segunda-feira, fevereiro 28, 2005

Proveitoso.

A forma como a comunicação social passa o tempo a dar cobertura à guerra de sucessão no PSD transmite a ideia que não há mais assuntos. Porque não começar a falar do futuro de Portugal e do que há a fazer para afastar a crise? Seria muito mais proveitoso.

Curiosidades.

"Apesar dos lisboetas terem um custo de vida mais elevado do que os habitantes de Madrid (74,5 contra 73,9 se contabilizadas as rendas de casa), os salários em Lisboa são significativamente mais baixos, 25,6 contra 39,2 (salários brutos) e 27,2 contra 43,5 (líquidos). Os lisboetas surgem ainda pior classificados no que toca ao seu poder de compra, empurrados para 43º lugar com apenas 37,6 valores, comparativamente aos 56,2 em Madrid, no que toca a salário anual líquido.

A título de exemplo, e segundo o estudo da UBS, os lisboetas necessitam de trabalhar 33 minutos para comprar um hambúrguer (46º lugar), 18 minutos para comprar um quilo de pão (37º lugar) e 11 para comprar um quilo de arroz (20 lugar). Em Madrid, o hambúrguer custa 21 minutos de trabalho, o pão 14 minutos e o arroz 12. Chicago é a melhor cidade para os três exemplos, custando apenas entre 6 e nove minutos de trabalho para comprar o hambúrguer, o pão ou o arroz."
Mais.

O mundo ao contrário

Santana Lopes pediu ao Conselho de Jurisdição do PSD que avaliasse o comportamento dos militantes «que atacaram o partido durante a campanha» ou «que se puseram à margem» e de o presidente da distrital de Aveiro ter pedido a expulsão de Pacheco Pereira por «certas posições» durante a campanha eleitoral que «não foram dignas. Melhor seria avaliar os danos e os prejuízos que Santana e a sua liderança causaram, alguns deles irreparáveis.

Santana Lopes?

Quanto à política, já repararam que as lutas fratricidas no PSD já começaram, com o sucessor espiritual do "santanismo", Filipe Meneses a acusar o Conselho Nacional do PSD de querer impedir as directas?

Santana Lopes não desiste e parece não se conformar com uma merecida "travessia no deserto", que é o que todos os políticos devem fazer para o seu próprio bem, após um desaire político e neste caso, também eleitoral.

Não desmente que possa regressar à Câmara de Lisboa, nem que possa vir a candidatar-se à Presidência de República.

Ou seja: Parece não ter aprendido a lição.

A mais elementar de todas:

O povo não o quer a ocupar cargos políticos de relevo! Para quem andou sempre a dizer que apenas teve 5 meses para mostrar o que valia, e que não lhe deram oportunidade de mostrar as suas capacidades, parece ter-se esquecido de que aceitou a recondução da maioria em Junho de 2004, após a fuga de Durão para Bruxelas, prometendo ao PR que o seu Governo iria seguir a política de Durão, e não que iria, portanto, inaugurar uma nova forma de governação.

A memória é muito curta mesmo.

E no caso de Santana Lopes, este parece não ter um mínimo de escrúpulos, ou parece não entender que para os próximos tempos, a população portuguesa não o quer em sítio nenhum, a menos que se limite a ocupar um discreto lugar de deputado, para que foi legitimamente eleito.

Que ocupe esse lugar, e nos deixe em paz!

É a direita, seu estúpido!

Primeiro de tudo, as devidas cordialidades: é uma honra ter sido convidado pelo amigo Carvalho Negro para escrever no seu (deles/nosso) Carvalhadas online. Não procurarei fazê-lo com insenção, mas darei o meu melhor - com a devida concionante de tempo que, entre um mestrado, três blogs e algumas trivialidades se consegue encontrar. Escreverei quase só acerca de política. Eu venho daqui e é lá que continuarei a escrever sobre as outras mordomias da mente.

Escolhi como primeiro tema a vanguarda. Durante anos fomos obrigados a acreditar em duas verdades fundamentais: não há nada a fazer e a pobreza enrijece o espírito. Tivemos uma revolução e desde então há duas verdades funtamentais: o espírito enrijece a pobreza e não há nada a fazer. A esquerda, dormitório académico de quem quisesse leccionar em Portugal, absorveu o lado mais conservador da sociedade portuguesa. A linguagem comum à direita e à esquerda portuguesas é Portugal, e o seu terrível fado. A esquerda demitiu-se da vanguarda e aceitou que a maioria dos pobres já se converteu à sua doutrina; deixou o país em piloto automático e foi tomar um longo café (sem cafeína). Quando voltar já é tarde demais. Os próximos quatro anos assistirão ao debate de causas fracturantes. Não vai surpreender onde é que a direita e a esquerda se vão posicionar; o que vai surpreender é o conservadorismo com que a esquerda vai lidar com as causas que nacionalizou (será mais correcto dizer estatizou), e a direita só vai precisar de repetir os seus valores de sempre para chocar. A questão é que os valores de sempre da direita passaram de conservadores a radicais.
Esqueçam os vossos preconceitos - quem diga que a tradição é boa, que o aborto deve ser proibido, que a língua portuguesa deve ser protegida, que a autoridade deve poder empregar mais disciplina, que a Economia não faz milagres a quem não os pede, passou de fascista a incómodo ao regime. Se a esquerda me ouve, eu pergunto: onde está o capital? Onde estão os capitalistas? Com quem estão os capitalistas? Estão mesmo com os partidos da direita? Não. Os capitalistas sabem sempre onde devem estar. Estarão com Sócrates durante quatro a oito anos. E até voltarem à direita, esta atrairá os descontentes e os oprimidos do regime. É um paradoxo só para quem comprou a ideia que a esquerda gosta dos pobres a direita dos ricos. O que pode ser bom: os valores vão poder ser discutidos em si mesmos, e não nos ombros de classes, interesses e outras palavras emocionalmente carregadas. A direita colonizou áreas que não lhe pertencem (a discutir num outro post), e a terra está toda por lavrar. Estão abertas as hostilidades.

Adenda: ó amigo Carvalho Negro, não terei direito a ser mais que primo? Assino Luís.

domingo, fevereiro 27, 2005

27 de Fevereiro - Equirria.


Dia de significado religioso e militar, cujos ritos executados envolvem a purificação do exército. Este dia é dedicado a Marte, tal como é o mês inteiro de fevereiro. Este é o primeiro dia da Equirria, o segundo realiza-se a 14 de março. A Equirria consistem em famosas corridas de cavalo em honra de Marte no Campius Martius (o campo de Marte). Romulus instituiu esta tradição para começar o ano sacral. Segundo Lesley Adkins and Roy A. Adkins in their Handbook to Life in Ancient Rome: "Chariot racing was the oldest and most popular entertainment in the Roman world, dating back to at least the monarchy and in legend to the founding of Rome itself .... Chariot racing was very expensive and was run for profit as a highly organized business. There were four racing factions in Rome, the blues, greens, whites and reds, which were the colors worn by the charioteers. Successful charioteers became rich and famous, and portrayals of them in sculpture, mosaic, and molded glassware have survived, sometimes with their names. There was great rivalry among the factions, sometimes leading to violence among their supporters, but the greens and blues were usually the favorites."

Mais.

A verdade da mentira.

"O director nacional da PJ, Santos Cabral, garantiu ontem terem sido de sua iniciativa os procedimentos para apurar as responsabilidades de elementos daquela corporação suspeitos de terem espancado Leonor Cipriano, a mãe de Joana, a menina de 8 anos desaparecida e presumivelmente morta a 12 de Setembro, na aldeia de Figueira, Portimão"
Lamenta-se que a comunicação social esteja a dar tanta importância a esta notícia, nomeadamente o jornal “Expresso”. Duvidamos que os inspectores tenham sido tão ingénuos. Há muitos métodos de bater sem deixar marcas e eles devem conhecê-los. Um dia a verdade vai seber-se. Mais. A mãe da Joana não tem tanta relevância. A quem aproveita este ataque?

sábado, fevereiro 26, 2005

Gulag.

"Porque é que conhecemos mal o "Gulag", apesar de os campos de concentração soviéticos terem durado de 1918 a meados dos anos 80? Onde é que se distinguia o sistema concentraccionário soviético do hitleriano? Como se organizaram os campos antes, durante e depois de Estaline? É a estas e muitas outras questões que responde "Gulag: Uma História", um livro da jornalista e colunista do "Washington Post" Anne Applebaum, que ganhou em 2004 o Prémio Pulitzer para a melhor obra de não ficção.

Esta é uma história do Gulag: uma história da vasta rede de campos de trabalho que foram um dia espalhados ao longo de toda a União Soviética, das ilhas do mar Branco às costas do mar Negro, do Círculo Polar Árctico às planícies da Ásia Central, de Murmansk a Vorkuta, ao Cazaquistão, do centro de Moscovo aos subúrbios de Leninegrado. A palavra "Gulag", literalmente, é um acrónimo, que significa Glavnoe Upravlenie Lagerei, isto é, Administração Central de Campos. Com o tempo, a palavra "Gulag" passou também a significar não apenas a administração dos campos de concentração, mas o próprio sistema de trabalho escravo soviético, em todas as suas formas e variedades: campos de trabalho, campos de castigo, campos criminais e políticos, campos de mulheres, campos de crianças, campos de trânsito. Num sentido mais lato, "Gulag" passou a significar o próprio sistema repressivo soviético, o conjunto de processos a que os prisioneiros um dia chamaram "Picadora de Carne": as detenções, os interrogatórios, o transporte em camionetas de gado sem aquecimento, os trabalhos forçados, a destruição das famílias, os anos passados no exílio interno, as mortes precoces e gratuitas.

Gulag tem antecedentes na Rússia czarista, nas brigadas de trabalhos forçados que laboraram na Sibéria entre o século XVII e o início do século XX. Tomou depois a sua forma moderna e mais conhecida quase imediatamente depois da Revolução Russa, tornando-se parte integrante do sistema soviético. O terror de massas contra reais e alegados oponentes fez parte da revolução desde o seu início - e no Verão de 1918, Lenine, o líder da revolução, já exigia que os "elementos duvidosos" fossem encerrados em campos de concentração fora das principais cidades. Uma série de aristocratas, comerciantes e outras pessoas definidas como potenciais "inimigos" foram prontamente encarceradas. Em 1921 existiam já oitenta e quatro campos em quarenta e três províncias, a maioria destinada a "reabilitar" estes primeiros inimigos do povo.
A partir de 1929 os campos ganharam novo significado. Nesse ano, Estaline decidiu usar o trabalho forçado para acelerar a industrialização da União Soviética e para extrair os recursos naturais no extremo Norte da União Soviética quase desabitado. Também nesse ano, a polícia secreta soviética começou a controlar o sistema penal soviético, afastando aos poucos todos os campos e prisões do país do sistema judicial. Ajudados pelas detenções em massa de 1937 e 1938, os campos entraram numa fase de rápida expansão. No final dos anos 30, podiam ser encontrados em qualquer um dos doze fusos horários da União Soviética.

