sábado, junho 30, 2007

Perigoso violador à solta (Região de Lisboa)

As directorias de Lisboa e Setúbal da Polícia Judiciária (PJ) procuram deter o suspeito, já com cadastro por violação.

Almoçageme, no concelho de Sintra, foi palco do primeiro ataque.

Pelas 18h30 de quinta-feira, uma mulher de 33 anos, residente na zona, e que caminhava para casa, foi abordada pelo condutor de um carro azul. De faca na mão, o indivíduo obrigou-a a entrar para o porta-bagagens. O percurso feito a partir desse momento é, para já, desconhecido. No entanto, o CM apurou que a vítima disse ter sido levada para a zona da Malveira da Serra, Cascais.

A jovem terá sido violada pelo menos três vezes, em locais distintos. No final de cada crime, era obrigada a regressar à bagageira do carro. Meia hora após a última violação, foi abandonada num terreno baldio, sem todos os bens pessoais. Valeu-lhe um telemóvel escondido na roupa, usado para chamar um familiar.

O mesmo homem é o aparente responsável por um segundo crime, de características semelhantes, ocorrido pelas 11h30 de ontem, no Monte da Caparica, Almada.

A vítima foi uma mulher de 26 anos, atacada perto do IC20 (Almada/Costa de Caparica).

Forçada, com ameaça de faca, a entrar no mesmo carro azul, a jovem foi levada para a zona de Sesimbra, onde foi violada num descampado.

Consumado o crime, o violador conduziu na direcção de Lisboa. A meio do tabuleiro da Ponte 25 de Abril, sentido Sul-Norte, a jovem foi obrigada a sair.

Em choque, caminhou até ao posto da Brigada de Trânsito, onde foi lançado o alerta. A vítima foi transportada pela GNR da Trafaria ao Hospital Garcia de Orta, em Almada. A PJ de Setúbal acompanhou a realização dos exames periciais necessários em casos de violação.

Na quinta-feira ao final da tarde, no posto de Colares, os inspectores da PJ de Lisboa que foram chamados a tomar conta da ocorrência mostraram logo saber com quem estavam a lidar.

Trata-se, ao que o CM apurou, de um homem com um largo cadastro por crimes de violação, e com várias detenções inscritas na ‘ficha policial’. “É um indivíduo com claros problemas psiquiátricos”, concluiu fonte policial.

Em ambas as situações, o indivíduo usou uma faca para coagir as vítimas. Ao que o CM apurou, tratar-se-á de um modelo de faca semelhante aos usados na cozinha.

As directorias de Lisboa e Setúbal da Polícia Judiciária pediram ajuda à PSP e GNR das duas margens do Tejo, na operação de detenção do violador.

Correio da Manhã

Se a PJ já identificou o autor dos dois crimes, não percebo, porque não é publicada uma foto, do "animal" ?

Neste caso, verifica-se uma diferença de actuação entre a Polícia Britânica e a Portuguesa, penso que se fosse no Reino Unido, já a foto do potencial violador, circulava por tudo o que é imprensa sensacionalista.

É que há sensacionalismos que dão jeito, convenhamos ...

Always With Me, Always With You





Para os Pézinhos n' Areia do tal Rapaz da guitarra que tem “muito conhecimento mas de limitada aplicação prática”.

Cegos visionários

"A Internet dá-nos uma liberdade sem precedentes para encontrarmos ou para publicarmos qualquer conteúdo sobre qualquer tema. É cada vez mais evidente que a tecnologia está a mudar a nossa vida em aspectos essenciais da nossa cultura. O acesso à informação é a área onde essa evolução se faz sentir de forma mais profunda e mais rápida. A Internet dá-nos uma liberdade sem precedentes para encontrarmos ou mesmo para publicarmos qualquer conteúdo sobre qualquer tema. É a isso que se passou a chamar ‘web 2.0’, um nome estranho que expressa apenas a simplicidade com que hoje qualquer pessoa pode publicar as suas ideias, os seus vídeos ou as suas fotos, dando expressão às suas opiniões e influenciando redes de pessoas perfeitamente reais. Mas como é esta nova possibilidade de qualquer um poder comunicar para todo o mundo está a alterar o nosso dia-a-dia, a nossa economia e a nossa cultura?

Surgiram nos últimos seis meses duas respostas interessantes a esta pergunta, dois livros com visões igualmente provocadoras mas totalmente opostas. O primeiro foi publicado em Dezembro de 2006 por Don Tapscott e Anthony Williams com o título “Wikinomics: Como a colaboração em massa muda tudo” (uma tradução literal, pois ainda não saiu uma edição portuguesa). A conclusão a que chegam é que as novas formas de colaboração que a Internet torna possíveis estão a mudar, de facto, o funcionamento da economia e a tornar possíveis novos modelos de negócio. A razão que apresentam para isso é muito simples. Até agora, a colaboração estava restrita ao horizonte físico, uma limitação quase sempre intransponível. A Internet removeu essas barreiras, permitindo a colaboração livre à escala global. O desenvolvimento do sistema operativo Linux, abrindo o respectivo código a melhorias introduzidas por qualquer voluntário, demonstrou que, mesmo numa tarefa tão complexa, a colaboração aberta resulta. A liberdade para publicar, seja através de um ‘blog’ ou criando e alterando um artigo da ‘Wikipedia’, transforma-se na liberdade para colaborar, participar e ser ouvido. Da mesma forma, a ‘Wikieconomia’ é uma economia onde todos participam. Esta mudança de paradigma faz-se sentir nas empresas, em primeiro lugar, alterando as regras de jogo da inovação. Qualquer empresa procura fazer alguma coisa de forma diferente para ganhar uma vantagem competitiva sobre os seus concorrentes que aumente o seus lucros. A forma convencional de fazer isto é confiando na investigação, geralmente realizada em laboratórios e baseada no maior secretismo quanto ao que se está a preparar. A Procter&Gamble, por exemplo, resolveu quebrar essas regras e abrir a sua investigação e desenvolvimento aos contributos de milhares de voluntários que, por um prémio, estiveram dispostos a contribuir com as suas capacidades. Os exemplos multiplicam-se nas mais diversas indústrias, do sector mineiro à televisão, mostrando que há novas oportunidades de criar valor para quem souber aproveitar estas novas possibilidades.

Há apenas um mês surgiu outro livro com uma tese diametralmente oposta. Andrew Keen defende que a Internet está a matar a nossa cultura, dando o poder de uma tecnologia infinita a uma horda infinita de macacos ignorantes. É assim mesmo, sem compromissos, que começa a introdução de ‘The Cult of the Amateur’ (”O culto do amador”, também sem edição portuguesa). Onde Tapscott e Williams vêem as novas promessas da colaboração, Keen vê cegos a guiar outros cegos, difundido as suas imagens narcísicas e amplificando interesses e experiências banais. A ‘web’, defende ele, tornou-se num espelho de nós próprios, reflectidos em ‘blogs’ artigos na Wikipedia, vídeos no YouTube, pesquisas no Google ou notícias no Digg ou no Reddit.

O mais curioso em relação ao livro de Keen é que foi a “floresta digital de mediocridade” que ele denuncia que o tornou relevante, dando-lhe notoriedade através um mar de críticas ferozes. Tão ferozes, aliás, que muitos como eu ficaram curiosos por ler o livro e o compraram. É esse o elemento essencial que Andrew Keen ignora na sua análise. Hoje, a confiança na informação e a sua relevância não resultam apenas do reconhecimento de uma fonte concreta de informação, um jornal, um site ou uma estação de televisão. A confiança também nasce da reputação, do somatório incontrolável de muitas opiniões individuais. É esse o caminho que nos guia através da floresta de informação e nos permite ir para além do que já conhecemos, um pouco cegos mas cada vez mais visionários
..."

Rui Grilo

Portugal preocupa o Fundo Monetário Internacional

"Foi um actor importante da vida política nacional durante a década de oitenta. Com Portugal em graves dificuldades financeiras depois das convulsões que se seguiram à revolução do 25 de Abril e às crises do petróleo, o FMI foi salvador. Mas à custa de medidas draconianas que o Governo foi obrigado a impor, mergulhando o país na recessão e fazendo disparar o desemprego. No seu mais recente documento sobre a economia nacional, o fundo continua a mostrar preocupação com a saúde financeira do país. Agora a razão é outra: o elevado endividamento das famílias e empresas. Juntando isto ao momento pouco feliz da economia - baixo crescimento e alto desemprego -, o FMI tem medo que a solidez do sistema financeiro esteja em risco. E não deixa de enviar umas farpas ao bancos pela facilidade que concedem crédito. Desta vez, o Fundo pode estar a exagerar, mas num ponto tem razão: a evolução do endividamento tem que ser acompanhada com cautela. O céu não é o limite. "

Bruno Proença com Ricardo Domingos e Hermínia Saraiva

O Vinho Português - IV

Pois.

"Os portugueses têm um poder de compra 25 por cento inferior à média da União Europeia, de acordo com as estimativas preliminares referentes a 2006 divulgadas pelo Eurostat, o órgão estatístico da União Europeia (mais aqui)."

Etiquetas:

Recrutamento.

"Ben Laden e a imagem que tem vindo a difundir do Islão estão a encontrar eco nos EUA

A organização de Ossama ben Laden precisa de demonstrar que não tem só nas suas fileiras peões árabes dispostos ao martírio, ou que atrai apenas os deserdados dos regimes laicos do Médio e Extremo Oriente. Se conseguir projectar a imagem de que o inimigo está no interior da própria sociedade americana, terá ganho uma nova batalha. E há americanos dispostos a serem cúmplices de Ben Laden. Do insignificante Anderson ao voluntarioso Lindh, há jovens desencantados com o meio em que nascem e crescem, com a imagem que têm da América, e fascinados com o Islão que conhecem através da Internet, seduzidos pela figura "romântica" do jihadista.

Entusiasmados com o rigor do Islão que lhes é apresentado, sem qualquer noção das sociedades em que se desenvolveu esta religião, aceitam sem juízo crítico a imagem projectada pela organização do saudita, a que os exemplos da crise israelo-palestiniana, das alianças dos EUA com alguns regimes árabes na lista negra do Islão radical e a conduta de Washington no Médio Oriente, em especial a partir dos anos 60, vêm conceder credibilidade. A retórica de um Islão intrinsecamente pacífico e vítima das injustiças e violências recorrentes sobre os crentes, convence sem dificuldade jovens formados na leitura das ruas, como Padilla, ou impregnados de referências protestantes, como Gadahn. Estes são os novos trunfos de Ben Laden no combate contra o Ocidente
(mais aqui)."

Reformados no activo.

"O Comando Metropolitano da PSP de Lisboa deteve, em Oeiras, quatro indivíduos, com 19, 27, 28 e... 74 anos de idade, acusados de carjacking e de posse de armas proibidas (mais aqui)."

