segunda-feira, junho 30, 2008

Drogado

Até amanhã e boa sorte!!


António Marinho e Pinto.

"António Marinho e Pinto chegou e cumpriu. Ao décimo dia em que exercia o cargo de bastonário da Ordem dos Advogados (OA), a 18 de Janeiro de 2008, decidiu instituir uma remuneração fixa mensal para o cargo pelo qual tinha sido eleito em Novembro de 2007. O valor? Equivalente ao do procurador-geral da República, cerca de 6 mil euros. Mas não ficou por aqui e levou a votação, no primeiro Conselho Geral a que presidiu, uma cláusula que obriga a que "aquando a cessação de funções exercidas no regime de exclusividade de bastonário, este receberá o equivalente a metade da compensação anual referida".

Ou seja, em 2011, quando deixar o cargo de bastonário dos 25 mil advogados de Portugal, Marinho e Pinto, eleito pela larga maioria de uma advocacia "deprimida e não de luxo", conforme ele próprio explicou em plena fase eleitoral, irá receber quase 40 mil euros, de uma vez só, definido como um subsídio de reintegração na função de advogado. Quer a remuneração mensal, quer este subsídio de reintegração são inéditos na Ordem, instituição com mais de 80 anos. "Facto inédito e sem precedentes", explicou uma fonte próxima daquela estrutura, que preferiu o anonimato
(mais aqui). "

A roleta

"Um destes dias entrei num casino e aproximei-me da mesa de roleta. Não consigo perceber qual a piada de colocar fichas sobre o pano verde e ficar a ver a boleta a rolar até estacionar no número premiado.

Ao ler a recente entrevista ao Expresso do presidente do conselho de administração executivo da TAP, Fernando Pinto, não queria acreditar.

Os combustíveis representavam, em 2002, pouco mais de 20% dos fornecimentos e serviços externos da empresa, mas em 2006 já pesavam 54%. Neste ano representaram 22% dos custos totais da companhia. Em sucessivos relatórios de actividade Fernando Pinto tem vindo a alertar para a crescente instabilidade do preço do petróleo e do jet e a empresa já antes realizou, com sucesso, políticas de cobertura de risco.

Por tudo isto fiquei boquiaberto com as cândidas declarações do responsável da TAP afirmando que em 2007: "(...) Não fizemos compras futuras, mas temos analisado a hipótese de fazer".

Pois, muito bem. A TAP reconhece que não fez recentemente cobertura do risco de preço do combustível e que as anteriores decisões de revisão da política de cobertura do risco deste consumível, as quais deveriam ter efeitos desde finais de 2006, e que deveriam dar lugar a uma atitude mais abrangente e a uma presença mais frequente no mercado, terão ficado na gaveta.

Ora quem não faz cobertura de risco está, por natureza, a especular. Quem não se protege contra uma subida de preços dos combustíveis e está a concorrer com preços de venda agressivamente concorrenciais e lutando contra companhias que estarão a fazer essa cobertura de risco, está a apostar numa potencial descida, ou pelo menos manutenção, do preço do carburante. Se isso é razoável para uma empresa do ramo de actividade dos petróleos parece de duvidoso acerto numa empresa de aviação.

Será assim legítimo questionar: 1º) Se a empresa estivesse cotada e se o seu proprietário não fosse o Estado a atitude especulativa seria a mesma? 2º) Deverão ser os trabalhadores a pagar, sob ameaça de despedimento, os jogos de roleta da administração?

E daí, pensando bem, até que talvez nem me importe de jogar na roleta se o dinheiro for dos outros mas se o prémio for meu
."

João Duque

ISALTINO MORAIS

"OS vários incidentes processuais e delongas não evitaram que fosse pronunciado, de vez, pelos crimes de corrupção, fraude fiscal, branqueamento de capitais e abuso de poder. Vai mesmo a julgamento antes das autárquicas de 2009. Outros afamados autarcas a contas com a Justiça, Avelino Ferreira Torres e Valentim Loureiro, já anunciaram esta semana que se vão candidatar de novo, apesar dos processos que os estão a julgar em tribunal. Veremos se o eleitorado continuará a pagar-lhes as suas fianças políticas."

José António Lima

JOSÉ MIGUEL JÚDICE

"Fez, nos últimos anos, uma aproximação progres siva e quase total ao poder socialista. Mas sai pela porta baixa da liderança, nunca concretizada, da requalificação da zona ribeirinha de Lisboa. Foram meses e meses de avanços e recuos, que terminaram com um choque de protagonismos e de programas com Manuel Salgado, da Câmara de Lisboa. O reino dos pequenos poderes socialistas, deve ter aprendido agora, não é menos complicado do que o do partido do qual se afastou. Está-se sempre a aprender."

JAL

Under a Violet Moon

Um bastonário que não resiste ao mediatismo

"Alguém devia lembrar ao bastonário da Ordem dos Advogados que a regra número um para quem está metido num buraco é parar de escavar. Marinho Pinto tem o coração ao pé da boca e não sabe distinguir entre o que pode dizer numa cavaqueira de amigos e o que deve dizer quando lhe põem à frente microfones à saída de uma reunião com uma comissão parlamentar.

A imagem do elefante em loja de porcelanas é demasiado branda para ilustrar a atitude do bastonário ao responsabilizar "a acção perniciosa" dos sindicatos da polícia pelo aumento da criminalidade. Antigo jornalista, Marinho Pinto ocupou o palco ao alimentar a comunicação social com declarações que ele sabe serem matéria prima apreciada nas redacções. Por isso, não deixa de ser irónico que acuse os polícias de se atropelarem uns aos outros na investigação criminal , numa corrida "para ver quem sai em primeiro lugar nos telejornais".

Em meio ano no cargo, o bastonário disparou em todas as direcções. Declarou guerra aos juízes, aos grandes escritórios de advogados, à polícia, aos sindicatos e a José Miguel Júdice. E tornou públicas posições heterodoxas sobre casos quentes como a violência doméstica e Vale Azevedo.

Um populista e rei do politicamente incorrecto na cadeira de bastonário dos advogados é a última coisa de que precisava um país em que os juízes são agredidos por arguidos desagradados com as sentenças, em que metade dos advogados reconhece que a população tem uma má imagem deles e em que 90% dos tribunais não têm policiamento permanente
."

Editorial do DN

PELA CALADA

"Mais pela forma que pelo conteúdo, Manuela Ferreira Leite tem sido crucificada pela falta de "poder mobilizador" dos seus discursos, que são "mornos" e "pouco inspiradores". De facto, os que proferiu no congresso do PSD não desmentem a tese. Todos concordam que a senhora possui uma habilidade oratória idêntica à de uma locutora de GPS, embora fique um pedacinho aquém em intensidade dramática.

E depois? Na verdade, não sei desde quando o talento retórico é, em si mesmo, uma virtude. A capacidade de arrebatar as massas pela palavra tanto serviu para converter um país ao nazismo como para convencer outro país a resistir-lhe. Em países menores, serve a estadistas menores para anunciar pretensos "momentos históricos", publicitar disparates, justificar trapalhadas, espalhar informática e criancices afins.

Por outro lado, também não percebo as expectativas face às duas intervenções que a dra. Ferreira Leite realizou em Guimarães. Salvo equívocos e indefinições de permeio, ambas revelaram a maior das virtudes: foram relativamente breves. Pelos vistos, a generalidade dos comentadores queria uma coisa ao estilo de Fidel ou de Chávez, uma epopeia verbal de sete horas que antecipasse, ponto por ponto, quatro anos de eventual Governo, com soluções definitivas para o custo do gasóleo e para a escassez de cerejas, um desabafo de "garra" e fúria, que arrancasse das cadeiras os delegados presentes e os empurrasse do Minho prontos a tomar de assalto o eleitorado da nação.

Não aconteceu assim e, por mim, estranho que gente distanciadíssima do PSD lamente as patentes deficiências "motivacionais" da dra. Ferreira Leite. Não é credível que sujeitos de esquerda gostassem de ver o centro-direita empolgado, ou aspirassem a que as prédicas da senhora os empolgassem a eles.