Ao contrário da crença popular, o Gulag não parou de crescer nos anos trinta, antes continuou a expandir-se durante a Segunda Guerra Mundial e nos anos 40, atingindo o seu auge nos primeiros anos da década de 50. Nessa altura os campos vieram a desempenhar um papel central na economia soviética. Produziam um terço de todo o ouro do país, a maioria do carvão e da madeira e uma grande parte de quase tudo o resto. No decurso da existência da União Soviética, foram montados pelo menos 476 complexos diferentes de campos, consistindo num total de milhares de campos individuais, cada um dos quais contendo entre poucas centenas e muitos milhares de pessoas. Os prisioneiros trabalhavam em praticamente todas as indústrias imagináveis - abate de árvores, minas, construção, trabalho fabril, agricultura, desenho de aviões e artilharia - e viviam, com efeito, num país dentro do país, quase uma civilização à parte. (...)

Desde 1929, quando o Gulag iniciou a sua principal expansão, até 1953, quando Estaline morreu, as melhores estimativas indicam que cerca de dezoito milhões de pessoas passaram por este sistema maciço. Cerca de outros seis milhões foram enviados para o exílio, deportados para os desertos do Cazaquistão ou para a floresta siberiana. Legalmente obrigados a permanecer nas suas aldeias de exílio, esses cidadãos também eram trabalhadores forçados, ainda que não vivessem atrás do arame farpado. Enquanto sistema de trabalho forçado de massas, envolvendo milhões de pessoas, os campos desapareceram, quando Estaline morreu. Embora ele tenha acreditado toda a sua vida que o Gulag era crítico para o crescimento económico soviético, os seus herdeiros políticos sabiam muito bem que os campos eram, de facto, uma fonte de atraso e investimento distorcido. Poucos dias depois da sua morte, os sucessores de Estaline começaram a desmantelá-los. Três grandes revoltas, a par de uma série de incidentes menores mas não menos perigosos, ajudaram a acelerar o processo.

Ainda assim, os campos não desapareceram todos. Antes, evoluíram. Nos anos 70 e 80 alguns foram reestruturados e passaram a funcionar como prisões para uma nova geração de activistas pela democracia, nacionalistas anti-soviéticos e criminosos de delito comum. Graças à rede de dissidentes soviéticos e ao movimento internacional pelos direitos humanos, apareciam notícias destes campos pós-estalinistas na imprensa ocidental. Gradualmente, passaram a desempenhar um papel na diplomacia da Guerra Fria. (...) Só em 1987 é que Gorbatchev - ele próprio neto de prisioneiros do Gulag - começou a desmantelar todos os campos de prisioneiros da União Soviética. Ainda que tenham durado tanto tempo quanto a própria União Soviética, e ainda que muitos milhões de pessoas tenham passado por eles, a verdadeira história dos campos de concentração soviéticos era até há pouco tempo muito mal conhecida. Até certo ponto, continua a ser desconhecida. (...)

Tomei consciência deste problema pela primeira vez há alguns anos, quando atravessava a Ponte de Carlos, uma grande atracção turística naquela que era então a Praga recém-democratizada. Havia vendedores de tudo ao longo da ponte e a cada passo alguém vendia precisamente aquilo que se espera encontrar à venda nesse cenário perfeito de bilhete-postal. Pinturas de lindas ruelas estavam em exposição, juntamente com jóias de ocasião e porta-chaves de "Praga". Entre o bricabraque, podia-se comprar toda a parafernália militar soviética: barretes, insígnias, fivelas de cintos e pequenos emblemas de lapela, as imagens de lata de Lenine e Brejnev que as crianças das escolas soviéticas um dia prenderam aos seus uniformes.
A visão abalou-me pela sua singularidade. A maioria das pessoas que comprava a parafernália soviética era americana ou da Europa Ocidental. Qualquer delas ficaria doente só de pensar usar uma suástica ao peito. Nenhuma recusava, no entanto, usar uma foice e um martelo numa "t-shirt" ou num boné. Era uma observação sem importância, mas, por vezes, é precisamente nos pormenores que um comportamento cultural é melhor observado. A lição não podia ser mais clara: enquanto o símbolo de um assassínio em massa nos enche de horror, o símbolo de outro assassínio em massa faz-nos rir.

Se existe uma falta de sentimentos acerca do estalinismo entre os turistas de Praga, ela é parcialmente explicada pela escassez de imagens na cultura popular ocidental. A guerra fria produziu James Bond e filmes de espionagem e caricaturas de russos como as que aparecem nos filmes de Rambo, mas nada tão ambicioso como "A Lista de Schindler" ou "A Escolha de Sofia". Steven Spielberg, provavelmente o mais bem sucedido realizador de Hollywood (goste-se ou não) escolheu fazer filmes sobre campos de concentração japoneses ("O Império do Sol") e sobre campos de concentração nazis, mas não sobre campos de concentração estalinistas. Estes não conseguiram cativar da mesma maneira a imaginação de Hollywood. A cultura elitista não se mostrou muito mais aberta ao tema. A reputação do filósofo alemão Martin Heidegger foi muito prejudicada pelo seu breve e aberto apoio ao nazismo, um entusiasmo que se manifestou antes de Hitler ter cometido as suas maiores atrocidades. Por outro lado, a reputação do filósofo francês Jean-Paul Sartre não sofreu o mais pequeno abalo por causa do seu apoio agressivo ao estalinismo durante os anos do pós-guerra, quando as provas irrefutáveis das atrocidades de Estaline estavam à disposição de quem as quisesse consultar. "Como não éramos membros do Partido", escreveu ele um dia, "não era nosso dever escrever sobre os campos de trabalho soviéticos; éramos livres de ficar à margem das querelas sobre a natureza do sistema, desde que não ocorressem coisas sociologicamente significativas." Noutra ocasião, Sartre disse a Albert Camus: "Como você, acho esses campos intoleráveis, mas acho igualmente intolerável o uso que todos os dias se faz deles na imprensa burguesa."

Algumas coisas mudaram desde o colapso soviético. Em 2002, por exemplo, o romancista britânico Martin Amis sentiu-se suficientemente sensibilizado pelo tema de Estaline e do estalinismo para lhe dedicar um livro. Os seus esforços fizeram outros escritores interrogarem-se sobre a razão pela qual tão poucos membros da esquerda literária e política abordaram o tema. Por outro lado, houve coisas que não mudaram. É - ainda - possível um académico americano publicar um livro sugerindo que as purgas dos anos 30 foram úteis na medida em que promoveram a mobilidade e ascensão de certos elementos, abrindo, desta forma, caminho para a perestroika. É - ainda - possível um editor literário britânico rejeitar um artigo por ser "demasiado anti-soviético". Bastante mais comum, no entanto, é a reacção de cansaço ou indiferença ao terror estalinista. Uma recensão que escrevi de um livro acerca das repúblicas ocidentais da antiga União Soviética nos anos 90 continha o seguinte período: "Aqui ocorreu a fome e o terror dos anos 30, durante os quais Estaline matou mais ucranianos do que Hitler matou judeus. Porém, quantos no Ocidente se lembram disso? Ao fim e ao cabo, a matança era muito maçadora e ostensivamente pouco dramática."

Tudo isto são pormenores: a compra de uma bugiganga, a reputação de um filósofo, a existência ou ausência de filmes de Hollywood. Mas juntem-nos todos e terão uma história. Intelectualmente, os americanos e os europeus ocidentais sabem o que aconteceu na União Soviética. (...) Apesar disso, para muita gente, os crimes de Estaline não inspiram a mesma reacção visceral que inspiram os crimes de Hitler. Ken Livingstone, um antigo membro do Parlamento britânico, hoje presidente da Câmara de Londres, esforçou-se uma vez para me explicar a diferença. Sim, os nazis eram "o mal", disse ele. Mas a União Soviética era "deformada". Esta visão reflecte o sentimento de muitas pessoas, mesmo as que não são esquerdistas fora de moda: de uma maneira ou de outra a União Soviética simplesmente se desviou para o mal, mas não estava errada na sua essência como estava a Alemanha de Hitler. "

Milho.

O milho é uma planta da família Gramineae e da espécie Zea Mays. Comumente, o termo se refere à sua semente, um grão cereal de altas qualidades nutritivas. É extensivamente utilizado como alimento humano ou ração animal.


É uma planta de origem americana, e já era cultivado antes dos Descobrimentos. É um dos alimentos mais nutritivos que existem.


Tem alto potencial produtivo, e é bastante responsivo à tecnologia. Seu cultivo geralmente é mecanizado, se beneficiando muito de técnicas modernas de plantio e colheita. A produção mundial de milho chegou a 600 milhões de toneladas em 2004.

Wikipedia.

Curiosidades.

1/ "O Instituto Nacional de Aviação Civil obrigou a Air Luxor a suspender a campanha promocional para a Madeira até que termine o processo de inquérito instaurado pelo regulador à empresa. O instituto ameaça a companhia com coimas que podem ir até aos 250 mil euros e com sanções como a suspensão da licença de transporte aéreo, divulgou o INAC em comunicado.

Em causa está a promoção nas tarifas para os passageiros que beneficiam do regime de subsídio ao preço do bilhete. O Estado paga 33% do preço de emissão dos bilhetes para a rota Lisboa/Funchal/Lisboa, no âmbito da fixação de obrigações de serviço público. Este pagamento é feito sobre o valor da tarifa normal para este destino das companhias aéreas que, no caso da Air Luxor, é de 98 euros.

2/ O Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC) proibiu hoje a Air Luxor de iniciar a operação para os Açores. Ao abrigo das novas regras de serviço público que entraram em vigor a 1 de Janeiro, são a SATA Internacional e a TAP as companhias autorizadas a assegurar em regime de "code-share" (partilha de voos) as ligações entre o Continente e os Açores, recebendo um subsídio por cada bilhete emitido. No entanto, a Air Luxor queria avançar para a exploração da rota entre a capital e a maior cidade açoriana sem qualquer tipo de indemnização compensatória, já que não pretendia cumprir as obrigações de serviço público estipuladas. A SATA e TAP foram as únicas duas empresas que apresentaram uma proposta conjunta para a operação que se iniciou a 1 de Janeiro deste ano.


Os tipos querem enganar o estado e a população aplaude.

sexta-feira, fevereiro 25, 2005

Há filhos que não conseguem ficar orfãos porque o pai está vivo

"«Ninguém consegue viver órfão com o pai vivo. O dr. Paulo Portas não morreu politicamente», diz João Pitta Maurício, dirigente do CDS. Que boas notícias ó Pitta! então o dr. Portas também é pai. E ainda por cima, vivo. Fica de pronto resolvida aquela questiúncula com o Louçã. Da próxima que o trotskista vier com os azeites e com alvitres do tipo «você não sabe o que é gerar uma vida e não sei quê», responda-lhe logo, doutor: - os meus filhos são a juventude centrista."

