segunda-feira, agosto 31, 2009
Artigos postados na caixa de comentários mais abaixo sobre a gripe
Mas parece que andam por aí.
Onde andam bruxas andam os seus caçadores.
Não levantem a caça e voem baixo.
Afinal todos sabemos que este sítio é manhoso e mal frequentado.
Uma achega:
Se o Presidente da República com um governo destes, diz que não concordo com um diploma porque não veta?
Iem medo do Tribunal Constitucional?
Pois ficará com mais razões para não ter medo, porque ele próprio se descredibliza, pelo simples facto de ser um tribunal que não é, esperemos que desapareça por exaustão.
Fiquem bem os que são de bem, os outros que se afundem no pântano putrefacto em que se tornou a Nação.
O Senhor Presidente da República deveria ser o Presidente dos Portugueses e não o Presidente da República, será difícil perceber isto?
Afinal valerá um segundo mandato ser sempre e por uns tempos o Presidente dos Portugueses?
E lá fora o petróleo afunda...
Etiquetas: Now you pay
domingo, agosto 30, 2009
Crise que crise?
sábado, agosto 29, 2009
O tal vírus sem "importância".
Etiquetas: Estamos lixados.
Viajar nos transportes públicos.
Etiquetas: Welcome to the Jungle
Novas do Texas.
Tiros no escuro
Só isso explica que dois cidadãos sírios já cá estejam instalados perante a anestesia geral. Porque são rapazes cordatos e inocentes? O governo diz que sim. Eu não duvido. Mas também não duvido, ao contrário do que o governo esconde ou ignora, que existem dezenas de antigos rapazes ‘cordatos’ e ‘inocentes’ que, uma vez libertados, regressaram ou iniciaram actividades terroristas. Citar Abdul Ghulam Rasoul (um dos líderes talibãs no Afeganistão de hoje) ou Said Ali al-Shihri (um dos líderes da al-Qaeda no Iémen de hoje) é apenas referir os casos de ‘inocência’ mais célebres. Receber prisioneiros de Guantánamo é um tiro no escuro. Que pode fazer ricochete."
João Pereira Coutinho
Portugal 'à deriva'. Quem nos acode?
Vivemos, em geral, sob a ‘ditadura’ do curto prazo. Também nos domínios económico, financeiro e social, estamos circunscritos ao ‘trimestre’. O método que se usa é fácil e bem acolhido porque consente todas as interpretações e, por isso, a todos serve. Mas tem um grave efeito redutor porque os portugueses ficam sem saber como estão e para onde os levam. Têm hoje uma visão que não passa do dia seguinte.
Os consequentes custos políticos são enormes, porque se cuida sempre e só da conjuntura, omite-se as análises e as indispensáveis soluções estruturais.
Trata-se de uma prática que explica, em grande parte, o afundamento incessante do nosso País. Com ela não ocorrerá qualquer mudança, de fundo e indispensável, porque as verdadeiras soluções são sempre desconhecidas. Temos os factos a demonstrá-lo: entram e saem governos, partidos e políticos, anos sucedem-se a outros anos, mas o agravamento da economia, das finanças e do ‘social’ é uma constante.
Baseados nestas análises, meramente conjunturais e com falta de entendimento das tendências da globalização, há os que pensam num destino português sempre ‘pendurado’ em alguém (África, Índia, Brasil e União Europeia): e assim se escusam de quaisquer preocupações, embora nunca identifiquem quem e por que estará disposto a ‘carregar’ connosco, já em 2015-2020.
"O optimismo é hoje uma pura mistificação" (como bem sublinha Vasco Pulido Valente) mas, mesmo assim, ainda há ‘optimistas’ por aí! Do outro lado estão os chamados ‘pessimistas’: aqueles que tentam ver mais longe e mais fundo, defendem a dignidade do País, exigem responsabilidades e não crêem que tenhamos o direito de transformá-lo no mendigo da Europa.
Os nossos graves e visíveis desequilíbrios financeiros com inevitáveis efeitos sociais só podem ser enfrentados pela drástica redução das despesas e/ou pelo rápido crescimento da economia.
O ataque às despesas públicas é, de há muito, um completo fracasso, tentado por todos os governos. Estes saem e tudo fica pior.
Duas razões o explicam: a primeira é a quase estagnação da nossa economia (0,8% anuais, entre 2000 e 2008); a segunda é a natureza das despesas que mais pesam nas contas públicas e que são as do ‘pessoal’ e as das ‘prestações sociais’. Muito rígidas, correspondiam já a cerca de 78% da despesa primária (total menos juros), em 2008.
Quem é beneficiário destes pagamentos?
São 700 000 funcionários, cerca de 3 400 000 reformados, perto de 350 000 titulares do RSI, uns 300 000 desempregados e outros centos de milhares de subsidiados diversos, num total superior a 6 milhões de indivíduos.
Isto é: temos estes 60 a 70% de eleitores inscritos, que são militantes atentos e empenhados do ‘Partido do Estado’!
Quem vai ‘tocar-lhes’, num prazo que ainda possa ser útil?
É muito pequeno o mercado interno português e, por isso, só através das exportações e da substituição de importações poderemos registar crescimentos significativos da economia e do emprego. Ocorre que o contributo das exportações para a nossa economia tem sido muito pequeno: 32-33% do PIB, em média, desde há muitos anos.
Temos, portanto, uma decisiva prioridade: alargar, suficiente, urgente e competitivamente, o nosso tecido produtivo.
Não exportaremos muito mais desde que não produzamos competitivamente.
Porque só agora se dá, preocupadamente, por isso?
Com o escudo, disfarçámos facilmente esta nossa tradicional debilidade porque, quando se perdia, perigosamente, competitividade, desvalorizava-se a moeda e, em alguns meses, restabelecia-se um certo equilíbrio.
Agora, com o euro, nada disso é possível.
O quadro é este: competimos mal e exportamos pouco; não temos moeda própria e não podemos corrigir facilmente a situação; a economia cresce devagar, o desemprego sobe, os défices externos são dos mais altos do mundo e o endividamento é insustentável.
Numa palavra: estamos ‘encurralados’.
O panorama dos últimos dez anos é muito sombrio e, sobre ele, os partidos não se pronunciam, clara e autonomamente, não analisam com rigor os factos e não alvitram quaisquer soluções à altura das necessidades.
Não se compreende este alheamento, mas é um facto.
E, porque estamos no domínio da política, tem de perguntar-se o que tem o Estado a fazer, sendo certo que há matérias em que só ele pode e deve fazer.
Duas coisas, a meu ver: primeiro, averiguar com cuidado por que há investidores interessados na Hungria, na Polónia, na República Checa, na Eslovénia ou na Eslováquia, e não querem vir para Portugal, havendo mesmo os que daqui se ‘deslocalizam’; segundo, com base nessa análise, apresentar ao País uma proposta das reformas necessárias para criar vantagens comparativas nas opções respeitantes aos investimentos para as exportações/substituição de importações.
É certo haver áreas públicas relevantes e que pesam nas opções dos investidores: leis do trabalho, impostos e taxas, tribunais, especialização da mão-de-obra, burocracia, nível da corrupção, mercado do arrendamento, custos energéticos e das telecomunicações, secretismo dos PIN, benefícios atribuídos casuisticamente e sem controlo, etc.
Hoje, porém, ninguém sabe em que medida, de modo seguro, sistemático e inequívoco, se foge, cada vez mais, de investir em Portugal para se investir no Leste europeu.
Podemos todos ‘achar’ que sabemos – como é usual entre nós! – mas sem as indispensáveis certezas que fundamentem políticas eficazes.
Vale a pena recordar que o melhor período da nossa economia, no século passado, se deveu, em especial, à entrada para a EFTA e ao estatuto privilegiado contido no Anexo G. As vantagens comparativas então conseguidas atraíram para Portugal numerosas e decisivas indústrias, hoje em incontida debandada.
