Nero e depois de Nero?
O disparate da invasão do Iraque e chamar de disparate a uma acção de corso, roubo e pirataria, será no mínimo benevolente, levou a quê? Não levou ao enriquecimento de todos os que dizem defender a justeza de ideias em relação a uns e a desgraça em relação a outros, sob a capa do novo fundamentalismo a que chamam de democracia a todo o custo, criando um novo deus, esse sim, um deus menor, que não um Deus das pequenas coisas ou um Deus dos fracos e oprimidos deste mundo, alheio ao deus do dinheiro e do poder transformado em deus? Reparou como utilizo palavras cifradas não acusando o que é óbvio? Levou ainda ao aumento do ódio, ao aumentar do desprezo pela vida terrena por parte dos jovens suicidas, manipulados é certo; mas que faria um homem que vê um bando de arruaceiros ocuparem o seu quintal, insultarem e violarem as suas mães e irmãs, levarem ou maltratarem os seus filhos varões, por suspeita de poderem vir a ser ( insurgentes, palavra interessante…), destruindo tudo o que era bem comum?
Não será isto que os fundamentalismos exploram sob a capa, uns, os do politicamente correcto dos secularistas evangélicos da nova vaga e do ocidente, e outros, os integristas muçulmanos, sob a capa da literacia, da ascese e do despojamento?
Somos diferentes? Teremos medo do confronto das ideias e da discussão da razão ou do logos? Poderemos realmente ser livres de o fazer, por já ser tarde e porque o império das trevas se abateu sobre nós?
Fique bem meu caro amigo e em paz.
Paquistão.
"Osama bin Laden, dado como morto na semana passada, está vivo e escondido no Afeganistão. A revelação foi feita pelo presidente do Paquistão, Pervez Musharraf. "Não é apenas uma ideia", disse o dirigente paquistanês, numa entrevista ao diário britânico "The Times", ontem publicada. "A província de Kunar é vizinha (da região) de Bajour. Sabemos que existem algumas bolsas da al-Qaeda em Bajour", indicou o chefe de Estado, aventando a possível localização. Musharraf falou ao "Times" pelo telefone, de Nova Iorque, a caminho de um jantar com o presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, em Washington, a convite de George W. Bush. "Este jantar é uma oportunidade para traçarmos uma estratégia comum, para falar da necessidade de cooperar e para garantir que as pessoas têm um bom futuro", disse o presidente americano. Musharraf, carrancudo, e Karzai, descontraído, nem se cumprimentaram.
O encontro acontece uma semana depois de Karzai ter acusando o Paquistão de dar guarida aos terroristas. Musharraf defendeu-se e referiu um acordo de paz conseguido com algumas tribos na fronteira. Apesar deste pacto, "nota-se um aumento da actividade" dos talibãs, revelou o coronel Jonh Paradis. "Em alguns casos, há o dobro ou o triplo dos ataques", disse aquele oficial norte- americano."
O Paquistão é um país interessante. Desde o que se ensina nas suas Madrassas (ler aqui), passando pelas actividades dos seus serviços secretos (ler aqui), até à maneira de ser dos líderes tribais do Noroeste do país (ler aqui), tudo é muito fascinante. Não esquecendo, claro, o presidente Musharraf (ler aqui).
Explicamos melhor. “1/ Com cerca de 800 mil km2 de extensão e aproximadamente 140 milhões de habitantes, o Paquistão tem um papel importantíssimo no contexto geopolítico do sub-continente indiano e das áreas adjacentes (Oriente Médio e Ásia Central). Isto decorre não só por conta de seu envolvimento em problemas de países vizinhos, especialmente em relação à Índia e ao Afeganistão, mas também por causa de suas tensões étnicas e religiosas internas.
O Paquistão surgiu como país independente em Agosto de 1947, como resultado da bipartição da colónia britânica da Índia. A ideia de se criar o Paquistão esteve ligada à oposição dos muçulmanos do sub-continente indiano em passarem a integrar uma Índia plurireligiosa e laica.
2/ O Paquistão não está a fazer um grande esforço para apanhar Bin Laden porque também não quer antagonizar os fundamentalistas islâmicos no interior do país. E isso acontecerá se capturarem Bin Laden. É mais conveniente para o Paquistão manter-se pouco activo nesta matéria. Nem o Presidente, nem o Exército, ninguém neste momento no establishment paquistanês quereria ficar embaraçado com a sua captura. Receberiam muitos elogios do mundo, mas enfrentariam muitos problemas internos.
Quando se olha hoje para o Paquistão vê-se um Estado fraco e ameaçado por forças revolucionárias, uma sociedade ainda mais radicalizada após a intervenção militar dos Estados Unidos no Afeganistão e uma vasta região autónoma, com as suas leis islâmicas e as suas forças militares. Na prática estamos perante uma pequena federação de talibans, onde se esconde bin Laden, e que pretende alargar a revolução islâmica ao resto do Paquistão, ao Caxemira e à Ásia Central..”
Criminalidade II.
"Tem mais de uma dezena de elementos e, no princípio de Setembro, deixou a saque os restaurantes da zona de Lisboa. A facilidade em roubar viaturas dá-lhes uma grande mobilidade, difícil de igualar até pelas autoridades policiais.Alguns leitores perguntam porque estes vossos modestos escribas passam a vida a falar na criminalidade. Simples. Como ela praticamente não existe, temos de ser nós a puxar pela memória dos portugueses.
O poder de fogo é também assustador. As armas usadas, normalmente pistolas e caçadeiras, são suficientes para deixar em sentido os proprietários e clientes dos estabelecimentos. Nas duas primeiras semanas de Setembro, o gang dividiu-se em pequenas células para assaltar quase uma dezena de restaurantes nos concelhos de Lisboa, Loures, Vila Franca de Xira, Almada, Barreiro, e Setúbal. A Direcção Central de Combate ao Banditismo da Polícia Judiciária ainda não concluiu o inquérito que procura identificar e deter os elementos do gang."
Pedagogia dos Morangos
Publicado ontem aqui.
Sondagens.
"Cada vez mais próximo de atingir o clássico "ponto crítico" do meio do mandato - quando já passou há muito o "estado de graça" e falta também muito para o tempo das medidas populistas que se tornaram uma tradição pré-eleitoral -, não só bate todos os outros líderes partidários (22 pontos à frente de Marques Mendes), como vê o PS ter nas intenções de voto mais um ponto do que o resultado que lhe garantiu a maioria absoluta. Os inquiridos voltam, uma vez mais, a contrariar o que sustentam opinion makers (mais aqui).
Parece que por mais que Sócrates se esforce por contrariar, as sondagens são-lhe sempre favoráveis. Bom para o país.
o habitual.
"Quatro homens e um menor de 15 anos foram detidos ontem de madrugada, após terem sido perseguidos pela PSP, na Rua Elias Garcia, Amadora, por suspeitas de furtos com arrombamento, em estabelecimentos comerciais (mais aqui).E o triângulo Amadora – Honda Civic - Jovens volta a ser notícia pelo habitual.
Medo.
"Temos de ter o cuidado de não nos deixarmos intimidar pelo medo e pela violência radical. A autocensura devido ao medo não é tolerável. A autolimitação só é verdadeiramente aceitável quando se trata de uma decisão responsável dentro de um verdadeiro diálogo entre as culturas, que seja completamente pacífico"
Palavras da chanceler alemã Merkel sobre a suspensão da representação da ópera de Mozart "Idomeneo" temendo reacções da comunidade muçulmana. O tema da ópera consiste no levantamento dos homens contra Deus e uma tomada de posição face às religiões, propondo um mundo sem divindades (mais aqui).
11 de Março.
"Um relatório secreto enviado ao juiz Juan del Olmo, encarregado da investigação dos atentados de 11 de Março de 2004, em Madrid, revela aspectos ainda algo obscuros e aponta a ligação entre os autores do massacre e os campos de treino de activistas radicais no Afeganistão.