Brevemente num bairro perto de si…

"Depois de dois meses de ocupação da parte baixa e da infiltração de agentes disfarçados que levantaram detalhes do terreno, a operação no Complexo do Alemão começou em força na manhã de quarta-feira. Com mais de mil homens apoiados por blindados e uma rectroescavadora, as forças de segurança abriram caminho derrubando as barricadas feitas pelos traficantes.Até ao início da madrugada de ontem, a polícia foi de casa em casa, procurando droga e armas, encontradas em grande quantidade, com destaque para metralhadoras e munições. Pela primeira vez, as forças de segurança chegaram a redutos onde os criminosos eram senhores absolutos, mas não conseguiram destruir a sua presença no Complexo. De facto, assim que as tropas se retiraram, deixando apenas alguns polícias nas entradas do Complexo, traficantes com armas de guerra exibiam-se tranquilamente para as lentes dos repórteres (mais aqui). "

Para o Amigo Assur !


The story of Jonathan Livingston Seagull

sexta-feira, junho 29, 2007

29 de Junho de 67.


Morre São Pedro, discípulo de Jesus e papa. São Pedro (segundo a tradição teria morrido em 67 d.C.) foi um dos doze Apóstolos de Jesus Cristo, como está escrito no Novo Testamento e, mais especificamente, nos quatro Evangelhos. O seu nome original não era Pedro, mas sim Simão. Nos livros dos "Actos dos Apóstolos" e na "Segunda Epístola de Pedro", aparece ainda uma variante grega do seu nome original: Simeão. Cristo apelidou-o de Petros - Pedro, nome grego, masculino, derivado da palavra "petra", que significa "Pedra" ou "rocha". O Apóstolo São Paulo designava-o pelo nome de Cephas, Kephas, Kepha ou Cefas que em aramaico significa o mesmo - note-se, aliás, que, provavelmente, Cristo falava principalmente aramaico, logo terá sido essa a designação dada a Simão (e não a versão grega que ficou para a posteridade).

Mais no Wikipedia.

Um Herói chamado JUMA !



O Juma (à direita) e o irmão, Dad Gul !

"Hey, podem ajudar-me? Deram-me este casaco e não sei o que ele tem dentro mas pode ser algo mau", gritou Juma Gul, de seis anos, para os soldados que estavam no checkpoint do Exército Nacional Afegão (ENA). Os militares rodearam a criança e, atónitos, descobriram que era portadora de uma bomba."

DN

"Alguém" já deve a vida ao pequeno JUMA ...

Para os Pézinhos n' Areia.

Breves comentários ao artigo musical.

Isto de mandar um jornalista amante de Opera comentar um Festival de Heavy Metal é, no mínimo, divertido.

Vejamos porquê:

1/ “Os Men-Eater laboraram um amontoado sonoro capaz de provocar turbulência no ar ao ponto de quase impedir os levantamentos e as aterragens dos aviões no aeroporto da Portela que ali fica perto

O Heavy Metal é conhecido por ser barulhento. Como diz a Wikipedia “Heavy metal is traditionally characterized by loud distorted guitars, emphatic rhythms, dense bass-and-drum sound, and vigorous vocals.”

Mas vejamos o lado bom da coisa:

A/ A vantagem de ser jornalista. Ser destacado para um concerto de Heavy Metal e descobrir que este tipo de música é barulhento.

B/ Do comentário salva-se a informação geográfica da Portela ficar perto do lugar do concerto.

2/ “Sem demoras, seguiram-se os More Than a Thousand, outros da mesma casta. Dos Mastodon e Stone sour nem vale a pena falar pura banalidade.”

A pura banalidade, quanto aos Mastodon, consiste em que eles “plays an innovative, hard-to-categorize blend of metal, grindcore, and hardcore”. Traduzindo: a música do grupo contém riffs pesados, técnicos e complexos, com percussão influenciada pelo jazz, paradas intrincadas e longos e melódicos interludios instrumentais, inspirados pelo amor que a banda tem ao rock progressivo dos anos 70. Situação que apura ainda mais a “pura” banalidade.

3/” Satriani ficou na Terra. E as consequências, hoje, são gravíssimas: ele é o músico mais chato da troposfera... Os seus dedos esquadrinham o braço da guitarra para erigir nada mais do que uma maçada exorbitante, uma estopada inaturável vinda de quem privilegia a técnica e se olvida da imaginação."

O “chato” Satriani “in 1988, was recruited by Rolling Stones' Mick Jagger as lead guitarist for Jagger's first solo tour. Later, in 1994, Satriani was also asked to be a lead guitarist for Deep Purple which he ultimately turned down. Satriani has also worked with a wide range of guitarists from many styles, including Steve Vai, John Petrucci, Eric Johnson, Yngwie Malmsteen, Paul Gilbert, and Robert Fripp through the annual G3 Jam Concerts. Satriani is also credited on many other albums, including guitar duties on Alice Cooper's Hey Stoopid (1991), Spinal Tap's Break Like the Wind (1992), Blue Öyster Cult's Imaginos (1988), band members Stu Hamm and Gregg Bissonette's solo albums, and many others including countless guitar heroes-style albums. Interestingly, he was credited for singing background vocals on the 1986 debut album by Crowded House. In 2003, he played lead guitar in The Yardbirds' CD release Birdland. In 2006 he guested on several tracks for Deep Purple's vocalist Ian Gillan's solo CD/DVD dual disc Gillan's Inn. He is also featured in the Christopher Guest film, For Your Consideration, as the guitarist in the band that played for the late-night show.”

Ainda o “chato” “Satriani is widely recognized as a technically highly advanced rock guitarist. He has mastered many performance techniques on the instrument, including two-handed tapping, sweep-picking, volume swells, harmonics, and extreme whammy bar effects. One of his trademark compositional traits is the use of Pitch Axis Theory which he applies with a variety of modes”. O que demonstra que ele "se olvida da imaginação".

Curiosamente o “chato” “Satriani has received 14 Grammy nominations

E ainda curiosamente o “chato” Satriani já foi professor de alguns guitarristas famosos tais como Steve Vai, Kirk Hammet do Metallica, David Bryson do Counting Crows, entre outros. Se não tivesse ficado na terra não tinha ensinado o guitarrista dos Metallica (um dos “grandes senhores de "Kill'em All") a tocar. Já agora. Seria a presença do professor que levou Kirk, logo na segunda música, andar a solar sozinho no palco?
4/ “Sejamos realistas é menos nocivo para a saúde ver sete concertos seguidos dos Judas Priest (ou até oito) do que uma hora de concerto do Satriani.”
Tal como tínhamos dito. O homem só gosta de bailado e Opera. Porque o mandam comentar um concerto de Heavy Metal? Ainda para mais a Galeria do Berardo é de borla até domingo…

5/ “De certeza que a música de Joe Satriani faz mal às àrvores – proíbam-na!”

O jornalista não se apercebeu mas a organização teve o cuidado de lhe “seguir o conselho”, só que de outra forma. Tanto o recinto como as imediações não têm árvores…

Jornalismo "intelectual".

"O primeiro dia da 13ª edição do festival patrocinado pela melhor cerveja da Península Ibérica foi um sucesso a nível de adesão de público. Mesmo sem números oficiais, estima-se que mais 35 mil pessoas compareceram no Parque Tejo. Grande parte delas seduzidas pela presença dos Metallica. Mas foi preciso esperar - e muito - pela chegada dos grandes senhores de "Kill'em All".
A meio da tarde, a primeira banda causou logo espanto - e isso tanto pode ser bom como mau. Os Men-Eater laboraram um amontoado sonoro capaz de provocar turbulência no ar ao ponto de quase impedir os levantamentos e as aterragens dos aviões no aeroporto da Portela que ali fica perto. O vocalista não cantou - emitiu uns grunhidos num idioma imperceptível. O JN passou 17 minutos a tentar perceber se o homem adoptava a língua portuguesa, inglesa ou o aramaico. Infelizmente, não chegámos a qualquer conclusão e, como tal, pedimos desculpas aos nossos leitores.

Mais do mesmo

Sem demoras, seguiram-se os More Than a Thousand, outros da mesma casta. Os guitarristas abanavam o tronco e cabeça como se enxotassem abelhas alojadas no cerebelo. Desconhece-se se terão uma grande carreira pela frente. Todavia, caso a banda se dissolva, os seus membros terão futuro garantido como sonoplastas de filmes de terror ou de documentários sobre animais selvagens para a National Geographic. O mesmo se aplica aos Mastodon e aos Blood Brothers - ainda que estes últimos tenham mostrado, aqui e ali, bons apontamentos de electro-metal (seja lá o que isso for). Dos Mastodon e Stone sour nem vale a pena falar pura banalidade.

Enquanto a noite chegava, dilatava a ansiedade para ver os irresistíveis Metallica, de longe a banda mais apetecível do arranque do Super Rock. Mas isso só aconteceria depois do fecho desta edição e, momentos antes, fomos obrigados a suportar tortura. A sério. Por causa de Joe Satriani.

Segundo as nossas contas, em Março de 1972, Joe Satriani tinha 16 anos. Foi nesse mês que a NASA lançou para o espaço a sonda Pioneer 10, o primeiro objecto construído pelo homem a sair para fora do sistema solar rumo a uma viagem sem retorno. Ora, importa levantar uma questão quem foi o responsável pelo facto de Satriani não ter embarcado na dita sonda? Convém apurar responsabilidades. Satriani ficou na Terra. E as consequências, hoje, são gravíssimas: ele é o músico mais chato da troposfera.

Que lugar para Paredes?

Ontem, no palco Super Rock, isso foi bem visível. Satriani? Nele tudo merece ser desancado do exibicionismo virtuoso ao onanismo guitarrístico. Os seus dedos esquadrinham o braço da guitarra para erigir nada mais do que uma maçada exorbitante, uma estopada inaturável vinda de quem privilegia a técnica e se olvida da imaginação - e o Super Rock, até ver, não é um festival de ginástica. Os fãs gostam de apregoar o facto de Satriani ser "o 7º melhor guitarrista de sempre". E que significa isso? Ninguém sabe. Aliás, em que lugar ficou Carlos Paredes nessa lista? Ninguém sabe.

Sejamos realistas é menos nocivo para a saúde ver sete concertos seguidos dos Judas Priest (ou até oito) do que uma hora de concerto do Satriani. De certeza que a música de Joe Satriani faz mal às àrvores - proíbam-na! Livrai-nos deste jactancioso para que doravante não mais cá venha semear o tédio. Como se tudo isto não bastasse, Satriani é ainda caudaloso na azeitona espremida
. "

Cristiano Pereira no JN

Texas.