Em função das novas circunstâncias, impõe-se-nos agora criar vantagens comparativas, afeiçoadas às realidades internacionais presentes.
Se o eleitorado aprovasse as propostas apresentadas para o efeito, qualquer Governo teria legitimidade democrática para executá-las.
Se as rejeitasse, assumiria democraticamente a responsabilidade pelas consequências do marasmo económico, isto é, o elevado desemprego, os baixos salários, as prestações sociais exíguas, a pobreza crescente, as desigualdades, o endividamento e o temor do futuro.
Na verdade, é legítimo que um povo opte pela pobreza, desde que compreenda bem o sentido e as consequências do que vota.
Não como nos encontramos hoje: com uma caricatura de democracia, baseada no engano das gentes e na estreiteza das competências, os portugueses arrastam-se ‘às cegas’ para um desastre, que não é desejado, nem pressentido.
É que não basta aos governos realizar algumas coisas positivas, o que com todos sempre acontece: porque, se faltar ‘a’ obra essencial, tudo será em vão.
Há momentos históricos dependentes, decisivamente, de um só ‘pormenor’
O Estado Novo naufragou por falta de solução para as guerras coloniais; sem resposta eficaz para o presente afundamento económico, a actual democracia mergulhará o nosso País numa confusão financeira e social, de efeitos dificilmente previsíveis, e acabará por ser substituída. Provavelmente, entre 2015 e 2020.
As eleições que estão à vista serão decisivas, neste contexto de acelerada decadência: o ataque frontal às fragilidades da economia é hoje ‘o’ verdadeiro problema de Portugal, o que importa relevar vivamente.
Porque, se não houver uma proposta política que o contemple, nem a identificação prévia da gente, competente e séria, que irá concretizá-la, não teremos cura que chegue para a questão económica.
Mostram-se o PS e o PSD à altura destas necessidades prementes do País?
Se forem o mesmo PS, que leva agora onze em catorze anos de Governo, e o mesmo PSD, que soma três, as minhas preocupações atingirão o grau do ‘pavor’.
Pede-se-lhes, por isso, três coisas apenas: primeira, um pequeno programa, claro e curto, e não, como usualmente, uma ‘apólice’ de seguro para enganar os eleitores, que contemple só as medidas indispensáveis para atingir os objectivos económicos enunciados; segundo, a indicação dos nomes previstos para as Finanças, a Economia, a Justiça, a Educação e a Segurança Social, garantes da sua execução, já que os ‘partidos’, em si mesmos, não gozam da confiança da maioria dos portugueses; e, terceiro, que restaurem a ética na política.
Só assim me parece que haverá condições para iniciar um processo de reconstrução, porque legitimado pelo voto esclarecido e responsável de uma maioria.
Qualquer maioria?
Absoluta de um partido, não: os estragos irreparáveis já produzidos em Portugal, nestes quatro anos, dos quais Sócrates nem sequer tem consciência, constituem uma duríssima e inesquecível lição.
Maioria relativa, sim, se apoiada no tal programa, em tais personalidades e em nome de valores éticos.
O que verdadeiramente espero?
Que o PS e o PSD se compenetrem de que vivemos num tempo histórico, muito arriscado, incerto e ameaçador: se falharem, mais uma vez em quase duas décadas, acabará por ser varrida a partidocracia que ergueram e comandam em Portugal."
Medina Carreira
sexta-feira, agosto 28, 2009
28 de Agosto de 1828
Nasce Tolstói. Também conhecido como Léon Tolstói ou Lev Nikoláievich Tolstói (em russo Лев Николаевич Толстой) (9 de setembro de 1828 - 20 de novembro de 1910) foi um escritor russo muito influente na literatura e política de seu país.
Junto a Fiódor Dostoiévski, Tolstói foi um dos grandes da literatura russa do século XIX. Suas obras mais famosas são Guerra e Paz e Anna Karenina.
Membro da nobreza, entre 1852 e 1856 realizou três obras autobiográficas: Meninice, Adolescência e Juventude.
Tolstói serviu no exército durante as guerras do Cáucaso e durante a Guerra de Criméa como tenente. Esta experiência lhe converteria em pacifista.
Associado à corrente realista, tentou refletir fielmente a sociedade em que vivia.
Cossacos (1863) descreve a vida deste povo.
Anna Karenina (1867) conta as histórias paralelas de uma mulher presa nas convenções sociais e um proprietário de terras filósofo (reflexo do próprio Tolstói), que tenta melhorar as vidas de seus servos.
Guerra e Paz é uma monumental obra, onde Tolstói descreve dezenas de diferentes personagens durante a invasão napoleônica de 1812, na qual os russos pegaram fogo a Moscovo.
Tolstói teve uma importante influência no desenvolvimento do pensamento anarquista, concretamente, considera-se que era um cristão libertário. O príncipe Kropotkin lhe citou no artigo Anarquismo da Enciclopédia Britânica de 1911
Em seus últimos anos depois de várias crises espirituais se converteu numa pessoa profundamente religiosa, criticando as instituições eclesiásticas em Ressurreição, o que provocou sua excomunhão.
Tolstói tentou renunciar de suas propriedades em favor dos pobres, mas sua família o impediu. Tentando fugir de sua casa morreu na estação ferroviária de Astapovo.
A Wikiquote tem uma coleção de citações de ou sobre: Liev Tolstói.Retirado de "http://pt.wikipedia.org/wiki/Liev_Tolst%C3%B3i"
quinta-feira, agosto 27, 2009
27 de Agosto de 551 AC
Nasce Confúcio (551 a.C. - 479 a.C.). Confúcio é o nome latino do pensador chinês Kung-Fu-Tzu. Foi a figura histórica mais conhecida na China como mestre, filósofo e teórico político. Sua doutrina, o confucionismo, teve forte influência não apenas sobre a China mas também sobre toda a Ásia oriental. Conhece-se muito pouco da sua vida. Parece que os seus antepassados foram gente nobre, mas o filósofo e moralista viveu pobre, e desde a infância teve de ser mestre de si mesmo. Na sua época, a China estava praticamente dividida em reinos feudais cujos senhores dependiam muito pouco do rei. Confúcio viajou por diversos destes reinos, esteve em íntimo contacto com o povo e pregou a necessidade de uma mudança total do sistema de governo por outro que se destinasse a assegurar o bem-estar dos súbditos, pondo em prática processos tão simples como a diminuição de contribuições e o abrandamento das penalidades. Embora tentasse ocupar um alto cargo administrativo que lhe permitisse desenvolver as suas ideias na prática, nunca o conseguiu, pois tais ideias eram consideradas muito perigosas pelos que mandavam. Aquilo que ele não pôde fazer pessoalmente acabaram por fazer alguns dos seus discípulos, que, graças à boa preparação por ele ministrada, se guindaram, dia após dia, aos cargos mais elevados. Já idoso, retirou-se para a sua terra natal, onde morreu com 72 anos.
Wikipedia.
Trabalhar para quê?
"A viagem sozinho a Fátima corria bem até que, de noite, ‘António’ decidiu parar só para tentar comer qualquer coisa. Voltou com um hamburguer ao carro e, sentado ao volante, mal se distraiu já tinha uma pistola e facas apontadas à cabeça. Acabou sequestrado hora e meia pelos quatro homens que, enquanto roubaram o que puderam do seu multibanco, ainda o espancaram e fecharam-no dentro da mala do carro. A Polícia Judiciária já apanhou três, mas uma juíza libertou-os. E continuam a viver do Rendimento Social de Inserção. De resto, há muito que conciliam os enormes rendimentos no mundo do crime com uma vida recheada de subsídios à custa do Estado – que vai pagando sempre, apesar dos longos registos criminais por roubo, furto e tráfico de droga (mais aqui)"Ficção? Não. Simplesmente o politicamente correcto no seu melhor.
