quinta-feira, janeiro 31, 2008

Até amanhã e boa sorte!!


Bastonário.

"O Bastonário da Ordem dos Advogados afirmou que algumas detenções realizadas no âmbito do processo Casa Pia visaram “decapitar o Partido Socialista”. Marinho e Pinto disse mesmo que essas acções foram orientadas nesse sentido pela Polícia Judiciária. Um dos então directores da Judiciária lembrou que quem tutelava o caso era o Ministério Público, na pessoa do procurador João Guerra, sendo que com ele trabalhavam dois elementos da polícia. Esse antigo director diz, ainda, que a Judiciária nunca poderia direccionar uma investigação que não dirigia (mais aqui)."
Eis a essência da “grande” entrevista e a imagem da honestidade demagógica que se pode esperar do actual Bastonário.

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Para memória futura.

"O juiz da fase de inquérito do processo Casa Pia não vai poder explicar ao tribunal que julga a acção cível de Paulo Pedroso contra o Estado o que o levou a deter o ex-deputado. Em causa está o facto de o Conselho Superior da Magistratura (CSM) ter deliberado que neste caso se mantém o dever de reserva do magistrado, o que o impede de falar sobre processos em que teve intervenção (mais aqui)".

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Gangues

"GNR nega existência de gangues em Rio de Mouro (mais aqui)".
É verdade. Há gangs na Serra das Minas e Rinchoa, não em Rio de Mouro. Melhor. Existe “somente” um conjunto de pessoal (grupos de vinte ou trinta - mais aqui) que se reúne e efectua ameaças de violência junto dos estabelecimentos de ensino (mais aqui)” e, nas horas vagas, aproveita para efectuar roubos violentos nos comboios da Linha de Sintra (como o grupo - não gangue - do ‘Patolas’, de 18 anos, que está em prisão preventiva pela prática de pelo menos 50 roubos) e vender droga. .

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31 de Janeiro de 1956

Born Johnny Rotten in Finsbury Park in London—although, according to his autobiography, this cannot be confirmed, as his birth certificate has been lost. It is alleged that he was born in County Galway, Ireland, and spent a very brief portion of his life there in his father's home town of Tuam, Co. Galway. His parents were both Irish immigrants. He grew up in the working class environment of Finsbury Park with three younger brothers. John Joseph Lydon (born January 31, 1956), also known as Johnny Rotten (a nickname derived either from his favourite saying, "You're rotten, you are" or from the rotten condition of his teeth) was the iconoclastic lead singer of the Sex Pistols and Public Image Ltd (PiL) and an Irish individualist anarchist. With his leering, swaggering and sarcastic public persona, he laid down a new template for rebellious youth and band frontmen that continues to be imitated today.

More here.

31 de Janeiro de 1943.

O marechal de campo Paulus, comandante do 6.º exército alemão, capitula em Estalingrado. No norte da cidade, uma bolsa com remanescentes de seis divisões, sob comando do General Strecker, resistiu até 2 de Fevereiro. A batalha de Stalingrado durou cinco meses. Dos trezentos mil soldados alemães, noventa mil morrem de frio e fome e mais de cem mil são mortos nas três semanas anteriores à rendição. Arrastando-se do fundo das covas e dos buracos, uma multidão de mais de cem mil espectros humanos, mendigos esfomeados e enregelados, o que restara do altivo 6º Exército, rendeu-se aos soviéticos. (*) Paulus, a quem o Führer promovera à marechal-de-campo uns tempos antes, assinou a capitulação final em 2 de fevereiro de 1943. Anunciou-se ali o destino da Alemanha nazi. Ao ser comunicado do desastre, Hitler disse a Goebbels: “os deuses da guerra trocaram de lado!” Urano esmagara a Suástica.


(*) As estimativas sobre as perdas alemãs e seus aliados em Stalingrado são divergentes, mas não estão muito longe dos seguintes dados:
1 - cercados: 195 mil alemães, 50 mil hiwis (tropas russas auxiliares) e 5 mil romenos, perfazendo uns 294 mil homens.
2 - os prisioneiros de guerra capturados pelos soviéticos perfazem 111.463 homens, mais 8.928 feridos.

Portugal conforme agenda do BE

"O Exército já não vai participar nas cerimónias do centenário do regicídio. O BE reclamou e o ministro proibiu. Severiano Teixeira já fez um despacho a proibir o Exército de participar nas cerimónias evocativas do regicídio, que terão lugar hoje e organizadas por grupos monárquicos (mais aqui)".

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Então em que ficamos?

1/ "O presidente da Junta de Freguesia afirmou que Rio de Mouro tem problemas a nível da criminalidade, nomeadamente causados por «grupos de crianças», responsáveis principalmente por assaltos menores, e apelou ao Ministério Público e ao Estado para que se encontrem soluções (mais aqui)."

2/ "Alguns habitantes de Rio de Mouro consideraram, em declarações à Lusa, que existe pouco policiamento nas ruas, o que provoca sentimentos de insegurança nas pessoas. O capitão Machado discorda e garante que a GNR apostou muito no patrulhamento de proximidade à porta das escolas e das estações de comboios, não tendo sido detectado nenhum furto nestes locais (mais aqui)".

Hot Line (INEM - Bombeiros de Mafamude)

O símbolo

"Estou em crer que seria mais barato para o País, e melhor para a nossa saúde, guardar o ministro do que remodelá-lo e começar do zero. A sua substituição, neste momento, só pode ter um sentido político: pôr a reforma em ponto morto.

Correia de Campos cometeu um erro que podia, e devia, ter evitado. De facto, a concentração de serviços em nome da racionalidade, e o consequente encerramento de outros, só pode ser feita com segurança se existir a garantia do transporte dos doentes em boas condições e em tempo útil. É fácil perceber que quando se deslocalizam serviços se modifica a relação de proximidade física do cidadão, seja ao centro de saúde, ao SAP ou ao bloco de partos, gerando inevitavelmente sentimentos de incerteza e de insegurança.

Mas será que temos, em Portugal, um sistema de transporte de doentes à altura das modificações introduzidas pelo ministro? Se sim, não o vemos, se não, Correia de Campos devia ter garantido a sua operacionalização antes de afastar os equipamentos de saúde das pessoas. Ao não o fazer, deixou-as desamparadas, deu azo a ocorrências menos felizes e, pior, quebrou a confiança, e colocou-se sob suspeita em vez de se ter mantido no estado mais útil de benefício da dúvida. E não será certamente esta confusão de INEM e bombeiros e uma concepção de transporte que vai pouco além de ambulâncias, nem todas devidamente equipadas, sem quase nenhum recurso a meios aéreos, que irão contribuir para serenar as inquietações dos portugueses.

Este erro, aliado ao pouco esforço de comunicação, custou-lhe o lugar. Afinal, num país onde boa governação é confundível com um talk show, quem vai aprofundar a razoabilidade das medidas no meio de um ensurdecedor ruído de fundo criado pelo desencadear de legítimas reacções psicológicas por parte dos cidadãos, instrumentalizados pelo oportunismo das oposições e devidamente ampliados pelos media?

É pena. Correia de Campos conhece muito bem as virtudes e os defeitos do nosso sistema de saúde e sabe que para consolidar as virtudes e eliminar os defeitos tinha de começar por onde começou, reorganizando para obter ganhos através de uma maior racionalização dos recursos e de uma maior eficiência numa área atreita a grandes margens de desperdício. Algo indispensável, até para se poder concluir da sustentabilidade do SNS enquanto eixo fundamental do sistema de saúde, ao serviço dos cidadãos.

Acontece que na saúde a percepção generalizada das mudanças é extremamente difícil. É-o pela complexidade da matéria, a que se junta a natural ignorância do "utente/consumidor", e é-o pela enorme carga psicológica associada à particular vulnerabilidade da condição de doente. Condição que, com grande probabilidade, atingirá, em algum momento, todos e cada um de nós... É por isso que o encerramento de um serviço que não serve para nada é visto como um "corte" ditado pelas mais vis motivações economicistas. Como explicar que manter abertos serviços sem capacidade de resposta e que não garantem mínimos de qualidade é, isso sim, um atentado à saúde das pessoas?

Em tempos, julgo que antes de ter sido alguma vez ministro, Correia de Campos afirmou que quem quer repensar a saúde tem de deixar a ideologia no bengaleiro. Não a boa ideologia, que, tal como o bom colesterol, faz sempre falta, mas aquela "ideologia", ora alucinante ora paralisante, com que ciclicamente se remetem para o caos da brega política as oportunidades de mudança. Uma mudança decisiva para o reforço do próprio SNS.

Os recentes comentários de alguns dos mais importantes anteriores ministros da Saúde sugerem isso mesmo: a manutenção do SNS é tão consensual quanto a necessidade de o rever para o adaptar a novas circunstâncias; de o flexibilizar para que não quebre, prisioneiro de uma rigidez inútil; de lhe introduzir mais equidade para não deixar sem resposta os que mais precisam. Um dos problemas é saber como se faz e esse assumiu--o corajosamente o ex-ministro. Outro, é saber se se pode ser morto na tentativa. Parece que sim. Mau sinal para todos nós!
"

Maria José Nogueira Pinto

While My Guitar Gently Weeps

"Sim, eu fui um deles"

"Fui transportado de Bagram [Afeganistão] até Incirlik, que é a base aérea norte-americana na Turquia, e daí fui transportado pelo espaço aéreo português até Guantánamo" afirmou Moazzam Begg, ex-prisioneiro em Guantánamo” (mais aqui).
Dizem as más línguas que o homem ia à janela do avião vendo as placas de trânsito...

Multibanco

"Encapuzados levaram caixa multibanco (mais aqui)"

Com a quantidade de caixas Multibanco a serem roubadas, um cidadão menos informado ainda podia pensar que um dia não iria conseguir levantar dinheiro na rua por falta destas. Mas como felizmente a criminalidade está a diminuir, não se corre esse risco.

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Tiros na Cova da Moura

"Tiros na Cova da Moura. As autoridades policiais estão a investigar se existe relação entre um indivíduo detido anteontem à noite na Cova da Moura, na posse de uma arma de fogo ilegal, e um outro encontrado, já na madrugada de ontem, ferido a tiro numa perna. Embora não tenha sido confirmado oficialmente, uma fonte próxima da investigação policial disse que o autor dos disparos terá sido, alegadamente, o indivíduo anteriormente detido com o revólver, que após a detenção e posterior libertação, à luz do novo Código Penal, terá voltado à Cova da Moura, adquirido outra arma e com ela baleado o segundo homem, com quem se travara de razões (mais aqui)."
Tiros na Cova da Moura? Que não fiquem dúvidas que estamos perante um caso isolado e inédito. Quando ao novo Código Penal, não estamos à altura de comentar “maravilhas” da ciência democrática…

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Segurança elevada.