A ligação entre a ETA e os ataques de 11 de Março continua a dar que falar. Embora os tribunais tenham decidido a não implicação do grupo radical basco, o jornal ‘El Mundo’ referia ontem a manipulação de um relatório da Polícia para ocultar uma relação concreta entre a ETA e os terroristas que perpetraram o massacre de 2004. A alegada manipulação visou retirar do documento a referência à descoberta de ácido bórico numa casa da ETA e numa de Hasan Haski, implicado no 11-M.
Os autores do estudo frisavam o carácter raro da associação do ácido bórico a atentados e aventavam a possível relação entre as descobertas.
LIGAÇÃO À 'CAMORRA'
A investigação do 11-M revelou que na prisão os radicais islâmicos se ligaram a elementos do crime organizado, nomeadamente da ‘camorra napolitana’. Esta organização escoava droga proveniente de Espanha.
MAIS ATENTADOS
Três esboços de reivindicação dos atentados de Madrid, descobertos pela Polícia, referem a intenção de continuar a fazer atentados em Espanha.
O LAÇO AFEGÃO
A técnica de usar telemóveis para despoletar bombas em simultâneo, a que recorreram os bombistas de Madrid, era ensinada num campo de treino de Jalalab, Afeganistão. Esta conclusão consta de um relatório da espionagem espanhola ( mais aqui)."
A ligação entre os atentados e a mudança governativa é interessante e merece ser estudada. Simples coincidência ou não, a verdade é que muita coisa mudou em Espanha e muitos foram os agentes políticos que ganharam com ela. Para os defensores das conspirações, tudo isso indicia uma magistral jogada de bastidores.
A acompanhar.
Mais da religião de paz.
"Face aux intimidations islamistes, que doit faire le monde libre ?»
Artigo de Robert Redeker, professor de Filosofia em França, que está sob a protecção da Polícia por ter recebido ameaças de morte após ter escrito um artigo contra o Islão no ‘Figaro’ (ler aqui)."
Não sei se repararam mas o mundo ocidental já não é livre. E só o facto de pensarmos assim já nos relega para a qualidade de extremistas. Felizmente o “inimigo” que incendeia e persegue os contestadores é pacífico enquanto quem escreve sobre isso é violento.
Clinton.
Clinton é um músico perfeito..."A secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, contestou a reivindicação do ex-presidente Bill Clinton de que fez mais para perseguir a al-Qaeda do que muitos dos conservadores que o criticam. A entrevista, refira-se, bateu recordes de audiência uma vez que Clinton e o entrevistador se envolveram em azeda troca de palavras, a propósito precisamente da caça ao líder das al-Qaeda. Chris Wallace perguntou ao ex-presidente porque não se esforçou por matar o líder da al-Qaeda, o que foi encarado como um ataque a Clinton e seus colaboradores."
Criminalidade.
"1/ Os momentos tranquilos que se viveram após o jantar de segunda-feira num café da Quinta da Lomba, Barreiro, foram violentamente interrompidos pela entrada de um gang composto por três elementos, armados com um revólver e duas navalhas ponta e mola.
2/ Na segunda-feira à noite, os três assaltantes não quiseram fugir do café Mar e Sol, na Quinta da Lomba, Barreiro, sem deitarem a mão a um frasco cheio de rebuçados. Mas esqueceram-se de levar o pote do frasco.
3/ O relógio marcava as nove e meia da noite de segunda-feira. Artur Inácio estava a fechar as portas do Golfinho do Conde, um restaurante de que é proprietário na Quinta do Conde, Sesimbra, quando sentiu um arrepio na espinha. Com o cano de uma pistola encostado à nuca, o comerciante foi obrigado a reentrar no restaurante, forçado por um grupo de três assaltantes. Os três meliantes, todos negros, e aparentando 20 anos, entraram com as caras descobertas.
A Polícia Judiciária de Setúbal, responsável pela investigação ao gang, suspeita que os três indivíduos possam residir no Vale da Amoreira, Moita. Os indivíduos têm idades entre os 17 e os 20 anos. Todos vestidos com fatos de treino pretos, ténis último modelo, e de óculos escuros. É esta a descrição do gang feita pelas vítimas"
quarta-feira, setembro 27, 2006
Acerca das palavras de Bento XVI
Os tempos são de censura, porque se se cultiva a ignorância e o analfabetismo e com estes os ódios e a falta de razão e do conhecimento, tanto no Al Andaluz como no Oriente, que fazer?
Quem sou eu para discutir com o meu amigo questões que tão bem domina?
Sem querer ser maçador, porque pouco conhecedor das questões da Fé Cristã e dos debates com ela relacionados, faço, se me permite, um contraponto com "Os actos dos Apóstolos" (18, 13-15) que narram o processo judicial que sofreu S. Paulo, acusado pelos judeus de Corinto de criar uma seita perigosa, que arrebatava fiéis à sinagoga. O pro-cônsul de Acaya que estabeleceu justiça era Galião, irmão, precisamente de Séneca.
Galiâo diz: " Se se tratasse de algum crime ou má acção, eu escutar-vos-ia judeus, com calma, como é razão. Mas como se trata sobre questões de palavras, nomes e coisas da vossa Lei, vejam lá vocês. Eu não quero ser juíz nestes assuntos".
Ao fazer este contraponto, pode aqui se estabelecer uma semelhança com o que ocorreu quando da condenação de Jesus, mas há a meu ver, muita diferença entre o lavar das mão de Pilatos sujeito ambicioso, e Galião. Pilatos lavou as mãos mas não impediu que elas ficassem manchadas, que não sujas, o que são coisas diferentes.
Onde quero chegar? Perguntar-me-ão.
Onde muitos querem chegar mas não o dizem de forma clara ou não o dizem de todo.
Quem de facto manipula as palavras e quem de facto controla a grande maioria dos media?
A quem interessa ganhar mais adeptos para o seu lado com estas guerras de palavras e gesta de ódios?
O contraponto que estabeleço, não é de facto inocente e ao citar Séneca e S.Paulo e agora relembrar os diálogos e as cartas trocadas entre estes sábios, nos tempos conturbados em que viveram, um e o outro, com algumas diferenças, a humanidade teria mudado assim tanto?
Não concordo que se chame de reconquista o que foi conquista.
Lembrando Aznar, segundo o El Pais, que o Islão nunca pediu desculpas pelos 8 séculos que esteve em "Espanha", diria que se Aznar o disse, melhor seria chamar-se de asno que não Aznar.
Aqui relembro que dentro da Igreja Católica há quem queira reatar uma nova guerra chamada também de santa, ligando-a aos desígnios dos neoconservadores que de neo pouco terão,mas que colam muito bem a sectores cristãos americanos, tipo material disposable.
Relembro também que de alguns sectores sunitas do Islão se levantaram vozes de razão e com razão, para discutir assuntos da mesma(Razão).
Peço desculpa pelo tom, mas desejo que fiquem bem, mesmo que discordem com o meu raciocínio.
terça-feira, setembro 26, 2006
Nunca mais?
Tenho sido mal interpretado nesta questão dos judeus.
Os judeus têm direito à vida e partilho o seu desejo de residirem num local.
Mas a localização actual na Palestina é um pouco problemática.
Se os judeus quiserem residir num outro local, por mim tudo bem.
De facto, terei todo o prazer em organizar essa deslocação.
Tenho o local perfeito.
(Auschwitz)
***
Ler este relatório sobre as minorias religiosas e étnicas no Irão.