Etiquetas: Nojo de país., Paga imposto tonho.
"Quatro rapazes, três com 16 anos e o outro de apenas 15, decidiram roubar uma potente Nissan pick-up na rua António Aleixo, Amadora, terça--feira à noite. Acabaram por ser apanhados em menos de 12 horas pela PSP, mas deram luta na fuga e deixaram rasto de destruição pelo meio: seis carros destruídos. Quanto aos jovens, todos eles estudantes, três foram detidos e o mais novo foi apenas notificado. De referir que após a queda, os jovens ainda se levantaram, seguindo-se uma perseguição apeada. No momento da detenção ofereceram também resistência física (mais aqui)"Estudantes da Cova da Mora. Seria interessante os estudantes ascenderem à condição de trabalhadores até pagarem os estragos causados. E parece que ainda existem matas por limpar…
Etiquetas: No reino do politicamente correcto aonde o crime compensa
Novas do Texas
Etiquetas: Welcome to the Jungle
O cidadão ideal.
"Joaquim Ribeiro, de 50 anos, proprietário do café Serfi, em Lousada, que anteontem à noite correu uma quadrilha a tiro de caçadeira tendo ferido dois assaltantes, foi, segundo comunicado da PJ, "constituído arguido (mais aqui)".As pessoas não podem andar por aí aos tiros e especialmente contra assaltantes… O cidadão ideal para este politicamente correcto é aquele que paga impostos e aceita ser assaltado, agredido e baleado com um sorriso nos lábios.
Etiquetas: No reino do politicamente correcto aonde trabalhar cansa.
Mais valia reprovar
O sucesso de um sistema educativo mede-se por testes internacionais que permitem a comparação entre diferentes sistemas, e não pela diminuição das taxas de reprovação. A associação do sucesso escolar à mera passagem de ano é apenas um dos muitos reflexos da ideologia que fez passar a escola de um lugar para aprender num instrumento de inclusão social. É da mais elementar honestidade admitir que a origem desta ideologia é o pensamento da esquerda e uma visão irreflectida das implicações do ideal de igualdade. No entanto, o sucesso da ideologia da escola inclusiva foi tal que ela se tornou politicamente transversal. Um dos principais responsáveis pela sua propagação no nosso sistema de ensino foi Roberto Carneiro, um político da direita conservadora e que ainda ontem veio, sem surpresa, aplaudir publicamente os resultados apresentados pelo governo.
Porém, mais cedo ou mais tarde teremos de nos confrontar com a realidade: na situação a que as políticas da escola inclusiva conduziram o sistema educativo, ele deixou de ser um trampolim para os desfavorecidos pela lotaria social. Pelo contrário, a inclusividade da escola levou as classes altas e médias a trocar o sistema público pelo privado ao nível da educação pré-universitária. O resultado final deste processo é um típico efeito perverso: a transformação da escola pública, que pretendia promover a inclusão, num factor de exclusão social.
Felizmente, a variação genética é bastante democrática e a inteligência e os talentos tanto podem nascer na Quinta da Marinha como no Casal Ventoso. No entanto, para dar oportunidades tendencialmente iguais a quem não nasceu em berço de ouro é necessário que os mais desfavorecidos pela lotaria social tenham acesso, desde tenra idade, a uma educação vigilante, exigente e meritocrática. A adopção destes princípios teria grandes implicações: objectivos de aprendizagem mais robustos, divisão dos alunos e turmas de acordo com os ritmos de aprendizagem e até, imagine-se, a horrível ideia de que, em muitos casos, mais valia reprovar."
João Cardoso Rosas
A hipotenusa de Maria de Lurdes
Ainda bem, se isso corresponder a que sabem mais. A questão é que, desde há muito tempo, a educação tem cada vez menos consistência em Portugal. De reforma em reforma avançámos para um modelo que emite fragilidades por todos os poros. Ao fazer das estatísticas a sua divindade, Maria de Lurdes transformou a escola numa crente de uma religião irreal. Em prol das estatísticas deu-se um pontapé no trabalho e no esforço. A ideia de Maria de Lurdes é fazer de Portugal um paraíso de Forrest Gump. Maria de Lurdes vive fechada dentro de um triângulo sem hipotenusa. Não percebe que dar uma negativa a um aluno hoje é, para um professor, um trabalho digno de Hércules. Não entende porque os filhos de emigrantes do Leste ou da China são, cada vez mais, os melhores alunos nas escolas portuguesas. Maria de Lurdes sabe de estatísticas. Não entende a educação."
Fernando Sobral
Bernanke, Trichet e o valor da moeda
O problema é que Bernanke, não obstante estas falhas, percebeu o que tinha de fazer para não deixar que a crise financeira de 2008 acabasse numa "segunda grande depressão". A sua decisão de abrir as torneiras da liquidez (baixou drasticamente as taxas de juro) e a do Tesouro (meteu biliões de dólares na economia) parecem ter afastado esse perigo. De tal forma que o problema, a breve prazo, pode deixar de ser o risco de depressão para ser... risco de inflação: quando a confiança voltar, o consumo, somado à elevada liquidez em circulação, chega para por a inflação acima de 10%!
É nessa altura que se vai ver se Bernanke tem coragem para tomar decisões incómodas para o "establishment" em Washington. Problema semelhante ao que Jean-Claude Trichet terá com Bona e Paris quando subir os juros na Europa. No fundo trata-se de saber se os dois bancos centrais mais independentes do mundo não se esqueceram que a sua principal missão é "garantir" o valor da moeda."
Camilo Lourenço
As 'Selecções' de alguns de nós
De facto, há muito que não ouvia falar nas Selecções, o petit nom pelo qual se tratava a publicação lá em casa. Sabem as amas-secas que nos marcam decisivamente a infância e depois desaparecem de vez? Eu não faço ideia. Não tive ama-seca. Tive pilhas de exemplares das Selecções, produzidos no Brasil e comprados pelo meu pai desde o fim da adolescência dele até ao início da minha. Contas por alto, do armário onde se arrumavam sem grande aprumo, um quarto do século XX me contemplava, condensado à semelhança dos artigos que definiam o estilo e o sucesso da revista.
Aos seis anos, estas coisas marcam como só me marcaram com igual vigor os livrinhos de Enid Blyton. Os Cinco mostravam o mundo sonhado de pequenas aventuras, trilhos pastoris, regatos e scones saídos do forno (o apetite pelos misteriosos scones apenas me passou no momento em que, já adulto, aterrei pela primeira vez em Londres e, ainda a caminho do hotel, entrei num café e provei tamanha porcaria). As Selecções descreviam o mundo dito real, repleto de guerras mais ou menos frias, calamidades, heróis quotidianos e desmesurados criminosos. Na sua visão simples, os heróis eram quase sempre americanos (ou "amigos") e os criminosos quase sempre comunistas (ou afins). Aos poucos, a maturidade provou-me que a simplicidade era razoavelmente acertada. Não fosse por mais nada (e foi), o anti-comunismo das Selecções, primário como qualquer reacção ao totalitarismo que se preze, constituiu para mim uma educação que, em 1975 ou 1976, a generalidade da imprensa nacional manifestamente não prestava.
Hoje, ignoro a orientação da revista, e suspeito que, na era da Internet, o género súmula informativa tenha perdido a função original. Mas se não devemos condenar o progresso, no caso acho excessivo festejá-lo. Excessivo e ingrato."
Alberto Gonçalves
quarta-feira, agosto 26, 2009
Os maus e os bons.
"Moradores da Quinta da Princesa sentem-se discriminados pela polícia. Também Liliana, de 14 anos, assegura que “sempre que eles aqui vêm é para arranjar confusão” e, por isso, teme que os problemas regressem quando os jornalistas saírem do bairro (mais aqui)".14 anos? Seria interessante ouvir também os jovens de 6 anos… Com uma comunicação social assim, não há polícia que consiga “viver”…
Etiquetas: Cantam bem mas não nos alegram neste reino do politicamente correcto
Petróleo.