-AC-


Retirado do Alerta Amarelo.

Verdadeiras razões do terrorismo.

"Um ano passado sobre os atentados terroristas de 11 de Setembro, o dia que teria mudado o mundo, segundo vários especialistas se apressaram a informar os mais ignorantes, é curioso verificar como entre nós muito pouca coisa mudou. Lampedusa, no "Leopardo", já tinha antevisto este filme, e aconselhava prudentemente que «se queremos que tudo fique na mesma, é preciso que alguma coisa mude».

Muita coisa terá mudado positivamente, é certo, em particular em locais exóticos e distantes como o Afeganistão, mas o mérito não é nosso. Mudar o Afeganistão não está ao nosso alcance. Mas o que estaria ao nosso alcance, sem ser sequer necessário recorrer à força bélica, seria mudar a atitude complacente e "compreensiva" de grande parte da nossa inteligência nacional para com o terrorismo. Ou talvez não. Há coisas, como a estupidez, da qual Schiller dizia que contra ela «os próprios deuses se debatem em vão», que nem à bofetada se corrigem, como qualquer professor primário poderá atestar.

Fazendo o balanço do aniversário do 11 de Setembro, a ideia mais recorrente que os nossos pensadores mais conceituados produziram foi a de que o terrorismo não se combate bombardeando as suas sedes e exterminando os seus líderes, noção terrivelmente primária e belicista, mas combatendo as suas "causas": a fome, a miséria, o sub-desenvolvimento, a pobreza e a exploração. Sem pôr em causa a justeza da luta contra a pobreza, a miséria, o sub-desenvolvimento, etc., que parecem excelentes causas, o que ninguém conseguiu demonstrar foi a ligação entre a fome e o terrorismo. Pelo contrário, parte-se do princípio que esse é um facto demonstrado e óbvio, que não justifica um segundo de reflexão.

Mas será assim? Miséria mais fome será igual a terrorismo, da mesma forma automática como a soma dos quadrados dos catetos iguala o quadrado da hipotenusa? Então, porque é que não há movimentos terroristas "internacionais" nos dez países mais pobres do mundo, que são Moçambique, Tanzânia, Etiópia, Somália, Nepal, Serra Leoa, Uganda, Butão, Cambodja, e Guiné-Bissau? A maioria dos terroristas do 11 de Setembro, pelo contrário, são sauditas, um dos países mais ricos do planeta, e muitos deles, como Bin Laden, são aquilo que entre nós se chama de "filhos-família".

O terrorismo europeu, com a ETA no País Basco e o IRA no Ulster, também não se distingue por existir em regiões particularmente miseráveis. O País Basco é uma das regiões mais desenvolvidas e ricas da Europa, e o Ulster, por comparação com qualquer país africano, é o Ritz. A raiz do terrorismo contemporâneo, da Al-Qaeda, do IRA e da ETA, tem muito pouco a ver com a miséria, mas tudo a ver com a pobreza de espírito. As suas verdadeiras, e únicas, raízes não são a fome e o sub-desenvolvimento, mas a intolerância religiosa e o racismo. Não têm sequer, diferentemente dos movimentos terroristas dos anos 60 e 70 que existiam na Europa, ou dos palestinianos actuais, um alibi político para justificar a morte indiscriminada. São, pura e simplesmente, filhos do fanatismo religioso e do ódio racial.
"

José Júdice

Modesto desafio

Sr. Eng Sócrates, que tal o sr. e o ministro da Administração interna efectuarem algumas noites de patrulhamento nos bairros problemáticos de Lisboa?

Droga de país.

"No ano passado, a quantidade de droga apreendida em Portugal teve um aumento de 50% em relação a 2003, tendo o número de apreensões aumentado, também, em 2,4%. Os dados foram apresentados esta sexta-feira pelos representantes das diferentes forças policiais, no balanço anual do combate ao tráfico de estupefaciente."

Por isso há quem diga que Portugal é uma droga de país. Isto esquecendo a não apreendida.

A habitual tolerância.

"Especialistas em psicologia e psiquiatria defenderam hoje mais tolerância por parte das sociedades de acolhimento em relação aos imigrantes durante uma mesa-redonda promovida pelo Instituto de Psicologia Aplicada (ISPA) de Lisboa. "
É isso. Temos de ser ainda mais tolerantes com os imigrantes.

Castigo

"O presidente da Internacional Socialista, António Guterres, vai estar na próxima segunda e terça-feira em Bagdad, onde será o principal orador de uma conferência para ensinar os partidos iraquianos a construir um regime democrático."

Já há iraquianos a dizer "antes os maricanos a tal sorte". Coitados. É muito castigo.

"Bom" jornalismo.

"Desde quinta-feira à noite, também a norte de Bagdad, dez iraquianos, incluindo quatro elementos da resistência anti-americana, morreram em vários ataques. "
O habitual "bom" jornalismo nada tendencioso. "Resistência anti-americana"?????? Metem dó. A expressão já não se usa. São terroristas que matam crianças, mulheres e velhos iraquianos. É este jornalismo que fomenta o terrorismo.

Cova da Moura.

"Operacionais de investigação criminal da PSP prenderam, na madrugada de segunda para terça-feira, um dos homens suspeitos do cruel assassínio do agente Ireneu Dinis, abatido a tiro no bairro da Cova da Moura, Amadora, arredores de Lisboa. Várias pistolas-metralhadoras UZI dispararam contra o jipe da PSP. É de fabrico israelita, tem grande cadência de tiro, é pequena, fácil de manejar e utilizada em guerrilha urbana. A patrulha da PSP surpreendeu sem querer uma grande transacção de droga na Cova da Moura. Os traficantes tinham segurança – o que explica a grande capacidade de fogo. Há tempo que a Polícia Judiciária seguia os passos de um destes ‘barões’ do tráfico de droga: é um homem de origem cigana, também referenciado por negócios escuros com armas de fogo."
Claro que a pobreza explica as metralhadoras UZI. E o barão da droga, tal como foi denunciado pelos moços simpáticos do bairro é branco (branco cigano). E nós somos xenofonos porque estamos a dizer mal dum desses pobrezitos sem razão. Afinal o problema resume-se ao facto de os pais sairem de manhã para trabalhar e só regressarem de noite, deixando os filhos na rua, com alguns trocados para poderem comprar gelados e metralhadoras UZI. O que vale é que o Sócrates vai resolver o problema.
P.S. Porque é que apanharam o assassino? Para lavrarem um Termo de identidade e residência e informarem que já estava referenciado?

Injustiça.

"A Polícia Judiciária de Braga deteve ontem um homem de 35 anos acusado de tentativa de homicídio, à porta de um bar de diversão nocturna no centro da cidade de Braga. O crime teve lugar em Junho do ano passado. Mas só agora a PJ concluiu as investigações. O disparo foi efectuado por uma pistola de 7,65 mm, calibre proibido a civis,“por motivos fúteis” e só não atingiu o destinatário “por circunstâncias fortuitas."
Motivos fúteis e circunstâncias fortuitas? Isso não se diz. É desmotivador. Uma pessoa esforça-se e como paga ouve estas barbaridades. Não é justo.

quinta-feira, fevereiro 24, 2005

Texas.

"Um jovem de 14 anos foi atingido a tiro numa perna, na terça-feira à noite, na Quinta da Fonte, arredores de Loures. O disparo partiu de dentro de um carro que a PSP encontrou, minutos depois, na Quinta do Mocho, outro bairro do concelho. No bairro, garantem que há rivalidades entre a Quinta da Fonte e a Quinta do Mocho: “Os tiros servem para provar que um bairro é melhor que o outro”. Na passada semana, disparos vindos de um carro, na Quinta do Mocho, fizeram cinco feridos."
Cada vez mais emocionante este nosso país. Os nossos filhos têm agora a oportunidade de encontrarem uma bala perdida para poderem brincar aos feridos.

MAI e sindicatos da PSP divergem quanto aos polícias em falta.

"Para Daniel Sanches, só faltam 771 polícias. Os dois principais sindicatos consideram que há um défice de 4000 efectivos"


Público.

Fomos entrevistar o que pensa o vulgar cidadão sobre o assunto. Resolve-mos começar na Cova da Moura pelo Zéli subchefe de gang. Na sua opinião, as esquadras da Polícia da Damaia, Amadora e Alfragide têm polícias a mais. Como não têm mais nada que fazer, resolvem ir chatear a população do bairro impedindo a venda de pozinhos para a tosse e o assalto ás velinhas nas ruas. Segundo ele, o problema seria facilmente resolvido se fechassem as três esquadras. Opiniões igual tem Zenu o exterminador.

Resolvemos também entrevistar Kadu, futuro chefe de gang. Confessou-nos que adora apedrejar os carros polícias quando entram no Bairro de Santa Filomena e confessa que é um perito a conduzir Hondas alheios. Afirma que os polícias são o entrave ao negócio e consequente desenvolvimento do comércio no barro. A solução seria acabar com a polícia. Opinião idêntica tem o Lita conhecido como espanca velhotas.

Quanto aos velhinhos, crianças e mulheres que são diariamente assaltados e espancados nas ruas, decidimos não ouvir as suas opiniões, dado o seu racismo e xenofobia conforme as organizações beneméritas como o SOS Racismo com razão advertem.

Depois dessas opiniões, é notório que ambos não têm razão. Não há falta de polícias. Há excesso.

Chuva.

"A PSP do Porto deteve nove homens e duas mulheres que roubavam 382 guarda-chuvas de um armazém na Rua Justino Teixeira."
Espera-se a qualquer momento que chova e convém estar preparado. Pode chover muito visto que há não tem chuvido nada até ao momento.

Mera curiosidade.

As movimentações de dinheiro do Carlos Cruz são muito interessantes. Seria interessante ouvir a verdadeira explicação. Só por curiosidade.

Terceira candidatura.

"O vice-presidente do PSD, Rui Rio indicou, ontem que “há movimentações que podem conduzir” a uma terceira candidatura “ à liderança do partido, além de Marques Mendes e Luís Filipe Menezes."
Esperamos que seja melhor que as outras duas. Também não é difícil.

quarta-feira, fevereiro 23, 2005

Barco das malucas.

"É um passo que poucos antecipariam há uns anos. A Marinha britânica, que até 2000 proibiu a entrada ao serviço de militares que afirmassem a sua homossexualidade, vai lançar uma campanha publicitária destinada a recrutar elementos entre a comunidade "gay". "
Excelente ideia. Há que acompanhar a modernidade e acabar com aquela imagem do marinheiro viril. O novo marujo vai passar a ser um "homem" sensível, com tiques simpáticos e voz aflautada. Mais. Vai trocar a velha tatuagem no braço da âncora por outra a dizer "amor de pai" ou "amo clisteres". Já os estamos a ver, agarrados ao mastro grande com ar sonhador ou em bichina de pirilau para assoprar no apito do comandante.

Novidade.