"Um gang de cinco encapuzados manteve ontem sequestrados, sob ameaça de caçadeiras, sete funcionários da Companhia Logística de Combustíveis (CLC), em Aveiras de Cima, Alenquer. O grupo retirou uma caixa multibanco (ATM) da parede e, com a ajuda de uma rebarbadora, sacou do interior milhares de euros (mais aqui)."
Em termos de segurança, Portugal está um espectáculo. Por isso os terroristas evitam atacar por cá…

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Noites Portistas.

"Um julgamento no Tribunal de S. João Novo, Porto, que ontem contou com a presença de Bruno ‘Pidá’ (preso preventivamente por suspeita de liderar o gang da Ribeira) acabou à pancada. Bruno ‘Pidá’ participou ontem como testemunha num processo em que o cunhado é acusado do crime de homicídio tentado. Tudo se terá passado em 2005, no bairro do Aleixo, num negócio de droga em que estariam envolvidos ‘Pidá’ e o cunhado, Fernando Leitinho. Entretanto, um homem é baleado com dois tiros e a primeira versão que chega à Judiciária é de que ambos
os familiares tinham disparado na direcção da vítima
(mais aqui).
Afinal na noite do Porto, além dos assassinados, também há baleados. Como o MAI Rui Pereira disse que os crimes no Porto são muito mediáticos e a malta não sabia de nada é porque andamos distraídos. Muito distraídos mesmo.

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Cristiano Ronaldo e Billy Wingrove

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quarta-feira, janeiro 30, 2008

E a criminalidade continua a diminuir...

"Ladrões levaram oliveiras e pinheiros (mais aqui)"

"Roubo de gado no Alentejo (mais aqui)"
E a criminalidade continua a diminuir por todo o país…

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Violência Rio de Mouro.

"O Ministério Público acredita que os dois homicídios em Rio de Mouro, na noite de domingo, «podem não ter sido esporádicos» e teme «novos desenvolvimentos» por altura do funeral das vítimas ou da quadra carnavalesca. Segundo uma nota da Procuradoria-Geral da República, numa tentativa de prevenir novos confrontos, o Ministério Público decidiu articular-se com as forças policiais e adoptar uma série de medidas (mais aqui)".
Lamentamos muito mas não nos interessa a opinião do Ministério Público mas somente o MAI Rui Pereira e as suas estatísticas. E depois, se perguntarem ao Bloco de Esquerda, especialmente à D. Diana Andringa (Arrastão de Carcavelos), facilmente chegaram à conclusão que os africanos são tipos pacíficos incapazes de se meterem em confusões ou violências.

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Gangs da linha de Sintra.


"Uma guerra de gangs juvenis fez dois mortos a tiro, na madrugada de ontem, em Rio de Mouro, Linha de Sintra. Horas depois, o atirador – Edgar, de 16 anos, referenciado por diversos crimes de furto – foi detido em casa, no Cacém, por uma brigada da Secção de Homicídios da Polícia Judiciária. O atirador fugiu em direcção à estação do caminho-de-ferro e, enquanto corria, disparou vários tiros: baleou acidentalmente o amigo Francisco, de 18 anos, também residente no Cacém.

Moram ou trabalham perto da estação de Rio de Mouro e assistem a tudo – mas não dão a cara com medo de vingança. “Rapazes com 15, 16, 17 anos, brancos e negros, juntam-se e, armados, provocam as pessoas. Muitas vezes acabam por se desentenderem e então é vê-los puxar da faca ou da pistola. Sim, andam armados e trazem raparigas.” O homem, na casa dos 50 anos, fala de grupos enormes. “São aos vinte ou aos trinta, andam por cima dos carros e quando chega a GNR fogem para a estação”. Esta testemunha garante que, desde há uns meses, a situação piorou. “É rara a noite em que não ouço uma sirene. Mas não é só aqui. É também nas estações das Merçês, Agualva”. Segundo fonte policial, estes grupos ou gangs da Linha de Sintra deslocam-se nos comboios, sobretudo durante as madrugadas de sábado e domingo
(mais aqui)".
Agora que já ninguém dúvida que Portugal está tanto ou mais perigoso que o Brasil, com gangs de menores armados a assassinar jovens de gangs rivais, dificilmente se percebe a continuidade do ministro das estatísticas no governo. Mas a verdade é que os cidadãos contribuintes deste país a ferro e fogo se encontram reféns da violência dos gangs. Que raio de democrático é o estado que obriga os cidadãos a serem prisioneiros nas suas casas?

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Vota PS II

"O primeiro-ministro anunciou hoje um aumento de 20 por cento no abono de família para as famílias monoparentais, uma actualização extraordinária do complemento solidário para idosos para um mínimo de 400 euros e a criação de um subsídio social de maternidade para mães sem carreira contributiva (mais aqui)."

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Vota PS.

"O primeiro-ministro, José Sócrates, justificou hoje a remodelação no Governo, com a saída dos ministros da Saúde e da Cultura, afirmando que "compreendeu" as preocupações das pessoas, especialmente na área da Saúde. Sócrates admitiu mudanças ao nível dos secretários de Estado "nas próximas horas".

"Não se trata de ceder a pressões. Trata-se de compreender as pessoas e de transmitir melhorias ao sistema", afirmou José Sócrates, após a tomada de posse, no Palácio de Belém, dos novos ministros da Saúde (Ana Jorge) e Cultura (António Pinto Ribeiro), um dia depois da remodelação que ditou a saída de Correia de Campos e Isabel Pires de Lima
(mais aqui)".

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30 de janeiro de 1945.

Em plena Segunda Guerra Mundial, um submarino soviético atacou e naufragou o navio a vapor alemão Wilhelm Gustloff. Os seis mil refugiados a bordo vinham da Prússia Oriental e buscavam um lugar seguro no Ocidente. Numa das maiores catástrofes navais da história, mais de cinco mil pessoas morreram nas águas geladas do mar Báltico, próximo a Gdansk, hoje Polônia.

No final de janeiro de 1945, a poucas semanas do fim da Segunda Guerra Mundial, multidões de alemães estavam em fuga do cerco soviético no centro da Europa. Enfrentando temperaturas de 20 graus Celsius negativos, o formigueiro humano vinha em direção à costa do Mar Báltico. Na maioria mulheres e crianças, na expectativa de entrar num navio que as trouxessem para o Ocidente. No porto de Gdingen, em Gdansk, estava ancorado o Wilhelm Gustloff.

Concebido pela organização Força pela Alegria, do partido de Hitler, o navio era usado para cruzeiros de férias. Como o Titanic, o Wilhelm Gustloff era um enorme navio de passageiros razoavelmente novo e luxuoso. Construído em 1936, a embarcação recebeu o nome do diretor regional do Partido Nacional Socialista na Suíça, assassinado por um judeu em 1935. Quando aportou em Gdansk em 22 de janeiro de 1945, 60 mil pessoas já estavam a sua espera. Apesar da capacidade para apenas 1.400 passageiros, quase 6.500 conseguiram um refúgio no navio, que deixou o porto na tarde do dia 30.

A embarcação, entretanto, foi rastreada pelos soviéticos e posta a pique por três torpedos lançados de um submarino. O Wilhelm Gustloff ainda resistiu por 62 minutos antes de ir a pique. Os passageiros, em pânico, não conseguiam soltar os poucos barcos de salvamento, cujas amarras estavam congeladas. Mais de cinco mil pessoas perderam a vida nas águas geladas, apenas 937 sobreviveram.

30 de Janeiro de 1969.

Última actuação dos Beatles ao vivo. Realizada no telhado da Apple Records foi interrompida pela polícia.

Mais.

O pântano da saúde

ENTOURAGE
Foi por ela que Correia de Campos caiu.
O ex-titular da pasta da Saúde liderou uma equipa que idealizou boas reformas mas tentou executá-las de forma atabalhoada, insensível e irresponsável.
O caminho faz-se caminhando, era o lema.
Ideológico de mais para uma àrea tão sensível.
O resultado está à vista.
Quando os salpicos atingiram o próprio Governo e o seu incontestado líder, José Sócrates, a situação ficou insustentável.
Agora, antes de nos debruçarmos sobre a nova inquilina da João Crisóstomo, convém não esquecer as verdadeiras razões que ditaram a queda de Correia de Campos.
Alguém, muito amigo, disse a Correia de Campos, no início do seu ministério, que se deveria "apoiar" para bem gerir a Saúde e as necessárias reformas do SNS.
O ex-Ministro cumpriu e constitui o seu Gabinete nesse sentido. As suas escolhas para lugares chave foram monocromáticas.
Desde a sua Chefe de Gabinete, assessora de imprensa, até às ARS's, Unidades de Missão, Agências de Contractualização, tudo passou a falar uma linguagem sectária e, mais grave, desfocada da realidade.
Para cúmulo, quando a patinagem passou a ser evidente, todos se esconderam, com excepções, obrigando Correia de Campos a acorrer a todos os fogos, expondo-se a níveis intoleráveis e dramáticos.
A entourage lá continua, fazendo contas de deve e haver, esperando envolver e capturar a próxima vítima, Ana Jorge, como o fizeram ao seu antecessor.
São conhecidos e profissionais.
Não defendem o bem, o público e, muito menos, o bem público. Defendem-se a eles e às suas políticas orientadas.
Espera-se de um Ministro, neste caso de uma Ministra, que escolha a "sua" equipa, mas que não esqueça o bom e sensato hábito de ouvir para além dela.
É por isso que a escolha de Ana Jorge para Ministra da Saúde pode ser importante, mas muito importante vai ser conhecer a sua equipa e se o Cavalo de Tróia que Correia de Campos colocou dentro do Ministério lá se mantem ou não.
Artigo do SIM
A entourage tem de tudo, tem profissionais de gabinete que deixaram de exercer as profissões há anos, falo de médicos e enfermeiros.
Muitos ligados e com jogo de cintura para se governar nos sucessivos executivos do Blico Central.
Uma curiosidade muitos são do PCP ligados à área sindical, eu chamo-lhes submarinos, daí a pouca emissão de perdigotos do seu secretário geral o camarada operário, similar aos outros, pouco ou nada exerceu... como operário, ele era mais língua e baba.
Basta ir ao sítio do jornal médico de família para perceber as nuances desta gente.
Espero que a Senhora se aguente com o julgamento do caso Amadora Sintra, mas como só falta um ano e pouco mais, para eleições talvez se consiga aguentar.

30 de Janeiro de 1933

Adolf Hitler presta juramento oficial como Chanceler na Câmara do Reichstag, perante o aplauso de milhares de apoiantes Nazis.