1/ "Preço da gasolina desce pela primeira vez em sete semanas (mais aqui)"As más línguas dizem que a gasolina desce 3 vezes menos que o petróleo (mais aqui)”…
2/ "O preço do brent, que serve de referência para as importações portuguesas, caiu para os 70,94 dólares, depois de ser tornado público um aumento de 4,3 milhões de barris nas reservas norte-americanas (mais aqui)"
Etiquetas: Paga tonho
"Peace and flowers"
E a criminalidade continua a diminuir...
Etiquetas: Welcome to the European Texas.
Moita Flores
O recandidato a Santarém descobriu tudo isto e, também, que falta rigor ético nas listas do PSD devido à inclusão de António Preto: «A procura de rigor às vezes dói, mas ser rigoroso é fundamental», sentencia. Ora, Moita Flores fez todas estas descobertas ainda a tempo de se desvincular da lista e do apoio do PSD, constituindo uma lista de independentes. Coisa que não fez. Um bom exemplo de rigor e ética, como se vê. E avança mesmo que, em 27 de Setembro, não votará em Ferreira Leite e no PSD, mas, muito provavelmente, em Sócrates e no PS. Quanto a rigor e princípios, ficamos, pois, conversados.
Se, por um dever de decência e coerência, Moita Flores se devia ter desvinculado de um partido que tanto despreza, já Manuela Ferreira Leite devia ter retirado, de imediato, a confiança política e o apoio a tal candidato. Coisa que não fez. A líder social--democrata aceita, pois, ser publicamente desautorizada sem uma palavra ou um gesto para se fazer respeitar. A si e ao PSD.
Ferreira Leite tem, assim, uma destacada candidata às legislativas, Maria José Nogueira Pinto, que afirma ir votar PS e António Costa nas autárquicas. E um mediático candidato nas autárquicas, o multifacetado Moita Flores, que promete ir dar o seu voto ao PS e a Sócrates nas legislativas. Um partido sui generis, este PSD.
No meio desta balbúrdia, só faltava aparecer Aguiar Branco, na sua infinita ingenuidade política, a admitir que Moita Flores acabará por dar o seu voto ao PSD: «Estou convencido de que ele ainda vai reflectir e reconsiderar». Pois, pois. Espere pelos próximos episódios."
JAL
Juntos conseguimos
A mandatária da juventude do PS também disse que só come fruta se for descascada e descaroçada pela empregada; pele de cerejas e grainhas de uvas, nem pensar! Se agora a adolescência é cada vez mais cedo, em compensação parece ser cada vez mais tarde que os jovens conseguem comer fruta com casca e se desenvencilham das grainhas de maneira a não se engasgarem. Mas o PS não se fica pela C. Patrocínio para ganhar votos à direita. Basta olhar com atenção para o novo porta-voz, João Tiago Silveira, para ver um beto tipo CDS, até tem voz sopinha com massa, tão característica do copismo de leite. É com esta transversalidade que se ganham eleições. Só falta a JS fazer um cartaz a dizer: "Juntos conseguimos." Descascámos a fruta à Carolina Patrocínio."
José de Pina
‘Spice boys’
Não por apreciar a ignorância de George Bush em matéria de política internacional, mas porque esse era um tempo de possibilidades, em que ainda se podiam evitar os erros magistrais cometidos na resposta ao 9/11. Se algumas decisões foram condicionadas pelas conjecturas estratégicas prevalecentes à época, outras requerem mais do que a vulgar ignorância como explicação. Por exemplo, a permissão dada pela CIA em Novembro de 2001 a um número indeterminado de aviões paquistaneses para aterrar durante a noite em Kunduz e retirar da cidade afegã, prestes a ser capturada pela Aliança do Norte, centenas de agentes paquistaneses, comandantes talibãs e da al Qaeda. A acção, conhecida como ‘Operation Evil Airlift' pelas forças especiais americanas, teve um custo humano e estratégico incalculável.
Em Descent Into Chaos (Nova Iorque, 2008) Ahmed Rashid argumenta que o envolvimento político e militar dos EUA e da NATO na Ásia central após 2001 é a história do fracasso do ‘nation-building', essencialmente por falta de investimento, mas ao criticar as insuficiências dos esforços ocidentais acaba inadvertidamente por construir um argumento persuasivo sobre a inexequibilidade da tarefa. A única opção razoável é a estabilização, o que pressupõe duas coisas: limpar a fossa de extremismo e violência em que o Paquistão se transformou e aumentar as tropas com capacidade efectiva de combate no Afeganistão.
O Paquistão tem de ser forçado a abandonar a doutrina que define como prioridade estratégica o estabelecimento de um governo islâmico no Afeganistão, para impedir a Índia de promover os seus interesses no território e assegurar uma base geográfica de recrutamento e treino de terroristas susceptíveis de desestabilizar a Caxemira indiana. A ausência de governo nos territórios tribais do noroeste do Paquistão facilita a acção terrorista e é uma consequência prática desta doutrina, bem como a proliferação das madrassas, os centros ideológicos do extremismo islâmico: em 1947 existiam 137 madrassas no Paquistão; actualmente são mais de 12000.
Os europeus têm de ser confrontados com o seu cinismo: a recusa franco-germânica de auxílio militar efectivo aos EUA para a estabilização do Afeganistão é inadmissível. No mínimo é necessário terminar com as ridículas restrições impostas às tropas europeias integradas na NATO. Por exemplo, os militares alemães estão impedidos de actuar depois de cair a noite e assistiram impávidos ao restabelecimento dos talibãs na província de Kunduz. Antes que esta coluna se perca em sugestões impróprias, limito-me a observar que a meticulosa auto-preservação das tropas germânicas só com grande esforço se distingue da cobardia. Se a ‘realpolitik' prosseguida por Obama é essencialmente a mesma de Bush é porque o que está em causa na Ásia central transcende as inclinações ideológicas, algo que os europeus tardam em compreender e vai faltando o tempo e a paciência para explicar outra vez."
Fernando Gabriel
Os défices policiais
É escusado revolver o passado a tentar perceber que tipo de justiça castiga sovas a polícias com uma singela multa, ou que tipo de sociedade transforma as condições económicas de um indivíduo num certificado de impunidade. Mas talvez valha a pena olhar o futuro e imaginar o tipo de criaturas que, por este andar, tentarão uma carreira em qualquer força da autoridade, cada vez mais uma força de expressão."
Alberto Gonçalves
terça-feira, agosto 25, 2009
A democracia dos débeis mentais
"Amigos, Amigos, Negócios a Parte "
Etiquetas: Welcome to the Jungle
E a criminalidade continua a diminuir...
Etiquetas: Welcome to the European Texas.
Justiça moderna.
"A PSP precisou apenas de cinco minutos para localizar e prender ontem quatro assaltantes que, momentos antes, tinham roubado com violência duas pessoas, no Parque das Nações, em Lisboa. Já com antecedentes por outros roubos a pessoas, os quatro jovens residem, todos, nos concelhos de Loures e de Vila Franca de Xira (mais aqui)"Apostamos que demora menos tempo a serem enviados em liberdade… Novamente…
Etiquetas: A alegria de viver neste reino do politicamente correcto
Dois Portugal.