(publicado a 06/09/06 aqui)
Irreverence was cast out from the sky
Moonspell - Full Moon Madness
They awake for flesh
Choose pain as a path
Refuse a light
To blind you and me
Ao Amigo Carvalho Negro
Madredeus
Oxalá (Hoping)
Oxalá, me passe a dôr de cabeça, oxalá
Oxalá, o passo não me esmoreça;
Oxalá, o Carnaval aconteça, oxalá,
Oxalá, o povo nunca se esqueça;
Oxalá, eu não ande sem cuidado,
Oxalá eu não passe um mau bocado;
Oxalá, eu não faça tudo à pressa,
Oxalá, meu Futuro aconteça
Oxalá, que a vida me corra bem, oxalá
Oxalá, que a tua vida também;
Oxalá, o Carnaval aconteça, oxalá
Oxalá, o povo nunca se esqueça;
Oxalá, o tempo passe, hora a hora,
Oxalá, que ninguém se vá embora,
Oxalá, se aproxime o Carnaval,
Oxalá, tudo corra, menos mal
segunda-feira, setembro 25, 2006
Nostalgia.
Nesse País de lenda, que me encanta,
Ficaram meus brocados, que despi,
E as jóias que plas aias reparti
Como outras rosas de Rainha Santa!
Tanta opala que eu tinha! Tanta, tanta!
Foi por lá que as semeei e que as perdi...
Mostrem-se esse País onde eu nasci!
Mostrem-me o Reino de que eu sou Infanta!
Ó meu País de sonho e de ansiedade,
Não sei se esta quimera que me assombra,
É feita de mentira ou de verdade!
Quero voltar! Não sei por onde vim...
Ah! Não ser mais que a sombra duma sombra
Por entre tanta sombra igual a mim!
Florbela Espanca
Estragos.
"Um automóvel que tinha sido furtado no Porto sofreu umdespiste, ontem de madrugada, em S. Pedro da Cova (Gondomar), e os três jovens ocupantes, com idades entre os 16 e os 22 anos, acabaram nas mãos da GNR de Fânzeres. O condutor não possuía carta e um dos passageiros tinha pendente um mandado de detenção também por condução ilegal."
Day of Rage Sparks New Ideas.
"Who says there’s no innovation in the Islamic world? Responding to a very real need, vendors in Tehran are now supplying the raging mobs with combination flags—Israel, Britain, and the US all rolled into one. Really saves money on both flags and gasoline."
From Little Green Footballs
domingo, setembro 24, 2006
Dúvida.
"Evidently, we lied throughout the last year and a half, two years. It was totally clear that what we are saying is not true. You cannot quote any significant government measure we can be proud of, other than at the end we managed to bring the government back from the brink. Nothing. If we have to give account to the country about what we did for four years, then what do we say? We lied in the morning; we lied in the evening (more here)."
The prime minister of Hungary Ferenc Gyurcsany
You’ve got to be kidding.
"A Spanish U.N. peacekeeper shakes the hand of a Lebanese Hezbollah supporter wearing a yellow T-shirt and carrying a Hezbollah flag as he marches in the southern village of Kfar Kila, Lebanon, Thursday, Sept. 21, 2006, on his way to attend the massive victory rally that will take place in Beirut Friday afternoon. Hundreds of Hezbollah supporters from across southern Lebanon began marching on foot toward Beirut for a major rally planned Friday to showcase the group’s insistence it won’t disarm. (AP Photo/Alvaro Barrientos)"
From Little Green FootballsEvitar o choque.
Fernando Gil teve então uma daquelas explosões que eram típicas nele. Ficou vermelho, passou a falar alto e a gesticular, parecia ir voar da cadeira a todo o momento e ajustar contas com o infeliz interveniente. Gil citou passagens explícitas do Corão, com apelo à violência e ao assassínio dos infiéis. Incitou o interpelante a referir as citações bíblicas do mesmo tipo. Mas este, tipicamente, não as conhecia.
Se fizermos uma leitura literal da Bíblia e do Corão não haverá dificuldade em estabelecer que o último é mais sanguinário. É certo que uma passagem ou outra da Bíblia – por exemplo no Deuteronómio – sugere a pena de morte para os que optam por adorar outros deuses. Mas, no caso do Corão, o apelo à violência e à morte dos infiéis é recorrente. Aqueles que negam o Islão devem ser combatidos e massacrados. Os infiéis são descritos como animais, demónios e outras coisas do género. Portanto, o Papa não necessitava de citar um imperador bizantino para obter o mesmo efeito. Bastar-lhe-ia citar o próprio Corão.
No entanto, para além daquilo que está literalmente escrito no Livro e que as interpretações fundamentalistas consideram inquestionável, existe a possibilidade de muitas outras interpretações. Num determinado horizonte hermenêutico, a Bíblia pôde ser (mal) lida como justificando cruzadas, inquisições e perseguições. ”Mutatis mutandis”, o Corão pode ser (bem) lido, de uma forma não literal, para justificar a tolerância e a paz.
É verdade que a realidade actual da esmagadora maioria dos países muçulmanos parece desmentir esta possibilidade. As violentas reacções à citação papal que nos chegam do mundo islâmico apenas corroboram essa mesma citação. Mas não devemos esquecer os bons exemplos. Assim, a Turquia tem conseguido manter o Estado laico e a tolerância religiosa que Kemal Atatürk impôs à força, sobre as ruínas do califado. Seja pelo método de Atatürk ou por outros, parece possível que países islâmicos ascendam à modernidade política.
Por outro lado, não devemos confundir aquilo que dizem os líderes religiosos com o que pensam os crentes individuais. Se, por exemplo, perguntarem aos católicos se eles estão de acordo com uma série de ensinamentos mais polémicos da Igreja, muitos dirão que não. No entanto, ninguém deixa de ser católico por causa disso. Felizmente, as crenças algo flexíveis do povo cristão não coincidem com as verdades absolutas de alguns teólogos. Da mesma forma, o povo islâmico está muitas vezes mais preocupado com a sua subsistência e com coisas profanas do que em seguir à letra os mandamentos absolutos de alguns fanáticos.
É verdade que o círculo virtuoso entre religião e modernidade está mais facilmente ao alcance dos países cristãos do que dos países muçulmanos. Apesar da rejeição da modernidade política e dos valores da tolerância, dos direitos do homem e da democracia que a Igreja Católica protagonizou no passado, é hoje indesmentível a sua adaptação genuína ao novo contexto. Na minha opinião, isso deve-se ao facto de que estes valores da modernidade política são, em boa parte, cristãos. Ao afastar-se de uma tradição de intolerância e conluio com o Estado, a Igreja está também a ser mais fiel à mensagem de Cristo.
No entanto, o mesmo círculo virtuoso, sendo embora mais difícil para o Islão, em função da doutrina predominante e da própria história, não lhe está vedado por nenhum decreto. Por detrás da escolha de citações de Bento XVI, estará a fundada convicção de Ratzinger da dificuldade do Islão em alcançar a quadratura do círculo entre religião e modernidade política. Mas seria mais proveitoso afirmar a esperança de que isso pode vir a acontecer para mais muçulmanos e em vários lugares do mundo islâmico – não apenas na Turquia. Desta possibilidade depende a nossa capacidade para evitar que o ”choque de civilizações” deixe de ser uma teoria e passe a ser o principal facto geo-estratégico do século XXI."
João Cardoso Rosas
sábado, setembro 23, 2006
Violência e jogos de vídeo.
"No ano de 2005, a polícia registou 330 crimes de carjacking, ou seja, roubo de automóveis de forma violenta com agressão ou ameaça ao condutor. Os dados foram publicados esta semana pela Polícia Judiciária e dão conta de um aumento de 14 por cento em relação a 2004. Os autores deste tipo de crime são sobretudo jovens, com idades entre os 21 e os 30 anos, que, segundo a PJ, pertencem a uma «sub-cultura juvenil» que é influenciada pela violência urbana transmitida por jogos de vídeo e filmes."Target: Renegade apareceu em 1980 e nele o jogador veste a pele de um Streetfighter. Este jogo tem a particularidade de poder ser jogado por dois jogadores ao mesmo tempo.