A eleição de 1930 foi um desastre para o governo de centro-direita de Heinrich Brüning, que estava agora impossibilitado de obter qualquer maioria no Reichstag, e teve de contar com a tolerância dos sociais democratas (esquerda) e o uso de poderes presidenciais de emergência para permanecer no poder. Com as medidas de austeridade de Brüning mostrando pouco sucesso face à Depressão, o governo teve receio das eleições presidenciais de 1932 e procurou obter o apoio dos Nazis para a extensão do termo presidencial de Paul von Hindenburg, mas Hitler recusou qualquer acordo, e acabou por competir com Hindenburg na eleição presidencial, obtendo o segundo lugar na primeira e segunda voltas da elição, e obtendo mais de 35% dos votos na segunda volta, em Abril, apesar das tentativas quer do ministro do interior Wilhelm Gröner e do governo social-democrata prussiano para restringir as actividades públicas Nazis, incluindo notoriamente a proibição das SA.

Os embaraços da eleição puseram fim à tolerância de Hindenburg para com Brüning, e o velho Marechal de Campo demitiu o governo, nomeando um novo governo sob o reacionário Franz von Papen, que imediatamente revogou a proibição das SA e convocou novas eleições do Reichstag.

Nas eleições de Julho de 1932, os Nazis tiveram o seu melhor resultado até então, obtendo 230 lugares no Parlamento e tornando-se o maior partido alemão. Uma vez que Nazis e Comunistas detinham a maioria do Reichstag, a formação de um governo estável de partidos do centro era impossível e no seguimento do voto de desconfiança no governo Papen, apoiado por 84% dos deputados, o parlamento recém-eleito foi dissolvido e foram convocadas novas eleições.

Papen e o Partido do Centro tentaram agora abrir negociações assegurando a participação no governo, mas Hitler fez grandes exigências, incluindo o posto de Chanceler e o acordo do presidente para poder usar poderes de emergência de acordo com o artigo 48 da Constituição de Weimar. Este falhanço em formar um governo, juntamente com os esforços dos Nazis de ganhar o apoio da classe trabalhadora, alienaram algum do apoio de prévios votantes, de modo que as eleições de Novembro de 1931, os Nazis perderam votos, apesar de terem permanecido o maior partido do Reichstag.

Uma vez que Papen falhara na sua tentativa de assegurar uma maioria através da negociação e trazer os Nazis para o governo, Hindenburg demitiu-o e nomeou para o seu lugar o General Kurt von Schleicher, desde à muito uma figura influente e recentemente o Ministro da Defesa, que prometeu que iria assegurar um governo maioritário com negociações quer com os sindicatos sociais democratas quer com os dissidentes da facção Nazi liderada por Gregor Strasser.

Enquanto Schleicher procurava realizar a sua dificil missão, Papen e Alfred Hugenberg, que era também presidente do partido nacional do povo alemão (DNVP), o maior partido de direita da Alemanha antes da ascensão de Hitler, conspiravam agora para convencer Hindenburg a nomear Hitler Chanceler numa coligação com o DNVP, prometendo que eles o iriam controlar. Quando Schleicher foi forçado a admitir o falhanço dos seus esforços, e pediu a Hindenburg para dissolver novamente o Reichstag, Hindenburg demitiu-o e colocou o plano de Papen em execução, nomeando Hitler Chanceler com Papen como Vice-Chanceler e Hugenberg como Ministro das Finanças, num gabinete que ainda só incluía três Nazis - Hitler, Göring e Wilhelm Frick. A 30 de Janeiro de 1933, Adolf Hitler prestou juramento oficial como Chanceler na Câmara do Reichstag, perante o aplauso de milhares de apoiantes Nazis.

Mas Hitler ainda não tinha cativado definitivamente a nação. Ele foi feito Chanceler numa designação legal pelo presidente Hindenburg, o que foi uma ironia da história, uma vez que os partidos do centro tinham apoiado o presidente Hindenburg por ele ser a única alternativa viável a Hitler, não prevendo que seria Hindenburg que iria trazer o fim da República.

Mas nem o próprio Hitler nem o seu partido obtiveram alguma vez uma maioria absoluta. Nas últimas eleições livres, os Nazis obtiveram 33% dos votos, ganhando 196 lugares em 584. Mesmo nas eleições de Março de 1933, que tiveram lugar após o terror e violência terem varrido o Estado, os Nazis obtiveram 44% dos votos. O partido ganhou controlo de uma maioria de lugares no Reichstag através de uma coligação formal com o DNVP. No fim, os votos adicionais necessários para aprovar a lei de aprovação do governo, que deu a Hitler a autoridade ditatorial, foram assegurados pelos Nazis pela expulsão de deputados Comunistas e intimidando ministros dos partidos do centro. Numa série de decretos que se seguiram pouco depois, outros partidos foram suprimidos e toda a oposição foi proibida. Em poucos meses, Hitler tinha adquirido o controlo autoritário do país e enterrou definitivamente os últimos vestígios de democracia.

Wikipedia

Dois mandatos diferentes e decerto dois objectivos diferentes...


BCE e Fed têm mandatos diferentes para a política monetária
O Banco Central Europeu (BCE) e a Reserva Federal norte-americana têm mandatos diferentes para a condução da sua política monetária, que se estão a reflectir numa condução distinta dessa política.
O Fed tem como missão assegurar a estabilidade dos preços e, simultaneamente, garantir a manutenção de um elevado nível de emprego na economia, de acordo com as regras que foram definidas nos anos 30, após a Grande Depressão.
Estes dois objectivos não se encontram hierarquizados, ao contrário do que acontece com o BCE.

O Banco Central Europeu tem como missão primeira garantir a estabilidade dos preços. Só depois se pode preocupar com o crescimento.
O tratado prevê que, «sem prejudicar o objectivo da estabilidade dos preços», o BCE possa também «ajudar as políticas económicas» de forma a contribuir para o «elevado nível de emprego» e para o «crescimento sustentável e não inflacionista».

O tratado deixa bem claro que a estabilidade dos preços é a contribuição mais importante que a política monetária pode dar para um ambiente económico favorável e um elevado nível de emprego.
Para garantir a estabilidade dos preços e dado o actual nível de crescimento potencial, estabeleceu-se que 2% seria o objectivo desejável para a taxa de inflação da zona euro.

Com estes dois mandatos distintos, e perante receios de pressões inflacionistas, num cenário de alto preço do petróleo, produtos agrícolas e negociações salariais na Alemanha, que indiciam que os aumentos podem ser elevados face aos conseguidos nos anos anteriores, o BCE tem insistido em não baixar as taxas de juro.

Hoje, os líderes do Reino Unido, França, Alemanha e Itália estão reunidos em Londres, à margem das instâncias europeias e dos outros líderes da UE, para discutir a crise dos mercados financeiros. O mandato do BCE pode ser um dos temas em cima da mesa.
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, tem feito críticas à política monetária do BCE, por se focar excessivamente na estabilidade dos preços, e tem apelado ao alargamento do papel do eurogrupo na definição da política económica.

A crise do crédito hipotecário de alto risco nos EUA, o contágio e a instabilidade dos mercados financeiros e algum arrefecimento dos mercados imobiliários um pouco por toda a Europa não impediram o BCE de manter um discurso virado para os perigos de pressões inflacionistas, recusando-se a cortar o preço do dinheiro.

Na última semana, com a queda das bolsas, números menos bons do desemprego e receios de recessão nos EUA, o Fed decidiu cortar de surpresa, em 0,75 pontos percentuais, as taxas de juro de referência, mas o BCE já disse que não deverá seguir a Reserva Federal.

O mandato do BCE tem subjacente a ideia de que a manutenção da estabilidade de preços é uma pré-condição para a melhoria do bem-estar económico e do crescimento potencial da economia. Além disso, pressupõe que a política monetária consegue influenciar a economia real apenas no curto prazo.
Através das taxas de juro de referência que fixa, o BCE influencia as taxas a que os bancos emprestam dinheiro uns aos outros e, por isso, as taxas a que os bancos emprestam dinheiro aos seus clientes, bem como a quantidade que emprestam.

Com a sua política de comunicação e o próprio nível das taxas de juro de referência, o BCE consegue orientar as expectativas das empresas, investidores e consumidores relativas às suas decisões de investimento e consumo, ajudando a determinar as taxas de juro de médio e longo prazo e as expectativas de inflação. O impacto das condições de financiamento na economia e nas expectativas do mercado, dado o andamento da política monetária, pode levar a um ajustamento nos preços dos activos, como sejam as acções e as taxas de câmbio. O valor dos activos financeiros também é atingido, com o BCE a conseguir influenciar as bolsas e as taxas de câmbio. Este é, de forma simplificada, o mecanismo de transmissão da política monetária do BCE, que explica como é que a simples determinação da taxa de juro de referência influencia toda a economia.

Menezes.

"O presidente do PSD, Luís Filipe Menezes, afirmou que o primeiro-ministro, José Sócrates, «já não lidera os acontecimentos», pois «foram os seus ministros, e não ele, a querer a remodelação, como o próprio disse. Isso mostra que ele anda a reboque, em vez de ter mão no rumo do seu Governo», afirmou Luís Filipe Menezes (mais aqui)"
Que saudades de Marques Mendes. É notório que Sócrates já começou a trabalhar para o voto, coisa que Menezes, por este caminho, não vai conseguir.

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"Do You Feel Like We Do"

O último dos moicanos

"As palavras de Teixeira dos Santos serão as últimas a ceder perante os sinais cada vez mais evidentes de abrandamento económico mundial.

Para quem ainda tenha dúvidas acerca dos riscos que pairam hoje sobre a economia nacional, basta observar o número de vezes que os membros do Governo, o governador do Banco de Portugal e o Presidente da República transmitem “mensagens de confiança” aos portugueses. Tantos recados, transpirados em “optimismo moderado” numa altura em que as grandes economias mundiais revêem as suas previsões de crescimento em baixa, só podem querer dizer uma coisa: estas pessoas estão mesmo preocupadas e, logo, nós também devemos estar.

A raiz da preocupação é, claro, a crise financeira internacional e a cada vez mais certa recessão norte-americana que deverá arrastar outros países: economias próximas como Espanha ou Reino Unido, e longínquas como Japão ou Singapura. Nestas latitudes está concentrada cerca de 12% da riqueza mundial e mais de 35% das exportações portuguesas – o caso é mesmo sério.

Face às nuvens negras que vêm de fora, o ministro das Finanças e o primeiro-ministro dão uma resposta política, baseada em argumentos económicos: o país está melhor preparado que há dois anos e meio (ou seja, quando José Sócrates foi eleito) para resistir a um choque externo. As contas públicas estão mais equilibradas – o que abre margem para um corte provável dos impostos – e os projectos de investimento das grandes empresas nacionais e estrangeiras (estimados em 1,5 mil milhões de euros em 2008) servirão de almofada ao esperado aperto do crédito. Por fim, como já afirmou Teixeira dos Santos, na Europa ninguém espera uma grande quebra motivada pelo contágio americano (o FMI discorda e cortou ontem o,5 pontos ao cenário inicial).