"Um rapaz foi anteontem esfaqueado na cara por dois indivíduos que tentaram, sem sucesso, assaltá-lo, quando seguia no interior de um comboio entre as estações da CP de Santo Amaro de Oeiras a Paço de Arcos. A vítima recebeu tratamento hospitalar."

Viaje de comboio e ganhe uma tatuagem de borla. Brevemente com possibilidade de escolher o desejo.

Finalmente.

"São cinco, e foram descobertos por agentes da PSP de Lisboa no interior de um carro furtado. A perseguição foi imediata, tendo os jovens disparado duas vezes contra a Polícia – que ripostou – no decorrer da fuga. A viatura em que seguiam acabou por ser abandonada em Loures. Agentes da 3.ª Esquadra da Divisão de Investigação Criminal (DIC) da PSP de Lisboa, em patrulha na Rua da República do Paraguai, descobriram o Honda Civic, com os cinco indivíduos no interior, pelas 22h00 de anteontem. “A primeira reacção dos indivíduos [todos de raça negra, na casa dos 20 anos] foi de fugir desenfreadamente”, referiu ao CM fonte policial.De imediato se iniciou uma perseguição, tendo as duas viaturas saído, a alta velocidade, da zona do Lumiar. Poucos metros depois, na Estrada do Desvio, os jovens responderam a tiro à perseguição policial.“Um dos elementos do gang que ia no banco de trás do carro disparou dois tiros, sem consequências, que partiram o vidro do Honda. A PSP respondeu também com dois tiros mas eles não pararam

Já estavamos com saudades destas notícias. Há muito que não se ouvia nada e não é por falta de empenho dessa rapaziada. Aproveitamos para informar que já enviamos três mails: um para a Honda, outro para a carreira de tiro de Alcochete e outro para o oculista.

O da Honda foi no sentido de configurar os novos modelos com posição de atirador para facilitar a rapaziada.

O do carreira de tiro para essa rapaziada poder treinar convenientemente no intuito de obter melhores resultados.

Finalmente o do oculista para melhor a visão.

terça-feira, fevereiro 22, 2005

Se os candidatos fossem donos de uma mercearia (para recuperar o sorriso...)

Santana Lopes
Empregaria só mulheres.
Existiram um sem número de cartazes dizendo coisas como "Já viu quantas laranjas já vendemos esta semana?" ou "Já reparou que a mercearia está muito limpa?". Na entrada, um tapete com a cara de Sampaio permitiria às pessoas poder limpar os pés.
Todos os meses tinham direito a uma festa: da batata, da cenoura, do agrião.... O gel para o cabelo era vendido mais barato e a música ambiente seria seleccionada pelo Dj da Kapital. Posters de incubadoras fariam o décor juntamente com um da equipa do Sporting que ganhou a Taça na altura da presidência Santana.
A mercearia não teria nem lucro nem prejuízo.

José Sócrates
Contrataria mais de vinte empregados, porque sim... as clientelas têm sempre razão!
Far-se-iam estudos para saber que produtos vender.
Far-se-iam estudos sobre que produtos não vender.
Far-se-iam estudos para avaliar os estudos feitos previamente.
Finalmente, criar-se-ia uma comissão para decidir que estudos eram válidos.
Apesar de ser uma mercearia de bairro, os empregados teriam formação em inglês, árabe e russo.
O plano tecnológico mudaria tudo: ao invés de uma máquina registradora, uma computador com écran de flatscreen; substituindo os velhos preços em papel, écrans digitais mostrariam em vermelho vivo o preço do tomate; o aquecimento estaria a cargo de panéis solares, demonstrando uma política ambiental.
A decoração seria composta por posters de incineradoras e fotografias do próprio, sorrindo. Quando o dinheiro se esgotasse, e os bancos, os fornecedores e os empregados (nessa altura já cerca de 100) quisessem o seu dinheiro, Sócrates iria de férias para um sítio com pântanos, ou algo assim.
O mais importante de tudo seria utilizar, junto dos clientes, expressões como "confiança", "responsabilizante" e "inglês no básico", mesmo quando estes apenas desejavam o preço da uva mijona.
Para pagar tudo isto recorrer-se-ia a empréstimos bancários, e, se necessário, seria adiado o pagamento aos fornecedores.

Paulo Portas
Rezava-se o terço antes de abrir e depois de fechar.
Enormes retratos de Nossa Senhora alindavam as paredes.
Os empregados seriam todos brancos, católicos e de classe média. Os cremes de bronzear estariam em promoção permanente.
A mercearia daria lucro, mas este seria todo doado ao FBI-L ("Fundo para a Beatificação Imediata da Irmã Lúcia").

Jerónimo de Sousa
Mercearia colectivizada e ao serviço do proletariado.
Só se vendem três produtos: pão de ontem, vinho tinto e fita adesiva para calar as vozes dissidentes. Ocupar-se-iam as outras lojas do bairro. Todos os habitantes deste teriam que contribuir com uma taxa revolucionária para mandar vir bananas de cuba. Oferta do jornal Avante a todos os clientes.
Posters de Estaline, da Sibéria, de Saramago e da peça de revista à portuguesa em que a deputada Odete estivesse na altura.
Os empregados tratar-se-iam por camaradas e seriam incentivados à denúncia uns dos outros em troca de migas.
Antes, depois e durante o trabalho, seria incentivada a leitura das memórias eróticas de Lenine e do tratado de optometria de Cunhal "Olhe que não, olhe que não!"
Lucro: que ideia reaccionária própria de neo-conservadores e neo-liberais!!!

Francisco Louçã
Contrataria 1.000 empregados - tal número dever-se-ia às quotas, procurando evitar a discriminação das minorias... afinal, anões orientais homossexuais e transformistas nórdicos sofrendo de gigantismo também precisam de trabalhar.
Faria auditorias permanentes para saber se as maçãs tinham sido todas vendidas ou se alguém andava a dar dentadas na fruta.
Por cada quilo de bananas o cliente teria direito a um "vale 1 aborto".
Os empregados não podiam usar gravata mas tinham que fumar três charros por dia. A heroína seria vendido ao mesmo preço da farinha e ao lado desta para estimular confusões (afinal são dois produtos poeirentos brancos de uso doméstico). Música ambiente por qualquer banda cuja popularidade andasse por baixo (ex: Pedro Abrunhosa, Kussundulola). Só se venderiam produtos portugueses ou norte-coreanos (eventualmente alguns feijões da Albânia).
A Mercearia declararia guerra aos Estados Unidos.
Os empregados teriam direito a faltar sempre que alguém, em qualquer parte do mundo, se manifestasse contra fosse o que fosse.
Decoração com posters de Trotsky, de pornografia homossexual e de Michael Moore.
Não se venderiam laranjas por motivos ideológicos.
Seria tudo feito com a mão esquerda.
Lucro: o que é isso...?!?

Assim vai a justiça.

"Na parte da manhã, José Maria Martins alertou a juíza para o facto de Serra Lopes poder estar a sentir-se mal, dado que tinha a cabeça caída. O defensor de Cruz não gostou: “O doutor continua a ser mal educado”.


Martins: “Mal educado é o senhor, que ou se estava a sentir mal ou a dormir no tribunal.”

A juíza interrompeu logo a audiência e saiu da sala. Martins e Serra Lopes envolveram-se então numa disputa verbal, que só não chegou ao confronto físico, devido às prontas intervenções dos restantes advogados. Os dois causídicos informaram que o caso vai acabar na barra dos tribunais
."


CM.

Para uns os julgamentos fazem dormir, para outros é motivo de diversão.

Público

"Luís Marques Mendes ainda não anunciou a sua candidatura à liderança do PSD, mas já se começa a assistir a uma onda em seu favor. Ontem, militantes como Teresa Gouveia, Pacheco Pereira, Rui Carp e Macário Correia declararam sem reservas o apoio ao ex-ministro dos Assuntos Parlamentares de Durão Barroso."
"Mais uma vez o Público não diz a verdade. Nunca afirmei numa entrevista na Antena 1 que apoiava qualquer candidato à liderança do PSD, embora tenha elogiado a iniciativa de Marques Mendes que considero "corajosa". Mas fiz a distinção clara entre os dois actos - apoiar o candidato e apoiar a iniciativa - o que pelos vistos os jornalistas do Público não entendem porque não lhes facilita a notícia. Parece que não vale a pena fazer distinções, porque o jornalismo de bulldozer apaga tudo para nos dar o maravilhoso mundo a preto e branco. Como qualquer pessoa avisada espero para ver quais vão ser os candidatos que se vão apresentar para depois escolher, sem com isso deixar de valorizar o mérito de eles aparecerem. Felizmente o Abrupto ainda me permite ser dono da minha palavra a várias cores e não a preto e branco. "
Pacheco Pereira no Abrupto.

Temos esperança que o Público volte a ser aquele jornal em que se podia acreditar...

Dá gosto.

"Portugal está no pior dos cenários quantos às remunerações do trabalho na União Europeia: os seus salários são os mais baixos da Zona Euro, mas os seus custos do trabalho são demasiado altos para serem competitivos face aos novos membros da comunidade"
Felizmente que os impostos, gasolina, luz, água e tudo o resto é mais caro da europa. Dá gosto viver em Portugal.

Por curiosidade.

"Respirar pode ser fatal. De acordo com um estudo realizado pela Comissão Europeia apresentado ontem, em Portugal perdem a vida, todos os anos, cerca de quatro mil pessoas vítimas da poluição atmosférica. Valores que colocam o País no meio da tabela, à frente da Finlândia, Dinamarca ou Suécia. Barreiro, Coimbra, Estarreja/Avanca, Lisboa, Porto e Setúbal são as cidades onde a poluição atmosférica é superior. Os níveis mais elevados de PM10, pequenas partículas inaláveis, registaram-se, em 2004, na cidade de Setúbal, que registou excedência de PM10 em 91 dias (o máximo aceitável é 35 dias). A estação de medição da Avenida da Liberdade (Lisboa) registou 109 excedências, mas os valores máximos foram inferiores aos de Setúbal. Na Boavista (Porto) registaram-se 90 excedências. Em Coimbra registaram-se 81 dias de excedência e no Barreiro aconteceu o mesmo em 58 dias. De acordo com os dados do Instituto do Ambiente, os valores mais altos de concentração de ozono foram em Avanca, Antas (Porto), Barreiro, Centro de Lacticínios (Porto), Lamas de Olo (V.Real) e Leça do Bailio."

CM

Irresponsabilidade????

"O ministro da Administração Interna respondeu esta segunda-feira, tal como havia prometido, ao apelo dos sindicatos de polícia à deposição das armas como forma de protesto após a morte brutal de um agente no Bairro Cova da Moura, Amadora. "Irresponsável", foi a resposta de Daniel Sanches."
O Sr. Ministro está de saída e ainda bem. Num país em que os polícias não podem usar as armas, qual é a diferença entre andar com elas ou não andar? Só se for para aproveitar o peso das armas e fazer culturismo, tornando os polícias musculados sem irem ao ginásio.

segunda-feira, fevereiro 21, 2005

Comentário a uma leitora.