Skool Daze surgiu em 1985. Neste jogo pode-se agredir professores e roubar.
Grand Theft Auto surgiu em 1998. Considerado o mais violento jogo criado para PC, nele o jogador veste a pele de um mafioso com direito a assassinar, atropelar, roubar bancos, etc.
Se tivermos em conta que:
1/ O carjacking apareceu em por volta de 2002, muito tempo depois do aparecimento dos referidos jogos de computador;
2/ Que esse fenómeno regista-se principalmente na grande Lisboa (Olivais e Benfica, Telheiras, Lumiar, linhas de Sintra e de Cascais e no concelho de Loures) e grande Porto;
3/ Que os seus agentes vivem nos bairros problemáticos das grandes cidades;
Chega-se à conclusão que a coisa não é tão simples. Ou seja, considerando o hiato entre o aparecimento dos jogos e a actividade criminosa e a identidade dos agentes do crime, facilmente se conclui que a culpa não é dos jogos (que só parecessem influenciar certa meia-dúzia) mas sim da cultura suburbana dos habituais bairros escudados pelo politicamente correctos. Cultura essa que legitima a queima de automóveis em França entre outras.
Como entrar na Europa.
Emigration, immigration : comment venir en Europe ?
Mode d'emploi pour venir en Europe, via l'émigration immigration clandestine, notamment via les îles Canaries.
www.senegalaisement.com/senegal/venir_en_france.php - 78k - Em cache - Páginas semelhantes
Ver aqui.Manual na Web fornece seis pacotes com pistas concretas sobre como entrar na Europa com uma taxa de sucesso de 91%.
Eis os pacotes:
A/ Pacote homossexual ensina a aproveitar o direito ao asilo, fazendo-se passar por homossexual e tirando partido da “progressista lei francesa”;
B/ Pacote Dia D garante que o desembarque nas Canárias é a forma mais “fácil e barata” de entrar na Europa, com o risco único de passar 24 Horas na prisão;
C/ Pacote Gravidez dirigido ás mulheres em idade fértil, especifica que a França tem direito de solo, pelo que a mãe da criança ali nascida é “inexpulsável”;
D/ Pacote Casamento permite ao imigrante, casando com uma europeia de meia-idade, o acesso à Europa e a remessas regulares via Western Union;
E/ Pacote estudante também denominado “estudar e nunca mais voltar”, é o “circuito mais prestigiado para sair do Senegal” mas requer um visto;
F/ Pacote Clássico útil só em caso de reagrupamento familiar, requer um visto “difícil de obter”. Daí o conselho: após três tentativas, opte por um Dia D”.
Curiosidades:
1/ O Desembarque nas Canárias é a forma mais “fácil e barata” de entrar na Europa., com o risco único de passar 24 Horas na prisão. Por apenas 190 e 380 euros com apenas uma regra: esquecer os documentos de identificação. A Cruz Vermelha ou a Amnistia Internacional garante ao imigrante “apátrida” cuidados e alimentação como, após alguns dias num centro de asilo, lhe é dado um bilhete de avião “pago por Zapatero”.
2/ Graças “à Al-Qaeda, que cometeu os atentados de Madrid antes das eleições”, a Espanha é detentora do “recorde mundial de regularizações maciças”.
3/ A França permite a um casal com quatro filhos “receber 1 700 Euros sem trabalhar”.
4/ Nos últimos cinco anos, a Espanha recebeu três de cada cinco imigrantes identificados na União Europeia.
Fonte: Expresso de 18 de Setembro.
Demasiada importância.
"O Papa Bento XVI convidou os embaixadores dos países muçulmanos para uma reunião na próxima segunda-feira, em Castelgandolfo, a sua residência de Verão, informou esta sexta-feira a Santa Sé."
Os Muçulmanos são pessoas mais civilizadas, educadas, asseadas e, muitas vezes, cultas, do que os ocidentais. Os responsáveis do Cristianismo, pelos antecedentes históricos, nunca foram flores que se cheirassem. O Ocidente tem mais de que se envergonhar na sua história do que os Muçulmanos: Cruzadas, Inquisição, Holocausto. E sendo o Papa oriundo do país dos Nazis, que mais mortes causou na história recente do mundo, devia era estar calado. Se o Vaticano quer guerra com o Islão, que a faça em nome individual, uma vez que, a grande maioria da população ocidental, felizmente, já não se identifica com fundamentalismos medievais e quer PAZ.
Agora um comentário “neutro”:
A diferença é que os ocidentais assumiram os erros, pediram perdão pelas coisas vergonhosas que fizeram, recebem os muçulmanos nos seus países, deixam-nos frequentam as escolas ocidentais, permitem que eles se casem com as mulheres ocidentais, visitam os santuários cristão e não só, têm liberdade de poder dizer que não gostam. Etc. etc.. enquanto que para ser católico no médio oriente é preciso ter espírito de herói..
Finalmente um comentário politicamente incorrecto:
“O bom muçulmano é aquele que já está entre as suas 72 virgens de olhos negros – será mesmo a cor dos olhos ou serão as habituais equimoses das mulheres muçulmanas?”
A verdade é qye a Al-Qaida é apenas a ponta do iceberg. A grande invasão foi sendo feita em completo silêncio. São milhões os muçulmanos espalhados por toda a Europa. Quem os vai parar quando decidirem avançar? Mas são os próprios europeus os piores traidores. Por troca de poder rescrevem a história, mudando o Islão de roupagem conforme o vento.Já agora. Que tal um pedido de desculpas por andarem a queimar imagens do Papa? Ou isso não é violência?
Crescer sem medo.
"Muitos são os alunos e docentes que faltam às aulas por medo. E à sensação de insegurança está também associada uma falta de prazer em aprender e ensinar, o que influencia em muito as taxas de insucesso escolar. 13 por cento dos estudantes inquiridos afirmam já ter levado para a escola objectos de defesa pessoal, sobretudo armas brancas como facas, ponta-e-molas, canivetes e x-actos. Dois por cento confessam mesmo já ter levado pistolas, segundo dados não publicados, a que a agência Lusa teve acesso"
Criar um programa intitulado “Programa Escola Segura” que visa proteger alunos e professores é mau sinal. Pior ainda é quando passados 10 anos se concluiu que esse programa foi um fracasso. Segundo um estudo da DECO, um em cada três alunos do básico e do secundário e um em cada cinco professores já foram vítimas de actos de violência dentro e nas imediações das escolas, públicas e privadas.
A escola de hoje é o reflexo das teorias de quem se esconde por detrás da secretária. Mais do um sinal dos tempos, a violência nas escolas é o resultado das várias políticas (ou falta delas) de ministros sucessivos, políticos e demais bons falantes. É sabido que a realidade constatada pela Deco é sucessivamente escamoteada e camuflada pelos responsáveis políticos que tem a obrigação de extinguir o problema da insegurança.
Será democrático um país que não consegue garantir às crianças o direito de crescerem sem medo?
Citações e obituários
Sem surpresas, em vez de lamentar a destruição de igrejas e contemplar o restante espectáculo com gargalhadas e um balde de pipocas, o generoso Ocidente decidiu tomar para si as dores alheias. Não importa enquadrar as palavras do Papa. Não importa a liberdade de expressão. Não importa que as quotidianas ofensas e agressões a cristãos, judeus e “cães” em geral sejam recebidas, do lado de cá, com pia tolerância. Enquanto os muçulmanos berram, a nossa preocupação exclusiva, além de exigir ao Vaticano desculpas, é indagar se conseguirão berrar ainda mais. Para tal, consultam-se ‘especialistas’ e o diagnóstico é unânime: o episódio enfraqueceu o ‘Islão moderado’.