"Mais de metade do Porto é subsidiado pelo Estado. "Dos 216 mil habitantes do concelho, 114 mil recebem subsídios de apoio", afirmou ontem, segunda-feira, Elisa Ferreira (mais aqui)"Isso já Paulo Porta diz há muito tempo: "Há um Portugal que trabalha no duro e há outro Portugal em idade de trabalhar que vive à conta do Estado. Há um Portugal que paga impostos e há outro Portugal que recebe o rendimento mínimo (mais aqui)"
Etiquetas: A alegria de viver neste reino do politicamente correcto
Empates técnicos
A um mês das eleições os partidos já têm as máquinas afinadas e preparadas para ir em força para a estrada na habitual e normal caça ao voto. A um mês das eleições ficaram para trás as polémicas sobre as listas de candidatos a deputados, velhas querelas de mercearia que normalmente animam as hostes antes da batalha final.
A um mês das eleições começam a conhecer-se os programas dos partidos, textos inúteis que só uma minoria tem a pachorra de ler, cheios de promessas e frases eloquentes sobre o sítio, que vão direitinhos para o lixo mal acabam os espectáculos de apresentação. A um mês das eleições já de disparam insultos a torto e a direito, com figuras e figurinhas a pôr-se em bicos de pés para justificar as suas candidaturas e agradar aos respectivos chefes. A um mês das eleições o senhor presidente do Conselho e líder do PS desmultiplica-se em lançamentos de primeiras pedras de hospitais, fontanários, túneis, estradas e auto-estradas. A um mês das eleições o senhor presidente do Conselho até perdeu o medo e foi à Madeira dizer que adorava os madeirenses numa festinha que os seus camaradas organizam com o engraçado nome de Festa da Liberdade. A um mês das eleições tudo isto acontece.
Mas a um mês das eleições é natural que surjam também muitas sondagens em todos os jornais, rádios e televisões. E como as eleições são daqui a um mês é bom que não se esqueça a vergonha das sondagens que antecederam as eleições europeias de 7 de Junho. A um mês das eleições importa lembrar que os indígenas deste sítio pobre, deprimido, manhoso, cheio de larápios, povoado de mentirosos e obviamente cada vez mais mal frequentado merecem algum respeitinho da parte das empresas responsáveis pelos estudos de opinião.
A um mês das eleições é importante repetir que as sondagens custam muito dinheiro às empresas de Comunicação Social que não podem andar por aí a vender gato por lebre aos seus clientes. A um mês das eleições não vale a pena começarem por aí a inventar isto e aquilo, indecisos para trás e para a frente, altos níveis de abstenção e outras coisas mais para justificarem erros crassos e resultados verdadeiramente enganadores. A um mês das eleições só faltava mesmo que as sondagens começassem a repetir empates técnicos a torto e a direito entre o PS e o PSD. A um mês das eleições Legislativas é perfeitamente legítimo começar, desde já, a desconfiar do que aí vem em matéria de sondagens. "
António Ribeiro Ferreira
A ideologia Peter Pan
Aparentemente a mandatária ajusta-se à nova visão do PS sobre os jovens: devem ser giros, muito tecnológicos e nada filosóficos. Resta saber se o PS se ajusta ao universo ético da mandatária, para quem o que é preciso é vencer, nem que seja com batota. Se assim for, o PS está a dar um excelente sinal para a juventude sobre a forma como se deve comportar na sociedade e nas suas relações pessoais e profissionais. António Sérgio deve estar a revolver-se na tumba.
Pelos vistos, o PS pretende, com esta escolha, promover a infantilização da nossa sociedade. Nela, as pessoas não devem crescer. Devem, pelo contrário, tornar-se cada vez mais infantis. O PS absorveu a ideologia Peter Pan. Enfim, para que é que os jovens precisam de conteúdo, se têm imagem? O PS está a transformar-se, como partido, num "reality-show". É uma pena que deseje isso para o Portugal do futuro"
Fernando Sobral
Ilusão Estatística
O facilitismo dos exames e a pressão exercida sobre os professores para passarem alunos explicam esta ilusão estatística. Há o perigo da satisfação estatística com os resultados condenar milhares de jovens a uma vida de analfabetismo funcional , apesar de o sistema de educação lhes atribuir um diploma que pouco valerá.
Não é por determinação genética que entre os melhores alunos das escolas públicas portugueses se encontram os filhos dos imigrantes de Leste. A explicação reside nos hábitos de trabalho e de exigência, a que esses imigrantes estão habituados, mas que são raros em Portugal.
Não se aprende sem trabalho, nem exigência, e isso explica a razão por que grande parte dos alunos portugueses odeia a Matemática e nas comparações internacionais os portugueses têm péssimos resultados. Se a escola tiver o objectivo de passar alunos, só porque é politicamente conveniente, esquecendo--se de preparar os jovens para um mundo real difícil e competitivo, está a prestar um péssimo serviço e a contribuir para o empobrecimento do País. "
Armando Esteves Pereira
Os homens do Presidente e os homens do primeiro-ministro
O fascínio do debate adensa-se quando nos ocorre que, por um lado, metade do discurso eleitoral do PS consiste em acusar o PSD de não ter programa, além de que os conselheiros do PR são livres de redigir o que quiserem, incluindo episódios do Noddy, listas de supermercado e promessas partidárias. Por outro lado, nota-se com agrado a sintonia entre o PSD, que nega a colaboração com assessores presidenciais, e pelo menos um assessor presidencial, que atribuiu a "escutas" a divulgação pública dessa colaboração. Perante tal cenário, tudo é possível: ou os porta-vozes do PSD e do PR não sabem o que dizem ou os alegados espiões do PS não ouvem coisa com coisa.
Acima deste Watergate rústico, o eng. Sócrates e o prof. Cavaco levitam. A fim de se irritarem mutuamente, o primeiro não fala de "disparates de Verão"; o segundo não fala, ponto. Curiosamente, nenhum estende o princípio às respectivas tropas, que não têm calado as queixinhas, as quais, diga-se de passagem, fundam-se no prazer da pura dialéctica e não pretendem esclarecer nada.
Em países pouco dados à fruição de discussões teóricas, insinuações assim provocariam a queda de instituições ou, no mínimo, um enorme sarilho. Aqui, as insinuações esgotam-se em si mesmas. Se, o que até às eleições ainda é plausível, emanações do Governo/PS e da presidência/PSD se acusarem de canibalismo ou sacrifício de virgens, a polémica ficará num instante centrada na quantidade de sal utilizada pelo antropófago ou na eficácia dos métodos que verificaram a virgindade.
Talvez, repito, isto seja um sinal de sofisticação argumentativa. É, de certeza, um sinal de depressão governativa, visto que, sob o olhar demasiado interessado de Cavaco, os dois entusiasmantes partidos em questão disputam em Setembro e em exclusivo a oportunidade de mandar em nós. Trágica e tipicamente, as alternativas são um dueto de agremiações comunistas que competem para transformar o País na Roménia de 1980 ou na Albânia de 1975. E há, já me esquecia, o CDS, reduzido a um senhor que percorre feiras e diz mal dos estrangeiros. Faz bem: se a classe política é realmente representativa dos que a elegem, os portugueses não devem dar confiança a quem calha."
Alberto Gonçalves
segunda-feira, agosto 24, 2009
Linha S24 e a parceria pública/pública.
E a criminalidade continua a diminuir...
"Um taxista da Damaia, na Amadora, foi ontem de madrugada violentamente espancado, ameaçado com facas e roubado por três homens que acabara de transportar até à Pontinha, em Odivelas. Os assaltantes tentaram, sem sucesso, roubar o próprio táxi da vítima, de 53 anos, cortando as comunicações do mesmo quando fugiram. Mesmo cheio de escoriações o taxista conseguiu, através do telemóvel, alertar os colegas e a PSP. Já na presença de uma patrulha da PSP da Pontinha, o taxista ferido descreveu os três homens que o roubaram. Todos negros, com cerca de 20 anos e vestidos com roupas desportivas (mais aqui)"A raça protegida deste politicamente correcto continua a colorir o cinzentismo deste país...
Etiquetas: Welcome to the European Texas.
Tratamentos.