Comentando um comentário da nossa leitora Manela que disse:

"Influenciados pela cultura violenta da América negra, a juventude segue fielmente as suas pisadas."...teve muita graça mesmo.Começo agora a aperceber-me do seu grande sentido de humor. Parabéns meu amigo.

P. S.: Será esta cultura violenta da América negra (é dos USA que fala, não é?) que leva a democratica América branca a andar à porrada com/em todo o Mundo?

P.S.II: ... e não consigo parar de rir.

Desculpe lá mas você tem muita piada quando quer
."

Seria melhor, antes de falar, documentar-se um pouco: A associação aos ‘gangs’ norte-americanos é inevitável para investigadores e jovens, cada um, claro, à sua maneira. A música, com letras violentas, críticas e agressivas, é o rosto de todo um estilo de vida. Puff Daddy e Snoop Doggy Dog são dois nomes de um universo de luxo, mulheres bonitas, jóias e armas, tudo reunido em vídeos musicais. As roupas são das melhores marcas, mas podem também funcionar como uma marca específica dos elementos do grupo.

Como sabe, os emigrantes vieram para Portugal, naturalmente á procura de melhorar o seu estatuto mas na realidade continuam pobres. Esta situação de frustração em relação às expectativas ganha mais expressividade na 2ª geração que não aceita as condições de vida dos pais e aspiram a uma vida melhor, representando assim um potencial de instabilidade. Os filhos parecem de alguma forma destinados perpetuar o estatuto social dos pais, existindo grande insucesso escolar e abandono ao nível da escolaridade mínima. Enquanto não entram no mercado de trabalho ficam sujeitos aos apelos da marginalidade. Afirmam-se pela sua africanidade, pintando graffittis constituindo grupos de “rap” mas também de gangs.

Estamos inequivocamente face a um problema em crescimento. Nas grandes metrópoles, e designadamente em certas escolas dos subúrbios, o fenómeno da violência e delinquência tende a assumir contornos de algum dramatismo. Portugal, ao integrar-se nos espaços de "vanguarda" (mais económicos que culturais), numa época de mobilidade e circulação sem limites, tem inevitavelmente "importado" o verso e o reverso. Uma fatalidade, afirmam uns. O preço a pagar pelo desenvolvimento, contrapõem outros. Um fenómeno dos nossos tempos, comum à generalidade das modernas sociedades urbanas, parece merecer o consenso. Daí o sentimento generalizado que o problema tem tendência a agravar-se com a «globalização». E talvez por isso, pouco se crê na eficácia das medidas (mais policiais que sociais) anunciadas pelos governos ou propostas pelas oposições. O aumento deste fenómeno em Portugal , tem evidenciado a incapacidade de aprender com «o que se passa lá fora» e, consequentemente, em antecipar cenários de prevenção. Agimos mais por reacção do que por antecipação. A desculpa de que o fenómeno está longe de atingir, entre nós, os valores dos países que nos servem de referência, tem apenas favorecido o adiamento daquilo que merece ser encarado com seriedade, profundidade e firmeza.

Resumindo. De onde vem a cultura do Graffitti, RAP do Gang? Da América claro. Confundindo alhos com bugalhos, pode vir com a habitual anti-americanada do imperialismo americano mas isso já não pega



P.S. 1/ Qual é o mundo que a América branca anda "à porrada"?

2/ Pode continuar a rir que não me chateio. Na parte que me toca, por respeito e pena, não vou rir.

Sócrates.

O nome Sócrates lembra-me o filósofo grego cuja vida continua a ser um enigma, o que não o impede de ser considerado o símbolo por excelência do filósofo. Sócrates não escreveu nenhuma obra, porque atribuía pouco importância à escrita. A única coisa em que acreditava era no diálogo, através de perguntas e respostas como meio de atingir a verdade, o bem e a justiça. Tinha uma vantagem: a sua sabedoria residia na consciência dos limites do seu próprio saber, numa tomada de consciência do próprio não saber. Só aquele que tem consciência da sua própria ignorância procura o saber. Aquele que julga que tudo conhece, contenta-se com o saber que possui.

Entretanto, a liberdade de seus discursos, a feição austera de seu caráter, a sua atitude crítica, irônica e a conseqüente educação por ele ministrada, criaram descontentamento geral, hostilidade popular, inimizades pessoais, apesar de sua probidade. Diante da tirania popular, bem como de certos elementos racionários, aparecia Sócrates como chefe de uma aristocracia intelectual. Esse estado de ânimo hostil a Sócrates concretizou-se, tomou forma jurídica, na acusação movida contra ele por Mileto, Anito e Licon: de corromper a mocidade e negar os deuses da pátria introduzindo outros. Sócrates desdenhou defender-se diante dos juizes e da justiça humana, humilhando-se e desculpando-se mais ou menos. Tinha ele diante dos olhos da alma não uma solução empírica para a vida terrena, e sim o juízo eterno da razão, para a imortalidade. E preferiu a morte. Declarado culpado por uma pequena minoria, assentou-se com indômita fortaleza de ânimo diante do tribunal, que o condenou à pena capital com o voto da maioria.

Tendo que esperar mais de um mês a morte no cárcere - pois uma lei vedava as execuções capitais durante a viagem votiva de um navio a Delos - o discípulo Criton preparou e propôs a fuga ao Mestre. Sócrates, porém, recusou, declarando não querer absolutamente desobedecer às leis da pátria. E passou o tempo preparando-se para o passo extremo em palestras espirituais com os amigos. Especialmente famoso é o diálogo sobre a imortalidade da alma - que se teria realizado pouco antes da morte e foi descrito por Platão no Fédon com arte incomparável. Suas últimas palavras dirigidas aos discípulos, depois de ter sorvido tranqüilamente a cicuta, foram: "Devemos um galo a Esculápio". É que o deus da medicina tinha-o livrado do mal da vida com o dom da morte. Morreu Sócrates em 399 a.C. com 71 anos de idade.

E o Sócrates do sec. XXI?

Tirado daqui.

Dúvida.

A comunicação social não devia ter mais respeito pelas figuras públicas do país? Especialmente quando se trata de governantes?

Breves.

"À semelhança do que aconteceu no Bairro da Cova da Moura, também um carro-patrulha da PSP de São João da Madeira foi atingido na madrugada de ontem por disparos oriundos de uma viatura furtada onde seguia um grupo de assaltantes. O veículo ficou com marcas de duas balas, uma no pára-brisas e outra no pára-choques da frente, mas nenhum dos elementos policiais foi alvejado."
Ficamos descansados por saber que os polícias não foram alvejados apesar de estarem do outro lado do pára-brisas que foi alvejado. Imperdoável.
"Um agente da PSP da Cruz de Pau, Seixal, foi, pelas 13h00 de ontem, violentamente agredido por um grupo de três jovens que surpreendeu a tentar roubar um carro junto aquela esquadra. Quando o agente os tentou deter, os delinquentes reagiram ao murro e pontapé, deixando-o ferido no nariz, o que o obrigou a receber tratamento hospitalar. Os agressores fugiram mas, segundo apurou o CM, estão já “referenciados” pela PSP."

Roubar um carro junto à esquadra? Os jovens deviam ser condecorados. Não é qualquer pessoa que consegue essa proeza. De qualquer forma ficamos também contentes por saber que os delinquentes estão já referenciados. Vai ajudar muito.
"Anteontem, junto à estação da CP da Damaia, um agente da PSP da Amadora foi agredido, com uma arma branca, por um grupo de três indivíduos. O elemento da PSP, pertencente ao piquete da Divisão da Amadora, estava de patrulha à estação com outro colega quando foi insultado por um rapaz de 15 anos. À discussão depressa se juntaram dois familiares do menor, que se envolveram em luta com os agentes. Um dos patrulheiros foi ferido, com uma faca, na cara e numa mão, mas sem gravidade."
O rapaz fazia parte da marcha de sucesso pela paz na Cova da Moura. Mas isso foi ontem e ele já se "esqueceu".
"Quatro mortos e quase 2799 feridos são os números negros da violência registada pela Direcção Nacional da PSP sobre os seus agentes, desde 1999. Um número que, segundo os sindicatos, peca apenas por defeito. “Temos conhecimento de vários colegas que são agredidos e que não denunciam a ocorrência”, disse Alberto Torres, presidente da Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP), ressalvando que “este número pode não ser significativo”.
Como dizia um leitor deste Blog não são números significativos. No Iraque morrem mais polícias... Enfim, mentalidades que colocam este país no lugar merecido: a cauda da europa.

Mortinhos por votar.

"Pelo menos 424 portugueses falecidos receberam cartões de eleitor para votarem nas eleições legislativas portuguesas de hoje, no Rio de Janeiro, escreve o jornal O Dia. "

Agraciado mal agradecido.

Joaquim Chissano foi à Universidade do Minho receber um doutoramento "honoris causa" e aproveitou para dizer que Portugal devia pedir desculpa a Moçambique pela escravatura. Bom. Para começar sempre achámos que os doutoramentos tal como as condecorações têm sido atribuídos à toa, ou seja, a qualquer um. Depois achamos um delírio esta descarada tentativa de absolvição de trinta anos de desgoverno da Frelimo que colocou Moçambique na miséria conhecida. Ainda por cima proferida por um “convidado agraciado”.

Cuidado...

«Não me custa muito a acreditar que perante a pressão dos militantes e do aparelho do CDS neste momento obriguem Paulo Portas a reconsiderar e é possível que Paulo Portas suceda a Paulo Portas»

Narana Coissoró.

Será um golpe de mestre para promever o regresso do melhor dos Paulos Portas: o Paulinho das Feiras?

Ficamos assim.

"A abstenção nas eleições legislativas de ontem caiu 2,68 pontos percentuais relativamente às eleições de 2002, diminuindo de 37,66 para 34,98 por cento, segundo dados do Secretariado Técnico dos Assuntos para o Processo Eleitoral (STAPE).

Nas legislativas de 2002, em eleições ganhas pelo PSD, dos 8.715.630 eleitores inscritos no país deslocaram-se às urnas 5.433.190, o que representou uma taxa de participação de 62,34 por cento, segundo dados do STAPE. Nas eleições de ontem, e excluindo também a votação nos círculos da Europa e Fora da Europa, a afluência subiu para os 65,02 por cento, já que, em 8.784.702 inscritos, exerceram o seu direito de voto 5.710.440 eleitores.

Também os votos brancos e nulos cresceram nestas eleições, comparativamente a 2002. Ontem, 1,81 por cento dos eleitores que se deslocaram às urnas (mais de 100.000), votaram em branco, contra 1,01 em 2002, e 1,12 por cento votaram nulo, contra 0,93 há três anos
."

Público

domingo, fevereiro 20, 2005

Castelo dos Mouros.