Provavelmente, a circunstância de a nova líder do PSD não beneficiar de qualquer "estado de graça" é a prova de que o partido, mesmo que renitente, tomou a melhor opção: o líder anterior começou engraçadíssimo e terminou em lágrimas e insultos. Quanto à motivação das "bases", virá, assaz prosaicamente, no dia em que o PSD descobrir, se descobrir, uma hipótese plausível de regressar ao poder. E o poder depende muito menos da eloquência de quem o procura que das acções de quem o detém. Não é à toa que, congresso à parte, a dra. Ferreira Leite não abre a boca
."

Alberto Gonçalves

domingo, junho 29, 2008

Até amanhã e boa sorte !

Novos rostos de pobres que enchem as cidades.

"Homens e mulheres, novos e velhos que, num passado não muito distante, exerciam ou exercem profissões como, por exemplo, a de professor, economista, hoteleiro, agricultor e motorista, que dispunham de rendimentos equilibrados, de casa e de família, viram o mundo desabar e, de repente, ficaram sem quase nada. É uma situação dramática, nova, que os obriga a mudar radicalmente de vida e, hoje, muitos dependem totalmente da caridade de terceiros e para outros a rua transforma-se no seu único espaço de vida (mais aqui)".

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E a criminalidade continua a diminuir...

"Três cafés, um em Santo Tirso e dois em Paços de Ferreira, foram ontem assaltados por um violento trio de homens encapuzados e armados. No último caso, em Eiriz, atingiram um cliente a tiro e feriram outros dois. Na noite anterior, duas bombas de gasolina passaram pelo mesmo (mais aqui)"

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Tic-Tac Tic-Tac




" Israel tem um ano para destruir as instalações nucleares iranianas sob pena de se tornar alvo de um ataque com armas atómicas do Irão, defendeu hoje o antigo líder da Mossad, os serviços secretos israelitas (mais aqui)"."

Bombeiros ficam sem ambulância.

"Os Bombeiros Voluntários da Amadora atravessam a a sua pior crise financeira de sempre, ao ponto de uma ambulância estar em risco de ser penhorada pelo tribunal. A corporação nem sequer tem 60 mil euros para pagar, amanhã, os ordenados a 90 funcionários. O aumento do preço do combustível e o atraso no pagamento pelo Estado do serviço detransportede doentes agravam as dificuldades (mais aqui)"

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A podridão

"A recente aparição de Vale e Azevedo nas fotografias dos jornais e nos ecrãs de televisão constitui mais um golpe duro na justiça portuguesa, se a ela juntarmos o conteúdo dos seus argumentos em contraponto com as condenações já produzidas.

Nem é normal que um cidadão condenado se coloque numa posição provocatória em relação à justiça portuguesa nem é normal o sistema judiciário construir dentro de si próprio as contradições que o põem a jeito para se tornar num alvo fácil das armas de arremesso.

Está na moda: fugir da justiça e dos efeitos da crise económica que assola o País. Está-se bem melhor em Londres ou em Bruxelas.

No que diz respeito ao futebol, continuo a perceber uma coisa: por que razão não se vai mais a fundo no negócio das transferências de jogadores? Não é um trabalho que caiba apenas às polícias e ao Ministério Público. É preciso que haja vontade política. E, nesse contexto, embora em planos diferentes, vai acontecer à Casa das Transferências (ou dos Contratos) o mesmo que aconteceu à Casa das Selecções?

Não basta apregoar o combate à corrupção. Seria importante passar das palavras aos actos e este Governo, nessa matéria, também vem alinhando muito com as “bandeiras às janelas”. Talvez porque lhe dê jeito. Para combater a corrupção, no terreno, é necessário começar porventura pelo aparelho do Estado. E esse é um problema acrescido, para além de dar um trabalhão. E, em Portugal, tudo o que dá trabalho fica para segundo plano.

Se a justiça portuguesa necessita de ser ajudada para sair do limbo, a justiça desportiva é a sua bastarda e parece querer dispensar a ajuda seja de quem for. Porque age como uma corporação em defesa de interesses clubísticos e de quem os apoiar. O que representa, hoje, para o Apito Dourado e para o Apito Final, o Conselho de Justiça da FPF é uma vergonha. Desde logo, a significação da sua presidência.

Um vereador da Câmara de Gondomar acha que, em sede de Apito Final e estando o Boavista em causa (é bom lembrar que, neste processo, não estão em causa escutas telefónicas mas testemunhos documentados), está em condições de emitir opinião com decisão.

O Conselho de Justiça da FPF é bem a imagem do futebol português
."

Rui Santos

Mata Ratos




Dedicado a algumas (senão a maioria) "santas"...

sábado, junho 28, 2008

O pão terreno e o pão celeste

Relatório.
Conselho da Europa dá conta do regresso desta prática
Defensores do sistema avançam com argumentos éticos.
O abandono de crianças mantém-se, frequentemente em consequência de pobreza ou de doença, afirma um relatório do Conselho da Europa que dá conta do regresso das "rodas para bebés" - os lugares onde se pode abandonar um recém-nascido.
Se os recém-nascidos são, frequentemente, descobertos em caixotes de lixo ou em locais públicos, outros, menos numerosos, são abandonados de forma anónima numa estrutura especial, sobrevivente da "roda para bebés" ou "roda dos enjeitados", largamente espalhada através da Europa na Idade Média."
Assiste-se ao regresso controverso das rodas para bebés", explicou o deputado britânico Michael Hanckok, autor do relatório ontem debatido em Estrasburgo.
Na Alemanha, Suíça, Áustria, Hungria, Eslováquia, Bélgica, Itália, "caixas para bebés" foram instaladas nos últimos anos.
Acessíveis do exterior, pode-se aí abandonar anonimamente uma criança que será em seguida confiada a famílias que esperam uma adopção.
Registada imediatamente, embora a mãe ainda tenha um período durante o qual a pode reclamar, a criança recebe um nome e um apelido.
No início do mês, uma nova Babyklappe [caixa para bebé] foi construída na parede de um hospital alemão. Contam-se 80 na Alemanha e algumas dezenas em países como a Itália ou a República Checa, mas o fenómeno é mundial já que o Japão acaba de criar uma em Kumamoto.
Nos EUA, desde 1999, a maior parte dos estados permite o abandono anónimo de bebés, de recém-nascidos até um ano, em locais seguros e sem risco de perseguições penais.
A "caixa para bebés" gera controversa: em muitos países, o abandono, nomeadamente selvagem, é considerado crime e este sistema é entendido como "incitação a cometer um crime e a desresponsabilizar as mães".
Os defensores do sistema avançam argumentos éticos: luta contra o aborto, prevenção dos abandonos selvagens, infanticidas e maus tratos, e a certeza de ver as crianças adoptadas.
"É um mal menor, porque a vida da criança não é posta em perigo e ela torna-se adoptável", resumiu o deputado francês André Schneider.
O relatório, pobre em estatísticas sobre este tema sensível, afirma que o fenómeno do abandono "está longe de se esgotar na Europa central e oriental e é também bem real na Europa ocidental".
As mães que se separam dos seus recém-nascidos são, frequentemente, muito jovens, estrangeiras e sem autonomia.
Os comentários podem ser encontrados em todo o artigo, mas, já agora, parece ser mais importante a marcha do orgulho gay, doença no mínimo pelo exibicionismo, tanto dos media, como dos actores.
Tal como o uso de droga nas prisões aceite e normal, afinal nem vale a pena o tratamento compulsivo, pois é uma violência, assim como o uso de telemóveis para controlar de dentro das mesmas, as actividades pelos quais foram presos.
Estamos todos muito felizes...