Será impressão minha, mas o ‘Islão moderado’ é assim a dar para o débil. Se o Papa fala, o ‘Islão moderado’ vai-se abaixo. Se um dinamarquês desenha uns rabiscos, o ‘Islão moderado’ encolhe-se. Se uma holandesa escreve o guião de um filme, o ‘Islão moderado’ foge para parte incerta. Visto que o ‘Islão moderado’ não defende os direitos ocidentais nem condena os crimes a que o mero exercício desses direitos serve de pretexto, é se calhar altura de não depositarmos demasiada esperança em tão frágil, tímida e, possivelmente imaginária, instituição.
Se calhar é preferível lidarmos apenas com o Islão visível, esse caldo de boçalidade e ressentimento que protesta e, quando surge a oportunidade, mata. Falta descobrir o método. Uma conhecida escola, que o dr. Mário Soares aqui representa, sugere a compreensão e o diálogo. Lindo. Por azar, pouco viável. Não se compreende aquilo que, sob a perspectiva das sociedades abertas e laicas, é essencialmente irracional. E não se dialoga com quem nos deseja, incondicionalmente, eliminar.
As consequências do discurso papal provam, se provas fossem precisas, que a coisa não vai com subtilezas. Acima do barulho (uma pessoa habitua-se), aquilo que impressiona no forjado ‘caso Ratzinger’ é a distância que separa a dialéctica e a erudição do pensamento unidimensional das hordas muçulmanas. E do ódio irresoluto dos seus líderes.
Oriana Fallaci, a jornalista italiana que morreu na sexta-feira, percebeu este fosso radical e dedicou os últimos anos de vida a explicitá-lo. Contra a barbárie muçulmana, claro. Mas também contra as vénias de políticos, intelectuais e clérigos ocidentais, que acolheram a barbárie com suicida ternura. Muitos, a fim de desvalorizar a autora, desvalorizavam-lhe o estilo, que afirmavam excessivo e brutal. A brutalidade dos seus livros e artigos finais é óbvia; os excessos, infelizmente raríssimos. À semelhança de poucos, a esquerdista Fallaci não deixou que interesses ‘estratégicos’ lhe toldassem a lucidez e impedissem de nomear o perigo que nos cerca. Um perigo que, como ela reconhecia, talvez não tenhamos tempo nem vontade de enfrentar. A coragem não é sinónimo de optimismo: em ‘A Força da Razão’, a sra. Fallaci lembra que Maomé viu em Roma a futura capital do Islão, ‘moderado’ ou não. E isto, reparem, sou eu a citar."
Alberto Gonçalves
Criminalidade.
"Duas raparigas, que alegam ser menores de idade, foram presas pela PSP, em flagrante, por suspeitas de assaltarem cerca de 20 casas na zona de Telheiras, em Lisboa. As duas jovens são cidadãs de países de leste e terão ganho com os roubos mais de 150 mil euros. O método para assaltar utilizado pelas menores era simples: tocavam às campainhas e se ninguém abria a porta entravam nos apartamentos. Abriam as fechaduras com um pedaço de plástico (tipo radiografia). Uma vez dentro da casa usavam meias de vidro para não deixar impressões digitais e uma chave de fendas para abrir portas ou gavetas fechadas."
Mais um pungente exemplo da tal imigração tão necessária ao desenvolvimento do país. Depois digam que os jogos de computador é que levam os miúdos a roubar.
sexta-feira, setembro 22, 2006
22 de Setembro de 1869
"Das Rheingold" de WILHELM RICHARD WAGNER estreia em Munique. Trata-se da primeira opera que, juntamente com "Die Walküre", "Siegfried" e "Götterdämmerung", integra a obra “O Anel dos Nibelungos”.
22 de Setembro de 66
Emperor Nero creates the legion I Italica. Legio I Italica ("the Italian legion") was a Roman legion levied by emperor Nero on September 22, 66 AD (the date is attested by an inscription), for a campaign in Armenia that never took place. The sources mention the peculiar fact that the original legionaries were Italics all over six feet tall. There are still records of the I Italica in the Danube border in the beginning of the 5th century AD. The legion's emblem was a boar.
Gaul broke out in revolt early in 68, and I Italica was redirected there from the East. In the year of the four emperors (69 AD), they sided with Vitellius until his defeat by Vespasian. The new emperor sent I Italica to the province of Moesia in 70. They encamped at Novae (modern Sishtov), and remained there for centuries.
During the Dacian wars of Trajan, the legion was responsible for bridge construction in the Danube. Building activities seem an expertise of the legion. Around 140 a centurion from I Italica is responsible for the construction of a section of the Antonine wall. Again, in the 3rd century the legion took part in the construction of the Limes Transalutanus, a defensive wall along the Danube.
During the reign of Marcus Aurelius, I Italica was surely involved in the wars against the Germanic tribes that threatened to cross the Danube.
Wikipédia.
"Gato constipado".
"Quando, em 2003, Eduardo Prado Coelho lhe chamou "gato constipado", já José Souto Moura estava contaminado pelo vírus de que não morreu: o processo Casa Pia. Foi um gato com sete vidas, sobrevivendo ao terramoto que abalou a sociedade portuguesa em Novembro de 2002 e, a partir de Maio seguinte, com a prisão de Paulo Pedroso, a classe política portuguesa. Ao manter absoluta confiança na investigação do processo, conduzida pelo procurador João Guerra, Souto Moura ficou na linha de fogo do PS, principal vítima das fugas de informação do Ministério Público - numa época em que alguns jornais divulgavam informações alegadamente do processo, nas quais vários dirigentes socialistas apareciam como suspeitos de abuso sexual de menores."
DN
Tirando Santana Lopes. Não temos conhecimento de afastamentos por incompetência. Assim sendo, Souto Moura seria afastado por ser uma figura competente mas incómoda. E armadilhas não lhe faltaram. Faz-nos lembrar o juiz Teixeira, o tal que era acusado de ser mediático mas que nunca mais apareceu depois de largar o Caso “Casa Pia”.
Calha sempre aos mesmos.
"Os residentes nos bairros de Lisboa com estacionamento concessionado à EMEL e que tenham mais de um carro vão passar a pagar. Quem tiver duas viaturas vai pagar 25 euros por ano, o terceiro carro pagará 100 euros e o quarto e último veículo autorizado desembolsará 150 euros, refere a «Renascença». Até aqui, os moradores tinham direito a estacionamento ilimitado e gratuito na sua área de residência.
As novas regras também vão penalizar os não moradores. Quem estacionar nos lugares com parquímetro vai pagar mais. De acordo com a vereadora do PSD, Marina Ferreira, o agravamento é significativo: «começamos com 25 cêntimos, mas vamos agravando significativamente à medida que o tempo de permanência na via pública vai aumentando». Se estacionar o carro por quatro horas terá de pagar até quatro euros e se exceder esse período será multado por uso indevido do espaço público"
Mais um exemplo de que a construção do Túnel do Marquês não vai trazer mais trânsito a Lisboa. E, para variar, a solução encontrada para combater o excesso de automóveis na cidade é a mais simples. Transforma-se o dono do automóvel num criminoso. Especialmente o residente que tenha mais de uma viatura. Quanto a melhorar a rede de transportes nada. Curiosamente o aumento da rede do Metro em Lisboa e no Porto permitiu a conquista de 12,7% de passageiros no primeiro trimestre.
Como diz um comentador “imagine-se uma viagem nos nossos rápidos, eficientes e imensos transportes públicos (aliás, económicos, confortáveis, limpíssimos e com uma clientela da mais fina educação e esmerada cidadania, bons tempos em que dizer um palavrão a bordo era sinónimo de ser "chutado" fora e ter de ir a butes, quanto mais as agressões actuais - fruta da época, dizem os psicólogos, raios parta a sazonalidade que não há meio de ter fim).”