"A Polícia Judiciária da Guarda está a investigar a autoria de um disparo que na quarta-feira à tarde feriu uma mulher num tornozelo durante um tiroteio ocorrido num acampamento cigano em Gouveia."

O Vinho Português - III

quinta-feira, junho 28, 2007

Até amanhã e boa sorte!!


O Pinóquio

"Todos conhecem a história do ingénuo e bom Pinóquio que apenas queria o bem dos outros, muito embora o bem que promovia no curto prazo só tenha gerado infelicidade, até a sua.

Porém, de Pinóquio, o que resta bem vincado no nosso imaginário foi mesmo a curiosa história de que o nariz lhe crescia por cada mentira que propalava.
Joe Berardo, o famoso investidor português, lançou uma oferta pública à SAD do meu clube rival: o Benfica.

Começou por clarificar que a sua proposta era em favor e em ajuda ao clube de seu coração, uma vez que a cotação das acções da Benfica SAD estariam muito abaixo daquilo que ele achava meritório para clube de tão digno palmarés.

A OPA lançada por Joe Berardo seria amigável, uma vez que estaria completamente solidário com a Direcção da SAD benfiquista, e em sintonia com a gestão do clube. No entanto, afirmou, o plantel parecia um lar de terceira idade.

Joe Berardo considera que o Benfica é de todos os benfiquistas “E Pluribus Unum” (de todos um). Através da OPA, Joe Berardo alivia o fardo aos benfiquistas, concentrando a propriedade de “todos” nas suas únicas mãos (“de todos, para as de um”).

A OPA foi lançada na perspectiva altruísta de Joe Berardo, que recordou os ensinamentos da mãe no sentido de ajudar os mais necessitados. Oferecendo um preço de 3,50 euros ajuda todos os que subscreveram acções a 5,00 euros. Com o lançamento da OPA, Joe Berardo conseguiu “picar” a cotação em bolsa, mas de seguida afirmou que não venderia as suas acções a esse preço, indiciando que faz mal quem lhas vender...

Joe Berardo não quer intervir na gestão do clube, mas propõe a criação de um fundo de investimento, que retira ao clube o principal activo sob gestão (os jogadores) e transfere para terceiros (os detentores de unidades de participação desse fundo) os benefícios da sua valorização.

A OPA foi lançada a 3,50 euros, mas Joe Berardo afirmou que não venderia as “suas” acções a 5,00 euros. Porém, se tiver de adquirir 85% das acções do clube da Luz, afirmou que irá vender as acções em excesso a 3,50 euros.

A minha grande dúvida de natureza exclusivamente académica, e que quero aqui levantar, é de duas naturezas: quantos centímetros terá crescido o nariz do Pinóquio e qual a razão de proporcionalidade no crescimento do dito apêndice. Será constante? Variável? Com padrão de variabilidade? Gostava de saber a resposta.

Para que conste: Berardo não é Pinóquio nem Joe, é José
."

João Duque

O preço da fama

"Um juiz do Tribunal Cível de São Paulo decidiu autorizar a disponibilização pelo YouTube de um vídeo da actriz brasileira Daniella Cicarelli e do seu namorado Tato Malzoni em cenas de intenso namoro estival, numa praia do sul de Espanha.

As imagens captadas por um paparazzo foram postas on-line. Cicarelli pediu uma indemnização ao YouTube e exigiu a retirada do vídeo. Sem êxito.

Na sentença, o juiz considerou “cómica” a indignação do casal e concluiu que os media não podem ser culpados pela exibição pública de intimidades.

O assunto pode parecer menor, mas não é. Porque fazendo jurisprudência, responsabiliza “as pessoas famosas” pelos seus “actos” inviabilizando recriminações contra terceiros. O preço da fama está pela hora da morte
."

Leonor Pinhão

Mais logo...

A farsa do aeroporto

"O presidente da CIP foi o primeiro a desmentir quaisquer negociações com o Governo por causa do estudo sobre a localização do novo aeroporto de Lisboa, designadamente no que se refere à exclusão da hipótese Portela+1. A seguir veio o Governo considerar tais notícias como “fantasiosas”. Só que, afinal nem as notícias estavam erradas, nem continham fantasias. É que Francisco Van Zeller afirmara, em declarações à SIC Notícias, que se encontrou com o primeiro-ministro alguns meses antes da conclusão e entrega do estudo e que José Sócrates “olhos nos olhos, disse: atenção o assunto é muito sério. O aeroporto da Portela está a deitar por fora, é necessário nós encontrarmos uma solução. A solução Portela não é viável e se vocês vão introduzir ruído ou vão introduzir um obstáculo a que progrida este processo têm uma responsabilidade muito grande nacional. Portanto, vejam lá, que seja um estudo que tenha verdadeiramente as intenções que vocês dizem”.

Mais. Rui Moreira, presidente da Associação Comercial do Porto (ACP) que, inicialmente, também integrava o leque de entidades que deveriam constituir um agrupamento complementar de empresas (ACE) a conduzir o estudo, veio dizer que o presidente da CIP fora falar com o primeiro-ministro e que este entendera que o ACE não fazia muito sentido e que teria de ser a CIP a apresentar o estudo. Mais recentemente, António Lobo Xavier, também ele dirigente da ACP, veio revelar, no programa Quadratura do Ciclo, da SIC Notícias, uma carta do presidente da CIP, datada de 12 de Março, onde afirmava: “mantive reuniões de trabalho com as mais altas instâncias políticas do nosso país, das quais obtivemos a concordância para esta iniciativa. Por solicitação das referidas instâncias políticas, acedemos em alterar o modelo organizacional que vos tinha sido apresentado”. E Lobo Xavier concluiu que “a ACP foi excluída deste estudo a pedido das mais altas instâncias políticas. Eu suponho até que talvez o Presidente da República também tenha interferido na escolha desta composição”.

Ora é precisamente neste ponto que as coisas se complicam. Terá Cavaco Silva tido, também ele, um papel nesta farsa apresentada ao País numa série de episódios? Primeiro, a CIP veio dizer que representava a sociedade civil e que ia “forçar” o Governo a reabrir a discussão sobre a localização do novo aeroporto de Lisboa, enquanto o Governo, designadamente o primeiro-ministro e o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, garantiam ao País que a escolha da Ota estava tomada e nada os faria voltar atrás. Afinal, tinham mesmo negociado a nova localização analisada e a exclusão da hipótese Portela+1, bem como a entidade que a deveria apresentar: a CIP. E se o Presidente da República também estivesse envolvido na combinação do novo estudo, garantindo antecipadamente, na qualidade de Comandante Supremo das Forças Armadas, que os terrenos do Campo de Tiro de Alcochete ficariam disponíveis para o novo aeroporto? Se assim for, em quem poderão os portugueses, afinal, acreditar?
"

Francisco Ferreira da Silva

Socialismo

"O Governo do PS está em vias de realizar um milagre, cujo é o de levar os trabalhadores portugueses a terem saudades de Bagão Félix e do seu Código Laboral. O Código foi aprovado em Abril de 2003 com o voto contra do PS e é de crer que, ao tempo, o sentido da votação socialista fosse de repúdio pelos excessos neoliberais da legislação. Mas, de então para cá, alguma coisa mudou no País e essa coisa foi o PS. Já não existe o PS de 2003. O que ficou foi um PS então minoritário que, contra a maioria em torno de Ferro Rodrigues, queria a viabilização do Código de Bagão Félix. E esse era o PS de José Sócrates.

E é esse PS que quatro anos depois, agora no governo e com maioria absoluta no Parlamento, mete mãos à cruzada de alterar o Código Laboral, não para refrear os excessos de Bagão Félix mas para ir mais longe na cavalgada contra os direitos dos assalariados. E diga-se que é uma cavalgada com o freio nos dentes: nem a conquista histórica das 8 horas diárias de trabalho escapa.

Claro que tudo isto é feito em nome de uma alegada nova inevitabilidade histórica e económica. Os mercados do Primeiro Mundo, desenvolvido e supostamente defensor dos Direitos Humanos, enfrentam a concorrência de mercados terceiros-mundistas fundados no trabalho escravo. Devem ter sido estes, aliás, os argumentos dos esclavagistas para tentar contrariar a abolição da escravatura. A verdade, porém, é que não há leis, nem sequer do mercado, acima da vontade e da criação dos homens. E esta economia, mais esta política, em vez de criarem riqueza destinam-se a fazer ricos e, naturalmente, milhares de pobres.

É caso para perguntar, como costuma fazer o Baptista-Bastos: Então e como é que vamos de socialismo?
"

João Paulo Guerra

Mais logo...

Correia de Campos.

"O ministro da Saúde garantiu que não defendeu a entrega de medicamentos fora de prazo para os mais pobres. À TSF, Correia de Campos esclareceu que quando foi confrontado com um saco de medicamentos que lhe foi mostrado por um representante da Associação Nacional de Farmácias partiu do princípio que estes estariam dentro do prazo. "
Evidentemente que o ministro não ia defender a entrega de medicamentos fora de prazo. E, para mais, “o elemento ligado à Associação Nacional de Farmácias que mostrou este saco de medicamentos ao ministro Correia de Campos já confirmou à TSF que, de facto, os fármacos em causa não estavam fora do seu prazo de validade (ler aqui).” Trata-se de uma falsa questão sem interesse que coloca a nossa comunicação social no patamar liceal. A comunicação social tem de crescer intelectualmente se quer voltar a ter credibilidade.

Bombistas à "força".

"Líderes tribais repudiam métodos dos insurrectos contra militares dos EUA. "Hey, podem ajudar-me? Deram-me este casaco e não sei o que ele tem dentro mas pode ser algo mau", gritou Juma Gul, de seis anos, para os soldados que estavam no checkpoint do Exército Nacional Afegão (ENA). Os militares rodearam a criança e, atónitos, descobriram que era portadora de uma bomba. No mês passado, o pequeno afegão foi apanhado por talibãs que o forçaram a vestir um casaco do qual, disseram-lhe, sairiam flores quando pressionasse um botão. E "quando vires soldados americanos, atira-te contra eles", disseram."

Serão estas as crianças “assassinadas” pelos americanos que tanto revolta o politicamente correcto? São estes os voluntários a bombistas fruto da exploração imperialista? Aonde anda a Amnistia Internacional? O importante é compreender esta religião de paz que só quer espalhar o amor pelo mundo.

Saldanha Sanches chumbado.

"O júri não tinha suficiente conhecimento para discutir a minha tese

Saldanha Sanches comentando o ‘chumbo’ inédito (primeiro nesse tipo de provas em Direito)

O Vinho Português - II

quarta-feira, junho 27, 2007

Águia-pesqueira.