O ideal de governo minimalista que anima o consenso de Washington é, no mínimo, anacrónico. Pertence a uma era na qual estados totalitários ameaçavam a liberdade e a prosperidade.
Hoje, o bem-estar humano e social está ameaçado sobretudo por estados enfraquecidos ou prostrados.
Em grande parte do mundo de hoje não se pode dizer que o estado existe.
Para a grande maioria da humanidade, a insegurança de Hobbes – perigo de morte violenta - é uma realidade do dia a dia.
A guerra no modelo de Clausewitz acabou, as guerras hoje são conflitos assimétricos.
As causas, são a imposição dos consensos de Washington, que continuam a ser obrigatórios ou sugeridos por muitas organizações supranacionais como o Banco Mundial, o FMI, a ONU, a OCDE, etc.
Alguns estados Singapura, Japão, Malásia, Holanda, Reino Unido, Suécia, Noruega – parecem ter a capacidade de preservar a coesão social, ao mesmo tempo que tentam responder à concorrência global.
O problema é que a maioria é fraca, corrupta ou incompetente. O nosso caso é paradigma e o que é mais grave, continua a insistir no mesmo caminho, continua a chafurdar no pântano.
Justiça inexistente, poderes de órgãos de estado fracos ou dominados por clientelas, despesa desviada para servir aquelas, aumento brutal da carga fiscal, sempre à custa da receita e avaliações vergonhosas da CEE onde estamos inseridos, onde a corrupção grassa e é contagiada aos estados membros.
As várias crises económicas, não foram compreendidas porque segundo a visão de muitos não podiam ter ocorrido.
Entretanto continua-se a apostar no mercado e na crença que este é autoregulável.
Não é.
A moeda única europeia controlada pelo BCE, cuja única obrigação é a de manter um nível de preços estável, e, com a mesma força criar um projecto de um mercado único global autoregulado, fica à partida sujeito ao fracasso, porque a roleta e o casino do mercado bolsista encurrala qualquer estado que tente por exemplo, aumentar o emprego através da expansão da actividade económica à custa do défice.
Afinal o Iluminismo, tem mais um episódio.
Depois das teorias marxistas e do desastre comunista, parece que regressamos a uma era semelhante à idade média.
Aborto livre, abandono e abuso de crianças e protegidos, os seus autores, por políticas criminais ausentes, lembra de facto que é preciso voltar a assimilar Hobbes e Malthus.
Se o caos não estiver já instalado o que será o caos?
Na obra de Dostoievski “Os irmãos Karamázov”, há um diálogo entre Ivan e Aliocha, que se pode chamar de parábola do Grande Inquisidor, um trecho dos mais belos, escritos em toda literatura conhecida pelo homem.
Em dada altura:
“Nenhuma ciência lhes dará o pão enquanto estiverem livres, mas acabarão por nos trazer a sua liberdade até aos nossos pés e por nos dizerem: “ É melhor que nos escravizem mas dêem-nos de comer”. Compreenderão finalmente que a liberdade e o pão terreno farto para todos serão inconciliáveis, porque nunca, mas nunca conseguirão partilhá-lo entre si! Também se convencerão de que nunca poderão ser livres, porque são fracos, pervertidos, miseráveis e rebeldes. Prometeste-lhes o pão celeste, mas, repito, como poderá ele igualar-se , aos olhos da tribo humana fraca, eternamente prevertida e ignóbil, ao pão terreno? E se Te seguirem, em nome do pãp celeste, milhares e dezenas de milhares de pessoas, o que acontecerá com os milhões e dezenas de milhões de criaturas incapazes de desprezar o pão terreno em favor do pão celeste? Ou são queridos para Ti as dezenas de milhares dos grande e fortes, e os restantes milhões, numerosos como as areias da praia, fracos mas que Te amam, devem servir apenas de material para os grandes e fortes? Não, também nos são queridos os fracos. São pervertidos e rebeldes, mas, no fim, serão precisamente eles os obedientes. Vão admirar-nos e considerar-nos deuses porque nós, à frente deles, consentimos em suportar o fardo da liberdade e em governá-los: tão terrível acabará por lhes parecer o serem livres! Mas diremos que obedecemos a Ti e governamos em Teu nome. Voltaremos a enganá-los porque não te deixaremos, desta vez, aproximares-Te de nós. Nesta falsidade consistirá o nosso sofrimento, porque termos que mentir. Era esse o significado daquela primeira pergunta no deserto e foi isso que rejeitaste em prol da liberdade, que colocaste acima de tudo.” (…)

Até amanhã e boa sorte !

Flesh for fantasy

Capacete novo

Sintra subterrânea - Ultima parte


DA PROFECIA À SINARQUIA PASSANDO POR AGHARTA

Com a finalidade de analisar melhor o possível relacionamento entre a Serra de Sintra e o fantástico Reino de Agharta, interrogámos o kabalista português Vitor Adrião, investigador que desde há muito se vem dedicando a estes estudos.

– O Castelo dos Mouros, localizado no cimo da Montanha da Lua, tem sido
assinalado, ao longo dos tempos, como uma das entradas para o lendário Reino de Agharta. Também foi local de existência de uma inscrição profética, que se encontrava à entrada do referido Castelo mas mandada retirar por D. João II.

Este rei, a quem grande número de ocultistas e investigadores atribui a paralisação do
projecto universalista português, quando transformou a Ordem de Cristo numa ordem de clausura, pouco ganhou com a iniciativa já que o texto da inscrição premonitória ficou registado na “Crónica de El-Rei D. Manuel”, de Damião de Góis, achando-se igualmente assinalado na página 201 de “Cintra Pitoresca”, um livro de autor anónimo de 1838 mas que hoje se sabe ser o Visconde de Juromenha.
E prosseguiu Vitor Adrião:

– Trata-se do vaticínio de uma Sibila sobre o Ocidente e garantia: «Patente me farei aos do Ocidente / Quando a porta se abrir lá do Oriente / Será cousa pasmosa quando o Indo / Quando o Ganges trocar, segundo vejo... / Seus divinos efeitos com o Tejo.»

É caso para aconselhar que quem souber ler que leia mas sempre acrescentaremos dois pormenores importantes, possivelmente ligados a este vaticínio.

A Serra Sagrada de Sintra ligada ao Paraíso “Perdido” de Agharta

Um deles é o facto de vários dignitários budistas e outros religiosos orientais estarem a
deixar o Oriente para se fixarem na Europa, incluindo Portugal. Um deles, antes de iniciar viagem na direcção do “movimento” do Sol, igualmente de Oriente para Ocidente, ter dito aos seus seguidores da Tailândia encontrar-se a Ásia espiritualmente falida, pretendendo por isso viver num país que estivesse redespertando para as coisas espirituais.

Outro foi a descoberta, por parte do kabalista por nós contactado na Serra de Sintra, de duas lápides importantes, facto por ele próprio narrado através das palavras seguintes:

– Existem, na Quinta da Penha Verde, restos de um Templo dedicado à Lua onde duas lápides, escritas em sânscrito – idioma nunca falado na Europa – e trazidas de Somnath-Patane pelo Vice-Rei da Índia D. João de Castro, contam a história da união do Oriente com o Ocidente, verdadeiro tratado ensinando a viver-bem segundo as regras canónicas do Espírito Santo, neste caso e a quem são dedicadas as lápides, Shiva.


Talvez não seja, pois, em vão tudo quanto se escreveu e disse acerca do possível Quinto Império de Portugal, desde que o entendamos não como um domínio terreno ou colonial mas como um Império espiritual e universalista.
Quando o compositor Richard Strauss visitou a zona da Montanha da Lua considerou-a a coisa mais bela que tinha visto. Referindo-se ao parque, mandado construir por D. Fernando II, comparou-o ao jardim de Klingsor enquanto apontando o Castelo dos Mouros, lá no alto, definiu-o como o Castelo do Santo Graal.
Para quem conheça a história de Parsifal talvez não seja necessário acrescentar mais na reportagem.

Victor Mendanha

JUÍZES SEM DESCULPA PARA DESCULPAR.

"Leio a notícia: "(...) o juiz foi agredido, a pontapé, embora sem gravidade." Notícia mais falsa! Um juiz, agredido no tribunal, é sempre com extrema gravidade. Extremíssima, aliás. Diz a juíza, também ela agredida, sobre as causas: "(...) a forma como a sala estava organizada é que potencia este tipo de ataque." Análise mais falsa! Arguidos que, acabada de ser lida a sentença, batem nos juízes não precisam de nada que potencie o seu crime. Precisam é de mão pesadíssima. Não digo isso por respeito excessivo. Meu vizinho, o juiz recebe o mesmo "bom dia" que o padeiro e passa à minha frente na porta, como faço com todos. Agora, aquele ser todo-poderoso que, no tribunal, me manda calar ou levantar - como não faz nem o meu patrão, nem o Presidente da República, nem polícia armado nenhum -, esse, que pode fazer-me isso e eu aceito que faça, tem de ser intocável. Intocável, ponto final. Sem qualquer desculpa de salas pequenas ou impróprias. É assim e cumpra-se."