O Castelo dos Mouros situa-se em Portugal num dos cumes da Serra de Sintra e é um dos marcos da presença árabe na região durante mais de quatro séculos. Ao monumento, visível já da Vila de Sintra, acede-se subindo a Rampa da Pena, um caminho sinuoso que corre pelo interior da serra e que vai fornecendo acesso a outros monumentos e estruturas de interesse histórico. Este espaço foi sendo, ao longo dos séculos, não só cunhado de obras de valor artístico e histórico como também pelos mais variados espécimes botânicos, muitos deles de carácter raro e exótico. Sobranceiro à vila, o castelo destaca-se pela sua implantação num maciço rochoso que se revelou extremamente útil na caracterização do castelo como fortaleza intransponível. Das suas muralhas obtém-se a vista previlegiada de toda a sua envolvência rural que se estende ao oceano Atlântico e que exacerba a noção de isolamento do castelo.

Wikipedia.

sábado, fevereiro 19, 2005

Campanha eleitoral.

A campanha eleitoral acabou e não deixou saudades. Antes pelo contrário. A sua longevidade excessiva originou um custo acrescido e uma diminuição de qualidade. Ao contrário do que se chegou a temer, se ela não foi assim tão má, os rumores, boatos e querelas resultantes de ataques mais ou menos directos e deselegantes substituíram o confronto de ideias e propostas entre os candidatos, capaz de mobilizar e empolgar os eleitores.

A realidade é crua. Os políticos vêm baixando de qualidade, quer em termos de competência, quer em termos de ética e moral e isso reflectiu-se nesta campanha. Apesar da crítica leve que mereceu, ninguém parece aceitar que esses políticos são o espelho do país e a imagem de falência deste tipo de democracia. O país perdeu a noção dos poucos valores morais que tinha. Actualmente a liberdade é confundida com a impunidade e o sentido de responsabilidade e responsabilização evaporaram-se totalmente, transformando o conceito de cidadania em oásis.

Jorge Sampaio apelou ao voto na televisão atribuindo-lhe "uma importância acrescida". Ele sabe perfeitamente que também está a ser referendado. Ao optar pelas eleições antecipadas com o argumento do governo estável, capaz de dar uma imagem de competência que a coligação Santana Portas não conseguiu, Sampaio torce para que o seu PS obtenha a necessária maioria para garantir essa estabilidade. Se tal não acontecer, Sampaio ficará politicamente ferido de morte.

Quanto às eleições em si, estas são as mais atípicas de sempre. Com o efeito, nunca o número de indecisos foi tão grande. Por outro lado, o número da abstenção ameaça tornar-se o segundo “partido” mais votado. Uma coisa é preciso não esquecer e a comunicação social estrangeira está farta de frisar: o país precisa desesperadamente de um governo competente que o retire do abismo para aonde caminha.

Filhos de um Deus menor?

Não costumo comentar os comentários que são colocados no Blog mas este não posso deixar passar. Diz o leitor Azevedo que os polícias mortos em serviço são em número reduzido. Caro amigo. Um polícia não é um soldado em acção numa guerra e como tal, a sua morte em serviço não encontra qualquer justificação. Mas mais aberrante é, aposto eu, que o meu amigo foi contra o envio da GNR para o Iraque. Se os GNRs não podiam morrer no Iraque, com a violência que se sabe, porque podem morrer em Portugal, país em paz? Como a política é cega.

Outro exemplo.

"Um homem de 25 anos, que desde Novembro do ano passado se dedicava a arrombar máquinas de venda de tabaco em cafés de Sines e Santiago do Cacém, foi anteontem detido pela GNR, em Santo André. Segundo esta força de segurança, o assaltante, que durante a tarde de ontem foi presente a tribunal, terá confessado após a sua detenção a autoria de três dezenas de assaltos."

Nova geração.

"Um grupo organizado suspeito de ter furtado no último ano mais de uma centena de veículos, na maioria das marcas Fiat Uno e Lancia Y10, foi desmantelado pela PSP da Marinha Grande, que deteve nove indivíduos, entre os quais o alegado cabecilha do gang, com cadastro por furto. Desde Dezembro último que a PSP estava a investigar a actividade do grupo, constituído por oito rapazes e uma rapariga, com idades entre os 17 e 23 anos e sem ocupação profissional, residentes em Leiria, Marinha Grande, Fátima e Soure. O grupo é suspeito da prática de furtos de veículos e do seu interior, receptação, furto qualificado em escolas, lojas e colectividades, condução ilegal, tráfico de estupefacientes e dano qualificado, por terem incendiado alguns veículos.Os crimes terão sido praticados em Leiria, Marinha Grande, Ourém, Tomar, Caldas da Rainha, Castelo Branco, Figueira da Foz, Montemor-o-Velho, Pombal, S. Pedro de Moel e Peniche."

Furtaram mais de uma centena de carros num ano? Não há dúvidas que está a nascer uma geração de sucesso no país e estes jovens empresários são o exemplo gritante disso. Atrevemo-nos a afirmar que serão ainda melhores que a “geração rasca”.

sexta-feira, fevereiro 18, 2005

O voto.

"Uma sondagem publicada hoje aponta o Bloco de Esquerda como a terceira força política em Portugal: de três representantes na Assembleia, podem saltar para oito a 12 deputados. Custa acreditar que os questionados que contribuíram para este incrível resultado eleitoral tenham lido o programa do Bloco de Esquerda. Se leram, o país está doente.

O programa oficial é claro, apontando 10 prioridades para os primeiros 100 dias de governação: (1) avançar com um plano de emergência para a criação de emprego via investimento (público?); (2) alterar a lei do aborto; (3) reintegrar os hospitais SA no sector público; (4) retirar o investimento público da contabilização do défice; (5) levantar o segredo bancário; (6) legalizar imigrantes; (7) retirar a GNR do Iraque; (8) suspender os exames do 9º ano; (9) limitar a concentração na comunicação social e (10) limitar a imposição da prisão preventiva. Avaliação? Quatro querem dar ainda mais peso ao Estado (a 1, 3, 4 e 8) e duas são absolutamente demagógicas (a 5 e 7). Sobram outras quatro, que merecem ser discutidas: alterar a lei do aborto, legalizar os imigrantes, limitar a concentração na comunicação social e moderar as prisões preventivas. Nenhuma delas, porém, contribui para resolver o verdadeiro problema do país: estimular o crescimento potencial da economia (ou seja, encontrar formas de maximizar todos os recursos disponíveis no país). Os bloquistas, portanto, sugerem que ocupar 100 dias (um terço de uma legislatura) a implementar estas medidas significa “tempo de viragem”. Preocupante. Mas é este o partido a que os portugueses parecem querer dar força.

Um esclarecimento: não existe, aqui, qualquer complexo anti-esquerda. Pelo contrário. Boa parte das respostas verdadeiramente eficazes que o mundo vai dando à equação crescimento económico/justiça social surgem, justamente, na social democracia (onde estão PS e PSD) – soluções simples, de gente que não acredita em modelos universais e já reconheceu (há muito) as vantagens da economia de mercado.

Mas o Bloco é diferente: anti-capitalista primário, adepto da verdade única (o verdadeiro fascismo intelectual), confia apenas nos “iluminados” que o representam. O Estado é apenas uma extensão de si próprio, e igualmente totalitário – gerando essa máquina trituradora que matou com a guilhotina em França, exterminou nos ‘gulags’ e assassinou milhões nos campos de concentração nazis. Se as sondagens estão certas, não há juízo. Fica, mesmo assim, o apelo: votem livremente, mas não esqueçam o que disse Vitor Bento: “Um partido anti-capitalista não merece crédito num país capitalista. "


Martim Avillez Figueiredo

”mafigueiredo@economicasgps.com

A escolha.



Enganar o povo.

"É costume dizer-se que os extremos se tocam, mas em política parece mais acertado afirmar que os extremos se trocam. Esta foi, pelo menos, a opção de dois cidadãos que hoje aproveitaram a acção de rua do Bloco na baixa de Lisboa para dizer a Louçã que vão transferir o seu voto do CDS-PP para o Bloco de Esquerda (BE)."
O truque é muito velhinho. Paga-se a meia dúzia de tipos para aparecerem em frente às TV a fazer propaganda e o povo acredita que é verdade. Quem vota CDS-PP nunca votaria Bloco de Esquerda. Mais. Se tivermos em conta que o partido do Portas está em crescendo como pode isso acontecer?

Portugal visto de fora.

"Portugal atravessa a pior crise económica e política desde a revolução dos cravos. Traídos, frustrados e abandonados por dois dos seus primeiros-ministros eleitos – António Guterres e Durão Barroso - os portugueses, perplexos, preparam-se para votar ou em partidos e políticos que não lhes merecem confiança, ou para se absterem. Nem o líder do PSD nem o secretário-geral do PS têm capacidade para tirar Portugal da crise"

Der Spiegel.

Promessas.

"O jornal O Independente será um dos grandes derrotados das eleições de domingo", declarou Pedro Silva Pereira, antes de adiantar que "o PS vai colocar uma acção em tribunal" contra o semanário."
Confessamos que gostaríamos de ver os resultados dessa acção. Mas, como sempre, deve ficar em águas de bacalhau ou no segredo dos Deuses.

Marcha pela Paz" foi "sucesso de participação".

"Eduardo Pontes, presidente da Associação Cultural Moinho da Juventude (ACMJ), entidade organizadora da "Marcha pela Paz", realçou que a acção foi muito participada, tendo começado às 15:30 com umas cem pessoas e terminado uma hora depois com umas 150. Cerca de 80 crianças entre os três e os cinco anos, ostentando o uniforme azul da creche da ACMJ, deram um colorido muito especial à "Marcha pela Paz", tanto mais que muitas delas levavam nas mãos rosas brancas."
Também achamos que foi um sucesso. Das 100 pessoas, 80 eram crianças. Estavam lá também uns bacanos que gentilmente cederam uns produtos para o pessoal recordar o período “Peace and Flowers”. Houve outros, mais brincalhões, que esconderam algumas carteiras, devolvendo-as no fim da marcha com uma nota “foi uma brincadeira”. Para aumentar o realismo, tiveram o cuidado de não devolver o dinheiro que estava nelas. Como era dia de trabalho, os muitos desempregados que enchem as ruas do bairro resolveram ficar em casa, pensando assim contribuir para o sucesso da marcha.

Ficamos à espera.

"A Polícia Judiciária (PJ) voltou hoje a negar que José Sócrates seja suspeito de envolvimento no caso "Freeport de Alcochete" e assegurou que um documento hoje reproduzido no jornal O Independente sobre o assunto "não faz parte integrante de qualquer processo"."
O MP já tem trabalho. Ou será que os jornalistas estão acima da lei?