Características:
Nome científico: Seu nome científico é Pandion haliaetus. É o único membro da família dos Pandionídeos, ordem dos Falconiformes.
Outro nome: Gavião-pescador ou Águia-pescadora, nome comum de uma ave de rapina cosmopolita, que na América Latina também é conhecida como águia-do-mar, guincho ou sangual. Recebe também os nomes de águia-pesqueira e gavião-papa peixe.
FILO: Chordata
CLASSE: Aves
ORDEM: Falconiformes
FAMÍLIA: Pandionidae
Envergadura: até 1,70 m
Alimentação: Alimenta-se exclusivamente de peixes.
Ninhos: feitos de galhos secos, algas e musgo, são construídos no alto das árvores ou sobre os rochedos. Aí a fêmea choca seus quatro ovos durante cinco semanas.
Filhotes: 4 ovos
Tempo de incubação: 5 semanas
Tempo de permanência dos filhotes no ninho: 30 dias

Habitat: Vive na parte ocidental da América do Norte, América Central e Antilhas, de onde emigra para a América do Sul. Habitam as regiões costeiras ou próximas de lagos e rios. No fim do verão, as águias-pesqueiras deixam a região onde reproduzem e partem parq o sul. Mas, na primavera seguinte cada casal vem procriar exatamente no mesmo lugar.

Características físicas: As águias-pescadoras ou marinhas têm bicos mais longos e pesados que os das águias-reais. Além disso, carecem de penas na parte inferior das patas. A barriga é branca, asas escuras e possuem uma faixa escura do olho à nuca.

Ao contrário da maioria das aves pescadoras, que apanham os peixes com o bico, a águia-pesqueira, ou aurifrísio, como também é chamada, pega-os com suas garras de unhas compridas e dedos escamados e rugosos. Assim, depois do vôo em mergulho - às vezes, de mais de 100 m de altura, a águia-pesqueira precisa se endireitar para agarrar o peixe.

Dizimada pelos caçadores, envenenada pelos inseticidas absorvidos pelos peixes, a águia-pesqueira é, além disso, vítima dos ladrões de ovos (gralhas, gaivotas e colecionadores). Por isso, é cada vez mais rara na Europa e na América do Norte.

Foi o Sudoeste Alentejano o último paraíso desta incrível ave, na Península Ibérica. Mas Portugal distraiu-se e não pugnou pela sobrevivência desta ave.

É na América do Norte que se estima existirem entre 20.000 a 30.000 exemplares.

Mas que ave é esta que tanto fascina o nosso imaginário?

Será o castanho cintilante da sua plumagem?

A sua cabeça branca? As suas imensas asas, abertas que parecem abraçar o infinito?

Será o seu voo lento ou a maneira suave como fica planando sobre os mares?

Ou é a forma caprichosa e peculiar como a fêmea se comporta durante o enamoramento?

E que dizer dos seus ninhos, construídos tão longe dos olhares indiscretos? E do cuidado com que protegem os filhotes? E a dedicação do macho, ajudando nas lides domésticas, mesmo na incubação?

Até amanhã e boa sorte!!!


Flexibilização e o mexilhão.

"A comissão para o livro branco das relações laborais apresenta hoje o seu primeiro relatório aos parceiros sociais, onde defende a redução das férias de 25 para 23 dias úteis e a simplificação dos despedimentos (mais aqui)."
A flexibilização “terá de ser contrabalançada com outras formas de protecção e promoção do emprego e da empregabilidade, designadamente através do acesso à formação e da protecção dos rendimentos dos trabalhadores à procura de emprego. Contempla princípios comuns como o reforço do modelo social europeu, equilibrar direitos e responsabilidades, reduzir as disparidades entre os trabalhadores em situações contratuais atípicas e por vezes precárias e os que têm empregos permanentes a tempo inteiro, ajudar os trabalhadores a progredir na carreira e no mercado de trabalho. A flexigurança implica também a igualdade entre homens e mulheres, a promoção de um clima de confiança entre os parceiros sociais, os poderes públicos e outros intervenientes, garantir uma distribuição equitativa dos custos e benefícios das políticas de flexigurança e contribuir para políticas orçamentais sólidas e financeiramente”. Escusado será dizer que só será aplicado um lado da balança. E não é favorável ao mexilhão...

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Porta-aviões (neste caso submarino) ao fundo!!!!

"O secretário-geral do PSD, Miguel Macedo, classificou hoje como «um lapso» as críticas do conselheiro nacional social-democrata Luís Filipe Menezes por o partido não ter «balizado» o que pensa sobre o novo Tratado da União Europeia. Hoje, em carta enviada a Luís Filipe Menezes, o secretário-geral do PSD atribui estas declarações a um «lapso» do autarca de Vila Nova de Gaia. «Em declarações tornadas ontem [segunda-feira] tornadas públicas V.Exa veio lamentar que o PSD não tivesse tomado posição clara a balizar os termos do futuro Tratado Europeu. Deve ter sido um lapso de V.Exa», lê-se na missiva, a que a Agência Lusa teve acesso.

Na carta, Miguel Macedo recorda que o Conselho Nacional do partido, realizado na sexta-feira, «aprovou, por unanimidade, um documento estratégico sobre a Europa, no qual estão inseridas, justamente, as orientações que o partido perfilha nessa matéria». «Tendo em atenção que V.Exa uma vez mais faltou a esse Conselho Nacional junto envio o tal documento», escreve ainda Miguel Macedo na missiva enviada a Luís Filipe Menezes, derrotado pelo líder do PSD, Luís Marques Mendes, no congresso de 2005, e que já se assumiu como candidato às próximas eleições para a liderança do partido
(mais aqui)."

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Carmona.


"Carmona Rodrigues, ex-presidente e actual candidato independente às eleições intercalares para a Câmara Municipal de Lisboa, afirmou esta terça-feira que o Plano Director Municipal (PDM) necessita de uma revisão “urgente”, para ajudar a resolver os atrasos no licenciamento de projectos (mais aqui)."
A vantagem de ser candidato é poder tomar futuras medidas que não tomou enquanto foi presidente.

Irão II.

"Iranianos atacam estações de gasolina. Algumas foram incendiadas. Motoristas pegam fogo a uma estação de gasolina em Teerão esta terça-feira num protesto irado contra a decisão do governo de racionar os combustíveis. Uma estação em Pounak, na zona pobre da capital, foi incendiada depois de outra na zona este de Teerão ter ficado parcialmente queimada (mais aqui)."
E nós a pensar que o Irão era perigoso. Com estes pés de barro, bem trabalhado, implode por dentro.

"Um umbigo demasiado abrupto"

"A maneira que Pacherco Pereira arranjou de 'comentar' o processo judicial que Sócrates intentou contra o autor do 'do Portugal Profundo' Pacheco Pereira foi - no mínimo - intelectualmente desonesta ao confundir perversamente planos que não são, não podem, nem devem, ser confundíveis. Ninguém contesta, em abstracto, a possibilidade de recurso aos tribunais, por quem quer que seja, para defender ou lavar a honra, e, não é isso, como Pacheco muito bem sabe - que está em causa. O que está em causa é algo de infinitamente mais grave, e que (in)convenientemente Pacheco branqueia, ao considerar o 'processo' de Sócrates a Balbino 'normal', e ao citá-lo no contexto do lixo blogosférico. Se o 'caso' da licenciatura 'faxeada' de Sócrates não tivesse sido levantado na blogolândia, e no do Portugal Profundo, nada se saberia, nada se escreveria, ponto. Tudo o que Balbino Caldeira escreveu foi, de uma forma ou de outra, validado e extrapolado, ,na imprensa 'tradicional', e - em entrevista - o próprio Sócrates reconheceu as 'dúvidas' levantadas como legítimas e pertinentes. Sócrates não processou a imprensa - que enquanto pode não se debruçou sobre o caso - Sócrates processou quem quixotescamente ousou, pura e simplemente, como na fábula do Rei nú, fazer perguntas. Perguntas com tanto de simples e pertinentes como de incómodas (mais aqui)."

José na Grande Loja

Desemprego.

"Não é só o desemprego que continua acima do resto de Portugal, tendo já atingido uma taxa de 9,5%. Na região Norte, também o número de postos de trabalho tem diminuído, ao longo dos últimos meses. Desde Outubro de 2006 até Março deste ano (últimos dados conhecidos), tinham já desaparecido 20 600 postos de trabalho. E a tendência é para piorar o Norte foi a única região do país a perder empregos, nos primeiros três meses deste ano, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) (mais aqui)."

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Portugal "Moderno".

Irão

"A Amnistia Internacional apela ao Irão, num relatório publicado nesta quarta-feira, para aplicar uma moratória às execuções de crianças ou modificar a legislação para não mais autorizar a morte de menores, informa a agência Lusa (mais aqui)."
Como não há americanos ou israelitas envolvidos …

Polícia

"Uma mulher de 55 anos foi atingida no joelho pelo ricochete de uma bala disparada por um agente da PSP que perseguia uma viatura que tentou fugir a uma operação Stop, ontem pelas 10h00, em plena cidade do Porto. A perseguição ao carro suspeito, um Peugeot 505 branco, iniciou--se na Rua do Campo Lindo e terminou na confluência da Rua da Telheira com a Rua do Ameal. Naquele percurso de cerca de três quilómetros, registou-se, segundo a PSP, “circulação em sentido proibido, desobediência a sinais vermelhos, e não cedência da passagem de peões nas passadeiras”. O carro foi interceptado após ter sido ultrapassado por uma viatura policial, no qual embateu. “Foram efectuados disparos na direcção dos rodados”, assume a PSP, que relata que “há a lamentar o facto de uma transeunte ter sido atingida num joelho”. De referir que ao condutor interceptado não lhe foi encontrada qualquer arma."
Brevemente a polícia ficará de braços cruzados a ver o pessoal a gamar…

Ratos.

"Um estudante do curso de Direito da Universidade Internacional (UI) da Figueira da Foz morreu devido a uma infecção sanguínea fulminante provocada pela leptospira, uma bactéria transmitida pela urina dos ratos. A vítima teve contacto com um objecto contaminado, em princípio uma lata de refrigerante ou uma bebida alcoólica (mais aqui)."
Para compreender e avaliar melhor os que criticaram os juízes por estes se queixarem dos ratos no Tribunal da Boa Hora.

O Vinho Português - I

terça-feira, junho 26, 2007

26 de junho de 1963


John F. Kennedy speaks the famous words "Ich bin ein Berliner" on a visit to West Berlin. "Ich bin ein Berliner" is a famous phrase by John F. Kennedy. On June 26, 1963 in West Berlin, he made a speech containing the sentences:
"Two thousand years ago the proudest boast was civis Romanus sum. Today, in the world of freedom, the proudest boast is 'Ich bin ein Berliner.'