Ferreira Fernandes

Central rosa laranja

"A ideia de uma “grande coligação” surge em função de um cenário de crise profunda a tocar a emergência nacional.

A política nacional é de fraca imaginação. A recente especulação sobre o Bloco Central é a confirmação do fracasso de Sócrates e a revelação de um PSD tímido e sem ambição. Primeiro, é a descrença de um Governo que não acredita na manutenção do poder. Segundo, é a descrença de uma oposição que não acredita no sucesso eleitoral. Neste momento político, a referência ao Bloco Central representa a estratégia da mediocridade centrada na imagem da derrota e do esgotamento político.

A ideia de uma “grande coligação” surge em função de um cenário de crise profunda a tocar a emergência nacional. Quando se procura um “largo consenso” para a concretização de um programa de opções inadiáveis, a “grande coligação” pode e deve ser objecto de discussão. Mas não é esta a tradição nacional. Em Portugal, o Bloco Central representa a claustrofobia política com vista à manutenção do status quo. À superfície, o Bloco Central confunde-se com a mera “aritmética dos lugares”. O Bloco Central é a política do compromisso que justifica todos os adiamentos e nunca a política do consenso que possibilita todas as reformas. O Bloco Central é a versão moderna da velha “política do pastel”, logo uma sombra dos erros passados e não a ideia ecuménica de um Governo futuro.

Se Sócrates se converteu à virtude da maioria absoluta, Manuela Ferreira Leite é a antítese do Bloco Central. Na sequência do último congresso, o PSD retoma o discurso e a postura do partido natural do poder. O PSD de Manuela Ferreira Leite apresenta-se como reserva da República e não directamente como alternativa política à governação socialista. A ambiguidade em termos da proposta do PSD explica-se pela aposta inicial num rotativismo político centrado no demérito do Governo de Sócrates. Actualmente, a oferta política do PSD coincide com a personalidade política de Manuela Ferreira Leite – experiência, seriedade e competência. Ao juntar a personalidade política do líder à postura do partido natural do poder, encontra-se a explicação para a ausência de uma proposta política mais profunda e concreta – o PSD está confiante de que os portugueses, na próxima oportunidade, vão corrigir a injustiça de terem despedido o PSD do Governo.

A preparação para o Governo implica uma análise do país, uma ideia para Portugal, uma agenda organizada e um conjunto coerente de políticas. Implica ainda uma conversação com os portugueses. E um módico de esperança. Não é prudente confiar a sorte do PSD à incompetência de Sócrates.
"

Carlos Marques de Almeida

Dívidas incobráveis

"Não é justo, ou adequado, ou de bom senso, que os consumidores cumpridores paguem as dívidas dos não cumpridores.

A semana passada teve como ponto alto do comentário económico propostas apresentadas pela ERSE (entidade reguladora para o sector da energia) para discussão pública, em particular a possibilidade do que é chamado partilha de risco de cobrança com os consumidores.

As reacções imediatas, incluindo de responsáveis governamentais, foram de oposição frontal, com base numa premissa simples: não é justo, ou adequado, ou de bom senso, que os consumidores cumpridores paguem as dívidas dos não cumpridores. Não só não se deve pagar um serviço que não se consome, como não se beneficiar quem prevarica. O argumento parece simples e persuasivo. Tão simples e persuasivo que poucos se dedicaram a pensar no assunto.

Como a proposta está em discussão pública, e como contribuição para essa discussão, vale a pena avaliar com cuidado o que está em causa. A situação em causa caracteriza-se por se ter uma empresa que presta um serviço, sendo que uma percentagem dos consumidores não paga, e chega a dívida a ser declarada incobrável. A empresa é regulada, sendo que os preços (tarifas) que pratica são determinados pela entidade reguladora, tendo em atenção custos razoáveis de operação e investimento da empresa e uma taxa de remuneração dos seus activos que seja adequada ao risco da actividade. Neste contexto, como devem ser tratadas as dívidas incobráveis?

Comecemos por uma analogia com o sector bancário – o banco ao emprestar dinheiro (crédito) não o faz à taxa de juro a que consegue obter esses fundos, e até ajusta o acréscimo (vulgo, ‘spread’) às características de risco do cliente. Clientes mais arriscados pagam mais juros, pois em média estarão mais vezes em situação de incumprimento. Significa que no caso de empréstimos bancários, os clientes cumpridores estão a pagar as dívidas incobráveis dos não cumpridores. O que vem mostrar que o tal argumento não é assim tão simples, e é contrariado pela prática de todos os dias noutros sectores. Porque é que nos empréstimos bancários, se há este efeito, não se assiste a um incumprimento mais generalizado? Por um lado, existem contratos e mecanismos que procuram recuperar os valores das dívidas. Por outro lado, a recusa a conceder crédito não atenta contra uma universalidade de acesso a serviços básicos. É preciso, por isso, detalhar um pouco mais, até porque há diferenças importantes entre os sectores.

Em primeiro lugar, os bancos não são obrigados a emprestar dinheiro, e se suspeitarem que um cliente não irá pagar o empréstimo podem recusar a operação. No fornecimento de electricidade, há objectivos de universalidade, e a alternativa de recusa de abastecimento não é fácil.

Em segundo lugar, sendo a empresa regulada, os preços são determinados tendo em atenção o que são custos de operação segundo a melhor prática por parte da empresa, incluindo nos custos a remuneração dos capitais investidos (normalmente maior quando o risco defrontado pela empresa é mais elevado).

Em terceiro lugar, é necessário ter em atenção que as pequenas diferenças de regras de funcionamento levam a enormes efeitos finais: um banco tem sempre interesse em procurar que seja cobrada a dívida, mas se a uma empresa for assegurado que as dívidas declaradas incobráveis são pagas por aumento de preço dos restantes clientes, então o seu esforço em recuperar essas dívidas vai ser pequeno, já que alguém paga de qualquer modo.

Daqui decorre que o problema central não está na questão de os cumpridores pagarem as dívidas dos incumpridores. Num contexto de empresa regulada, na medida em que o risco de cobrança é suportado pela empresa, o consumidor paga esse risco por via da taxa de remuneração permitida à empresa. O essencial para avaliar a proposta colocada à discussão é saber como se altera a relação risco – remuneração da empresa regulada (se suporta menor risco, o custo de capital para efeitos de remuneração poderá ser mais baixo, logo preços mais baixos, beneficiando por esta via todos os consumidores), e como se altera o comportamento da empresa face às dívidas incobráveis. Em concreto, é relevante que qualquer partilha de risco de cobrança não retire à empresa o interesse em recuperar os valores das dívidas. São estes os dois aspectos que devem merecer resposta muito clara no decurso da discussão pública. O fundamental não é discutir se as dívidas incobráveis são pagas pelos clientes cumpridores, mas sim como são pagas, dado as tarifas serem reguladas
."

Pedro Pita Barros

sexta-feira, junho 27, 2008

Até amanhã e boa sorte !


Recordar é viver...

White wedding

Recados do "Altissimo" via lacaios da comunicação social

Sobre a TAP, convinha que os senhores jornalistas antes de escreverem se informassem para não correrem o risco de serem intelectualmente desonestos ao “transmitir os recados” do regime.

Diz André Macedo no editorial de jornal Diário económico de ontem:

http://diarioeconomico.sapo.pt/edicion/diarioeconomico/opinion/editorial/pt/desarrollo/1139245.html

1/ “Os funcionários da TAP ainda hoje gozam de um privilégio bem ilustrativo do que ainda acontece em muitas empresas portuguesas: todos os meses, os trabalhadores da companhia aérea têm autorização para ir ao banco durante um período de três horas resolver os seus assuntos pessoais.”