Há menos de duas semanas, em conversa com o Diário Económico – à margem de uma conferência de imprensa sobre o brilharete no défice que acabou por se centrar na crise internacional – o ministro das Finanças explicava de forma subtil que o seu cargo é político e que a única via que pode seguir é a de um “optimismo fundamentado”. As palavras de Teixeira dos Santos – e as do primeiro-ministro, para quem a crise inesperada promete dificultar o ano anterior às eleições – serão, assim, as últimas a ceder perante os sinais cada vez mais evidentes de abrandamento.

A retórica política soa, no entanto, de forma estranha aos portugueses – sabe, inevitavelmente, a optimismo num quadro de dificuldades. E são estas garantias do Governo que acabarão por ser julgadas daqui a um ano, nas eleições. A crise pode não significar mais uma recessão em Portugal, mas vai seguramente anular a aceleração que era esperada ainda há seis meses. A remodelação no Governo pode não ser suficiente para compensar as expectativas defraudadas naqueles que são os principais problemas para os portugueses: o desemprego e o crescimento
."

Bruno Faria Lopes

ASAE

"Cerca de dez toneladas de alimentos fora de validade e já putrefactos, mas prontos a entrar no circuito comercial a qualquer momento, foram ontem apreendidos pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) num entreposto frigorífico, situado no concelho de Sintra. Os produtos confiscados - alguns com data de validade expirada em 2001 - encontravam-se numa das duas arcas frigoríficas do armazém, que foi alugado por três empresas portuguesas do sector da distribuição alimentar (mais aqui)".
Por isso é que a “malta” não gosta dos pintas da ASAE. É mau para o negócio.

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Justiça.

"Não é possível ter a pretensão de reformar a justiça sem ouvir aqueles que, com um saber de experiência feito, conhecem como ninguém o quotidiano da vida judiciária e todos os dias lidam com milhares de processos nos nossos tribunais.

Só quem pratica o Direito é capaz de dizer se o Direito que se faz é praticável...

A celeridade não é um valor absoluto, mas a lentidão não pode ser uma prática instalada...

Os portugueses confiam a justiça? Aos olhos dos cidadãos, o nosso aparelho judiciário é eficiente? O nosso povo considera que a justiça que temos é verdadeiramente justa e igual para todos?
"

Cavaco Silva na abertura do ano judicial.

Correia de Campos

"Correia de Campos pôs o lugar à disposição de José Sócrates no início do mês de Janeiro, logo após a mensagem de Ano Novo do Presidente da República, que visou em termos muito críticos a área da saúde (mais aqui)".
Curiosamente, muito tempo depois no espaço da SIC-Notícias dia 22 de Janeiro (dia seguinte à intervenção de Manuel Alegre), perante Mário Crespo, Correia de Campos afirmou que ia continuar (mais aqui)”.

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Más notícias no oásis

"No dia em que o Governo fez uma remodelação cirúrgica, o Fundo Monetário Internacional (FMI) confirmou que as nuvens negras que se abateram sobre a economia internacional vão fazer estragos. O abrandamento da economia vai ser mais sentido nos Estados Unidos e na zona euro. A média prevista para a Eurolândia é de 1,6%, menos 0,5 pontos que a previsão apontada em Outubro passado.

Apesar do optimismo do Governo, a crise será sentida fortemente em Portugal, porque uma travagem da procura na União Europeia significa automaticamente mais dificuldades para as exportações nacionais, o motor da economia nacional nos últimos anos.

O FMI também alerta para a degradação do crédito, o que será pago por todos os cidadãos e empresas com empréstimos da banca. Isto significa que mesmo que haja eventuais descidas das taxas directoras do Banco Central Europeu os consumidores pagarão um prémio de risco maior.

A única hipótese de o Governo concretizar o ‘oásis’ de expansão económica é com a aceleração dos investimentos públicos. As obras do novo aeroporto e o plano de barragens asseguram uma procura capaz de dinamizar a economia e aumentar a oferta de emprego. O problema é que ainda vai demorar algum tempo para administrar este ‘doping’. Por muito que o Governo deseje acelerar os processos ainda vão decorrer os estudos ambientais, a que se seguirão os concursos.

Só em 2009 é que se começará a ver o efeito destes investimentos. Para Sócrates, a questão determinante é saber se esse impacto se sentirá antes ou apenas depois das legislativas
."

Armando Esteves Pereira

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INSUBMISSO AOS 60

"Nos anos pós-revolucionários, o sindicalismo indígena foi caso de estudo. Académicos europeus chegavam ao zoo local para constatar, ao vivo, uma anormalidade curiosa: no resto da Europa, os sindicatos subjugavam os partidos de esquerda; em Portugal, a CGTP era uma excrescência fiel do Partido Comunista. Aliás, só agora, mais de três décadas passadas, é que os seus líderes se preparam para arriscar de vez a emancipação. Os militantes de topo do PCP demoram sempre a suspeitar que o partido não é um modelo de tolerância e pluralismo. Por regra, uns vinte ou trinta anos. Ainda por cima, a epifania requer um estímulo adicional, geralmente uma carreira próspera na concorrência.

Os sindicalistas insurrectos, honra lhes seja feita, não entraram em colisão com o PCP para aderir à concorrência. Honra lhes seja desfeita, não precisam.z. E, por inerência, de que o lastro comunista facilita menos do que estorva as ambições pessoais de Carvalho da Silva, possivelmente insufladas pela ascensão de Lula.

Não sei quem ganhará o confronto entre o PCP e o nosso Lula pelo controlo da CGTP, nem isso é demasiado interessante. Mas sei que, no processo, Carvalho da Silva vai posar de símbolo de independência contra as amarras da ortodoxia. E isso, depois de uma vida assim obediente e comprometida, será uma delícia.
"

Alberto Gonçalves

terça-feira, janeiro 29, 2008

A volta das senhas de racionamento e o olhar para a frente interna (USA)


A Câmara de Representantes aprovou hoje o pacote fiscal proposto pelo presidente George W. Bush. O plano, que prevê isenções de USD 146 mil milhões/bilhões (mm/bi) , visa estimular a economia norte-americana e evitar uma recessão. O desafio, agora, é a aprovação do projecto no Senado, que tem o seu próprio projecto para reaquecer a economia dos EUA. O projeto aprovado hoje é resultado de um acordo entre a Casa Branca e líderes da Câmara - Nancy Pelosi (Democrata) e John Boehner (Republicano).
Nancy Pelosi concordou em abandonar a proposta de aumentos em duas frentes, defendidos até então pelos democratas: no programa “Food Stamp”, de distribuição de subsídios de alimentação e de desemprego. Em troca disso, serão aceites descontos de USD 300 para quem comprovar um salário mínimo de USD 3 000 em 2007.
O plano apresentado por Bush pede um pacote de isenção fiscal de cerca de 1% do PIB (Produto Interno Bruto) do país (segundo dados recentes, isso representaria cerca de US$ 145 bilhões). O objectivo é que a economia reverta a desaceleração económica e aumente o consumo privado, principal pilar da economia dos EUA, volte a crescer. O plano proposto pelo Senado estipula uma injeção maior de liquidez, com cerca de US$ 156 bilhões, que permitirá pôr US$ 500 nos bolsos de cada contribuinte solteiro, USD 1 000 para os casados, e USD 300 adicionais por criança. (pvc/agência).

A crise na Europa afinal existe

Durão Barroso, Angela Merkel, Nicolas Sarkozy, Romano Prodi e Gordon Brown, estão reunidos em Londres para discutir soluções para enfrentar a ameaça aos mercados financeiros. Durão Barroso confirmou já que a situação financeira da União poderia levar a uma revisão em baixa do cescimento da economia europeia para 2008, mas afasta para já o risco de recessão.
Depois do escândalo que abala desde há uma semana o banco Societé Generale, ou a crise dos créditos imobiliários de risco nos Estados Unidos, o presidente da Comissão e os quatro chefes de estado e de governo querem incrementar a transparência e regulação dos mercados. Segundo os analistas a cimeira a cinco, arrisca-se a inflamar divergências entre os defensores de um maior intervencionismo do estado nos mercados, como a França, e os que preconizam uma maior auto-regulação, como o Reino Unido. Na próxima semana os ministros das finanças do G7, reunem-se em Tóquio, para debater os mesmos temas. (pvc/agências)

http://www.lawrei.eu/MRA_Alliance/

“ A globalização – a disseminação das novas tecnologias, que anulam as distâncias que separam o mundo – não torna universais os valores ocidentais. Torna irreversível um mundo plural. A crescente interligação entre as economias mundiais não significa o crescimento de uma única civilização económica. Isso quer dizer que se deve encontrar um modus vivendi entre culturas económicas que permanecerão sempre diferentes.”
(…) “O desfecho prático da política americana só pode ser que outras potências ajam unilateralmente quandoa instabilidade dos mercados mundiais se tornar intolerável. Nesse momento, o edifício grosseiro do laissez-faire global começará a ruir.
Um mercado livre global é um projecto destinado a falhar. Nisto, como em muitas outras coisas, assemelha-se a outra experiência utópica de engenharia social do século XX, o socialismo marxista. Ambos partilham o convencimento de que o progresso humano deve incluir uma civilização única entre os seus objectivos. Ambos negam que uma economia moderna pode surgir sob muitas variantes. Ambos estão preparados para cobrar à humanidade um elevado preço em sofrimento a fim de impor a sua visão singular do mundo. Ambos encalharam no confronto com necessidades humanas vitais.
Se fizermos da história o nosso guia, devemos esperar que o mercado livre global em breve pertença a um passado irrecuperável. Como outras utopias do século XX, o laissez-faire global será engolido pela memória da história – juntamente com as suas vítimas.”
John Gray in False Dawn 1998

Portugal, bode expiatório dos voos CIA?

"O eurodeputado Carlos Coelho estimou hoje "exagerado" o relatório de uma organização de direitos humanos britânica, segundo o qual mais de 700 prisioneiros de Guantanamo passaram por Portugal, e considerou "suspeito" o interesse pelo caso português. "Como português, não posso deixar de achar um pouco curioso que se faça um sublinhado excessivo sobre a violação potencial do espaço aéreo para o transporte de prisioneiros (em Portugal) e não se investigue pelo menos com a mesma determinação as outras alegações que envolvem países europeus e que são muito mais graves", afirmou.