"All free men, wherever they may live, are citizens of Berlin, and, therefore, as a free man, I take pride in the words 'Ich bin ein Berliner!'"

According to the context of the speech, Kennedy meant that he stood together with West Berliners in their conflict with East Germany and its Communist government.

Até amanhã e boa sorte!!


Estudos interessantes.


"O tabaco foi responsável por custos na ordem dos 434 milhões de euros em internamentos hospitalares, medicamentos, consultas e exames, só em 2005, segundo uma estimativa divulgada ontem pelo Infarmed. Se os fumadores portugueses largassem o vício, poderiam ser poupados cerca de 144 milhões de euros, dos quais 64 milhões em internamentos e 80 milhões em cuidados ambulatórios."


Estes estudos são um espectáculo para não chamar outra coisa. Imagine-se que “o Estado, segundo o Boletim de Execução Orçamental de Dezembro de 2003, arrecadou cerca de 1220 milhões de euros com a venda de cigarros. Ou seja, dos 1593 milhões de euros envolvidos, 76,5% foram parar aos cofres públicos (ler aqui)". Retirando-se 434 milhões sobram 786 milhões. Acabando com o tabaco, lá se teria de aumentar os impostos ao povo para arrecadar os 786 milhões.

Assassinar o líder

"Se assassinar um tirano leva à transição para a democracia ou acaba uma guerra dolorosa, valerá a pena tentar fazê-lo?

Há duas semanas, a casa do primeiro-ministro palestiniano foi atingida por um míssil. De acordo com o meu ex-colega de turma, Ben Olken, pelo mundo fora as tentativas de assassinato de líderes não são a excepção, mas sim a norma. Desde 1950, em cada três anos houve duas tentativas de assassinato.

Juntamente com outro colega, Ben Jones, ele criou uma base de dados com todas as tentativas de assassinato de chefes de Estado desde 1875. Nos dados, encontram-se as duas tentativas bem sucedidas em Portugal: a de Dom Carlos em 1908, e a do ditador Sidónio Paes em 1918.

No entanto, são mais os falhanços do que os sucessos: só 20 a 25% das tentativas obliteram o alvo. A probabilidade de sucesso varia bastante com o método utilizado. Das tentativas que usaram uma arma de fogo, 28% foram bem sucedidas, enquanto que os engenhos explosivos só matam o alvo em 5% dos casos. A maioria dos assassinatos (96%) ocorre em solo nacional, e são ligeiramente maiores as tentativas levadas a cabo por apenas um indivíduo (60%) por oposição a um grupo de homens (40%). A probabilidade de sucesso de indivíduos e grupos é quase a mesma, mas os grupos tendem a matar mais pessoas para além do líder (5,6) do que os ataques individuais (0,4).

Com estes dados, podemos perguntar: que efeitos tem o assassinato? Se, por exemplo, assassinar um tirano leva à transição para a democracia ou acaba uma guerra dolorosa, valerá a pena tentar fazê-lo? Embora existam centenas de estudos em ciência política e relações internacionais que discutem estes temas ‘ad nauseum’, os economistas Jones e Olken são, aparentemente, os primeiros a usar sistematicamente dados para obter respostas credíveis.

A primeira descoberta destes investigadores é que o assassinato de um autocrata aumenta, entre 13 a 19%, a probabilidade de ocorrer uma transição para democracia no ano seguinte. Para ver se esta transição é permanente, os autores olham também para a probabilidade de, nos 20 anos seguintes, haver subsequentes transições democráticas entre líderes. O assassinato de um autocrata aumenta esta probabilidade em cerca de 16 a 21%. Já o assassinato de um líder democrático não tem efeito significativo nas instituições governativas.

Em contrapartida, quando a tentativa de assassinato falha, a probabilidade de transição para a democracia decresce ligeiramente no ano seguinte (1%). Pior ainda, a probabilidade de transições democráticas nos 20 anos seguintes cai em 6 a 7%. Este declínio talvez se deva a um aperto das rédeas do poder por parte do ditador, ao sentir-se ameaçado.

Tendo em conta que só uma em cada quatro tentativas tem sucesso, estes números implicam que, para estabelecer uma democracia duradoura, tentar assassinar um ditador é uma estratégia arriscada com um retorno próximo de zero.

Jones e Olken investigaram também para o efeito que os assassinatos têm no desenrolar de conflitos armados. Olhando primeiro para os conflitos sérios, os autores descobrem que tentativas falhadas não parecem ter nenhum efeito na duração ou intensidade do conflito. Mas as tentativas bem sucedidas aumentam a probabilidade de o conflito acabar.

Se o conflito é apenas moderado, um assassinato leva ao escalar das hostilidades, enquanto que uma tentativa falhada aumenta a probabilidade de o conflito acabar (talvez porque amedronta os líderes). Claro que, tal como na Palestina hoje em dia, é normalmente difícil perceber no momento se um conflito é sério ou moderado.

Destes resultados, tiram-se duas conclusões. Primeiro, que os líderes são influentes no destino do país, e não meros reflexos da realidade nacional. Assassinar uma pessoa não leva apenas à sua substituição por outra cara semelhante, mas implica mudanças sérias. Segundo, o risco associado ao sucesso da tentativa de assassinato, e a dificuldade em acertar no ‘timing’, fazem das tentativas de assassinato uma ferramenta ineficaz de influência dos destinos de um pais. Os assassinatos parecem ser importantes mas, como instrumento político, são desastrados e provavelmente não valem a pena
."

Ricardo Reis

Cidadão contra Cidadão

Autor de blogue responde a José Sócrates com uma queixa-crime por difamação e denúncia caluniosa

No âmbito desse processo, [António Balbino Caldeira] pretende que seja avaliada a licitude do percurso académico de Sócrates, com o objectivo de demonstrar o fundamento e a legitimidade da sua intervenção, enquanto cidadão, no blogue que anima. Por via da prova a fazer em tribunal, Caldeira deseja evidenciar a falta de bases da queixa de Sócrates, o consequente prejuízo que ela lhe causou e a razão de ser da indemnização que lhe vai pedir.

Claro que para isto ser uma disputa justa entre dois cidadãos, José Sócrates terá que abdicar das imunidades que a lei lhe confere
.

Joao Miranda no Blasfémias

Istambul - A Porta do Oriente



Rock Me Baby

OUTRO FUTURO

"Onde fica o Darfur? "Longe", diz Le Progrès de Lyon, "tão longe que as notícias de 200 mil mortos e dois milhões de refugiados levam meses até que nos comovam e quatro anos a mobilizar-nos". A França de Sarkozy com Kouchner reuniu em Paris a diplomacia para o Darfur. La Croix lastima que o Sudão "tenha recusado comparecer", mas, tal como o Libération, destaca a presença de Pequim: "A China compra dois terços do petróleo do Sudão e fornece-lhe as armas; sendo o principal parceiro do regime de Cartum, a China é protagonista na procura de solução para a crise."

A principal imprensa francesa foi em reportagem ao Darfur: "Vidas errantes, sem terra para cultivar, lugar para trabalhar, todos os dias a ouvir tiros, sempre com medo" [Le Figaro]; "tudo começou nos anos 90. A seca causou grandes tensões entre nómadas e sedentários, mais a cultura das armas e a etnicização do conflito" [L' Humanité]; "as ONG preparam-se para garantir a assistência sob mais uma época de chuvadas com tremendas trombas de água" [Le Monde]. "Basta de indiferença!", exclama La Croix, que pede "outro futuro".

Gordon Brown pôs o Partido Trabalhista britânico em imprevista lua-de- -mel. "Novo Labour, nova era", anuncia The Independent, que lembra a determinação de Brown - fala de "grande mudança" com ênfase "na reconstrução da confiança e na inclusão social"; "Brown mostra clareza e ambição" [The Guardian]. Anthony Giddens, no Die Presse, vê Brown "vigoroso" a "tratar o mal-estar difuso que tomou o partido, estático e curto de ideias"; "as políticas do Governo vão levar grande volta" [Daily Telegraph]. O Corriere della Sera anuncia "mais justiça social, educação e ambiente, com mercado pujante" e empenho forte "no desenvolvimento do Médio Oriente como forma de travar o extremismo". The Times elogia- -lhe "o esforço para mobilizar gente de fora da tribo partidária" e vê: "As sondagens estão a mover- -se a favor de Gordon Brown
."

Sena Santos

JOE NO CCB, JOE NA PT, JOE NO BCP, JOE NO BENFICA. UAU, JOE

"A divinhem se forem capazes. Quem foi capa da última Visão? Tempo para pensar... Foi Joe Berardo. Quem foi capa da última revista Sábado? Resposta: Joe Berardo. Quem foi capa da última Tabu, a revista do semanário Sol? Pois bem: Joe Berardo. Quem foi capa da última NS, a revista que sai aos sábados com o DN e o JN? Pois é: Joe Berardo. E quem foi capa da última revista Única, do semanário Expresso? Eeeerhh... Por acaso foi a Angelina Jolie. Mas no interior havia 14 páginas dedicadas a Joe Berardo.

Nos últimos tempos, assim de repente, acho que Berardo não falhou um único acontecimento relevante ocorrido em Portugal. Eu próprio, nos meus sonhos, já me imagino a ser perseguido por um homem vestido de preto da sola dos sapatos até à gola, com um pin vermelho em forma de coração. Primeiro, foi a loooonga telenovela sobre o destino da sua colecção de arte contemporânea, que acabou albergada no CCB durante dez anos à custa do Estado português (Joe considera que fez um mau negócio, porque no final desses dez anos o País, a ressacar de aeroportos e TGV, vai evidentemente poder comprar-lhe a colecção por apenas 316 milhões de euros). Depois, foi a sua resistência a Belmiro na OPA da Sonae sobre a PT (Belmiro perdeu, Joe ganhou). A seguir, foi a contestação a Jardim Gonçalves no pós-OPA do BCP ao BPI (Jardim perdeu, Joe ganhou). Nos entretantos, assumiu-se como um dos patrocinadores no estudo da CIP que propôs Alcochete em vez da Ota como o sítio certo para construir o novo aeroporto (o Governo recuou, Joe avançou). Na última semana, apareceu a lançar uma OPA sobre 80% das acções do Benfica e a fazer directos em tudo o que era televisão (o Benfica engoliu, Joe sorriu). Parece aquela velha anedota: era um homem tão conhecido, tão conhecido, tão conhecido, que um dia foi ao Vaticano e as pessoas perguntavam: "Quem é aquele senhor de branco ao lado do Joe Berardo?"