"Colegas querem que Berlusconi procure tratamento para vício no sexo (mais aqui)"É preciso cuidado com esses tratamentos não vão descambar para o outro lado…
Medalhas de bronze
A odisseia começa nas estradas, onde é possível emagrecer vários quilos com o divertido jogo do ‘Desvia-te!’: nós, ao volante, temos como missão desviar-nos das máquinas-assassinas que nos assaltam pelo caminho.
A odisseia termina nas praias, onde o desafio é evitar as armadilhas mais concorridas: o topo das falésias; a sombra delas; os rochedos junto à rebentação; e etc. etc. Sem falar do mar com bandeira vermelha, que tem sobre os veraneantes o mesmo efeito que a capa do toureiro sobre o bicho. Não admira que, em Agosto, os jornais se encham de cadáveres: nas estradas, nos afogamentos, nos desabamentos. Os portugueses não vivem o Verão; eles matam-se no Verão com a fúria típica dos alienados. É o preço da medalha do bronze."
João Pereira Coutinho
Terrorismo e hospitalidade
Já que não há maneira de convencer PCP e BE a dedicarem cuidados idênticos aos residentes das restantes prisões de Cuba, seria de bom-tom um pouco de atenção aos cidadãos nacionais que terão de conviver, na maior ignorância, com o refugo de Guantánamo. O Governo informa apenas que o refugo em causa consiste em dois sírios. Uma pesquisa ligeira na Internet informa que a comunidade síria na base americana ronda a meia dúzia de indivíduos, qualquer um suspeito de actividades não inteiramente filantropas: treino com a Al-Qaeda, guerrilha com a Al-Qaeda, terrorismo com a Al-Qaeda.
As suspeitas podem ser infundadas? Com certeza, e aí devemos esperar dois infelizes com as vidas desfeitas e um irreprimível desejo de vingança face ao Ocidente. Se as suspeitas tiverem fundamento, é melhor contar com dois maníacos com as vidas desfeitas e um irreprimível desejo de vingança face ao Ocidente.
Num ou noutro caso, não parecem os vizinhos ideais, o que explica a discrição quanto ao seu destino exacto e a ausência de comité de boas-vindas. Mas não explica o seu envio para Portugal, ao invés de uma nação receptiva ao peculiar know-how que eventualmente possuem. A Líbia, por exemplo, acolheu em êxtase colectivo o bombista indígena que matou 270 pessoas em Lockerbie. Na Líbia, e suponho que também na Síria natal dos nossos futuros concidadãos, os direitos e a dignidade de gente assim estão consagrados - nos dois sentidos. Aqui, salvo as boas intenções de alguns, é a barbárie."
Alberto Gonçalves
domingo, agosto 23, 2009
Gripe A
"Os doentes suspeitos de gripe A (H1N1) no Hospital de Santa Maria, Lisboa, não são isolados e podem circular nos corredores e nas salas de espera, junto de outros doentes, enquanto aguardam a realização dos exames de diagnóstico. Esta situação já provocou, pelo menos, um contágio da infecção num funcionário hospitalar, que foi obrigado a ir para casa, de baixa médica (mais aqui)"Quando ela chegar com força...
Etiquetas: Estamos lixados.
Juros.
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Petróleo líbio vale mais que vítimas de Lockerbie
Etiquetas: Money Talk
E a criminalidade continua a diminuir...
Etiquetas: Welcome to the European Texas.
sábado, agosto 22, 2009
Uma gripe muito estranha e o caminho das pedras...
E a criminalidade continua a diminuir...
Etiquetas: Welcome to the Jungle
Com a devia vénia, discordo. Se demitisse o primeiro-ministro, Cavaco punha a cabeça no cepo ao oferecer ao PS o trunfo da vitimização e a possibilidade de vitória em Setembro. Se demitisse o assessor, daria mostras de balbúrdia na sua própria Casa Civil. Qualquer dos caminhos seria uma derrota para Cavaco. Só o silêncio lhe convém e, mais, é a resposta lógica a um PS que, do Estatuto dos Açores às ‘roubalheiras’ do BPN, sempre o tratou com espantosa hostilidade. Agora, em vésperas de eleições, ele devolve a gentileza. O ‘silêncio’ de Cavaco, obviamente ensurdecedor, só diz uma coisa: não confiem mais neste engenheiro."
João Pereira Coutinho
sexta-feira, agosto 21, 2009
21 de Agosto de 1643.
D. Afonso VI nasceu em Lisboa, a 12 de Agosto de 1643 e morreu em Sintra, a 12 de Setembro de 1683, tendo sido sepultado no Mosteiro dos Jerónimos e trasladado para o Mosteiro de S. Vicente de Fora. Casou em 1666 com D. Maria Francisca Isabel de Sabóia, que nasceu em Paris, a 21 de Junho de 1646, e morreu em Lisboa, a 27 de Dezembro de 1683, estando sepultada na igreja do Convento das Francesinhas e trasladada em 1912, para o Mosteiro de S. Vicente de Fora, filha de Carlos Amadeu de Sabóia, duque de Nemours, e de Isabel de Vendôme. Morreu sem descendência.
Afonso VI fio o sexto filho de D. João IV e de D. Luísa de Gusmão. Atacado na infância por doença não identificada, fica mental e fisicamente diminuído. Com a morte de seu irmão D. Teodósio e de seu pai, sobe ao trono com treze anos, pelo que a regência ficou entregue a sua mãe. O rei foi crescendo, rebelde a toda a acção educadora, levando uma vida desregrada e manifestando-se perfeitamente incapaz para assumir as responsabilidades do governo.
Um dos seus companheiros, na vida de arruaceiro que levava, António Conti, italiano de origem, insinuou-se-lhe de tal maneira que em breve passou a viver no Paço, a convite de D. Afonso VI e a ter influência nos negócios do governo do reino. O escândalo aumentou a um ponto que D. Luísa de Gusmão fez jurar herdeiro do trono o infante D. Pedro e António Conti foi preso. Logo a seguir, o conde de Castelo Melhor executa um golpe de Estado, compelindo D. Luísa a entregar o governo a D. Afonso VI e forçando-a a retirar-se para um convento.
Nas boas graças do rei, Castelo Melhor lança-se na sua curta a brilhante carreira política, terminando vitoriosamente com a guerra da Restauração e conseguindo casar D. Afonso com Mademoiselle de Aumale. Em breve a nova rainha entra em conflito com Castelo Melhor.
Giza-se nova conspiração no paço, de que resulta a demissão do conde e a abdicação de D. Afonso VI. D. Pedro toma as rédeas do poder, casa com a cunhada, depois da anulação do casamento desta com D. Afonso e este último é desterrado para Angra do Heroísmo em 1669, donde regressa em 1674, sendo então encerrado no Palácio de Sintra até à sua morte.
quinta-feira, agosto 20, 2009
"É o princípio do fim da crise"
"O volume total de empréstimos da banca às famílias portuguesas aumentou 1,32% entre Junho de 2008 e igual mês do ano em curso, enquanto o valor total do crédito considerado como sendo de cobrança duvidosa verificou um acréscimo de 32%, para um valor recorde superior a 3 500 milhões de euros (mais aqui)"
Etiquetas: Cantam bem mas não nos alegram
Gripe A
"Um erro de diagnóstico levou uma grávida de quase sete meses a passar por três hospitais até diagnosticarem infecção com o vírus H1N1. A criança nasceu prematuramente e está agora sob vigilância médica no Hospital Dona Estefânia.A mulher tinha regressado de Angola na passada semana e aos primeiros sinais de gripe deslocou-se ao Hospital São Francisco Xavier. Dirigiu-se depois ao Hospital Amadora-Sintra, onde lhe foi prescrito o medicamento Ben-u-ron.Quando for a sério estamos fritos…
Mais tarde, já com uma pneumonia e a necessitar de ventilação, chegou ao Hospital da Luz, uma instituição privada, onde foi finalmente diagnosticada com gripe A e só então foi encaminhada para o Hospital Curry Cabral, uma das unidades de referência (mais aqui)"
Etiquetas: Enquanto o pau vai e volta folgam as costas.