Mentira. Tal já não existe. Informe-se !

2/ “Já foi pior: chegaram a ter o dia inteiro para tratar das suas finanças. Tudo tem uma justificação histórica, até este disparate: antigamente, os salários eram pagos por cheque, logo havia que depositar o dito.”

Ainda hoje as instalações da TAP estão distantes do aeroporto e para ir ao banco do aeroporto demora "algum" tempo. Agora imagine-se que na altura o aeroporto ficava longe da cidade de Lisboa e as actuais imediações eram campo puro… Até tinham vaquinhas das verdadeiras... Como se podia tratar dos problemas isolado no meio do campo se não houvesse essa dispensa? Como é fácil guiar um rebanho iletrado na matéria.

Aqui podem ver algumas fotografias que comprovam o mencionado

http://kkariz.multiply.com/photos/album/44

Convinha acrescentar que esse “privilégio”, já extinto, sobreviveu como moeda de troca em negociações laborais passadas com outros “privilégios”.

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Ofensiva Suicida.

"Os preços do petróleo seguem alta nos mercados internacionais, estando a subir mais de três dólares, com os investidores a comprarem matérias-primas como protecção contra o dólar fraco, e numa altura em que a Líbia ameaça cortar a produção, e depois de o presidente da OPEP ter afirmado que os preços poderão subir até aos 170 dólares durante o Verão. Outro especialista notou que "não há razões para os preços subirem 4 dólares em 10 minutos. As coisas estão muito voláteis, e agora a preocupação é de que o Banco Central Europeu possa subir os juros, o que seria o mesmo que um novo corte dos juros por parte da Reserva Federal dos EUA" em termos de efeito no câmbio do dólar (mais aqui)."
Agora que foi derrubada a falácia da justificação da subida do preço na possível diminuição da oferta, facilmente s verifica a existência de uma “ofensiva suicida” contra o ocidente. E o ocidente conta nas suas fileiras com esses grandes intelectuais defensores do livre funcionamento dos mercados, o trabalho está oitenta por cento efectuado.

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Vale e Azevedo tem «razões de queixa» da Justiça portuguesa.

"O bastonário da Ordem dos Advogados (OA), Marinho Pinto, disse hoje que Vale e Azevedo tem «razões de queixa da Justiça portuguesa» e expressou estranheza por ainda não ter sido feito cúmulo jurídico ao ex-presidente do Benfica. João Vale e Azevedo «foi humilhado publicamente, foi preso perante as câmaras de televisão à saída de um restaurante. (...) Foi julgado por um juíz que era do Benfica. Tudo isto faz com que ele tenha razões para se queixar da Justiça portuguesa(mais aqui)".
É sempre bom haver quem nos defenda…

Coitadinhos.

"O juiz presidente António Coelho, um dos magistrados agredidos durante a leitura da sentença dos 18 arguidos no Tribunal de Santa Maria da Feira, reconheceu esta quinta-feira que a falta de condições da sala onde decorria o julgamentos foi o principal motivo da agressão (mais aqui)".
Uma coisa é a falta de condições das instalações provisórias. Outra é a actual falta de respeito pelas instituições e seus representantes. Aqui estamos perante o crescente desrespeito pela magistratura agravado com esta política do politicamente correcto, actualmente em moda, de desresponsabilização dos criminosos.

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Sintra subterrânea - 2ª Parte


OS TÚNEIS E POÇO DO MONTEIRO DOS MILHÕES

Outro local onde se descobriram túneis e passagens plutónicas foi na famosa Quinta da
Torre, também conhecida por Quinta da Regaleira, situada na subida para Seteais.
Esta propriedade, adquirida em 1893 pelo dr. António Augusto de Carvalho Monteiro, a
quem deram a alcunha de Monteiro dos Milhões devido à sua enorme fortuna pessoal, viria a provar a grande amplitude da rede de subterrâneos da Serra de Sintra quando o seu não menos rico e enigmático proprietário resolveu mandar abrir duas passagens do subsolo para ligar o palácio à capela e à casa do guarda.
Talvez sem surpresa do milionário, estas obras foram desembocar numa rede de túneis
antigos, surgindo numa das grutas assim postas a descoberto pequena imagem de pedra cor-de-rosa, representando um ser com aspecto feminino mas pisando um animal parecido com o mitológico dragão, só que exibindo certas formas humanas.

Monteiro dos Milhões veio a falecer oito anos após se terem concluído as obras na quinta e no palácio, as quais levaram dezanove anos a fazer. Se tivermos em conta o que a Kaballah diz acerca do número oito seremos forçados a pensar que o mistério se adensa.
Considerado, por alguns, como o último dos alquimistas portugueses, o Dr. António
Augusto de Carvalho Monteiro seguiu, igualmente, a insólita tradição de fazer buracos profundos na Montanha da Lua pois, além das diversas galerias da sua autoria, ainda detectáveis na Quinta da Regaleira, ordenou a escavação de um «poço» com 30 metros de profundidade e 6 de largura.
Pelas paredes deste «poço», cuja possibilidade de servir para captar água é posta de parte por quem nele penetra, desce uma escada em caracol com 139 degraus e apoiada em colunas.
No fundo depara-se com mais passagens subterrâneas reforçando a ideia de que tanto
buraco não teria sido aberto por acaso...


UMA TRADIÇÃO MUITO FECUNDA QUANTO A SUBTERRÂNEOS


A Tradição portuguesa é fecunda quanto a referências sobre as grutas e túneis sintrenses, chegando a fazerem parte das lendas do povo de regiões afastadas da Montanha da Lua.
A Serra de Montejunto, por exemplo, localiza-se a cerca de cinquenta quilómetros a
Nordeste da Serra de Sintra mas os seus habitantes, segundo o livro de António Oliveira Melo, António Rodrigues Guapo e José Eduardo Martins, “O Concelho de Alenquer”, pensam e garantem:

– A terra e o mar interpenetram-se. De uma ponta à outra, da serra de Sintra à serra de Montejunto, a montanha está rota por baixo e o mar chega a entrar por ela dentro.

Será esta Montanha, às portas de Lisboa, uma das Cem Portas do mais fabuloso que mítico Reino de Agharta, onde “reside” o Rei do Mundo?
Helena P. Blavatsky, fundadora da Sociedade de Teosofia, falou nesse país subterrâneos
em 1888, na sua obra “A Doutrina Secreta”, a «bíblia» de grande número de ocultistas. Mas foi alguns anos mais cedo que a lenda ou história verídica de Agharta teve a sua maior divulgação junto do público, com as obras insólitas de Saint-Yves d´Alveydre.
Nelas este estranho homem profetizou muitos acontecimentos de grande relevo que vieram
a suceder alguns cem anos depois da sua morte, entre eles a implantação do Comunismo na China e a união da Europa, ou Comunidade Económica Europeia...
Após contactos com uma personagem misteriosa, a quem chamou Instrutor, o escritor
publicou a “Missão da Índia na Europa”, livro enigmático onde diz revelar os segredos desvendados pelo seu Mestre.
O Reino de Agharta seria, então, uma cidade subterrânea e iniciática onde viveriam milhões
de pessoas, Igreja primitiva conservada em segredo, talvez a equivalência do Reino do Prestes João, conservando-se assim até à implantação da Sinarquia no Mundo.


Victor Mendanha

Welcome to the machine

Qual liberalismo?

"A esquerda acha que pode mudar o mundo, mas na verdade só consegue mudar aquilo que já antes mudou na realidade social.

Num contexto há muito ultrapassado – nos anos setenta do século XX – o filósofo italiano Norberto Bobbio perguntava: “Qual socialismo?”. O seu problema era o da relação desta ideologia com os regimes demo-liberais e a posição de Bobbio consistia em favorecer uma forma liberal de socialismo. Mas o intento do pensador italiano parece hoje perdido num passado remoto. A sua tentativa de liberalização do socialismo era apenas um caminho que se tornava necessário percorrer até chegar à evidência do fim das alternativas socialistas.