Que Joe é mexido, não há dúvida. Mas esta avalanche mediática só é possível porque Portugal não chega a ser um jardim à beira-mar plantado: é mesmo uma caixita de fósforos, comprometida pela humidade. Basta um único homem com algum espírito de iniciativa, olho para o negócio e uns milhões no bolso para pôr os indígenas embasbacados e fazer parar metade do País. Reconheço-lhe o mérito e tiro-lhe o chapéu. Mas isto seria impensável em qualquer lugar realmente desenvolvido, com uma sociedade civil interventiva e uma classe empresarial pujante. Infelizmente, o sucesso de Berardo é a outra face da nossa pobreza. Ou, em forma de ditado popular: em terra de cegos quem tem olho é rei. Hey, Joe, lucky you
."

João Miguel Tavares

"Guerra santa sangrenta"

"O novo chefe da Polícia de Paris, Michel Gaudin, afirmou ontem que a capital francesa se encontra "na linha da frente dos riscos terroristas" e que é preciso orientar esforços para reduzir o perigo. A facção "Al-Qaeda no Magrebe islâmico", o novo nome do Grupo Salafista para a Pregação e o Combate (GSPC) argelino, representa um perigo sério para o território francês, segundo os serviços de segurança. Dez dias depois da eleição de Nicolas Sarkozy como presidente, um grupo ligado à al-Qaeda, as brigadas Abu Hafs al Masri-Divisão Europa, prometeu uma "guerra santa sangrenta" contra o país, classificando o novo chefe de Estado de sionista."
O pessoal ainda não topou mas quem manda nesta bosta de democracia ocidental são os arabecos. À semelhança do que se passou em Espanha, a última palavra na escolha dos governantes pertence-lhes.

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Imigração de qualidade.

"Três homens de raça negra assaltaram, ontem de manhã, um stand de automóveis na Avenida Aldeia Nova, em Figueiró, Paços de Ferreira, e roubaram dois Mercedes C220 CDI de cor cinzenta e uma carrinha Audi A6 azul. Os assaltantes, com idades entre os 30 e 35 anos, abordaram, de cara descoberta, a irmã dos donos do estabelecimento e exigiram as chaves dos automóveis. Antes de fugirem com os carros de alta cilindrada fecharam a mulher no WC. Foi uma vizinha que, ao ouvir os gritos, libertou a vítima (mais aqui)."

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Os milagres prometidos e a censura


"A diminuição da imigração para Portugal verificada nos últimos anos pode dever-se ao fraco crescimento da economia portuguesa, indicou hoje um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).
O relatório anual "Perspectivas das migrações internacionais", relativo aos fluxos migratórios para os 30 países que integram a OCDE, em 2005, salienta que a imigração para Portugal tem vindo a diminuir nos últimos anos, enquanto que na maioria dos restantes Estados-membros da organização o fenómeno tem aumentado.
Segundo os dados do relatório, apresentado em Paris (França), em 2005, as migrações internacionais de carácter permanente ou temporárias cresceram entre dez e 11 por cento relativamente a 2004 na zona da OCDE, tendo os principais aumentos ocorrido nos Estados Unidos (mais 164,5 mil), Reino Unido (mais 55 mil), Espanha (mais 37 mil) e Itália (mais 31 mil). Enquanto que os estrangeiros que entraram em Espanha em 2005 ascenderam a 682,7 mil, face aos 645,8 mil em 2004, o número de imigrantes em Portugal no mesmo período diminuiu em seis mil imigrantes, de 34 mil para 28 mil.Como possível explicação para a diminuição dos fluxos migratórios com destino a Portugal, o relatório da OCDE aponta o "fraco crescimento económico do país".
A diminuição significativa de vistos de trabalho concedidos por Portugal, nomeadamente de 12.800 em 2004 para 7800 em 2005, é outro factor destacado pelo documento."

Estes são alguns dos milagres da falta de seriedade política, destes e dos antecessores:

A criação de 150 000 postos de trabalho, alguns muitos, pagos por este estado a empresas de out sourcing, contribuindo para a dívida flutuante, coisa que qualquer engenheiro sanitarista sabe o que é.

O milagre tecnológico, digamos, tipo curto circuito ou choque, como lhe queiram chamar, enviando computadores, servidores e outras coisas do género, se possível de marcas diversas, para melhor manutenção, se chegarem a ser desempacotados e usados como máquinas de escrever.

A bem oleada relação entre S. Bento e Belém, a bem da nação, ou seja o pacto de silêncio sobre este sítio miserável.

A censura na imprensa e na Net, utilizando meios e métodos bem assimilados, mas subtis, como um paquiderme numa loja de loiças, por quem trabalhou em informação, formada em cursos tipo FSE de 30 horas cada.

Emigração em massa dos portugueses e a morte na estrada de muitos deles aqui ao lado, na ainda Espanha.

A saída dos imigrantes que de facto vieram para trabalhar e que procuram outros sítios onde pagam melhor, devendo a flexisegurança ser aplicada primeiro, ao patronato português e aos políticos que trazem à trela e que vendem a alma e o sítio a quem lhes dá mais.

Em nome de uma coisa que está em desagregação, chamada de união, basta dois irmão polacos o desejarem ou o patrão lhes dizer qual o momento ideal para tal, justificam; que os donos da nossa consciência e tementes do livre arbítrio, porque é disso que têm medo, da liberdade de facto, que não este arremedo de liberdade que existe desde Abril para cá; justificam, como dizia, um pacto de silêncio, em nome desta união.
Assim, o sítio afunda-se no pântano da mentira, da iniquidade e entra em hibernação, fora de tempo e quando chegar a hora da verdade, os culpados são sempre os outros. Os que ainda por cá teimam em ficar, ou porque não podem sair ou porque não querem, acabarão por pagar a falência deste estado de sítio, cada vez mais mal frequentado.

segunda-feira, junho 25, 2007

Até amanhã e boa sorte!!!!


Política à maneira.


"A candidata independente à câmara de Lisboa, Helena Roseta, comprometeu-se hoje a criar um provedor ou um gabinete contra todas as discriminações, após um encontro com associações de estrangeiros, minorias étnicas e direitos humanos. «Penso que poderá seguir-se a via de um provedor», adiantou Helena Roseta, apontando a situação financeira de dívida em que se encontra a Câmara Municipal de Lisboa. Segundo a ex-militante do PS, estavam presentes na sua sede de candidatura associações de brasileiros, ucranianos, guineenses, cabo-verdianos, das comunidades cigana e hindu e de defesa dos direitos de Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgéneros (LGBT) (mais aqui)".
Uma das coisas que mais preocupa os lisboetas é a discriminação porque a falta de segurança até nem existe. Felizmente os imigrantes vão poder votar nela senão quase que não tinha votos. O Zé, se quer fazer falta, que se ponha a pau…

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Doenças na medida certa.


"Os utentes do Serviço Nacional de Saúde que «abusem» das consultas nos hospitais devem pagar uma taxa moderadora mais elevada do que os restantes. O limite é estabelecido em três consultas por trimestre. Tudo o que excedesse esse limite implicaria um pagamento de 75 por cento do valor real da consulta. O estudo parte do princípio que o envelhecimento da população vai fazer aumentar os custos com a saúde (mais aqui)".
Estes moços são engraçados. Querem que a malta trabalhe até mais tarde mas não querem que vamos ao médico mais de 1 vez por mês. Deve ser porque alguém lhes disse que trabalhar dá saúde. Cuidado que daí até se chegar à conclusão que o “trabalho liberta” é um pequeno passo…

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Ambições.


"Há três anos Dina Matos McGreevey vivia o sonho americano. E mais. Ela era a primeira dama de Nova Jérsia, Estados Unidos. O seu marido era o governador Jim McGreevey, um político astuto e charmoso que sonhava um dia ser o próximo John F. Kennedy. Nos Estados Unidos, poucos não se lembram daquele dia de Outubro de 2004 em que Jim McGreevey convocou uma conferência de imprensa para declarar à nação que era um gay american e que iria abdicar do cargo de governador. Ao seu lado, Dina Matos McGreevey, inabalável (mais aqui)."
Os gays são uns tipos/gajas engraçados/as. Como que ele/ela poderia vir a ser o próximo John F. Kennedy? O Kennedy gostava de mulheres e foi o presidente que mais casos extraconjugais teve. Jim McGreevey, pelo que menciona a sua ex-mulher, seria conhecido nas livrarias de reputação duvidosa e parques públicos tal como o George Michael nas casas de banho públicas.

China, a terra das ameaças ou oportunidades

"A ameaça que o crescimento económico chinês constitui para os países ricos e em desenvolvimento é um tema inesgotável. O que as pessoas parecem, por vezes, esquecer, é que a China também é uma terra de oportunidades, tal como os EUA o foram – e continuam a ser. Crescer a 10% durante cinco anos consecutivos assusta. Mas isto é também um sinónimo de que muito está por fazer. O facto de o PIB ‘per capita’ chinês ser onze vezes inferior ao português diz muito. É verdade que as exportações chinesas estão a crescer a 25% ao ano, mas também não é menos verdade que este mercado tem uma classe média de 300 milhões de pessoas ávidas por consumir bens ocidentais. Alguns economistas defendem que se tem sobrevalorizado a capacidade de crescimento chinesa e a capacidade de penetração nos mercados internacionais. Mas é preciso ter em mente também que um espirro chinês pode significar uma constipação na economia mundial, já que é graças a este sorvedouro de matérias-primas que muitos países estão a registar níveis de crescimento interessantes. O segredo é a complementaridade e o equilíbrio. E, claro, garantir que todos jogam limpo e de acordo com as mesmas regras."

Bruno Proença, Mónica Silvares e Ricardo Domingos

A ver vamos...

"O presidente do CDS-PP, Paulo Portas, assumiu hoje que as eleições para a Câmara Municipal de Lisboa são um teste à sua liderança e pediu «uma boa votação» para os democratas-cristãos para evitar a maioria absoluta do PS, noticia a Lusa. No entanto, o líder do CDS não quantificou o que será «uma bota votação» para o partido nem esclareceu quais as consequências que tirará da eventual não eleição do cabeça-de-lista do CDS Telmo Correia."

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Ruby Tuesday

E a criminalidade continua a diminuir...

"Morar aqui e trabalhar aqui é do pior que pode acontecer a uma pessoa", confessou ao DN uma mulher ao balcão de um snack-bar no Casalinho da Ajuda, em Lisboa. Queixa-se que na freguesia "falta polícia e cada vez há aqui mais droga, mais armas e assaltos. Na semana passada até tiros houve".

Um dos casos mais recentes ocorreu na madrugada de sábado, quando um homem estacionava o carro e foi abordado por outro que o ameaçou com uma chave de fendas e o obrigou a circular pela zona durante cerca de meia hora até ser interceptado e detido por agentes da PSP.