Da coerência.
1/ "O ministro da Presidência recusou hoje “alimentar” a “pura intriga política” relacionada com as alegadas suspeitas de que a Presidência da República estaria a ser vigiada, considerando que se trata de um “enredo alimentado muito artificialmente” pela comunicação social (mais aqui)"
2/ "As suspeições levantadas sobre uma alegada vigilância à Presidência da República por parte do Governo mereceram até ao momento apenas o silêncio de Cavaco Silva. Mas várias figuras socialistas já instaram o chefe de Estado a reagir às dúvidas levantadas sobre o tema por uma fonte da Casa Civil do Palácio de Belém em declarações ao jornal «Público». Entre elas Manuel Alegre e Francisco Assis(mais aqui)"
Os artistas são sempre os mesmos...
"A FIFA pretende proibir toda e qualquer manifestação de fé durante o próximo Mundial de futebol, a disputar em 2010 na África do Sul (mais aqui)Qualquer fé exceptuando a islâmica claro…
Etiquetas: No reino dos iluminados de pacotilha
A verdade da mentira.
2/ "Há mais 68% de imigrantes desempregados este ano. No final de Junho, 32.700 estrangeiros estavam sem trabalho, um número que já representava 6,7% dos 489.820 desempregados então registados pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) (mais aqui)"
Etiquetas: Cantam bem mas não nos alegram neste reino do politicamente correcto, Paga imposto tonho.
Nível de vida
Etiquetas: A alegria de viver neste "Oásis"...
A ferro e fogo...
2/ "Filho baleou pai (mais aqui)"
3/ "Alvejado por resistir a ladrão (mais aqui)"
Etiquetas: Welcome to the European Texas.
A esquerda é poder escolher
O assunto parece brincadeira para os ouvidos da Europa social: nenhum europeu de baixo rendimento morre à porta de um hospital. Pois não: mas existe uma enorme diferença entre um plano nacional de saúde, universal e gratuito, e um sistema de seguros de saúde nacionais. Isso significa que o modelo de Obama privilegia o sistema privado e a escolha de cada um. Escreve Obama no i: "As decisões de saúde de cada um devem ser apenas do próprio e do respectivo médico; não competem a burocratas governamentais nem às seguradoras." A música europeia desafina: Obama quer pagar seguros mas não se intrometer na saúde de cada um. O tema, parecendo distante, é muito relevante para o debate eleitoral português. Comece-se com um exemplo.
O Ministério da Educação diz que há 1,7 milhões de crianças portuguesas inscritas na escola. Dessas, apenas 22% frequentam o ensino privado: 300 mil. O Bloco de Esquerda, candidato importante nesta guerra eleitoral, diria que assim é que deve ser. No ensino e na saúde. Mas está enganado: a esquerda que se interessa pelas pessoas (Obama, por exemplo) sabe que o mais importante é dar possibilidades de escolha reais a quem não as tem. É uma esquerda que se bate pelo essencial: evitar que só os ricos possam verdadeiramente fazer escolhas.
Chamem-se os bois pelos nomes: os meus filhos estudam no ensino privado porque eu posso pagar. Isto é, fui livre de escolher o que parecia mais adequado tendo em conta o bairro onde vivo, a idade de cada um deles e a qualidade da alternativa oferecida pelo ensino público. Se o meu rendimento familiar fosse igual ao da classe média (as tais 1,6 milhões de famílias portuguesas que, de acordo com o fisco, ganham menos de 30 mil euros/ano), esta escolha estava- -me vedada. Ou seja, esta esquerda moderna (que não se vislumbra em Portugal) entendeu que justiça social não é nacionalizar - é procurar formas de potenciar as escolhas dos que não podem fazê-las. E os que não podem fazê-lo são os mais pobres - para quem nem sempre a melhor solução é a escola da esquina ou o médico da esquina seguinte. Por isso Obama diz: não quero burocratas governamentais a meter-se na saúde de cada um. Ele sabe que isso anula a escolha dos que menos podem - e deixa os bons hospitais para os que podem escolher: isso, os mais endinheirados.
Por cá insiste-se em dividir a sociedade entre ricos e pobres. Errado: a decisão certa é entre quem pode escolher e quem não pode. E os políticos que nos merecem são aqueles que procuram soluções (não ideológicas) para dar mais escolha a quem nada escolhe."
Martim Avillez Figueiredo
São as exportações, estúpido!
Camilo Lourenço
quarta-feira, agosto 19, 2009
Da "justiça"...
Etiquetas: No reino do politicamente correcto.
Vítima de violação aguarda doze horas por exame do Instituto de Medicina Legal
"Uma rapariga de 17 anos foi vítima de violação sexual na noite passada. Ao dirigir-se ao Hospital de Santa Maria, em Lisboa, o pai da menor foi informado que não estavam disponíveis peritos do Instituto de Medicina Legal para a examinar e que a filha teria de aguardar doze horas, sem tomar banho ou ingerir alimentos, até que fosse vista por um médico do instituto. A razão para a espera: durante o mês de Agosto há apenas três médicos naquele serviço e na escala nocturna nenhum está disponível para realizar peritagens por falta de técnicos durante o período de férias (mais aqui)"
Etiquetas: Nojo de país.
Impressionante.
Etiquetas: "O povo é sereno", Paga tonho
Fátima Felgueiras
JAL
Comigo na lista, não mudo
Ferreira Fernandes
terça-feira, agosto 18, 2009
18 de Agosto de 1850
Morre o romancista francês Balzac. Apesar das suas pretensões aristocráticas, Balzac é de família modesta. Educado num colégio de Vendôme, muda-se, ainda jovem, para Paris, onde leva, até aos trinta anos, uma vida singularmente aventurosa, cheia de jogos, de esforços em diversos sentidos e de empreendimentos fracassados. Alojado num desvão durante muitos anos, entre 1822 e 1828 acumula uma infinidade de volumes, a maioria sob pseudónimo, para os quais não encontra editor. Uma vontade menos sólida que a sua abandona, mas Balzac tem uma fé inquebrantável no seu próprio génio e persevera de modo infatigável. Por outro lado, tenta animosamente assegurar a sua independência por meio de especulações industriais. É editor, impressor, etc. Mas nenhuma das suas empresas triunfa, e só lhe deixam dívidas. Perante a falta de êxito volta com mais afinco à literatura.
Entre as primeiras obras que assina com o seu nome contam-se Pequenas Misérias da Vida Conjugal e Catarina de Médicis. Contudo, ainda não é conhecido como romancista quando aparece, em 1830, A Pele de Chagrém, romance de grande êxito. A partir deste momento, e graças a um trabalho encarniçado, a sua produção literária é de uma regularidade surpreendente. Sem ter em conta as classificações que adopta mais tarde, quando empreende o trabalho de ligar todas as partes da sua obra sob o título genérico de A Comédia Humana, entre os seus principais romances destacam-se: Um Episódio no Tempo do Terror, A Obra-Prima Desconhecida, O Coronel Chabert, O Médico de Aldeia, Eugénia Grandet, Séraphita, O Tio Goriot, Ilusões Perdidas, O Lírio no Vale, César Birotteau, Úrsula Mirouet, Um Caso Tenebroso, Esplendores e Misérias das Cortesãs, Modeste Mignon, O Primo Pons…
O momento mais glorioso da carreira de Balzac, que de certo modo marca o florescimento do seu génio, é a época em que publica os contos e romances que classifica posteriormente, na sua Comédia Humana, em Cenas da Vida Privada e Cenas da Vida de Província. As principais são A Mulher Abandonada, A Mulher de Trinta Anos, A Solteirona, etc.; e, em primeiro lugar, Eugénia Grandet.