Novas da religião da paz.
"O Papa Bento XVI "deve ser imediatamente afastado da sua posição por encorajar a guerra e atiçar a hostilidade entre as várias fés" e "proferir declarações insultuosas" contra o Islão, defenderam cerca de mil sacerdotes e autoridades religiosas islâmicas, no final de uma convenção na cidade paquistanesa de Lahore. "O Papa, e todos os infiéis, devem saber que nenhum muçulmano, em nenhuma circunstância, pode tolerar um insulto ao Profeta" Maomé, lê-se no comunicado. "Se o Ocidente não mudar a sua posição em relação ao Islão, enfrentará severas consequências", alerta o documento."
JN
É sensação nossa ou a religião da paz anda à procura do mínimo pretexto para distribuir pacificidade entre o ocidente. Por uma questão de merecimento, propomos que comecem pelos seus admiradores. Eventualmente se acharmos ser merecedores de tal distinção, equacionaremos uma possível aceitação.
Técnica.
"Portugal já tem hoje o menor número de deputados por habitante de todos os países da Europa Ocidental com apenas uma câmara legislativa e de vários países com duas câmaras, como sucede com a Irlanda. Uma distância que iria aumentar consideravelmente caso vingasse a proposta do PSD de redução substancial dos actuais 230 parlamentares que compõem a Assembleia da República. "
DN
Watergate brasileiro.
"O presidente do Supremo Tribunal Eleitoral do Brasil, Marco Aurélio Mello, considerou pior do que o caso Watergate o escândalo da compra de documentos pelo Partido dos Trabalhadores, do presidente Lula da Silva, para prejudicar candidatos rivais."
Só que na tão criticada América, o governo caiu (ler aqui). E curiosamente os que criticam essa América são os mesmos que se mantém agarrados ao poder.
Oásis.
"Os bancos a operar no mercado português são dos que cobram taxas mais elevadas sobre os empréstimos e dos menos generosos quando se trata de remunerar poupança. Esta é uma das conclusões de um estudo do Banco Central Europeu (BCE) que compara as diferenças das taxas de juro praticadas pelas instituições bancárias da Zona Euro. Este panorama geral apenas não reflecte o que se passa no crédito à habitação, onde a banca portuguesa pratica taxas de juro abaixo da média ."
JN
Criminalidade.
"Um perigoso elemento do gangue das caixas Multibanco (ATM) que durante meses aterrorizou as zonas de Aveiro, Albergaria-a-Velha, Águeda e Sever do Vouga, foi ontem de manhã detido pela Policia Judiciária (PJ) de Aveiro, numa operação surpresa a um acampamento em Frossos, Albergaria-a-Velha. A operação da PJ contou com a colaboração da GNR e destinou-se a cumprir um mandado de captura emitido pelo Tribunal de Águeda.O detido, um homem de 38 anos, surdo-mudo, estava fugido às autoridades policiais desde Agosto passado, quando o núcleo duro do "gangue" tinha sido detido pela PJ de Aveiro, num acampamento em Avanca, perto de Estarreja."
O perigoso elemento do gangue vivia num acampamento. Eis o politicamente correcto a trabalhar. Só falta dizer que o cigano andava a monte porque era surdo-mudo e nunca ouviu as ordens das autoridades policiais.
quinta-feira, setembro 21, 2006
21 de Setembro de 1937.
J.R.R. Tolkien publica "O Hobbit". O Hobbit é um livro escrito por Tolkien, antecede a estória contada na serie "O Senhor dos Anéis." O Hobbit conta a estória de um hobbit chamado Bilbo Bolseiro que nunca pensava em sair de sua toca grande e confortável foi pego de surpresa por um mago chamado Gandalf e 13 anões que queriam recuperar seus tesouros roubados por um dragão chamado Smaug e assim vivem muitas aventuras durante todo o livro.
John Ronald Reuel Tolkien (Bloemfontein, África do Sul, 3 de Janeiro de 1892 — 2 de Setembro de 1973, Bournemouth, Inglaterra)) foi o criador de O Senhor dos Anéis. Aos 3 anos parte com sua mãe e seu irmão para Inglaterra, onde viveu toda a sua vida. Tolkien ficou órfão muito cedo e, desde jovem, começou a se interessar por Filologia e pela Mitologia inglesa. Conhece Edith Bratt em 1908 e, mais tarde, casa-se com ela.
Em 1916, Tolkien vai para a I Guerra Mundial, na França, onde adoece de "Febre das Trincheiras". Hospitalizado, não tem mais condições de lutar pelo seu país e, a partir daí, começa a escrever o livro dos Contos Perdidos, que, mais tarde, viria a ser O Silmarillion. Tolkien volta para casa e, em 1920, nasce seu primeiro filho, John. Consegue um emprego de professor em Oxford.
Tolkien começou a escrever O Hobbit em 1930, que conclui somente em 1937. O sucesso da publicação é gigantesco e o autor vê-se obrigado pelos fãs a continuar a história da Terra-média. Assim, entre 1954 e 1955, são publicados os três volumes de O Senhor dos Anéis. Em 1962, publica As Aventuras de Tom Bombadil. Em 1973, Tolkien adoece e morre aos 81 anos, no hospital, nas primeiras horas da manhã de 2 de setembro.
Depois de sua morte, seu filho Christopher Tolkien compilou vários livros, entre os quais o Contos Inacabados, a versão final de O Silmarillion e a série HoME, History of Middle-Earth, uma série de textos do autor, em 12 volumes.
Wikipedia
Alguém me sabe dizer ?
The Arab reaction to 9/11.
“When the twin towers collapsed… My lungs filled with air and I breathed in relief, as I had never breathed before."
'Ali 'Uqleh 'Ursan, Syrian Arab Writers Association chairmanAl-Usbu' Al-Adabi (Damascus) September 15, 2001
"Since the attacks on September 11, 2001, The Middle East Media Research Institute has monitored, translated, and recorded what was said in the Arab and Iranian press about that day. Prominent journalists, members of academia, leading religious figures, and even Arab government officials helped shape conspiracies about what "really" happened.
The carefully documented collection is now available as a PDF and includes a compilation of articles and editorials from the mainstream Arabic and Persian language press, as well as transcripts from television programs.
A documentary film about the Arab and Iranian reaction to 9-11 incorporates footage from various TV and satellite stations in the Middle East. It was made with Interface Media Group and narrated by acclaimed actor Ron Silver."
See here.
O perigo de ir à escola.
"A insegurança e criminalidade nas escolas portuguesas são uma realidade. Os casos que vão povoando as páginas dos jornais são apenas uma gota de água na realidade quotidiana de violência física e psicológica de que alunos e professores são vítimas. A DECO realizou um estudo que envolveu 46 mil estudantes e docentes e que revela situações que normalmente são ocultadas pelo medo e pelo silêncio.
Mais de 200 escolas responderam aos inquéritos enviados pela DECO. Quase 40 mil alunos aderiram à iniciativa, tal como cerca de 9230 professores. Os resultados foram reveladores: cerca de 37 por cento dos estudantes e 18 por cento dos professores admitiram já ter sido vítima de violência ou de crimes de ordem física ou psicológica dentro ou nas imediações da escola.
«As medidas para garantir a segurança nas escolas são feitas com base nos números oficiais do Ministério da Educação que, como este estudo provou, estão muito longe da realidade», disse Rita Pinho Rodrigues, da DECO, na apresentação do estudo em conferência de imprensa, esta quarta-feira. "
PD
Só num estado democrático como Portugal é perigoso ir à escola. E isto com a criminalidade em queda ...
Enquanto Portugal continuar refém do politicamente correcto, pensando primeiro nas causas da violência, desculpabilizando os seus agentes e ignorando as vítimas, não vai a lado nenhum. E quando o ministério retira às escolas todo e qualquer mecanismo disciplinar ainda pior se torna a situação.