Carlos Coelho, que presidiu à comissão temporária do Parlamento Europeu que durante mais de um ano averiguou o chamado caso dos "voos da CIA", lembrou designadamente que desse trabalho resultou claro que houve países europeus "que foram coniventes com a instalação de prisões secretas" (presume-se que pelo menos no caso da Polónia e Roménia), outros com a expulsão de pessoas (Suécia e Itália), e outros que destacaram agentes secretos para fazer o acompanhamento de interrogatórios ilegais (aparentemente o caso da Alemanha).

O deputado apontou ainda a título de exemplo a revelação de que o governo britânico aprovou uma interpretação jurídica, que classificou como "altamente condenável", que legitima as informações obtidas através de tortura desde que não seja o próprio país a fazê-la, para questionar por que razão as organizações não-governamentais como a britânica Reprieve, que divulgou segunda-feira o relatório sobre Portugal, não se debruçam mais sobre estes casos.

"Gostaria que as mesmas ONG (organizações não governamentais), com o mesmo vigor, estivessem interessadas em esclarecer essas alegações, muito mais graves. Não sei (por que não o fazem), mas acho suspeito o quadro deste trabalho", declarou, acrescentando não saber "se se pretende fazer de Portugal o mal-comportado, quando há casos mais graves". "Não gosto de fazer processos de intenção e por isso não quero tentar descortinar as razões. Agora que me parece suspeito, parece-me", reforçou o eurodeputado do PSD.

Quanto ao conteúdo do relatório da Reprieve, segundo o qual "728 de 774 prisioneiros" que deram entrada na base militar norte-americana de Guantanamo em Cuba "foram transportados através de jurisdição portuguesa", em dezenas de voos entre 2002 e 2006, Coelho disse ter sérias reservas sobre estes números, lembrando que o relatório do Parlamento Europeu aponta para um máximo de 100 casos.

"Fala-se agora em 700 prisioneiros, que é praticamente toda a população que já esteve em Guantanamo. Acho um pouco exagerado presumir que a totalidade da população de Guantanamo tenha passado por Portugal", disse.

Carlos Coelho defendeu que é também necessário fazer a distinção entre "rapto ilegal e a transferência de prisioneiros legítimos feitos em teatro de guerra", considerando que a ONG britânica está a "misturar alhos com bugalhos".

Apesar das dúvidas sobre o teor do relatório e as suspeitas quanto à sua intenção, Carlos Coelho admitiu que o documento o impressionou e vem "provar que o PE tinha razão quando dizia que era necessário investigar mais". "Horrorizou-me sobretudo pela descrição concreta de nove casos que revelam as torturas a que foram submetidos e que não podem deixar de ferir a sensibilidade de qualquer pessoa", disse
. "

Público

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29 de janeiro de 1845.


The Raven by Edgar Allan Poe is published for the first time (New York Evening Mirror). "The Raven" is a macabre narrative poem by the American master of the Gothic genre Edgar Allan Poe. It was published for the first time on January 29, 1845 in the New York Evening Mirror. In highly stylized language and images, it tells of the mysterious visit of a talking raven to a distraught lover. It is perhaps the most-memorized American poem.

More here.

O fim da III República, não vai ser o fim do mundo...

Quando ainda falta mais de um ano para o termo da actual legislatura, mais de metade da composição inicial de deputados na Assembleia da República já mudou.
De um total de 230 parlamentares eleitos em Fevereiro de 2005, 117 já suspenderam o mandato e 37 abandonaram mesmo o Parlamento.
E círculos eleitorais como Setúbal, Aveiro, Évora, Faro, Guarda, Braga, Viana do Castelo e Vila Real já não são representados pelos cabeças de lista eleitos.Os dados da Comissão de Ética, Sociedade e Cultura, presidida pelo social-democrata Marques Guedes, deixam claro que a movimentação de deputados abrange todos os grupos parlamentares, em particular PS e PSD.
Do total de 117 suspensões de mandato registadas entre 12 de Março de 2005 e 16 de Janeiro deste ano, 50 pertencem ao PSD, 41 ao PS, 14 ao CDS-PP, cinco ao BE, quatro ao PCP e três aos Verdes.
E esta tendência não muda muito em matéria de renúncias de mandato: no mesmo período temporal, o PS conta com 19, o PSD com 11, o CDS-PP com três, o PCP com dois, o BE com uma e os Verdes também com uma.
Com tamanha movimentação de entradas e saídas de parlamentares, vários círculos eleitorais já perderam os dois primeiros nomes eleitos pelo PS, PSD e CDS-PP nas legislativas de 2005.
Isso acontece aos socialistas em Setúbal, Évora, Faro e Vila Real: António Vitorino, Carlos Zorrinho, João Cravinho e Ascenso Simões, para referir apenas os cabeças de lista, já deixaram o Parlamento há algum tempo.
Do lado do PSD é visível a ausência parlamentar de Luís Filipe Menezes, Luís Marques Mendes, actual presidente e ex-líder dos sociais-democratas, cabeças de lista por Braga e Aveiro, e Morais Sarmento, número um em Castelo Branco.
O CDS-PP também foi obrigado a substituir Pires de Lima e Álvaro Castelo Branco, os únicos deputados eleitos no Porto.
No essencial, os deputados renunciaram ao mandato para exercer funções de presidente ou vereador em câmaras municipais, como é o caso de Luís Filipe Menezes em Vila Nova de Gaia e José Apolinário em Faro, e para assumir cargos de gestão em empresas privadas, como Pina Moura e António Vitorino.
Estes últimos protagonizaram mesmo as renúncias mais mediáticas dos últimos tempos:
o primeiro é administrador da Media Capital e presidente da Iberdrola; o segundo integra o escritório da Gonçalves Pereira, Castelo Branco & Associados, um dos maiores escritórios de advogados do País.
Mas o efeito das suspensões e renúncias de mandato não fica por aqui: devido às muitas movimentações, o PS já não tem em funções nenhum deputado eleito no círculo eleitoral de Castelo Branco e já recorreu a vários suplentes nos círculos eleitorais de Évora e Faro.
O mesmo acontece com o PSD em Castelo Branco, onde o mandato é agora exercido por Ribeiro Cristóvão, quarto da lista de efectivos.In Correio da ManhãNão há argumentos para defender o que é óbvio.O regime parlamentarista para que votaram os que para ele votaram e os que se abstiveram ou votaram branco ou nulo, não tem representação no Parlamento e logo este, não tem validade.
Uns, eleitos deputados, por razões de usura, aproveitando o que a política e o regime lhes tem dado, cargos e relevância, sem causa de razão, apenas o serem conhecidos ou terem passado ou ainda serem parte, do poder oculto ou visível, aproveitam o que a honra nunca lhes poderá dar.Portanto, nunca deveriam alguma vez voltar a ser candidatos ou deputados.Nestes podem ser incluídos os que apesar de saírem para cargos de governo, voltam a se candidatar, renunciando depois para ocupar cargos de gestores, ou profissões onde a remuneração é muito superior ao cargo de deputado, fazendo supor, o que é a verdade nua e crua: este regime é um regime de mentira, é um regime de cabeças de cartaz, num espectáculo sem graça, para quem acaba por se ver grego, nesta tragédia, com a qualidade desgraçada da legislação saída da casa, que segundo os senadores sem senado, é a casa da democracia ou de um regime dominado pela plutocracia.
O sistema monstruoso ou este monstro criado pelos que criticavam o regime do partido único, criou um regime de partidos que tem como dieta a lauta mesa do estado e de todos os que comem dele ou esperam as migalhas caídas da lauta mesa, sem excepções.
São todos culpados, incluso os que interrompem os contratos em nome do contrato assinado previamente com o partido e esse está acima da lei da República, ou em primeiro lugar na hierarquia de valores.
Mais de metade dos deputados eleitos saíram. Ficaram os que estavam a seguir, dos que estavam a seguir, até aos suplentes, nas listas.
Em que lugar estão os cidadãos de que tanto gostam e estimam os senhores deste regime em putrefacção acelerada?
Os comentadores deste blogue são estranhos, eu começo a achar...
Apelo ao Carvalho Negro, o nome imporá respeito, porque sinto que nos deixará sair e saltar do marasmo.
Diga-nos estimado amigo, o que tem sucedido a este Blog.
Se de facto tem sido visitado se há curiosidade se há timidez na crítica e se apenas se ficam na leitura.
Diga-nos se vale a pena, como dizia o poeta.
Se vale a pena cruzar opiniões diversas.
Isto de cruzar opiniões não tem nada a ver com democracia, isso é um conceito habitualmente utilizado, pelos encostados e ladrões da mesma , falo da verdadeira.
Falemos como Sócrates, o legítimo, o que morreu condenado na 2ª volta por 500 juízes e morto pela cicuta.
Um abraço para todos que eu não sou de ódios onde pressinto pureza de alma e de revolta a orientar.

Regrets

ADVOCACIA MERECE RESPEITO

"Diz o nosso Estatuto que a Ordem dos Advogados (OA) é uma associação pública a quem compete defender o Estado de Direito e os direitos, liberdades e garantias dos cidadãos e colaborar na Administração da Justiça.

Daí que a OA tenha de ter um activo campo de iniciativas em áreas, como as que ora estão em cima da mesa, como a reorganização judiciária, a reforma da acção executiva, a reforma do Processo Civil, do Código Civil, dos Códigos dos Registos, do Código das Custas, do Código do Trabalho, do Código de Processo do Trabalho, das Comunicações Electrónicas, dos Acidentes de Trabalho, em suma, áreas onde o silêncio da OA deverá ser tomado como sinal de grave incompetência e/ou negligência insuportável pela Advocacia.

Mas os Estatutos da OA dizem mais.

Dizem que a OA é representada em juízo e fora dele pelo bastonário, designadamente perante os órgãos de soberania (onde se incluem os tribunais, como se sabe).

Sucede, porém, que o conhecimento da prática de crimes públicos por parte de funcionários, na acepção do art.º 386.º do Código Penal, impõe a "denúncia obrigatória ainda que os agentes dos crimes não sejam conhecidos …" (art.º 242.º do CPP).

Ora, sendo o bastonário um "agente administrativo", na acepção do art.º 386.º, n.º 1, alínea b) e c) do Código Penal, sofre do encargo legal de denunciar obrigatoriamente todos os crimes que conheça e, naturalmente, os agentes desses crimes, os seus autores morais e materiais, os seus cúmplices, os receptadores, em suma, tudo o que sabe ou pensa saber sobre os crimes e as circunstâncias que o rodeiam.

Se o não fizer comete o crime de denegação da justiça e prevaricação (art.º 369.º do Código Penal).