O detido, de 40 anos, reside no Casalinho da Ajuda, bairro onde a insegurança "tem aumentado muito desde que realojaram aqui ciganos e africanos. Andam sempre à guerra e aos tiros uns com os outros e assaltam as pessoas. Os mais idosos até têm medo de sair à rua, mesmo durante o dia
(mais aqui)"

A MARCHA O ORGULHO E O SUOR

"Gay, T. é-o e assumido. Houve um filósofo francês que disse: "Não confesso que sou gay, porque não há mal nenhum nisso; não proclamo que sou gay, porque não vejo motivo de orgulho; digo que sou gay, simplesmente porque o sou". Mas T. não é desses. Gosta de desfilar com apertados calções negros de licra e camisola sem alças. E sorri quando o aplaudem naqueles preparos.

Apesar disso, T. nem está convencido que é o que é porque nasceu assim. Ele acha que se tornou assim, porque o quis, graças a muita vontade. Por vezes, um desconhecido admirador cruza-se com ele e pergunta-lhe: "Gay?" T. abre seu maravilhoso sorriso e diz: "Com muito orgulho." Eu gosto da forma como o filósofo francês vivia a sua homossexualidade, sem fitas. Mas também admiro T. e o seu, digamos, Gay Pride. Nele, é legítimo porque o orgulho de T. não é fruto de um acaso. Anteontem, se pôde fazer a Marcha que fez (100 metros em 9,84s, a melhor marca do ano) é porque Tyson Gay treinou muito
."

Ferreira Fernandes

Democracia.

"Lydia Playfoot, uma britânica de 16 anos, decidiu processar o seu colégio após ter sido proibida de usar o ‘anel da castidade’, utilizado por jovens que juram manter a virgindade até ao casamento. O colégio terá alegado que o anel se tratava de um símbolo religioso."
Se fosse um símbolo islâmico já não havia problema. Sinais da saudável democracia ocidental.

A noite passada ...

Juventude.

"Nem um hospital escapou à onda de assaltos levada a cabo por um grupo de 35 jovens, que começam hoje a ser julgados, na Marinha Grande, estando acusados de mais de 300 crimes, a maioria dos quais furtos, sobretudo a viaturas, na região Centro, perpetrados em apenas onze meses (mais aqui)."
Gang de 35 jovens? Será por isso que o desemprego está a diminuir neste maravilhoso país?

domingo, junho 24, 2007

O novo iluminismo e o novo deus

Os 400 delegados do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), reunidos desde segunda-feira em Banguecoque, aprovaram hoje um relatório que propõe medidas para limitar o aumento das temperaturas a uma subida de dois graus. Para alcançar este objectivo, a taxa de crescimento anual seria reduzido em 0,12 por cento a partir de 2030.
O relatório — um resumo de intenções dos decisores políticos que os peritos do IPCC aprovaram — "identifica, claramente, as medidas para lutar contra as alterações climáticas a um custo relativamente moderado", considerou Rajendra Pachauri, presidente do IPCC.
Os especialistas foram unânimes em declarar que, mais do que possível, é urgente agir contra o sobre-aquecimento global, que poderá chegar aos 6,4 graus em 2100, em relação ao período 1980-1999. No entanto, os peritos continuam a divergir quanto aos meios mais indicados para alcançar esse objectivo.Negociado até ao mais pequeno detalhe esta semana, o relatório do IPCC considera que os próximos 20 a 30 anos serão cruciais para garantir que as temperaturas médias do planeta não subam mais do que entre 2 e 2,4 graus. Se esse objectivo for alcançado, o IPCC estima que as emissões mundiais de gases com efeito de estufa (GEE) deverão começar a decrescer a partir de 2015, de acordo com o cenário mais optimista. Para estabilizar a concentração de gases com efeito de estufa na atmosfera a níveis situados entre as 445 e as 490 partes por milhão (ppm) e para conter o aumento das temperaturas, é preciso que estas emissões atinjam um pico até 2015 e que desçam em seguida 50 por cento (379 ppm) até 2050, segundo o documento.
"Se continuarmos a fazer o que estamos a fazer agora, vamos ter graves problemas", advertiu Ogunlade Davidson, co-presidente de um grupo de trabalho do IPCC, na apresentação de uma síntese dos debates que tiveram lugar esta semana em Banguecoque.Bert Metz, co-presidente do grupo de trabalho III do IPCC, acredita no "grande potencial" para reduzir as emissões. "E esse potencial é tal que vai permitir compensar o crescimento das emissões com as tecnologias actuais". Metz acredita ainda que "todos os sectores poderão contribuir para a redução das emissões em todos os países do mundo".
A questão dos custos deste combate dominou os cinco dias de debates do IPCC, suscitando mesmo fricções entre os representantes dos países presentes, incluindo a China.O resumo aprovado hoje salienta que "os custos de redução são claramente suportáveis", disse Marc Gillet, líder da delegação francesa.
IPCC apela à alteração do modo de vida de todos
O relatório sublinha também o contributo que cada indivíduo pode dar, como ir de comboio para o emprego, regular a temperatura da casa ou comer menos carne. "As alterações no modo de vida e dos comportamentos podem contribuir para a redução das emissões em todos os sectores", declara o relatório do IPCC.
Mas alterar o modo de vida não significa que as populações dos países ricos ou pobres tenham de fazer sacrifícios. "Isto não é uma questão de sacrifício. É uma questão de mudança. Podemos fazer um desenvolvimento de forma muito mais sustentável", disse Ogunlade Davidson.
Rajendra Pachauri felicitou o antigo primeiro-ministro japonês Junichiro Koizumi que encorajou os seus funcionários a renunciar à gravata no Verão para poder reduzir um pouco a climatização.
Uma outra opção a tomar em consideração é tornar-se vegetariano, acrescentou Pachauri, de nacionalidade indiana, salientando que se trata de um conselho pessoal e não de uma posição oficial do IPCC. "Se as pessoas comerem menos carne, elas poderão ter uma saúde melhor. E, ao mesmo tempo, estão a contribuir para a redução das emissões geradas pela criação de gado". Para produzir carne, transportá-la, refrigerá-la, encaminhá-la para os centros de distribuição, tudo isso contribui para a emissão de gases com efeito de estufa, lembrou.

Como Toupeira, simples observadora dos hábitos dos humanos deste e de outros sítios foco completamente siderado com as conclusões.
Não usar gravata, para poupar no ar condicionado?
Mas depois quantos banhos e quanta água será gasta ao pobre e depauperado planeta, pelos que usam gravata e deixam de usar, desligando o ar condicionado? Deveriam ter acrescentado às medidas:
Banhos, reduzidos a lavagens das partes mais mal cheirosas dos corpos e uma vez por mês ou por semana conforme o mapa de evolução mensal, anual ou mesmo horária do ozono e dessa coisas de que os humanos falam a toda a hora.
Para não suarem muito, quando pensam nas suas existências miseráveis:
Recomenda-se que em vez de olharem para o céu e fazerem meditação e técnicas de relaxamento, vão ao jardim zoológico e observem os animais e depois percebam, como funciona o comportamento humano.
Por mim é assim que faço, observo os humanos para perceber as toupeiras, coisa que o meu Avô Toupeira já me aconselhou a não fazer, mas pouco convencido e resmungando, disse qualquer coisa como; - afinal, somos todos bichos(…).
Tornar-se vegetariano?
Sabem de onde veio esta? Eu digo, com um pequeno pré comentário:
Estes tipos para além de loucos querem tornar os humanos uns ursos, sem desprezo para o animal, mas é um hábito humano chamar de urso ao fulano que cai no conto do vigário vezes de mais, ou seja um crédulo, por natureza, por convicção e fé.
A propósito de ser vegetariano, cito um texto tirado de “Sobre a liberdade” de John Stuart Mill:
“O caso dos Parses de Bombaim é um caso curioso. Quando esta trabalhadora e empreendedora tribo, constituída pelos descendentes dos adoradores de fogo persas chegou à Índia ocidental, obrigada pelos califas a fugir do seu país natal, eles foram recebidos com tolerância pelos soberanos hindus, sob condição de não comrem carne de vaca. Quando posteriormente, aquelas regiões caíram sob domínio dos conquistadores maometanos, os Parses obtiveram destes a continuação da indulgência, sob condição de se coibirem de comer carne de porco. O que era , a princípio, obediência à autoridade tornou-se uma segunda natureza e, até aos nossos dias, os Parses não comem nem carne de vaca nem de porco. Embora a sua religião não exigisse esta dupla abstinência, esta transformou-se, com o tempo, num costume da sua tribo; e o costume, no Oriente, é uma religião.”
Portanto, os humanos, para obedecer à nova religião mundial, o secularismo evangélico, baseado na crença de que a ciência humana, o novíssimo deus, coloca o homem no centro de tudo e que a natureza e as suas leis, serão geridas e reinventadas através das homilias e do exercício da sua liturgia, a natureza não tem leis, nós é que as fazemos, e ponto final parágrafo...
Uma coisa é certa, acabam a comer ração em granulado, tudo em nome da salvação do planeta e do novo iluminismo, ou humanismo como quiserem chamar.
Percebi então que a grande Índia, quando se tornou independente, usou de pouco laicismo e muito hinduísmo, mas isso foi há tanto tempo e é tema tão sensível e complexo, como tudo o que diz respeito a estados laicos e não laicos, sendo melhor ficar por aqui, porque o tema não é este, se é que há tema.
Fiquem bem com Deus, eu fico com o meu.

Gente fina.

"O Presidente afegão, Hamid Karzai, responsabilizou hoje as forças da NATO pela morte de 90 civis, nos últimos dez dias, e garantiu que Cabul não continuará a tolerar este tipo de operações “imprecisas”. Ontem, o chefe de Estado-Maior do Exército holandês, país de origem da maioria dos militares destacados para Uruzgan, acusou os rebeldes de forçarem os aldeãos a combater as tropas ocidentais e de terem “degolado oito mulheres em plena rua” durante os combates (mais aqui).
Tirem as vossas próprias conclusões…

Ninguém "pára" o Benfica...

"O presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, considerou hoje que as acusações do seu homólogo do FC Porto são o "estrebuchar do morto" e de alguém que "já pede a ajuda da justiça divina" "Eu vi o filme o 'Padrinho' aqui há uns anos e, curiosamente, aqueles que iam à igreja todos os domingos, que brindavam as pessoas com muitas ofertas, também mandavam matar. Não quero entrar por aí. Brevemente, vamos responder à letra" concluiu (mais aqui)."

Capitalismo de Estado

"O PSI 20 está a subir pelo quarto ano consecutivo – desde o início de 2003. Nessa altura, as 20 empresas que servem de referência à praça lisboeta valiam, no seu conjunto, 36 mil milhões de euros. Hoje valem quase o triplo: 92 mil milhões de euros. Nos últimos dois anos, apenas quatro meses fecharam com uma queda no índice. Face a estes valores, poderia pensar-se que os investidores estariam a começar a retrair-se. Nada mais errado. Na primeira metade do ano, a bolsa subiu 20%, o que indica que, a manter-se o mesmo ritmo, fecharia o ano com uma valorização de 40%. A confirmar-se este valor, o que não seria extraordinário – é a marca registada nos últimos 12 meses, ou seja, desde Junho do ano passado – 2007 seria o melhor ano bolsista desde 1997. Há precisamente 10 anos.