No entanto, ao que tudo indica, a esquerda portuguesa passou ao lado desta discussão (com algumas excepções, como é óbvio), tal como costuma passar ao lado de muitas outras. Como se tem visto na “inflexão socialista” gerada por Manuel Alegre e pelo crescimento das intenções de voto no BE e PCP, o Governo agora quer mais Estado e até quer fazer de Robin dos Bosques. Ou seja, prepara-se para a demagogia fiscal: ao mesmo tempo que baixou o IVA – o mais justo dos impostos, porque incide sobre o consumo, especialmente de bens não essenciais –, anda à procura dos sectores de actividade com lucros, para lhos retirar. Como se o lucro fosse algum tipo de crime que o Estado deve vigiar e punir.

Mas a nossa esquerda está em boa companhia. Os notáveis que tomaram conta do PSD apresentaram agora, no congresso do passado fim-de-semana, a sua brilhante e inovadora visão para o futuro de Portugal: a social-democracia à moda de Sá Carneiro, ou seja, o mesmo cato-socialismo que vêm apregoando desde o PREC, desde o tempo da União Soviética, desde que começaram a pensar politicamente. Não lhes ocorreu que é mais do que tempo de a direita em Portugal assumir aquilo que realmente é, na sociologia e nos valores, e deixar de prestar homenagens patetas à social-democracia. A menos que isso lhes tenha ocorrido e que o discurso da nova liderança seja apenas para enganar o vulgo – o que não é de todo de excluir e seria ainda mais grave.

Apesar de tudo – concedamos – há uma distinção entre PS e PSD nas questões de costumes. Nesse aspecto, o PS é progressista e o PSD conservador. Mas isto não é um projecto político para o país. Estas questões são sempre menos importantes do que parecem. A esquerda acha que pode mudar o mundo, mas na verdade só consegue mudar aquilo que já antes mudou na realidade social. A direita pensa que pode parar a mudança, mas o máximo que pode fazer é adiá-la – o que, geralmente, a torna ainda mais premente e radical.

Assim, está agora perfeitamente definido que as próximas eleições legislativas serão o habitual jogo dos enganos. O PS apresentará aos eleitores um socialismo progressista e o PSD um socialismo conservador. Ambos nos conduzirão, de acordo com os seus proponentes, à prosperidade e à justiça social, tal como se tem visto nos últimos anos.

Entretanto, nos Estados Unidos passa-se algo de relevante. O debate entre Obama e McCain não versa sobre a velha questão de Bobbio – “qual socialismo?” – mas antes sobre a verdadeira questão do nosso tempo: “qual liberalismo?” McCain é o típico liberal de direita. É o mais possível pelo mercado livre, tanto ao nível interno como internacional; é contra a justiça distributiva pela via fiscal e a favor dos cortes de impostos para os mais favorecidos; acha que a protecção na saúde deve assentar em seguros privados, etc. Obama, por seu turno, é a favor da liberdade económica, mas com algumas tentações proteccionistas. Obama tem sobretudo uma visão muito mais expansiva das funções do Estado. Ele quer melhorar a distribuição do rendimento e da riqueza e pretende acabar com cortes fiscais para os mais ricos e introduzi-los para os pobres e remediados. Obama aposta especialmente na universalização do acesso à saúde.

Nos Estados Unidos, portanto, desenrola-se agora a discussão entre as alternativas verdadeiras para as democracias do século XXI. Ou seja, discute-se qual a forma mais adequada de liberalismo: o liberalismo social (aquele que eu prefiro), ou o liberalismo de direita (usualmente designado por neoliberalismo). Nas próximas eleições, os americanos decidirão entre dois liberalismos credíveis. Nós decidiremos entre dois socialismos irresponsáveis
."

João Cardoso Rosas

Da justiça.

"A procuradora Maria José Morgado lamentou-se amargamente sobre a triste situação em que fica "o denunciante" de casos de corrupção – e que os tribunais "deixam os denunciantes entregues a si próprios". Compreendo a sua apreensão em tratando-se da malandragem, mas não fico a chorar a sorte dos denunciantes. A palavra é dúbia. E de má memória.

Ao contrário da procuradora (que culpa a sociedade portuguesa por não "compreender a denúncia"), eu acho que a história portuguesa está cheia de denúncias e de má justiça. Em muitos casos, espera-se que a denúncia substitua o trabalho de investigação. Olhando para trás, do século XVI até hoje, há exemplos bastantes de como a vida portuguesa ficou manchada por denunciantes profissionais. Não são boa gente. De facto, continuam a não ser.

Revisitemos Alexandre O’Neill neste Verão com ‘Já Cá Não Está Quem Falou’ – textos jornalísticos, críticas e notas de leitura, crónicas & opiniões, num volume organizado por M. Antónia Oliveira e F. Cabral Martins (Assírio & Alvim).
"

Francisco José Viegas

A cobardia das nações

"Sobre a riqueza delas escreveu o escocês Adam Smith. Nações que ainda hoje são ricas; a seguir a 1945 foram proibidas de se guerrear e inventaram a União Europeia para ficarem mais ricas ainda e em paz para sempre. Ambição bonita mas, com a preocupação de não se aleijarem uns aos outros, os europeus foram perdendo a capacidade salutar de meterem medo a terceiros.

Vivem numa cobardia tranquila que se encontra por toda a parte. Nos soldados holandeses ao serviço da ONU, protectores da cidade bósnia de Srebrenica que, sem um tiro nem um empurrão para a defenderem, deixaram o exército sérvio do general Mladic ocupá-la em 1995, arrebanhar a população civil, separar os homens e os rapazes e fuzilá-los a todos (uns oito mil). Nos políticos, burocratas e académicos que do Norte ao Sul do continente acham que os Estados Unidos têm uma obsessão indevida com o Irão porque Teerão tem todo o direito de enriquecer urânio (o que é verdade, segundo o direito internacional) e não há razão para supor que o queira usar para fins militares (o que é mentira, sabendo-se o que se sabe dos anos de dissimulação e má fé iranianas perante a Agência Internacional de Energia Atómica).

Ainda esta semana, depois da passagem de Bush pela Europa e da ida a Teerão de Solana com novas propostas, um porta-voz iraniano fez ameaças veladas à União Europeia se esta aplicasse mais sanções. Conciliatório, Solana esclareceu que não seriam para já e talvez nem viessem a ser precisas. Sondagens de opinião em vários países europeus mostram que em geral os povos afinam pelas élites e colocam o perigo principal para a paz do mundo não no Irão mas sim nos Estados Unidos. Fazem-no não por quererem a paz mas por quererem que os deixem em paz e, a curto prazo, talvez seja mais fácil assim. Os orçamentos nacionais de defesa reflectem essa visão de avestruz da segurança. "Per capita", todos muitíssimo abaixo do dos Estados Unidos, só com os ingleses a serem capazes de dar conta do recado e com os franceses a fazerem um esforço financeiro, técnico e político notável para procurarem acompanhá-los. (Numa altura em que está na moda dizer mal do homem, é preciso saudar Sarkozy que sabe de onde vêm as ameaças e a contrapêlo da maioria dos seus compatriotas acabou com 40 anos de birra francesa contra a NATO).

Na solicitude com que estadistas franceses, italianos e, sobretudo, alemães, em vez de, com o resto da União, traçarem uma linha para lá da qual abusos internos e internacionais da Rússia deixariam de ser permitidos e juntos lhes comprariam gás e petróleo em muito melhores condições, se acomodam separados à pressão do Kremlin, recuando para depois recuarem melhor. (Angela Merkel vem do que era o Leste, sabe do que a casa moscovita gasta e bateria o pé a Putin, mas governa em coligação com os herdeiros de Schroeder, hoje presidente da companhia de um gasoduto russo-alemão).

É um quadro triste para os europeus e, qualquer dia, estala-lhes a castanha na boca
."

José Cutileiro

quinta-feira, junho 26, 2008

Uns arranhões no ego e o calimero, nem se sabe onde anda.

A Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP) considera “grave o episódio de violência e insegurança” ocorrido ontem nas instalações provisórias do tribunal de Santa Maria da Feira e apoia a suspensão de audiências caso seja essa a decisão dos juízes.
A leitura da sentença de 18 arguidos condenados por tráfico de droga terminou em agressões a dois juízes, que sofreram ferimentos e escoriações.
O julgamento decorreu no Pavilhão dos Bombeiros de Santa Maria da Feira (instalações provisórias do tribunal).
Para a ASJP, as instalações onde está a funcionar provisoriamente o tribunal “não reúnem as condições mínimas de segurança e dignidade para realizar julgamentos.”
A ASJP denuncia ainda a “falta de sistemas de vigilância e policiamento adequados” nos tribunais, geradora de “intranquilidade nas pessoas que trabalham e utilizam os tribunais, além de uma imagem de perda de autoridade e de prestígio do Estado”.
A associação exige “uma solução definitiva, no máximo já a partir de Setembro.”
No comunicado, a ASJP apoia os juízes caso estes considerem “adequado suspender a realização de julgamentos e diligências públicas” e “exigirá ao Governo e ao Conselho Superior da Magistratura que sejam tomadas medidas imediatas e concretas no âmbito das suas responsabilidades próprias no sistema de administração dos tribunais”.
Desculpem,mas já dizia o velho Nietzsche que a justiça não cobre o que deve e quando não cobre, receberá a dobrar.
O ministro esteve em Macau e lá aprendeu decerto bastante.
O outro o que fez o CPP, saberá decerto o que fez.
Portanto ou há democracia ou comem todos, neste caso estará uma situação de distribuição de fruta, não a fruta do apito, esta é um pouco mais dolorosa e principalmente, mais humilhante, o que decerto custa mais,mostra que não há intocáveis, e para memória futura, alguém deveria ser responsabilizado, porque se pega, é o diabo.
Não sou democrata e isto é um sítio muito mal frequentado, o resto é retórica, mas que deve ter doído, deve.
Já agora, os agressores, ficaram com pulseira, com termo de identidade e residência, com cúmulo, com blá, blá, blá...

Salazar e o colonialismo, ups!..., não, são democratas!

A administração americana quer obrigar o governo iraquiano a aceitar a existência de mais de 50 bases militares dos EUA em solo iraquiano, controlo absoluto do espaço aéreo iraquiano, 100% de imunidade para militares americanos e empresas privadas de segurança [dos EUA], bem como o direito de lançar operações militares no Iraque sem a obrigação de consultar, ou obter a prévia aprovação, do governo de Bagdade. ”
Isto ultrapassa largamente outros acordos que regulam a actividade da tropa americana noutras partes do mundo, transformando permanentemente o Iraque num Estado fantoche”, escreve na edição de hoje do diário britânico “The Guardian”, o editor Seumas Milne.
O analista enfatiza que estas políticas causaram indignação no Iraque e oposição nos EUA. Porém, o Congresso americano está impedido de tomar uma posição sobre o assunto por a administração Bush/Cheney não classificar oficialmente o acordo como “um tratado” político bilateral. Milne prosseguiu:
”Após a Grã-Bretanha ter invadido e ocupado o Iraque, durante a I Guerra Mundial, impôs um repugnante tratado ao governo fantoche de 1930 na véspera da independência simbólica do país.
Tal como na versão George W. Bush, a Inglaterra locupletou-se com bases militares próprias, garantiu o direito de executar acções militares e a imunidade legal para as suas tropas.
Apesar disto, as novas propostas dos poderes americanos, e as restrições à soberania iraquiana, ultrapassam largamente as impostas pelo tratado colonial anterior à II Guerra Mundial.”
Democracias, dólar baixinho, colonialismo, empresas de outsourcing, Bilderbergers, e somos todos ursos.

26 de Junho de 1963


John F. Kennedy speaks the famous words "Ich bin ein Berliner" on a visit to West Berlin. "Ich bin ein Berliner" is a famous phrase by John F. Kennedy. On June 26, 1963 in West Berlin, he made a speech containing the sentences:
"Two thousand years ago the proudest boast was civis Romanus sum. Today, in the world of freedom, the proudest boast is 'Ich bin ein Berliner.'

"All free men, wherever they may live, are citizens of Berlin, and, therefore, as a free man, I take pride in the words 'Ich bin ein Berliner!'"

According to the context of the speech, Kennedy meant that he stood together with West Berliners in their conflict with East Germany and its Communist government.

26 de junho de 1964


The Beatles release the album A Hard Day's Night. A Hard Day's Night was The Beatles' third album, released in 1964 as the soundtrack to their first film of the same name. The album, whilst showcasing the development of the band's songwriting talents, sticks to the basic rock and roll instrumentation and song format. Some of the more notable songs on the album include the title track (with its distinct, instantly recognizable opening chord), and the catchy "Can't Buy Me Love". It also features "And I Love Her", the first of what would become many popular McCartney ballads.

The title of the album (and film) was the accidental creation of drummer Ringo Starr. The band had begun filming the motion picture while it was still without a title. After one particularly rough day of shooting, Starr emerged from the studio (thinking it was still daytime) and said "It's been a hard day's..." (noticing that it was now dark outside) "... night."

Deadringer

Até amanhã e boa sorte !

"Xutos e pontapés".

"Dois juízes do Tribunal Judicial de Santa Maria da Feira sofreram ontem à tarde ferimentos ligeiros causados por agressões de um arguido no final da leitura da sentença de um processo por crimes de tráfico agravado de droga (mais aqui)."

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O nosso jornalismo.

1/ "O Benfica vai perder seis dos 52 pontos conquistados na edição de 2007/08 da Liga portuguesa. O castigo aplicado pela FIFA ao clube da Luz, pela falta de pagamento de uma verba relativa ao jogador Alcides, é irreversível (mais aqui). "

2/ "Benfica esteve muito perto de perder seis pontos por causa do "caso Alcides" (mais aqui)"

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Polícias compram fardas na candonga

"Há cerca de 20 anos que o subsídio para fardas da PSP e da GNR não é actualizado. Segundo avança a edição do Diário de Notícias (DN) desta quinta-feira, o valor mantém-se nos 5,5 euros (1100 escudos) desde 1989. O preço da roupa está sete vezes mais caro e os polícias recorrem à candonga (mais aqui). "

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Forte da Ameixoeira




Forte de D. Carlos I, popularmente conhecido como Forte da Ameixoeira, localiza-se na freguesia da Ameixoeira, Concelho e Distrito de Lisboa, em Portugal.

Ergue-se em posição dominante sobre uma colina, desfrutando de ampla vista envolvente de onde, em dias claros, avista-se mesmo a serra de Sintra. É vizinho à antiga estrada militar que interligava a periferia da cidade de Lisboa, de Sacavém a Algés.

Este forte foi erguido no século XIX, assim como outros que lhe são contemporâneos ao longo da antiga via militar, com a função de servir como defesa última da capital.

No início do século XX, no contexto da crise que conduziu à queda da Primeira República e à implantação do Estado Novo no país, o forte sofreu um assalto numa tentativa de golpe militar, a 13 de Agosto de 1924. A acção teria sido articulada por um comité integrado por João Lopes da Silva Martins Júnior, que desejava pôr o partido radical no poder tendo como chefe Gomes da Costa, e como futuro ministro do Trabalho José Carlos Rates, Secretário-geral do Partido Comunista Português.

Ao longo de sua história, o forte foi utilizado como quartel militar e como fábrica de munições.

Actualmente encontra-se inscrito numa zona degradada da cidade de Lisboa, encontrando-se as suas dependências abandonadas, servindo como abrigo a toxicodependentes, criminosos e animais vadios. A cerca de cinquenta metros dos seus muros passa o novo troço do Eixo Norte-Sul, o que provocou a construção de um túnel e também de uma curva-contra-curva nesta nova via.

No final do milénio passado o Ministério da Cultura e o Ministério da Defesa Nacional chegaram a um protocolo que visava o uso de parte do Forte da Ameixoeira pelo Ministério da Cultura, que tencionava requalificá-lo para abrigar reservas técnicas patrimoniais dos museus, palácios e monumentos nacionais.

Actualmente encontra-se em obras de remodelação para albergar a futura sede
do Serviço de Informações da República Portuguesa (SIRP e do Serviço de Informações de Segurança (SIS).