Ora, como se vê, a responsabilidade estatutária de um bastonário é incompatível (quando se trata do conhecimento da prática de crimes públicos) com a figura de uma qualquer provedoria de uma cidadania que não representa e, muito menos, quando sabota a cooperação com a administração da justiça, dever legal que, sobre si, impende.

A um bastonário não se pede que actue como propagandista e panfletário comentador impune, acobertado pelo cargo que ocupa, eventualmente irresponsabilizado por poderes cuja face se desconhece. Um bastonário tem a obrigação de denunciar os crimes que conhece, e tem o dever de constituir a Ordem dos Advogados como assistente do Ministério Público para poder intervir activamente na marcha desses processos, e exigir a descoberta da verdade.

Não é nem sério nem digno de um bastonário ficar duplamente irresponsabilizado porque actua numa terra de ninguém.

Na realidade, se denuncia vagamente quaisquer ilícitos criminais porque diz que não é bastonário e se, ao mesmo tempo, intervém publicamente porque é bastonário, sob invocação dessa qualidade e com a audiência pública que dela provém, há que convir que nem cumpriu o dever legal que sobre si impende e nem adoptou o meio que tem ao seu dispor para ser eficaz.

A advocacia portuguesa merece respeito e tem direito a ser representada por quem a sirva e não se sirva dela.

A advocacia portuguesa quer saber a posição da sua Ordem sobre a reorganização judiciária, sobre a reforma do Processo Civil, sobre a subida das alçadas, sobre a amputação do direito de recorrer, sobre a inexistência de uma 2.ª instância sobre a matéria de facto, sobre a reforma da acção executiva, sobre a reforma de processo inventário, sobre as comunicações electrónicas e sobre o regime de apoio judiciário (entre muitas outras matérias).

Sobre tudo isto nada nos diz o sr. bastonário.

O que a advocacia portuguesa sabe é que o seu bastonário não denunciou os crimes que conhece pelo meio estatutariamente obrigatório e que não se irá constituir assistente nos processos-crime a que devia ter dado azo, o que a lei Penal e a lei Processual Penal impõem, dando cumprimento, em suma, ao que o Estatuto da Ordem dos Advogados lhe comete.

Não é para este triste espectáculo que existe uma Associação Pública com dignidade constitucional e, muito menos, a advocacia portuguesa assegurará a essencialidade do patrocínio forense
."

João Correia, Advogado

Novas do Quénia.

"Caleb foi atacado por homens que o acusam de lhes roubar o trabalho. Sobre uma maca de ferro ensanguentada, Caleb faz uma expressão de dor. "Os kikuyus circuncisaram- -me à força", conta o queniano de etnia luo, antes de desmaiar numa sala sobrelotada e sobreaquecida do hospital de Naivasha, 90 quilómetros a nordeste de Nairobi.

Ao contrário dos kikuyus, a principal etnia do país, os luo não fazem a circuncisão. Mas neste período de extremo caos no Quénia, provocado pela vitória contestada do chefe do Estado cessante, Mwai Kibaki, um kikuyu, na eleição presidencial de 27 de Dezembro, a "circuncisão forçada" - feita com um pequeno machado, traduz-se na amputação de uma parte do pénis - tornou-se uma arma
(mais aqui)."

Voos CIA.

"Organização Não Governamental britânica diz que 728 (de um total de 774) prisioneiros foram ilegalmente transportados para a prisão de Guantanamo «com ajuda» portuguesa e que pelo menos 94 voos passaram por território português (mais aqui)".
Sempre dissemos que a cozinha portuguesa é das melhores do mundo…

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E a criminalidade continua a diminuir.

"A PSP de Aveiro foi recebida a tiro, no Paço, arredores da cidade, por um grupo de quatro indivíduos que, momentos antes, tinha acabado de assaltar as instalações da Fundação CESDA, uma instituição particular de solidariedade social.

Os assaltantes tinham em seu poder um cofre, com mais de 200 quilos de peso, que transportaram para uma carrinha que horas antes tinha sido roubada em Oliveira de Azeméis, quando foram surpreendidos pela Polícia, que, a 300 metros das instalações da Fundação CESDA, montara uma barreira para impedir a fuga
(mais aqui)".

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A BOLSA E A VIDA

"Aparentemente, vivemos em tempo emprestado. Em 2008, o mundo que conhecemos já deveria ter terminado há muito. Estava escrito que o petróleo se esgotaria na década de 1930 e o gás natural na de 1990, que a fome generalizada seria inevitável aí por 1975, que a sobrepopulação se tornaria insuportável há trinta, vinte ou dez anos e que as últimas formas de vida terrestre se extinguiriam em 1985, 1997 ou 2019, consoante os gostos. Hoje, o perigo da moda é o aquecimento global, que sem sombra de dúvida condenará o planeta em 2050 ou na quarta-feira que vem (na terça Al Gore tem um almoço e não lhe dá jeito).

O que falta aos profetas da desgraça em capacidade premonitória, sobra em persistência. Mesmo que nenhuma das calamidades aprazadas se tenha verificado, por cada falhanço marcam-se dez novas datas para dez novas calamidades, sob os mais variados pretextos. O pretexto essencial, porém, não muda: "isto" fatalmente acabará por obra da exploração descontrolada da natureza, leia-se da ganância ocidental, leia-se do capitalismo. E quando, nas horas mortas, os peritos não se entretêm a prever o Apocalipse provocado pelo capitalismo, prevêem o Apocalipse do próprio capitalismo. Tradução: se o fim não chega pela abundância demográfica, pela escassez de recursos ou pela destruição do clima, há-de chegar pelas crises da bolsa.

Da bolsa? Além de 1929, e para não recuarmos demasiado, Wall Street entrou em crise "definitiva" em 1973, 1979, 1987, 1991, 1993, 1997, 1999, 2001, 2003 e 2005. Não existe motivo para não entrar em crise em 2008. Principalmente, não existe motivo para que a crise em gestação não seja igualmente "definitiva". Os profetas andam aí, na imprensa e nos blogues, a decretar o derradeiro colapso do sistema, minado, desculpem o jargão, pelas suas contradições internas.

E, sem surpresas, os profetas andam contentes, em proporção directa à grandeza da tragédia que antecipam. Talvez as maçadas do Juízo Final não se comparem com a suprema alegria de ver o capitalismo enterrado. Ou talvez as maçadas constituam, em si, a ambição dessa gente. Bem vistas as coisas, o capitalismo aumenta os padrões de conforto e estende-os a um número crescente de pessoas. Logo, é compreensível que os campeões dos oprimidos não apreciem que lhes roubem público. Questão de concorrência, portanto

Um crítico notou uma redundância: o catastrofismo vigente lembra Marx na exacta medida em que lembra aqueles evangélicos tresloucados, sedentos de um castigo que redima a humanidade por ser, graças ao pérfido capital, relativamente mais rica, relativamente mais evoluída, relativamente mais feliz. Embora, admita-se, não tão feliz quanto os catastrofistas nestes momentos de plena ejaculação apocalíptica e, como de costume, precoce
."

Alberto Gonçalves

segunda-feira, janeiro 28, 2008

Até amanhã e boa sorte!!!

Valha-nos Deus!

"Neste sítio onde tudo é permitido, das mentiras dos políticos à corrupção a céu aberto, resta acreditar que Deus existe. A desesperada operadora do INEM que tentava convencer dois pobres bombeiros de Favaios e Alijó a socorrerem um cidadão é capaz de ter razão. Ao estado a que isto chegou, provavelmente só Deus estará disponível para ajudar este sítio cada vez mais pobre, cada vez mais perigoso, cada vez mais hipócrita e, obviamente, cada vez mais mal frequentado.

O estado a que chegou a saúde, com reformas que só o ministro, do alto da sua sapiência, percebe, é apenas o lado mais visível e escandaloso da situação a que chegou este sítio em trinta e quatro anos de democracia e um punhado de Governos dominados essencialmente pelo PS e PSD.

A este sítio já valeram, ao longo de séculos e séculos, as riquezas da Índia, o ouro do Brasil, os dólares do FMI e os muitos milhões de euros da União Europeia. Valeram mas não conseguiram levar este desgraçado sítio a lado nenhum. Antes pelo contrário. Mas agora, que o Governo do senhor presidente do Conselho, José Sócrates, dá sinais evidentes de desorientação e falta de pudor, é natural que a desesperada operadora do INEM invoque o nome de Deus. Provavelmente em vão. Mas aos cidadãos deste sítio pouco mais resta do que pedir a ajuda divina para os livrar do mal que um punhado de espertos feitos políticos lhes faz diariamente. Talvez Deus lhes valha para aturar as mentirolas do senhor presidente do Conselho e do seu ministro das Obras Públicas a propósito do novo aeroporto. Mentirolas que em qualquer sítio civilizado seriam exemplarmente punidas, sem apelo nem agravo. Não é normal que estes dois senhores digam uma coisa no dia, com a cara mais séria que o tal Deus lhes deu, e sejam pouco tempo depois categoricamente desmentidos por um alto funcionário do Estado.

O senhor presidente do Conselho garantiu aos cidadãos que só conheceu o estudo do LNEC no dia 9 de Janeiro. Ele e o ministro Lino da Ota trabalharam imenso, fartaram-se de ler páginas e páginas de relatórios e no dia 10, vinte e quatro horas depois, estavam em condições de atirar para o lixo vinte anos de estudos, projectos, auditorias e muitos milhões de euros e anunciar ao povo que, afinal, o novo aeroporto iria para Alcochete. Afinal, e como normalmente se apanha mais depressa um mentiroso do que um coxo, os senhores já conheciam as conclusões do tal estudo desde o 19 de Dezembro.

Neste sítio onde tudo é permitido, das mentiras dos políticos à corrupção a céu aberto, resta acreditar que Deus existe e que um dia destes se vai lembrar deste rectângulo e livrá-lo para todo o sempre desta praga de gente medíocre, mentirosa e sem vergonha. Ámen
."

António Ribeiro Ferreira

Haja saúde.

"Dois novos casos de morte ligados a uma deficiente assistência médica, um em Vila Real e outro em Palmela, voltaram a pôr em causa o novo mapa dos serviços de urgência, traçado em 2007. No primeiro caso não foi questionada a prestação de cuidados por parte dos técnicos de emergência, mas a falta de humanidade no tratamento hospitalar. Já Sandra Ramalho morreu em sua casa, uma hora e meia após o primeiro telefonema ao 112 (mais aqui)."

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28 de Janeiro de 1921.


A symbolic Tomb of the Unknown Soldier is installed beneath the Arc de Triomphe in Paris to honour the unknown dead of World War I. In many wars, huge numbers of soldiers died without their remains being identified. In modern times the practice developed for nations to have a symbolic Tomb of the Unknown Soldier that represented the war grave of those unidentified soldiers. They usually contain the remains of a dead soldier who is unidentified (or "known but to God" as the stone is sometimes inscribed), and is thought to be impossible to ever identify. Much work goes into trying to find a certain soldier, and to verify that it is indeed one of the relevant nation's soldiers.