Hugo Chavez.
"O diabo esteve aqui ontem e este lugar ainda cheira a enxofre", afirmou o Presidente venezuelano, aludindo ao discurso de terça-feira de George W. Bush na ONU. Fazendo referência ao livro do linguista norte-americano Noam Chomsky ("Hegemonia ou Sobrevivência - A Estratégia Imperialista dos Estados Unidos"), Chávez sublinhou que "a pretensão hegemónica do imperialismo norte-americano" é hoje "a maior ameaça que pende sobre o nosso planeta".
Para o Presidente venezuelano a política dos Estados Unidos "põe mesmo em causa a sobrevivência da espécie humana"."
As democracias da América Latina têm a particularidade de “criarem” figuras patuscas. É o caso de Hugo Chavez. Um verdadeiro comediante que vai alegrando o mundo anti-americano à custa do seu próprio povo.
As contas por saldar da Descolonização
Passaram mais de 30 anos e ainda não foi concedido ao povo português o direito de saber o que, verdadeiramente, aconteceu em Lusaka (além do Acordo publicado no DR).
“Realmente trata-se de um documento importante para se compreender o processo em si, dos Acordos de Lusaka, mas o importante naquela altura era o reconhecimento por parte de Portugal que nós tínhamos direito à independência. Infelizmente não participei na discussão do “Acordo Militar” e nem sei quais são as cláusulas plasmadas, mas acredito que os portugueses tinham as suas razões em pedir que não fosse publicado, face à situação em que se encontravam. O documento está guardado a sete chaves pelo governo. Não conheço o seu prazo, mas acredito que a breve trecho será tornado público”.[Mariano Matsinhe da Frelimo]
Retirado do Galo Verde
quarta-feira, setembro 20, 2006
EPUL.
"A EPUL (Empresa Pública de Urbanização de Lisboa) pagou uma comissão de 491 mil euros à sua mediadora imobiliária Imohifen pelo acompanhamento e promoção que esta fez à divulgação do concurso público de venda dos terrenos do Vale de Santo António."Será por isto que a EPUL começou a não devolver o dinheiro de quem ficou excluído nas candidaturas às suas casas?
Acção heróica.
"Quatro soldados canadianos e, pelo menos, 25 pessoas, muitas das quais crianças, ficaram feridas, ontem, num atentado, quando um homem de bicicleta accionou os explosivos que trazia junto ao corpo no meio de uma multidão de jovens que recebiam canetas e cadernos das tropas da OTAN (mais aqui).
A resistência contra o Eixo do Mal continua a sua acção meritória atacando os seus próprios filhos. “Infelizmente” não pertencemos ao politicamente correcto para podermos saber apreciar esta “corajosa” acção e poder glorificá-la.
Nice Shooting, Your Holiness.
"Hat tip Tim Blair, who notes: "...the Pontiff achieved a perfect Red Cross ambulance hole through one of the doves—despite using a shotgun. Way to go, Ratzy!"
Drinking from Home
Imagine que em vez de ser a Al Jazeera a fazer esta caricatura do Papa (ver aqui), era a CNN a fazer uma caricatura idêntica de Maomé? Depois venham-nos falar em democracia ocidental…
Quercus.
"Se passar esta quarta-feira de manhã pela Avenida da Liberdade (junto dos Restauradores), em Lisboa, vai ver 50 cruzes negras, cada uma com dois metros de altura. O «cemitério», uma iniciativa da organização ambiental Quercus, visa alertar os portugueses para as consequências da poluição automóvel na saúde pública.
A avenida Duarte Pacheco, onde está a ser construído o Túnel do Marquês, é uma das entradas em Lisboa com maior tráfego automóvel. «Ao fazer um investimento desta dimensão [a construção do túnel], a autarquia de Lisboa está a dar um sinal em sentido contrário. As pessoas sentem que podem levar o automóvel até ao centro da cidade», afirma o presidente da Quercus, Hélder Spínola (ler aqui).
Estes tipos são o máximo e adoram gozar com o povo. Se tivessem assim tão preocupados com as doenças provocadas com a poluição automóvel não andavam a impedir a construção da IC16/30 (alternativa à IC19 - ler aqui) e o fecho da CRIL (ler aqui).
Para não dizerem que no Carvalhadas só se sabe dizer mal, aqui vai uma proposta: porque não se aposta nos carros híbridos (ler aqui)? Têm baixo consumo de combustível, reduzido nível de ruído do motor e são fáceis de conduzir. A autonomia e os custos de manutenção são os únicos pontos fracos mas com o tempo serão corrigidos. Trata-se de uma boa opção para combater a poluição e o aumento dos combustíveis.
Já agora. A história de o Túnel do Marquês incentivar a entrada de automóveis em Lisboa é uma enorme falácia. E é uma enorme falácia porque não havendo sítios para estacionar e indetermináveis filas de trânsito, quem vai arriscar andar às voltas num pára arranca à procura de estacionamento com o carro se pode ir rapidamente de Metro?
Situação mais complicada é andar no comboio da linha de Sintra e ser alvo dos gangues que não existem. Os tais que têm o condão de fazer desaparecer misteriosamente os bens alheios em arrastões inexistentes e agredir passageiros. Os tais que são filmados em actividades ilícitas inexistentes pelas câmaras de filmar dos comboios. Os tais que chegam a agredir os agentes da autoridade e ascendem à condição de heróis na comunicação social.
Irão
"O Irão tem uma alta taxa de abusos sexuais no interior da família e o número de 5.300 crianças violadas anualmente por familiares é apenas a ponta do icebergue, disse à Agência Lusa uma advogada iraniana. As notícias de jornais fechados e jornalistas detidos têm aumentado nos últimos meses, fruto de duas tendências: o surgimento de numerosas publicações independentes durante o período de abertura de Khatami e o recente endurecimento do Governo de Ahmadinejad em termos de liberdade de expressão e de imprensa (ler aqui).
O que não impede Mahmoud Ahmadinejad de afirmar "todas as nossas actividades nucleares são transparentes, pacíficas e sob os olhares atentos dos inspectores da AIEA (Agência Internacional de Energia Atómica)”. Felizmente os “nossos” politicamente correctos apoiam a política iraniana de restrição da liberdade ao seu e a utilização dos recursos do país para financiar o terrorismo. Tudo em nome da cruzada anti-imperialista.
Deve custar muito…
Eu não li, mas...
A ideia é um achado, até se chegar à conclusão que, enquanto para uns isto é um exercício de estilo, uma sátira, para outros, para nós portugueses, é a realidade. Exagero? Basta recordar as admiráveis reportagens televisivas onde se pergunta ao cidadão comum coisas como: Considera que houve ou não fogo posto? Acha que o motorista terá adormecido? Pensa que este último atentado tem um significado especial?
Como se a qualidade das perguntas não fosse, só por si, deprimente, há sempre alguém que diz ”Eu não vi, mas…”. Seguem-se depois longas tiradas de opiniões convictas e absolutas sobre todo e qualquer tema com base em algo que não se viu, mas…
O mesmo acontece com os programas de rádio em que os ouvintes são chamados a dar a sua opinião sobre tudo, seja a reprodução assistida ou os avanços da microbiologia, a negação do Holocausto ou a negação do 11 de Setembro. Não há tema que não lhes seja acessível. Não leram, não viram, mas…
Que as opiniões sejam infundadas, que as interpretações sejam surreais, que a irrelevância informativa seja total, aparentemente não incomoda nem os autores das peças ou dos programas, nem as respectivas direcções, nem aparentemente as audiências. À medida que cada um se vai revendo na falta de pudor dos outros, vai diminuindo o sentido crítico e o valor da opinião fundamentada. Como o nível cultural e cívico do país é o que é, ganha quem põe a mão na anca e fala mais alto. Uma vez mais o triunfo da forma sobre o conteúdo. Nada disto é particularmente grave, gostamos nós de pensar, porque se trata de excepções, de meras peças coloridas no grande ‘puzzle’ da nossa comunicação social. A verdadeira informação, aquela na qual nós acreditamos e à qual recorremos, essa utiliza outras fontes: políticos, comentadores, intelectuais, especialistas. Gente culta e preparada, gente com responsabilidade perante a sociedade. Gente séria.