Durante mais de quinze anos mantém uma correspondência apaixonada com Eveline Hanska, condessa polaca, com quem se casa pouco antes de morrer. A sua obra romanesca faz uma penetrante descrição da sociedade francesa surgida da Revolução de 1789, cujas principais características são os temas arquétipos de Balzac: o declínio da nobreza, a euforia da burguesia, a omnipotência do dinheiro e a ascensão social dos plebeus ambiciosos e sem escrúpulos num ambiente de individualismo feroz. O seu realismo romântico é a base da corrente realista da segunda metade do século xix em França. A sua intenção de delinear uma história total da sociedade influencia poderosamente Zola. O valor intrínseco da sua obra, a criação literária de tipos humanos, consolida-se, historicamente, como um dos momentos culminantes da história do romance.
Gripe A
"Portugal contabiliza desde Maio um total de 1397 casos confirmados. De acordo com uma nota do Ministério da Saúde divulgada esta segunda-feira, dos 103 novos casos confirmados, 53 são homens e 50 mulheres, com idades entre os dois e os 58 anos, com predominância da faixa etária dos 21 aos 30 anos (mais aqui)". A ministra da Saúde confirmou, esta terça-feira, que há seis doentes com gripe A que estão em estado crítico e que estão a ser ventilados e que estão com problemas respiratórios graves (mais aqui)"A gripe começa a entrar na fase mais dura. Curiosa a predominância da gripe na faixa etária dos 21 aos 30 anos. Será o famoso pensamento “só acontece aos outros”?
Limitar os preços dos combustíveis
"O Partido Comunista Português (PCP) defende a intervenção urgente do Governo no mercado energético de forma a estabelecer limites aos preços dos combustíveis e acabar com o que denomina como “cartelização" que os mantém aos niveis mais elevados da União Europeia (UE) (mais aqui)".Esta antecipação ao BE é uma boa malha. Pena não passar disso…
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Melhorar.
"A ministra da Saúde, Ana Jorge, admitiu hoje que a Linha de Saúde 24 tem de melhorar a resposta aos utentes, alguns dos quais se queixam de demora no atendimento e no encaminhamento dos casos de gripe A (H1N1) (mais aqui)".
"Mulher internada no "S. João" continua em estado crítico. A paciente, que desenvolveu pneumonia, foi transferida a 07 de Agosto do Hospital de Guimarães para o "S. João", no Porto, depois de ter passado, três vezes, pelo Centro de Saúde de Celorico de Basto (mais aqui)".
Analistas/peritos.
É sempre bom ler a opinião dos analistas/peritos… Especialmente quando dizem que a crise já acabou…1/ "FMI diz que recuperação económica já começou mas é preciso que os Estados Unidos centrem esforços nas exportações e a Ásia nas importações (mais aqui)".
2/ "O número de casas cuja construção foi iniciada no mês passado nos Estados Unidos registou uma quebra de 1%, o que não era esperado pelos analistas (mais aqui)"
3/ "Os preços à porta das fábricas norte-americanas recuaram 0,9% em Julho, uma descida muito superior à descida de 0,3% estimadas pelos peritos (mais aqui)"4/ "Os preços do crude encontram-se a evoluir em direcções opostas nos mercados internacionais, com os investidores preocupados com o facto da recessão global se poder prolongar por mais tempo do que o esperado (mais aqui)".
5/ "Taxa de incumprimento de empréstimos bate recorde nos EUA (mais aqui)"
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O regresso do Gasparzinho
A ideia, hilariante, só tem correspondência com as declarações da mandatária do PS para a Juventude: "Só como cerejas quando a minha empregada tira os caroços por mim. E uvas sem grainhas. É uma trabalheira".
Ignorando as palavras da mandatária do socialismo pós-proletário, porque o direito ao dislate é constitucional, o preocupante é o que diz alguém que se julgava lúcido, Ferro Rodrigues. A aliança de esquerda é um fantasma que se assusta a si próprio. Se há compatibilidade de interesses entre PS e PSD, há uma completa incompatibilidade entre PS, PCP e BE. Para fazer uma coligação com o BE (com o PCP é uma impossibilidade histórica), o PS teria de hipotecar todo o universo centrista que foi construindo. A menos que o BE se dedicasse a tirar os caroços para o PS comer as cerejas, o que é duvidoso.
Colocar o BE no Governo seria o mesmo que colocar um kamikaze no sistema político e económico português. É certo que, às vezes, a lógica é inimiga da razão, mas uma coligação do PS à esquerda é tão plausível como Kim Jong-Il aderir à social-democracia.
A menos que o PS se queira suicidar e queira levar, como companhia, o País. Presume-se que esse não é o sonho de José Sócrates."
Fernando Sobral
A Taxa de Roubo
Se houvesse Taxa de Roubo, os noticiários da semana passada, para além dos números do PIB e do Desemprego, teriam incluído que no primeiro trimestre a Taxa de Roubo em Portugal se tinha mantido entre as mais elevadas do mundo industrializado. Os analistas podiam depois ir à TV para nos desagregar a Taxa de Roubo (TR) nos seus componentes mais expressivos, o NSP (Nível de Sonegação Pura), que inclui tudo o que seja trocas em dinheiro vivo em malas, e o GDC (Grau de Desfalque Contabilizável), que descrimina os montantes em off shore e os activos já transformados (quintas, apartamentos, carros, barcos e acções não cotadas na Bolsa que valorizem mais de um centena de pontos em recompra).
Assim, ao sabermos que já temos mais de meio milhão de desempregados e que a economia nacional continua a soluçar em níveis anémicos, ficaríamos a saber também que o grau de gatunagem nacional continua intocado e que, apesar da crise, de facto, a nacional roubalheira subiu em termos homólogos quando comparada com trimestres passados. Ficaríamos a saber que a volumetria do roubo em Portugal é das mais imponentes na Zona do Euro e que, contrariando o pessimismo de Pedro Ferraz da Costa quando disse ao Expresso que Portugal não tinha dimensão para se roubar tanto, há perspectivas para a Taxa de Roubo continuar crescer. A insistência do Partido Socialista nos mega-projectos que, antes de começar já assinalam derrapagens indiciadoras de que a componente PPF (Pagamentos a Partidos e Figurões) vai crescer muito, é uma garantia de uma Taxa de Roubo que rivaliza com qualquer democracia africana ou sultanato levantino.
No PSD, a presença de candidatos com historial em posições elegíveis e em ternurenta proximidade com a líder, sugere que as boas práticas que têm sustentado a Taxa de Roubo vão continuar nos eventuais Ministérios de Ferreira Leite. Neste ambiente de bagunça ideal, em que se juntam as possibilidades de grandes obras públicas com o frenesim eleitoral, os corretores podem mesmo, à semelhança do que se passa no mercado de capitais, criar valor com Futuros baseados nos potenciais de subida da Taxa de Roubo Portuguesa. Por exemplo a inclusão de António Preto nas listas do PSD funciona como uma espécie de colateral de garantia de que os fluxos de dinheiros partidários continuam com todas as perspectivas de crescimento. Mudam as malas, mas continua tudo na mesma. Pode-se pois criar à confiança um produto derivado colateralizado de alto rendimento e risco relativo, porque os dois grandes partidos obviamente confiam que a ingenuidade do eleitor português se mantenha.
Julgo que, tal como Ferraz da Costa, também Henrique Medina Carreira foi excessivamente prudente ao comparar o Portugal político a um "grande BPN". Acho que com TGV, auto-estradas, Freeport e acções não cotadas da sociedade Lusa de Negócios a render lucros de centena e meia de pontos, Portugal é uma holding de rapinagem que faz o que se passou no BPN parecer a contabilidade de uma igreja mórmon."
Mário Crespo