Perhaps the first memorial of this kind in the world is the 1849 Landsoldaten ("The Foot Soldier") monument of the First war of Schleswig in Fredericia, Denmark. Another early memorial of this kind is the 1866 memorial to the unknown dead of the American Civil War.

The current trend was started by the United Kingdom when, following World War I, it first buried an Unknown Warrior on behalf of all British Empire Forces in Westminster Abbey in 1920, leading other nations to follow their example. The most famous tomb is that in France under the Arc de Triomphe that was installed in 1921 honouring the unknown dead of the First World War.

These tombs are also used to commemorate the unidentified fallen of later wars. Although monuments have been built as recently as 1982 in the case of Iraq, it is unlikely that any further ones will be constructed. Advances in DNA technology mean that even the tiniest fragment of bone is usually identifiable.

Wikipedia

A falsidade das eleições legislativas e do regime parlamentarista

A vergonha de um sítio em que o estado morreu há muito
Quando ainda falta mais de um ano para o termo da actual legislatura, mais de metade da composição inicial de deputados na Assembleia da República já mudou.
De um total de 230 parlamentares eleitos em Fevereiro de 2005, 117 já suspenderam o mandato e 37 abandonaram mesmo o Parlamento.
E círculos eleitorais como Setúbal, Aveiro, Évora, Faro, Guarda, Braga, Viana do Castelo e Vila Real já não são representados pelos cabeças de lista eleitos.
Os dados da Comissão de Ética, Sociedade e Cultura, presidida pelo social-democrata Marques Guedes, deixam claro que a movimentação de deputados abrange todos os grupos parlamentares, em particular PS e PSD.
Do total de 117 suspensões de mandato registadas entre 12 de Março de 2005 e 16 de Janeiro deste ano, 50 pertencem ao PSD, 41 ao PS, 14 ao CDS-PP, cinco ao BE, quatro ao PCP e três aos Verdes.
E esta tendência não muda muito em matéria de renúncias de mandato: no mesmo período temporal, o PS conta com 19, o PSD com 11, o CDS-PP com três, o PCP com dois, o BE com uma e os Verdes também com uma.
Com tamanha movimentação de entradas e saídas de parlamentares, vários círculos eleitorais já perderam os dois primeiros nomes eleitos pelo PS, PSD e CDS-PP nas legislativas de 2005.
Isso acontece aos socialistas em Setúbal, Évora, Faro e Vila Real: António Vitorino, Carlos Zorrinho, João Cravinho e Ascenso Simões, para referir apenas os cabeças de lista, já deixaram o Parlamento há algum tempo.
Do lado do PSD é visível a ausência parlamentar de Luís Filipe Menezes, Luís Marques Mendes, actual presidente e ex-líder dos sociais-democratas, cabeças de lista por Braga e Aveiro, e Morais Sarmento, número um em Castelo Branco.
O CDS-PP também foi obrigado a substituir Pires de Lima e Álvaro Castelo Branco, os únicos deputados eleitos no Porto.
No essencial, os deputados renunciaram ao mandato para exercer funções de presidente ou vereador em câmaras municipais, como é o caso de Luís Filipe Menezes em Vila Nova de Gaia e José Apolinário em Faro, e para assumir cargos de gestão em empresas privadas, como Pina Moura e António Vitorino.
Estes últimos protagonizaram mesmo as renúncias mais mediáticas dos últimos tempos:
o primeiro é administrador da Media Capital e presidente da Iberdrola; o segundo integra o escritório da Gonçalves Pereira, Castelo Branco & Associados, um dos maiores escritórios de advogados do País.
Mas o efeito das suspensões e renúncias de mandato não fica por aqui: devido às muitas movimentações, o PS já não tem em funções nenhum deputado eleito no círculo eleitoral de Castelo Branco e já recorreu a vários suplentes nos círculos eleitorais de Évora e Faro.
O mesmo acontece com o PSD em Castelo Branco, onde o mandato é agora exercido por Ribeiro Cristóvão, quarto da lista de efectivos.
In Correio da Manhã

Não há argumentos para defender o que é óbvio.
O regime parlamentarista para que votaram os que para ele votaram e os que se abstiveram ou votaram branco ou nulo, não tem representação no Parlamento e logo este, não tem validade.

Uns, eleitos deputados, por razões de usura, aproveitando o que a política e o regime lhes tem dado, cargos e relevância, sem causa de razão, apenas o serem conhecidos ou terem passado ou ainda serem parte, do poder oculto ou visível, aproveitam o que a honra nunca lhes poderá dar.
Portanto, nunca deveriam alguma vez voltar a ser candidatos ou deputados.
Nestes podem ser incluídos os que apesar de saírem para cargos de governo, voltam a se candidatar, renunciando depois para ocupar cargos de gestores, ou profissões onde a remuneração é muito superior ao cargo de deputado, fazendo supor, o que é a verdade nua e crua: este regime é um regime de mentira, é um regime de cabeças de cartaz, num espectáculo sem graça, para quem acaba por se ver grego, nesta tragédia, com a qualidade desgraçada da legislação saída da casa, que segundo os senadores sem senado, é a casa da democracia ou de um regime dominado pela plutocracia.

O sistema monstruoso ou este monstro criado pelos que criticavam o regime do partido único, criou um regime de partidos que tem como dieta a lauta mesa do estado e de todos os que comem dele ou esperam as migalhas caídas da lauta mesa, sem excepções.

São todos culpados, incluso os que interrompem os contratos em nome do contrato assinado previamente com o partido e esse está acima da lei da República, ou em primeiro lugar na hierarquia de valores.

Mais de metade dos deputados eleitos saíram. Ficaram os que estavam a seguir, dos que estavam a seguir, até aos suplentes, nas listas.

Em que lugar estão os cidadãos de que tanto gostam e estimam os senhores deste regime em putrefacção acelerada?

Não há solução no quadro vigente, referende-se e promulgue-se…

A legitimidade do poder

"A estratégia da França é tornar-se no centro de um conjunto de coligações que permita reforçar a sua liderança europeia.

Nos últimos meses têm ocorrido alguns acontecimentos que demonstram uma alteração nas relações entre os maiores países da União Europeia. Paris e Berlim têm divergido em questões importantes como o Euro, a energia atómica e as relações com os países do Mediterrâneo. Nota-se uma aproximação entre Paris e Londres, em questões de segurança e defesa, na relação transatlântica e na energia atómica. Dando alguma cor a esta “entente” muito cordial, o anterior primeiro-ministro Blair discursou no Congresso do UMP, a convite do Presidente Sarkozy. Demonstrando a energia do líder francês, Paris promoveu ainda encontros com Itália e Espanha para preparar uma União com os países da margem sul do Mediterrâneo. Mais significativo, o “22 de Janeiro”, data em que se celebra o Tratado do Eliseu entre a Alemanha e França, foi comemorado ao nível de Secretários-de-Estado, o que é, reconheça-se, bastante raro.

Convém entender devidamente o significado de tudo isto. Para evitar conclusões precipitadas, limito-me a dizer que o “eixo franco-alemão” está diferente. Uma das regras de ouro que sustentava, até ao final do século passado, a relação entre a Alemanha e a França era a paridade absoluta no sistema de votação. Essa igualdade desapareceu, timidamente com o Tratado de Nice e agora de um modo mais afirmativo. Os sucessivos governos alemães prosseguiram uma política europeia eficaz e brilhante desde a reunificação. O governo de então estabeleceu quatro objectivos estratégicos, os quais foram todos alcançados: versão alemã do Euro, o ‘grande’ e não o ‘pequeno’ alargamento, reforço dos poderes do Parlamento Europeu e fim da paridade com os outros ‘grandes’. E a França, na altura, opunha-se a todos. Mitterrand desejou uma versão ‘mais política’ do Euro (não é uma invenção do actual Presidente francês), preferia o ‘pequeno’ ao ‘grande’ alargamento, recusou o fim da paridade e era indiferente em relação ao reforço do Parlamento.

A Alemanha conseguiu tudo, sem nada impor, à excepção da sua versão do Euro, onde os governos alemães (incluindo o do SPD/Verdes) foram sempre muito firmes. O resto foi alcançado através da linguagem da legitimidade política: O “grande” alargamento foi uma questão de “justiça histórica”; o reforço dos poderes do Parlamento e o fim da paridade foram feitos em nome da “democracia”. Aqui está um bom exemplo do verdadeiro ‘soft power’: reforçar o poder em nome dos valores. Não há nada a acusar à Alemanha: definiu uma estratégia que promove os seus valores e cumpriu-a sem vacilar.

O que já é mais difícil de entender é a relativa passividade da França e do Reino Unido. Os discursos da legitimidade, tão bem construídos pela Alemanha, tornariam em qualquer caso a tarefa complicada, mas a surpresa persiste. Apesar de tudo, franceses e britânicos têm uma tradição política, estratégica e diplomática com peso e passado. Especialmente, é quase incompreensível a maneira como o Presidente Chirac e o primeiro-ministro Blair aceitaram o fim da paridade, primeiro em Nice e depois durante a Convenção.

A passividade dos franceses está, contudo, a acabar. Sem colocar em causa a relação especial com a Alemanha, que nasceu de uma reconciliação histórica, que foi e é decisiva para a construção europeia, o activismo francês começa a mudar a política europeia. A estratégia da França é tornar-se no centro de um conjunto de coligações que permita reforçar a sua liderança europeia. A aproximação a Londres, as parcerias com Itália e Espanha para as questões do sul, a sedução aos novos Estados-membros, em particular à Polónia, e a disposição para trabalhar de um modo muito próximo e activo com a Comissão. A próxima Presidência francesa será certamente um período clarificador. Uma coisa é certa: para ser legítima, a estratégia francesa não poderá ignorar os interesses dos países mais pequenos e terá que envolver as instituições. Quem fizer política na Europa a partir de oposições simplistas, entre governos e instituições, ou entre grandes e pequenos, está condenado ao fracasso. Foi isto que a Alemanha percebeu, principalmente os governos de Kohl e Merkel
."

João Marques de Almeida

É sempre bom lembrar...

1/ "Mais de 30 vândalos» invadiram domingo, por volta das 7:10 da manhã, o comboio da Linha de Sintra, informou ao PortugalDiário fonte policial. Os arruaceiros foram apanhados sem bilhete e apedrejaram carruagens enquanto fugiam. O revisor de serviço foi ameaçado com uma faca, que lhe foi apontada ao peito, e o pânico instalou-se na estação da Amadora (mais aqui)".