Acontece que, tal como os populares anónimos, o facto de muitos destes protagonistas não terem lido nem terem visto o que quer que seja nunca os impediu de emitir opiniões sobre isso mesmo. O ego é grande e há que rentabilizá-lo. Mesmo quando a asneira é pública e grossa, não tem importância. Desmente-se o que se disse. Nega-se a evidência. Reinventa-se o facto. Do ponto de vista de estratégia de comunicação, é-me sempre particularmente grato assistir aos malabarismos e passes de mágica para negar a realidade. Admiro a alma de artista, a capacidade para pintar cenários perante os nossos olhos e dizer que a paisagem é verdadeira. Desde a justificação da frase fora de contexto, que já é um clássico, à recente função moralizante de certas conversas telefónicas imorais, a imaginação não tem limites. A falta de ética também não.
Quando um aluno, num liceu ou universidade, diz ”Eu não li o livro, mas…” e se ofende com uma resposta menos simpática por parte do professor, é porque não percebe sequer a enormidade do que está a dizer. Não é dramático não ter lido certo livro, ou não ter visto certo filme, ou não ter assistido a determinada reunião. O que é grave é admitir que não leu ou viu e mesmo assim insistir em dar a sua opinião. Pior só mesmo fingir que se sabe do que está a falar. Vivemos no paraíso da impunidade e da memória curta. São os tais brandos costumes que, convenientemente, nos permitem irmos esquecendo as declarações públicas, a propaganda oficial, as entrevistas e debates empolgados, onde os erros mais crassos são cometidos nas mais diversas áreas por personalidades que desempenharam ou desempenham cargos ao mais alto nível. Em países com opinião pública teriam de pedir desculpa e admitir o erro. Aqui, como tudo é perdoado e esquecido, temos de viver com esta relativização morna do que se diz e faz.
Mentiram? Erraram? Eu não vi, mas… "
João Ferreirinho
Portugal não é um paraíso para os investidores
No entanto, quando existem dados comparáveis entre quase todos os países do mundo as evidências tornam-se mais chocantes. As diferenças face a Espanha são grandes, mas quando o paralelismo é feito com os supostos modelos que o país quer seguir (Irlanda ou Finlândia) o adjectivo a utilizar é lamentável. Aplicação da lei, controlo da corrupção, participação democrática, qualidade do sector público, qualidade da regulação e estabilidade política são os seis critérios utilizados pelo Banco Mundial para fazer a comparação. Apenas neste último ponto, o país conseguiu melhorar no ‘ranking’ referente a 2005. Estes dados têm, porém, atenuantes. Em 2006, o Governo já está no poder há mais de um ano, as medidas implementadas começam a surtir efeitos e, o próprio Banco Mundial, num outro relatório recente, ‘Doing Business 2007’, elegeu Portugal como o país que fez reformas mais significativas ao nível da criação de empresas. Um efeito directo da medida do Simplex “empresa na hora”. Nos outros itens deste relatório também havia problemas graves identificados, como a rigidez do código laboral ou a burocracia ao nível dos licenciamentos. Mas com uma radiografia tão nítida é mais fácil aplicar a cura."
Mónica Silvares com Pedro Marques Pereira e Francisco Teixeira
O QUE ESPERAR DO ”OURO NEGRO”
Bruno Proença com Nuno Miguel Silva e Ricardo Salvo
E a criminalidade continua a descer...
"Dois cidadãos ucranianos foram encontrados mortos, ontem à tarde, em Juncal, Porto de Mós, no interior de uma carrinha abandonada num pinhal. As duas vítimas, que se encontravam com as mãos e as pés atados, terão sido executadas com um tiro na nuca, por razões que não foram ainda determinadas. O caso está a ser investigado pelo Departamento de Investigação Criminal de Leiria da Polícia Judiciária (PJ)."
terça-feira, setembro 19, 2006
Pequena correcção.
"Portugal está no pelotão da frente dos países da União Europeia (UE) com mais automóveis por habitante, revelou hoje um relatório do Eurostat. Entre 1990 e 2004, houve um aumento de 38 por cento do número de automóveis no espaço dos 25, atingindo a proporção de um carro para cada duas pessoas (mais aqui)."Correcção. Afinal estão preocupados e vão resolver o problema. Como? Simples. Recorrendo novamente às estatísticas tipo “estavam dois homens: um rico e outro pobre. O rico comeu o frango inteiro, o pobre ficou a chuchar no dedo. Estatística: meio frango para cada um!. Depois a análise feita não tem em conta os carros que entretanto foram abatidos, mas que cujas matrículas não o foram, até por que isso implica um determinado custo para o proprietário. Assim, temos muitos automóveis a circular, que pura e simplesmente já não existem Quanto a solucionar a má cobertura da rede de transportes, inexistência de vias para bicicletas e percursos pedonais seguros e em condições adequadas nada".
Uma Verdade Inconveniente.
"Documentário que tem como figura condutora Al Gore, o antigo Vice-presidente dos Estados Unidos, que depois da sua derrota nas eleições de 2000 voltou à sua cruzada de ajudar o planeta. Segundo alguns cientistas, teremos apenas dez anos para evitar uma grande catástrofe que pode destruir o nosso planeta gerando condições meteorológicas agressivas, inundações, epidemias e ondas de calor que ultrapassam tudo o que conhecemos. O documentário segue a luta de Al Gore para travar o aquecimento global e a sua tentativa de impor o problema, não como uma questão política, mas sim um desafio global para a Humanidade."Ninguém se preocupa com isso. Querem exemplos? Alternativas ao IC19, A5 e o fecho da CRIL? Nada. Só os carros parados em fila a poluir o ar.
Diarreia legislativa.
"O Governo vai aprovar, até ao final do ano, alterações legislativas ao Código Civil no domínio do Direito da Família e dos Menores. "Queremos trazer o direito de família para o século XXI", sintetizou, ontem, em Guimarães, o secretário de Estado adjunto e da Justiça (mais aqui).
Bem se pode deitar fora todos os Códigos com a diarreia legislativa deste governo. Ao menos podiam fazer desconto nos próximos.
Vantagens democráticas.
"Um grupo de responsáveis islâmicos turcos revoltados com as palavras do Papa Bento XVI sobre o Islão apelou ontem à abertura de um processo judicial com vista à detenção do Sumo Pontífice quando este visitar a Turquia, no final de Novembro. (mais aqui).
Uma das vantagens das democracias ocidentais é que os terroristas que nutrem puro ódio ao ocidente (e não o escondem) são recebidos de braços abertos desde que exibam uma credencial anti-americana.
Vieira.
A sério? Nunca pensámos que ele levasse avante a sua recandidatura. E, com bónus, vai aparecer na televisão.."Luís Filipe Vieira vai anunciar amanhã a recandidatura à presidência do Benfica nas eleições marcadas para o dia 27 de Outubro. Apesar de nos últimos tempos ter sublinhado, publicamente, não estar agarrado ao cargo de presidente do Benfica, fazendo afirmações como "não tenho vontade de continuar", "ninguém é eterno" ou "ninguém está a pensar em cumprir mandatos atrás de mandatos", Luís Filipe Vieira acabou por ficar "refém" da unanimidade criada em torno da sua candidatuta, que será anunciada oficialmente amanhã à noite, no programa da RTP1 Grande Entrevista (21.00), de Judite de Sousa. "
DN