O que significam estes números? Simples: os investidores valorizam as empresas em que entram como há muito não acontecia e acotovelam-se para entrar nas poucas novas empresas que vêm para a bolsa. A Martifer passou a ser o paradigma desta nova vaga do capitalismo popular. Cada uma das acções que colocou à venda atraiu 170 ordens de compra, e o prazo só termina hoje. Com tanta procura para tão pouca oferta, é surpreendente que não sejam as empresas a fazer fila para aproveitarem estas condições de mercado, que favorecem claramente quem vende.

Melhor atestado de incompetência não poderia haver para os CFO das nossas médias empresas, que continuam a financiar-se na banca numa altura em que as taxas de juro estão a subir. Parecem achar que estar cotado dá demasiado trabalho. Nisso, pelos vistos, os gestores privados têm muito, a aprender com os públicos. A Galp foi vendida a um preço considerado demasiado caro, no topo do preço de referência fixado pelos bancos. Vendeu ainda o que ainda tinha da Portucel. As operações foram um sucesso. Para o Estado, que encaixou 1,5 mil milhões de euros. Mas também para os investidores, que em oito meses ganharam 73% na Galp e 32% na Portucel, incluindo dividendos. Em oito meses, não está mal. No lado dos privados, muitas empresas dizem querer ir para a bolsa, mas sempre num prazo vago.

Nesta altura, já os taxistas começam a troçar de quem não entrou na Martifer e emitem recomendações sobre a REN. Pode ainda não ser altura de vender. Mas convém que o povo capitalista que por aí se gaba das suas mais valias na Galp comece a acautelar-se. É que as experiências do capitalismo popular acabam quase sempre da mesma forma. Quando o povo entra, já os tubarões saíram
. "

Pedro Marques Pereira

E a criminalidade continua a diminuir...

"Naquilo que aparenta ter sido uma tentativa de assalto frustrada, um jovem de 22 anos, estrangeiro, foi morto à pancada e à facada, no Interface de transportes do Campo Grande, em Lisboa. O crime, ocorrido pelas 23h15 de quinta-feira, foi perpetrado por um grupo de três indivíduos. O sistema de videovigilância do Metropolitano captou as imagens do homicídio, estando a Polícia Judiciária já na posse das cassetes (mais aqui)"

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sábado, junho 23, 2007

Corazon Espinado

Sempre o Paquistão.

"O Governo alemão constatou um aumento do risco de atentados terroristas, depois de terem sido detectadas movimentações de extremistas islâmicos residentes no país, e reforçou as medidas de segurança, noticiou ontem a televisão pública ZDF. Três dos indivíduos referenciados foram detidos recentemente no Paquistão, quando se preparavam para regressar à Alemanha, e outros dois já regressaram ao país, e estão a ser observados. No princípio da semana, a cadeia de televisão norte-americana ABC noticiou que a al-Qaeda está a formar na fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão centenas de bombistas suicidas."

Mistério.

"Em apenas um ano o número de de-sempregados inscritos nos centros de emprego diminuiu 59,5 mil, uma redução de 13%, de acordo com os dados ontem divulgados pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional. O IEFP não justifica as causas de redução do desemprego registado, mas no final de Maio existiam pouco mais de 397 mil referenciados nos ficheiros como estando sem trabalho, o nível mais baixo desde 2004. O que se sabe é que nem todos os trabalhadores que saíram dos ficheiros "conseguiram" um emprego (mais aqui)."
Os desempregados andam a evaporar-se?

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Política.



"A candidata independente Helena Roseta fez ontem uma parte da Rua de S. José acompanhada de uma bengala de invisual e de olhos vendados (mais aqui)."

As eleições são a única altura em que os candidatos conseguem resolver de vez os problemas dos cidadãos.

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Pronto!

"Lista do BE com 12 independentes. Encabeçada por José Sá Fernandes, 49 anos, devido ao «trabalho notabilíssimo» pelas «propostas apresentadas, transparência democrática e responsabilização da autarquia» enquanto foi vereador, como disse à agência Lusa Francisco Louçã, a lista do BE visou «reunir todas as sensibilidades» existentes no Bloco, acrescentou outra fonte do partido."

A cabala continua.

"O ex-presidente do Benfica Vale e Azevedo foi acusado de seis crimes relacionados com a transferência dos jogadores Amaral, Scott Minto, Gary Charles e Tahar, em que se terá apropriado de mais de quatro milhões de euros (mais aqui). "

Ui ui...

"Os homens que fiquem com curiosidade de ver para onde se dirigem quase todas as mulheres que visitam o Salão Erótico de Lisboa têm uma surpresa ao perceberem que naquela zona, onde já se forma uma fila de elementos do sexo feminino, é-lhes negado acesso (mais aqui)."

sexta-feira, junho 22, 2007

22 de Junho de 1942.


As preparações para a Operação Barbarossa, isto é, a invasão da União Soviética (ver mapa), tiveram início em setembro de 1940, enquanto a Luftwaffe ainda lutava na Batalha da Inglaterra. De acordo com a Diretiva nº 21 de Hitler, datada de 18.12.1940, o seu papel na invasão eram muito familiares: “Será dever da Força Aérea paralisar e eliminar o poder da Força Aérea Russa na maior extensão possível (...) também deverá apoiar as operações principais do Exército”. Assim como tinha ocorrido na Polônia, Escandinávia e França, os pilotos de Göring deveriam conduzir ata-ques preventivos contra a armada inimiga, buscando a superioridade aérea que lhes permitiria utilizar seus bombardeiros e caças para atingir as linhas de comunicação e de suprimento, sem qualquer interferência.
Contudo, no caso da União Soviética, era uma ordem des-comunal.


Hitler insistia em uma campanha curta e eficaz: pretendia a captura de Leningrado no Norte, de Moscou ao centro e da Ucrânia no sul, antes que o inverno limitasse as operações. Para tanto, o Führer reconheceu a necessi-dade de aumentar as forças da Wehrmacht em 40 novas divisões. Com isso, a demanda de materiais para a Infanta ria aumentou drasticamente, significando que a Luftwaffe ficaria em segundo plano no que dizia respeito a novos a-viões (tanto de reposição como novos e mais modernos a-parelhos). Desta forma, em junho de 1941, os aviões dispo níveis na frente de batalha eram poucos mais do que no a-no anterior: 3.340 caças e bombardeiros. Mas sobre esta força, pesava um fardo muito maior: deste total, 780 aparelhos tinham que ser obrigatoriamente mantidos no Oeste, fora outros 370 enviados para o teatro do Mediterrâ- neo. Portanto, mesmo quando somada a esta força os aviões de transporte, reconhecimento e outros forneci-dos pe los seus aliados, a Luftwaffe podia colocar em campo apenas 3.900 aviões, contra uma força adversá- ria estimada em 7.500 aeronaves (sem contar 2.500 no Extremo Leste). Embora a maioria fosse obsoleta, o balanço numérico era encarado com preocupação pelos oficiais alemães.


As unidades foram organizadas em três Luftflotten (ver mapa), espalhadas em um front que ia do Mar Báltico ao Mar Negro, assim dispostas: no norte estava a Luftflotte 1 (comandada pelo General Alfred Keller), empre-gando 480 aviões como parte do Exército do Grupo Norte, cujo principal objetivo era a cidade de Leningrado a Luftflotte 2 (comandada por Albert Kesselring) que utilizava 1.080 aviões, integrando o Exército do Grupo Cen-tral, encarregado de avançar até Moscou e, finalmente, a Luftflotte 4 (sob as ordens do General Alexander Lohr), com 690 aviões que apoiariam o Grupo Sul do Exército, cujo alvo era a Ucrânia e Stalingrado.


O Ataque à União Soviética começou pouco antes do amanhecer de 22.06.1941. Como sempre o objetivo prio-ritário da Luftwaffe era assegurar a supremacia aérea. À despeito da disparidade de números quando compara-da à Armada Aérea Soviética, a operação foi um sucesso estrondoso. Como as principais bases inimigas havi-am sido previamente identificadas por aviões de reconhecimento semanas antes, a Luftwaffe já sabia precisa-mente os alvos que devia priorizar.O resultado foi avassalador: estima-se que cerca de 1.800 aeronaves inimigas foram destruídas no primeiro dia em 29.06 o Alto Comando da Luftwaffe (OKL) já clamava (corretamente, como se descobriu após a guerra) a destruição de mais de 4.000 aviões soviéticos, tudo isso face a uma perda de apenas 150 aparelhos alemães. Somente a Luftflotte 2 afirmava ter destruído 2.500 aviões russos na primeira semana.


Mesmo assim, a superioridade aérea não foi atingida - com uma linha de frente estendendo-se por mais de 1.600 km do norte ao sul, sempre era possível a existência de bolsões - e muitos pilotos Soviéticos sobreviveram para dar embate com aviões substitutos. De qualquer forma, a eliminação da vantagem soviética, permitiu que a Luftwaffe liberasse mais aviões para atuar no apoio às tropas terrestres. Aviões como o Messerschmitt Bf 110 e o Junker Ju 87 Stuka, que tinham se revelado excessivamente vulnerá veis na Batalha da Inglaterra, descobriram-se novamente impunes e, mais tarde, junto com o Henschel Hs129, tor-naram-se visões comuns sobre o campo de batalha.


Ao contrário de campanhas anteriores, onde a ênfase tinha sido a destruição de alvos estratégicos como pon-tes e ferrovias, a Luftwaffe logo descobriu que seus ataques poderiam ser mais eficazes ao atingirem os rus-sos diretamente na frente de batalha. Além disso, como a Rússia ainda era um país essencialmente agrícola àquela época, não havia muitas ferrovias e estradas para serem destruídas, sendo que se voltaram para as massivas concentrações de tropas inimigas. Ao final do mês de Junho, 60% das missões conduzidas pela Luftwaffe eram de apoio “direto” aos respectivos Grupos do Exército.


Ler texto Com tamanha vantagem, os avanços dos Exércitos alemães até Outubro de 1941 não foram surpresa. Ao norte, Leningrado estava sitiada no final de setembro; ao centro, Smolensk fora capturada e os panzers avançavam em direção a Moscovo; ao sul, depois da queda de Kiev, o Exército avançou para cercar Karkhov e, tempo-rariamente Rostov. Tudo levava a crer que “Barbarossa” havia funcionado.

Completo aqui.

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