2/ "Amadora: moradores têm medo dos tiroteios (mais aqui)".

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Balearam a cozinheira


"O BBC (Bar Belém Café), em Lisboa, foi assaltado na manhã de ontem por três indivíduos que, encapuzados e armados, balearam uma das funcionárias do estabelecimento. O assalto passou despercebido à maioria das pessoas que àquela hora passeava na zona. Mais atentos, os pescadores desportivos aperceberam-se da chegada das autoridades e, face ao aparato, alguns até pensavam que os assaltantes tinham sido apanhados. O assalto deixou-os muito surpreendidos, tanto mais que aquela zona sempre foi conhecida por ser calma e pacata. E assim se manteve com a abertura dos espaços de diversão e restauração, pois “são recintos destinados a famílias e a pessoas já com 30 e 40 anos”. “Aos fins-de-semana, a partir das 08h00 já se vê muita gente aqui com crianças a andar de bicicleta e a passear cães”, acrescentou um dos pescadores. Solicitando o anonimato, afirmou-se preocupado com o facto de o assalto ter sido realizado já de manhã (mais aqui)."
Ao contrário do que se possa parecer, os moços não queriam assaltar mas sim vingarem-se da senhora porque esta lhes confeccionou má comida. Bem pode o ministro continuar descansado agarrado às suas estatísticas.

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CORRER OU NÃO CORRER

"Após ser informado de que dois paquistaneses planeavam explodir qualquer coisa por cá, uma ameaça que afirmou levar a sério, o eng. Sócrates tomou de imediato a atitude que se impõe a um chefe de Governo: rumou a Viana Do Castelo, vestiu T-shirt e calções e participou na minimaratona local. Lá chegado, ridicularizou com bonomia a dimensão da prova: "Quatro quilómetros, só?". Por regra, o primeiro-ministro corre dez (numa hora, garante).

E corre onde? Até agora, que se soubesse, em Moscovo, em Luanda, no Rio de Janeiro. Não é habitual ver o eng. Sócrates exibir destreza e saúde nas ruas nacionais, um facto que o dr. Menezes recentemente sublinhou com amargura. É verdade que o dr. Menezes se vangloria de ter tido medo de um tubarão e frio à noite no deserto, proezas nobres mas limitadas a lugares com tubarões e desertos. Corridas, porém, o dr. Menezes corre-as em Portugal, cheio de brio patriótico e vazio de calorias.

Imagino que a conversão do eng. Sócrates ao jogging nacionalista (a expressão é de Vasco Pulido Valente) não seja alheia ao exemplo do dr. Menezes, o que configura uma pequena vitória política do líder da oposição. Fora isso, o mais importante nos quatro quilómetros de Viana foi o entusiasmo com que a cidade recebeu o eng. Sócrates.

Normalmente, sempre que o eng. Sócrates surge num evento aberto a populares, os populares insultam-no. Já é ritual: ele inaugura um pedaço de estrada ou uma fase do Plano Tecnológico e, quase por inércia, uma multidão dedica-lhe cartazes, palavras e sinais desagradáveis. Em Viana, pelo contrário, a multidão aplaudiu-o com frenesim. Porquê?

São viáveis diversas teorias, nenhuma muito abonatória para a coerência do bom povo. Eu prefiro acreditar que o bom povo simplesmente não reconheceu o primeiro-ministro. O primeiro-ministro veste Armani e calça Prada, aumenta os impostos e fecha "urgências". Aquele sujeito em traje Nike apenas sorri e corre como o vento (ou a brisa, vá lá). Ao olho leigo, é impossível serem a mesma pessoa. No fundo, as duas identidades do eng. Sócrates equiparam-no ao Super-Homem: enquanto Clark Kent, é desprezado; de collants e capa, espalha heroismo e simpatia pela Terra.

Não espantará que, depois do sucesso vianense, o eng. Sócrates desate a correr frequentemente por Portugal inteiro, demonstrando ao eleitorado em êxtase os super poderes que lhe permitem fazer dez quilómetros/hora e salvar cidadãos do sedentarismo, da obesidade e dos maus hábitos em geral. Não sendo exactamente a função de um governante, é o melhor que podemos arranjar. Também não será função de um comentador analisar a política nacional a partir de historinhas de banda desenhada. E então? Dada a profundidade dos seus actuais protagonistas, queriam o quê? O Hamlet?
"

Alberto Gonçalves

domingo, janeiro 27, 2008

27 de Janeiro de 1945.

O exército soviético liberta Auschwitz, o campo da morte e encontra perto de 3.000 homens e mulheres pesando entre 23 e 35Kg.

Auschwitz foi um campo de concentração e um campo de extermínio situado na Silésia, Polónia, criado em 1940 pelos Nazis durante a Segunda Guerra Mundial com o objectivo inicial de reunir os prisioneiros políticos polacos. Auschwitz tornou-se um dos campos de concentração mais atrozes do Holocausto devido às execuções em massa de judeus em câmaras de gás e às experiências do médico Josef Mengele em gémeos, que incluíam amputações e injecções de vírus. Tudo começa em 1941, quando a Gestapo recebe a ordem de executar a "solução final da questão Judia", ou seja, exterminar a raça judia. Esta medida é adoptada em 20 de Janeiro de 1942, por altura da Conferência de Wannsee.

As execuções em massa de judeus começaram na Primavera de 1942 em Maio, quando 1.200 judeus encolhidos nos comboios recém-chegados da Alemanha, Eslováquia e França, são enviados para as câmaras de gás.

Em 27 de Janeiro de 1945, o exército soviético liberta o campo da morte e encontra perto de 3.000 homens e mulheres pesando entre 23 e 35Kg. À entrada deste campo, encontra-se uma tabuleta com a inscrição «Arbeit macht Frei» (o trabalho liberta).>p align="center">

Campo de extermínio (em língua alemã Vernichtungslager) era o termo aplicado a um grupo de campos construídos pela Alemanha Nazi durante a Segunda Guerra Mundial com o objectivo expresso de matar os Judeus da Europa. Para além de judeus, membros de outros grupos foram também assassinados nestes campos, tais como os ciganos de etnia roma, prisioneiros de guerra soviéticos, bem como polacos e outros. Tudo isto é parte do Holocausto e a chamada Solução final da questão judia, nas palavras da retórica Nazi, o plano para assassinar todos os judeus da Europa. Estes campos são também conhecidos como os campos da morte.


Há que fazer a distinção entre campos de extermínio e campos de concentração tais como Dachau e Belsen), cuja maioria se situava na Alemanha constituía um sistema de encarceramento e aglomeração dos vários "inimigos do Estado" (tais como comunistas e homossexuais), e constituíam bases de recursos de trabalho forçado para empresas alemãs. Muitas vezes, os judeus inicialmente detidos nestes campos de concentração eram posteriormente enviados para os campos de extermínio. Nos primeiros anos do regime Nazi (estabelecido em 1933) muitos judeus foram enviados para estes campos, mas depois de 1942 todos os judeus foram deportados para os campos de estermínio.


Também há que destinguir os campos de extermínio dos campos de trabalho escravo, que foram construídos em todos os países ocupados pelos alemães para explorar o trabalho dos prisioneiros de vários tipos, incluindo prisioneiros de guerra. Muitos judeus trabalharam até à exaustão e morte nesses campos, mas depois de 1942, toda a força laboral judaica, mesmo que útil ao esforço de guerra alemão, foi enviada para o estermínio. Em todos os campos Nazis havia altas taxas de mortalidade como resultado da fome, doença e exaustão, mas apenas os campos de estermínio eram construídos especificamente para a matança organizada.


O método de matança nestes campos era o gás venenoso, normalmente em câmaras de gás, apesar de muitos prisioneiros terem sido mortos em massa por fuzilamento e outros meios. Os corpos dos mortos eram destruídos em crematórios (excepto em Sobibór onde eles foram cremados em fogueiras ao ar livre), e as cinzas eram enterradas ou dispersas.
A maioria das fontes históricas reconhecem seis campos de extermínio, todos eles situados na Polónia ocupada.

Eles eram:
Auschwitz II (Auschwitz-Birkenau) (Auschwitz I era um campo de concentração e Auschwitz III um campo de trabalho)
Belzec
Campo de concentração de Chelmno (Alemão: Kulmhof an der Nehr, Polish: Chelmno nad Nerem)
Majdanek
Sobibór
Treblinka
Destes, Auschwitz II e Chelmno estavam situados dentro de áreas da Polónia ocidental anexada pela Alemanha - As outras 4 estavam situados na área do Governo Geral.
Um sétimo campo, muito menos conhecido que estes seis situava-se em Maly Trostenets, na actual Bielo-rússia. O regime fantoche Croata Ustase também montou um campo de extermínio em Jasenovac.


Treblinka, Belzec e Sobibór foram construídos durante a Operação Reinhard, o nome de código para a matança sistemática dos judeus na Europa, conhecido amplamente como sob o eufemismo, de "solução final da questão judia" (Endlösung der Judenfrage).


A operação foi decidida na conferência de Wannsee de Janeiro de 1942 e conduzida sob o controle administrativo de Adolf Eichmann. Estes campos, juntamente com Chelmno, que tinha sido construído mais cedo, eram puros campos de extermínio, construídos com o objectivo único de matar vastos números de Judeus após poucas horas sobre a sua chegada.
O número de pessoas mortas nos ste maiores campos foi estimado em:
Auschwitz II: cerca de 1.000.000
Belzec: 436.000
Chelmno: 340.000
Majdanek: 300.000 a 350,000
Sobibór: 260.000
Treblinka: pelo menos 700.000, possivelmente mais de 1.000.000
Maly Trostenets: pelo menos 200.000, possivelmente mais de 500.000

Isto perfaz um total de pelo menos 3.200.000, e possivelmente 3.800.000. Destes, mais de 90% eram judeus. Estes 7 campos foram responsáveis por cerca de metade do total dos judeus mortos no Holocausto. Virtualmente a totalidade da população judaica da Polónia foi assassinada nestes campos. Quando as forças armadas soviéticas avançaram sobre a Polónia em 1944, estes campos foram fechados e parcial ou completamente desmantelados para ocultar o que tinha ali ocorrido. O governo comunista polaco do pós-guerra desmantelou-os em parte e permitiu a sua decadência.


Após a queda do comunismo em 1991, os locais destes campos tornaram-se mais facilmente acessíveis e tornaram-se centros de atração de muitos visitantes, especialmente Auschwitz, o mais conhecido de todos. Houve uma série de disputas entre o governo polaco e organizações judaicas sobre aquilo que é e não é aprompriado nestes sítios. Alguns grupos judaicos manifestaram a objecção à construção de memoriais cristãos nestes campos.

Wikipedia.


Mais.

Campos da morte.

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