Resposta a uma pergunta (I)

Anonymous said... E eu dou-lhe publicamente as boas vindas.
Acha que o Independente faz jus ao nome que tem?
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Obrigado pela simpática recepção!
Quanto à sua pergunta, a melhor resposta é dada no estatuto editorial apresentado no 1º número: (cito de memória... e a mais de 15 anos de distância) Independente não quer dizer neutro ou imparcial... mas exige um compromisso sério com a verdade!No caso em apreço, o ediorial da Directora, a reproduçao dos documentos para confronto e "estórias" que, sobre o assunto, soube há mais de 3 anos (muito antes do Eng. Sócrates se ter tornado líder do PS - e, nessa altura, ele até anunciava que lhe faltava a ambição e a vocação para ser PM...), por tudo isto (e muito mais) sei bem o que se deve fazer no domingo... e porque, na sexta-feira, voltarei a comprar o Indy... e não o Expresso.
Espero ter respondido.
Mas, já agora, deixe-me perguntar-lhe: acha sério e uma mera coincidência, que todos os media do grupo "Impresa" não toquem no assunto? Que o jornalista destacado pela SIC para acompanhar o Dr. Paulo Portas seja o genro do Dr. Ferro Rodrigues? E também que a repórter destacada pela RTP seja a filha da Dra. Fátima Felgueiras!

Podíamos continuar...

Naturalmente, serão coincidências, mas, convenhamos: são coincidências muito... convenientes!!!

Para meditar.


Marcha pela paz?

"A Moinho da Juventude, uma associação de moradores do bairro da Cova da Moura, na Amadora, promove esta sexta-feira, pelas 15:00 horas, uma Marcha de Paz, na sequência dos acontecimentos de quinta-feira que vitimaram mortalmente um agente da PSP."
Marcha pela paz? Estamos em guerra? De qualquer forma a polícia podia aproveitar para prender muitos dos mafiosos procurados durante a marcha. Eles vão lá estar quase todos.

Para meditar II.

"O primeiro ano de liberalização dos combustíveis em Portugal foi melhor negócio para as petrolíferas do que para os cofres do Estado, face ao que se verificou na União Europeia e a avaliar pelos dados da Autoridade da Concorrência. "

Portugal no seu melhor.

"Um político tem de ser grande na vitória e na derrota."

Francisco Louçã.

Para memória futura.

"Damaia, Fevereiro de 2002: um agente da PSP tenta inteirar-se dos pormenores relativos a um ligeiro acidente de viação e é abatido com vários tiros de pistola. Ponte sobre o rio Guadiana, Vila Real de Santo António, Novembro de 2003: a polícia tem uma barreira montada para deter uma viatura suspeita. O carro aproxima-se e, em vez de se deter, atropela mortalmente um subchefe da PSP. Freixo de Numão, Vila Nova de Foz Côa, Setembro de 2004: dois guardas da GNR são abatidos a tiros de caçadeira e pistola depois de tentarem deter indivíduos que estavam a efectuar disparos numa festa popular. A morte violenta de agentes policiais em Portugal acontece todos os anos. "Por vezes até é de admirar que não morram mais, tantas são as vezes que disparam contra nós, que nos atacam com facas e à pedrada. Chegam a virar-se ao murro e pontapé", conta um agente da PSP a prestar serviço na zona da Amadora, onde ontem foi abatido mais um polícia. Em Dezembro deste ano, em Chelas, Lisboa, a situação relatada no parágrafo anterior esteve prestes a tornar-se em mais uma história de morte. Algumas dezenas de jovens cercaram os agentes da PSP que ali circulavam e alvejaram-nos com diversos tiros de caçadeira. Dois polícias
ficaram feridos.
"

Público.

Mais Louçã.

"O discurso ficou quase sempe a meio caminho entre o protesto e o desejo de influenciar a governação. Louçã não esclareceu muito bem quando será a altura de passar para o outro lado da bancada. Revelou ainda alguns tiques a evitar - a irritação com o "fenómeno" Jerónimo de Sousa e, embora menor, o episódio em que evitou Manuel Monteiro não foi um exemplo da apregoada tolerância."
O Jerónimo de Sousa foi uma agradável surpresa que vai roubar/recuperar votos ao Bloco. É natural que o «apóstolo da mentira» se enerve.

Se começamos assim...

Para ler e reflectir... para melhor escolher no domingo!

Depois da detenção e constituição como arguidos de Pinto da Costa (enquanto Presidente de um clube campeão nacional, europeu e mundial de futebol) e do Dr. Paulo Pedroso (enquanto Deputado), ou a prestação de testemunho dos Drs. Paulo Portas (então ministro de Estado e da Defesa Nacional) e Ferro Rodrigues (então líder do PS), vamos lá ver se não nos vai calhar ter um Primeiro Ministro numa situação... embaraçosa!
Vamos a ver quem terá vergonha na cara e repetirá, no domingo, que alguém será escolhido para tutelar a PJ apenas para impedir uma investigação... ainda que, no caso das "modernices" (e iludidas) teses "canhotas", quando o XVº Governo tomou posse o processo já se estava na fase de acusação... um "poucochinho" depois... e, exclusivamente, dependente de um órgão independente, a PGR!
(aproveito para, publicamente, agradecer o convite e a oportunidade de participar neste blog)

Sondagem.

As sondagens que tem atribuído a maioria ao PS estão a dar efeito contrário ao pretendido. Muitos dos indecisos decidiram votar no PSD. Nisto tudo, temos curiosidade em comparar a votação do BE com as sondagens.

quinta-feira, fevereiro 17, 2005

Brincadeira.

"Um grupo islâmico desmantelado, em França, tinha planos para atacar a Torre Eifel. Os três suspeitos foram detidos no passado mês em Paris, confirmaram fontes da investigação."
Essa é boa. Tal como a Espanha, a França é aliada e amiga do Bin Laden. Não se compreende a notícia. Só pode ser brincadeira.

Forçã Louçã.

"Francisco Louçã desafiou Bagão Félix a discutir o tema das “mentiras”, em resposta ao facto de o ministro das Finanças se ter referido a ele como sendo um “apóstolo da mentira”, na sequência das suas intervenções no debate entre os líderes dos cinco maiores partidos realizado na passada terça-feira na RTP."

O homem queria continuar a mentir na TV e o Bagão não vai na conversa. Está mal. Até porque o Louçã começa a divertir o pessoal com as incoerências. É um grande actor que os palcos perdem. Atrevemos a dizer, que Hollywood perde. Força Louçã, Gepeto deve estar contente pelo seu filho.

Política de avestruz.

"O primeiro-ministro, Pedro Santana Lopes, lamentou já a morte do agente da esquadra de Alfragide e rejeitou as críticas lançadas pelos sindicatos de Polícia ao governo, afirmando que “nos últimos anos têm sido dadas condições de segurança aos polícias”. Para o governante, o problema não está na Polícia, mas na falta de segurança no bairro da Cova da Moura, onde as pessoas não têm condições de vida. “As condições de vida das pessoas no bairro têm de ser melhoradas”, alegou, acrescentando que ninguém deve fazer “qualquer aproveitamento daquilo que pode acontecer em qualquer cidade do Mundo”.
Santana Lopes tem toda a razão. Facilmente esta tragédia podia acontecer em Bagdad, Cabul, Rio de Janeiro, etc. Não acontece em qualquer capital de um país civilizado mas Portugal não faz parte desse lote tal como Santana faz questão de frisar. Ao menos Paulo Portas esteve bem ao afirmar:
"Quando um polícia perde a vida em serviço, significa que há em Portugal um problema de criminalidade sério"
Esta sim é a verdade. E está na hora de fazer alguma coisa antes de isto se transformar num Texas.

Executado.

"O carro patrulha no qual seguia o agente da PSP baleado mortalmente na madrugada desta quinta-feira no bairro da Cova da Moura, na Amadora, foi atingido por 29 tiros, pelo menos foi esse o número de cartuchos descobertos pela Polícia Judiciária (PJ) que já se encontra no local."
29 tiros???!!!! O homem foi EXECUTADO a sangue-frio. Ainda bem que o Ministro acha que a criminalidade diminuiu. Portugal continua no bom caminho e recomenda-se.

quarta-feira, fevereiro 16, 2005

Partamos para eleições em base zero (para que Portugal não volte atrás…)

"Esta terça-feira, decorreu o único debate entre os líderes dos principais partidos. Dele houve um claro vencedor: o bloco do centro-direita! Mas, no entanto, as sondagens (Ai,… as sondagens!) parecem indicar um sentido de voto penalizador da actual maioria. Aquela a quem coube a responsabilidade de governar o País durante esta infernal travessia do pântano – o mesmo que assustou e provocou a vergonhosa debandada da “tralha guterrista”… ora ávida de recuperar posições no governo de um País que reputam em crise!

Os socialistas dizem – ou confessam… – que o resultado que julgam poder obter neste Domingo será «não a favor do PS, mas essencialmente contra o Governo actual». Ora essa seria a última das razões invocáveis: será que se pode olhar para estes 6 meses (ou mesmo, 2 anos e meio) e, honestamente, culpar este Governo pelos males dos – pelo menos – últimos 30 anos?!? E quem, acusadoramente, aponta o dedinho? Os líderes e os maiores responsáveis políticos nesses 30 anos! E porque ninguém lhes pergunta onde esteve guardada tanta “competência” que não a vislumbrámos nos tempos em que, democraticamente, o Povo neles depositou as suas esperanças… e o Poder? Qual a solução que propõem e quem sugerem que seja o protagonista? E porque será que (quase) todos os “senadores” são unânimes na sugestão… e, todos eles, co-responsáveis governativos no passado recente do País?

O debate desta terça-feira demonstrou que a “esquerda”, o PS e o Eng. Sócrates não estão preparados para governar Portugal. O PS não porque as suas propostas mais não são que vacuidades, lugares-comuns ou vagas indicações de propostas não explicadas e marcadas para data incerta! E, para concretizarem tal “programa”, não são modestos no pedir: a “tralha guterrista” abandonou o barco à vista do pântano e agora propõe-se continuar o “serviço”… mas com maioria absoluta!?! A “esquerda” também não, pois este PS (versão “rosa-pálido”) é incompatível com os programas quer da proposta “vermelho-rétro” (a esquerda-extrema, o PCP disfarçado de CDU), quer da ficção “vermelha-psicadélica” (os radicais do PSR e UDP… convenientemente travestido de BE). Nunca seriam uma solução de Governo: ou os extremistas e/ou os radicais vendiam-se por um “prato-de-lentilhas”; ou o PS adoptava as propostas daqueles e o País era governado ao sabor das utopias, num regresso à versão do «manicómio em auto-gestão»!

Alguém de bom-senso, seria capaz de escolher estas “esquerdas” para vossa administração de condomínio? Então como poderiam – agora – pretender voltar a atribuir-lhes o Governo do País? Só por um dispensável masoquismo ou uma mórbida curiosidade científica…
Goste-se ou não, a verdade – tornada evidente no debate a 5 – é que só o centro-direita demonstrou capacidade e projectos para o futuro de Portugal! E há uma solução estável e coerente de governação. Se não passar por aqui a opção maioritária dos eleitores… Portugal perderá o rumo do Progresso.

Mas, ainda assim, dos 2 partidos do bloco de centro-direita, qual será a melhor opção. Porque não, para variar, aquele que é um penhor de uma forma de fazer política alicerçada na defesa das Virtudes e da preferência pela Vida, com a sua preocupação centrada nos jovens e na classe média (sectores que, cada um, fornecem a ousadia e o dinamismo, a ponderação e o pragmatismo indispensáveis a uma solução correcta de Progresso), que aposta na Liberdade escolha no ensino. Um partido que, com a competência de quem tem um programa e uma equipa, pela estabilidade e sentido de Estado que demonstrou, provou saber e merecer a responsabilidade de governar Portugal.

E se encarássemos estas (e todas as) eleições de modo a que cada partido partisse com zero votos. É evidente que não estou a insinuar que as urnas já têm votos que foram ilicitamente introduzidos. Não! O que estou a defender é a supressão de barreiras, do tipo “bairrismo” ou “clubismo”: ao contrário dos jogos da bola, e com excepção de alguns com “cartão-na-carteirinha”, não serve de nada ganharem os “nossos”. Nestas coisas ou ganhamos todos ou perdemos todos, pois – ainda que, a curto prazo, alguns “ganhem” com isso – o País… e todos nós. O CDS provou ser um partido responsável, eficaz na resolução dos problemas e na procura de soluções. Não é disso que Portugal e os portugueses (do Presente e do Futuro) precisam? Não é isso que Portugal e os portugueses procuram?

Para quê procurar mais quando a tantos a solução parece evidente? Apenas porque tem votado noutras opções? Resposta legítima, mas de acomodação feita! Se – também a si – o CDS surpreendeu pela positiva (não embarcando na campanha de insultos e fazendo da prestação de contas e da demonstração dos resultados das suas responsabilidades governativas), se acha que o Futuro é um desafio e uma oportunidade…porque espera para dar mais força ao CDS? Se não o fizer agora, outros poderão ganhar… e governar como você não gosta… e então a quem se irá queixar?

Vá lá, por uma vez vote com razão!
"

Email recebido do Prof João Titta Maurício

titamau@netcabo.pt
Prof. Universitário e
vice-Presidente da CPD do CDS-PP/Setúbal

Irmã Lúcia.

Pode-se acreditar ou não no milagre de Fátima. Pode-se ser cristão ou não. O que ninguém pode negar é a enorme importância da irmã Lúcia para a religião Cristã. Mais conhecida e respeitada no estrangeiro do que no seu próprio país, viveu a sua fé à sua vontade. Recebia muita correspondência de todo o mundo, à qual fez questão sempre de responder e, ao contrário do que se pensa, vinham excursões de todo o mundo para a visitar. Mel Gibson, entre outros, deslocou-se ao Carmelo em meados do ano passado para a visitar. O próprio Papa chegou mesmo a visitá-la três vezes o que revela a sua importância. A sua morte merecia mais respeito.

Na morte de Lúcia

"Deve ser juradas três coisas - Liberdade, Amor, Conhecimento" [A. M. Lisboa]

Nada é mais ilustrativo que as torpezas plantadas sobre Lúcia, na hora da sua morte. Para uns, a reclusão, o sofrimento e os excessos de virtude que sempre foi exteriorizado são um manifesto logro e manipulação dissimulada levada a cabo pelas entidades Eclesiásticas, com objectivos político-ideológicos evidentes, uma fábula que adquiriu foros de verdade, um construído litúrgico providencial, um mero negócio. Conhece-se a extensa bibliografia sobre o assunto. Para outros, a veneração e a devoção piedosa a Lúcia, e o que simbolicamente representa, é uma visão profética, uma emoção purificadora, um martírio heróico, uma entrega interior resplandecente, um novo repositório de culto Mariano.
Conhece-se a propaganda que as autoridades Eclesiásticas, sábia e prudentemente, foram coligindo e ampliando. Porém, a criança e a mulher constitui uma espécie de memória quase sempre esquecida, uma cautelosa realidade nunca desvelada, uma fuga tormentosa, uma habilidade de sermos demasiados humanos. A perda da infância, a longa jornada de reclusão, a letargia do corpo, a obediência, a dignidade na fidelidade, que sempre procurou preservar, quase nunca nos impressiona. E quando, por acaso, descobrimos tais sentimentos austeros procuramos tirar vantagens das nossas pueris experiências do vivido. A vida de Lúcia é o nosso tormento, a nossa fraqueza, o nosso eterno calvário. Por isso Lúcia merece respeito. "
Que descanse em paz.

Nada disto aconteceu.

"Dado que o passado foi chamado à campanha eleitoral, devemos responder, puxando da memória. (...)

Quanto à experiência de poder do PS, desde a queda do cavaquismo, em 1995-96, até 2002, existe uma espécie de amnésia.
A verdade, se calhar, é que nada do que a seguir se enumera alguma vez existiu!!!

A saber:

- Acumulação de défice excessivo nas contas públicas, originando o despertar da repressão de Bruxelas, para além de incentivo irresponsável ao gasto individual e desprezo pelos apelos à moderação e à poupança.

- Saída de Sousa Franco do Executivo, depois das linhas-mestras das suas políticas de saneamento da conta pública se terem tornado inviáveis, ou politicamente indesejáveis.

- Análise negra do estado da economia portuguesa, por parte de Cavaco Silva, numa famosa entrevista de Julho de 2000.

- Alegações de políticos, empresários e governantes, segundo os quais a banca portuguesa estava a ser vendida ao desbarato aos estrangeiros.

- Anunciados planos de combate à evasão fiscal, anunciados falhanços dos mesmos planos, e anunciada continuação da dita.

- Ligações perversas da política ao futebol, com o cortejo conhecido de enxovalhos, confusões e negócios pouco claros.

- Insistência na política de co-incineração como única via possível de tratamento de resíduos perigosos, apesar da divisão dos especialistas e
da oposição do "homem da rua", certamente manipulado por caciques e envenenado pela Comunicação Social privada.

- Episódio dito do "queijo Limiano", ou a cedência da alma em troco de votos no Parlamento.

- Quedas sucessivas de ministros da Defesa, conflitos entre estes titulares e o primeiro-ministro, queixas de falta de meios, espectáculo de parca mobilização de recursos para tarefas externas, divulgação pública de listas de agentes "secretos", novelo de escândalos em torno da aquisição de armamento e fardamento, cenas de estalada entre chefes políticos e chefes da "comunidade de informações".

- Tragédia da ponte de Entre-os-Rios, originando a demissão de Jorge Coelho, e suspeita geral sobre o estado das obras públicas.

- Inundação do túnel do metro no Terreiro do Paço, e alegação de que o mesmo foi ali feito com grande risco, sem as precauções devidas e não levando até ao fim estudos exaustivos sobre as características do subsolo.

- Escândalos na JAE, corrupio de acusações e alegações, e declarações críticas do engenheiro Cravinho, dizendo que Guterres havia sido derrotado pelos "grandes interesses" e pelos lobbies (Janeiro de 2000).

- Colapso na gestão das grandes cidades, que levou a uma maré de rejeição, em 2001, e à passagem da era PS para a era PSD, em Lisboa, Coimbra, Porto, Sintra, Cascais, etc...

- Fantasmas desastrosos, como o espectáculo de "Porto, Capital da Cultura", com obras a juncar a vida do cidadão comum, turistas perdidos e desiludidos, projectos inacabados, escândalos financeiros e "mistérios" como os da Casa da Música. "
por Nuno Rogeiro, in Jornal de Notícias (11.Fev.2005)

- Escândalo em torno da Fundação para a Segurança, levando à saída "apocalíptica" de Fernando Gomes do barco do guterrismo, e a sugestões de conspirações no seio do poder, com o primeiro-ministro a saber tudo e a calar ainda mais.

- Filosofia de miséria na RTP, levando o serviço público à pré-morte, depois de anos de insanidade financeira, extravagâncias de programação, guerras civis de chefias e tentativas infantis de controlo político, dos telejornais às entrelinhas...

- Desinteresse pela política por parte dos cidadãos mais de um terço decidiu não votar nas legislativas de Outubro de 1999, mesmo depois de Guterres ter dito que o seu pior inimigo era a abstenção.

- Estado geral de guerra civil dentro do Governo e da maioria quase-absoluta, levando António Guterres a bater com a porta, clamando que o país se encontrava num pântano.
Enfim, foi tudo um sonho...

Pode-se votar no regresso de um sonho? "

Por Nuno Rogeiro, in Jornal de Notícias (11.Fev.2005)

Chumbado.

Retirado do Pé de meia.

Astrologia.

"Denise Rezende, astróloga, psicóloga e investigadora, traça hoje o futuro de Santana Lopes, José Sócrates e Paulo Portas, adiantando desde já que o vencedor das próximas legislativas será o líder do PS."

A astrologia é uma ciência que continua a surpreender-nos. Quem diria que Sócrates ia ganhar?

Eles mentem, eles ganham ou simplesmente Bloco de Esquerda.

"Errar é humano, mentir conscientemente é feio e o doutor Louçã está a transformar-se numa espécie de apóstolo da mentira" afirmou Bagão Félix comentando a acusação de Louçã efectuada no debate televisivo da RTP1. Louçã acusou o Governo de ter lesado o Estado em dois milhões de euros com a decisão de isentar de impostos a operação de fusão de balcões na banca, referino-se a uma lei que permite quela isenção datada de 1990 (governo de Guterres) e se aplica a todos os sectores de actividade.

Esta é verdadeira política do BE: mentir descaradamente. Dado o analfabetismo do povo português, vai resultar na integra e o BE poderá até subir nas intenções de votos.

O nosso barbeiro.



É verdade. Este é que é o nosso barbeiro.

Xenofobia.

"O último domingo foi dia de feira em Valpaços. Terminado o dia de mercado, uma família cigana de vendedores, originária do Fundão, quis pernoitar na obra abandonada. Manuel Lopes, solteiro, de 70 anos, um sem-abrigo conhecido na região como o ‘Homem dos Cães’, alcunha que ganhou por andar sempre acompanhado por uma matilha fiel. Pernoitava, desde há seis meses, numa vivenda em construção, cuja obra há muito que está parada, terá defendido o seu canto com unhas e dentes – é esta, pelo menos, a convicção das autoridades. O sem-abrigo foi encontrado morto: o corpo exibia sinais de balas e de agressões. Dois ciganos ficaram feridos. Um, António da Conceição, de 32 anos, deu entrada no Centro Hospitalar de Vila Real com uma bala alojada na coluna: já operado e, segundo os médicos, encontra-se livre de perigo. O outro, Mário Casimiro, de 30 anos, foi para o Hospital de Mirandela, de onde fugiu depois de ter sido tratado a diversas escoriações por todo o corpo."

Mais um exemplo gritante de xenofobia. O Sem-abrigo não quis partilhar os seus poucos bens com os ciganos. Quando estes insistiram, tentou atacá-los com raios ultravioletas expelidos pelos seus olhos. Os ciganos, para se defenderem, dispararam para o ar. As balas fizeram ricochete tipo bilhar às três tabelas e, além de acertar num deles, acabaram por matar o malvado.

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