Arreda !!!



Rally de Monte Carlo : Loeb faz uma tangente a um policia.
Sem comentários...

Sintra subterrânea - 1ª Parte




Uma verdadeira cidade subterrânea, formada por túneis e grandes galerias, a partir do
Castelo da Penha e construídos pelos Mouros e pelos Templários há cerca de oito séculos, faz com que a Serra de Sintra se pareça mais com um enorme queijo “Gruyère” do que com uma montanha a quem já Ptolomeu apelidava de Montanha da Lua, nome aliás repetido por Camões quando a ela se refere, em verso, nos “Lusíadas”.

Em tempos ainda mais remotos Festo Avieno chamou-lhe Ofiusa, palavra de origem grega significando “terra da serpente”. Serpentes seriam, segundo vários autores mais dados à História superficial, os ídolos das tribos indígenas mas não se pode olvidar o facto de os Iniciados em determinada Via do Conhecimento serem conhecidos por idêntico nome.

Por seu lado o cruzado Osborne, um dos voluntários estrangeiros na conquista de Lisboa aos Mouros por D. Afonso Henriques e, quanto a nós, o primeiro repórter da História de Portugal, sobre a Serra de Sintra referiu, nas suas crónicas, que se tratava de uma região tão enigmática ao ponto das éguas ficarem prenhas apenas devido ao vento...

UM CASTELO ONDE ACONTECEM COISAS ESTRANHAS

Estes particularismos, narrados em velhos alfarrábios, não chegaram ao conhecimento do reformado Abílio Duarte, guarda em sistema de voluntariado do secular Castelo dos Mouros, em Sintra, mas isso não impede que, em compensação, não nos garanta:

– Aqui no castelo acontecem coisas estranhas. As pedras até parece que crescem, tal qual como as pessoas.

Mesmo dando de barato esta opinião, deveras polémica, não deixaremos de referir que
Abílio Duarte nos adiantou pormenores sobre a existência dos túneis da Serra da Lua, existência esta igualmente garantida por documentos antigos, só que de impossível demonstração pois essas galerias encontram-se obstruídas, nas suas entradas, por grandes porções de terra e
entulho de vária ordem, embora notando-se perfeitamente os vários tipos de acesso.

O Castelo dos Mouros e a entrada para um dos subterrâneos da Serra Sagrada de Sintra

Guiando-nos até junto das entradas de diversos túneis, parte deles escavados nas rochas, Abílio Duarte insiste:

– Tudo isto, aqui por baixo, tem subterrâneos. Um deles vai ligar ao Convento dos Capuchos, que fica a oito quilómetros daqui, e um outro desemboca perto da povoação de Rio de Mouro, mesmo junto ao ribeiro que passa naquela povoação.

Outras galerias, afirmam textos vetustos, descem pelo interior da montanha até ao Palácio da Vila, edificação mais moderna mas não menos enigmática em certos aspectos da sua arquitectura, para já não falar no Palácio da Penha, mandado edificar por D. Fernando II, verdadeira jóia de simbologia oculta, igualmente provida de longos subterrâneos que ninguém sabe onde levam.

Victor Mendanha

FATALIDADES

"Já se percebeu que o custo dos combustíveis causou ou irá causar o protesto literalmente inflamado de pescadores, transportadoras de carga, agricultores, taxistas, bombeiros, rebocadores, transportadoras de passageiros, Pedro Lamy, companhias aéreas, motards, empresas de cruzeiros marítimos ou fluviais, firmas de aluguer de helicópteros, motoristas de limusina (uns sete) e moços que aparam relvados com aquelas máquinas a motor. Em suma, todos os que, quando não se encontram em greve, trabalham em ramos movidos a gasóleo ou gasolina estão dispostos a provocar o pandemónio necessário para que as suas reivindicações vinguem.

Uma alternativa ao pandemónio seria mudarem de ramo. Da contabilidade à poesia, do ciclismo à cirurgia plástica, do toureio a pé à coluna jornalística, existem profissões menos dependentes dos derivados do vil petróleo. Mesmo assim, não tem havido notícias de muitos pescadores e camionistas inclinados a trocar a traineira e o volante do TIR pelos balancetes ou pelos sonetos de verso branco.

Compreende-se. Sobretudo porque, além de mais cansativos, os restantes ofícios ainda se mostram financeiramente mais arriscados que o bloqueio de estradas, o espancamento de colegas e as reuniões destinadas a arrecadar mesuras do ministro que estiver a jeito. Desde que se garanta o barulho, as mesuras não tardam: os insurgentes sabem que o Governo cede e, por sua vez, o Governo sabe que o vulgar contribuinte paga.

Ou não paga? Tal como contornou fronteiras partidárias, não é forçoso que a indignação violenta se limite à questão dos combustíveis. Num futuro breve, o precedente governamental torna plausível que qualquer conjunto de descontentes decida impor os seus apetites pela força, a pretexto do preço do pão ou dos pacotes de férias em Punta Cana.

No meio de tudo isto, é engraçada a alegria de alguns comentadores, que adivinham o caos e imaginam um combate contra a desigualdade e o falhanço de um suposto modelo "neoliberal". Por acaso, na realidade sucede sensivelmente o oposto. O azedume que por aí vai é uma reacção furiosa à tendência igualitária que obriga a partilhar recursos com a China, com a Índia e com os "emergentes" que aproveitam a globalização para prospe- rar. Em simultâneo, o que se chora nas ruas é a agonia do Estado-Providência, já incapaz de corrigir os desmandos da época. Com as vantagens e o sofrimento que implicam, a igualdade e o liberalismo (chamemos-lhe assim) estão apenas a chegar, embora em Portugal, cujo atarantado Governo pondera atacar o aumento dos preços com o aumen- to dos impostos, o que ameaça chegar é outra coisa, completamente diferente e tipicamente fatal
."

Alberto Gonçalves

quarta-feira, junho 25, 2008

25 de Junho de 1903


Nasce George Orwell. Pseudónimo de Eric Arthur Blair, nascido em Bengala, na Índia Inglesa, em 25 de Junho de 1903, morreu em Londres, em 21 de Janeiro de 1950. Poucas pessoas, mesmo entre as que lhe eram próximas, conheciam o seu verdadeiro nome, de tal forma o pseudónimo se tornou a sua segunda natureza. A adopção deste "nom de plume" correspondeu a uma profunda alteração na vida e nos ideais do homem - de uma figura do sistema no Império Britânico, ele tornar-se-á num rebelde, constantemente crítico. Morreu de tuberculose, na miséria.


Escritor, ensaísta, pensador e crítico literário, escreveu obras célebres, entre as quais se destacam:
O Triunfo dos Porcos ("A Revolução dos Bichos" no Brasil)
Mil novecentos e oitenta e quatro
Dias da Birmânia
Homenagem à Catalunha ("Lutando na Espanha" no Brasil)

Wikipedia

Até amanhã e boa sorte !


Não sabem? Soros explica à Comissão como fez no Congresso Americano a pedido.

O comissário europeu da Energia, Andris Piebalgs revelou hoje que a Europa tem petróleo suficiente.
Em declarações à imprensa, no final do encontro entre a União Europeia (UE) e a Organização dos Países Produtores de Petróleo (OPEP), em Bruxelas, Piebalgs negou haver falta de petróleo manifestando o desejo que o preço baixe.
Precisamos estudar os factores que influenciam o preço”, disse. As preocupações europeias em relação ao preço elevado do petróleo não tiveram resposta dos países da OPEP, por entenderem que a oferta é suficiente para satisfazer a actual procura.
A UE e a OPEP mantiveram hoje em Bruxelas o tradicional encontro a nível de ministros, que acontece duas vezes por ano, no âmbito do diálogo permanente entre as duas partes.
O presidente da OPEP e ministro argelino da Energia reafirmou que os países exportadores não planeiam aumentar a produção.
Chakip Khelil considerou que os preços elevados são externos à OPEP, atribuindo-os à crise dos mercados financeiros, à queda do dólar americano e a factores geopolíticos, como as ameaças dos EUA contra o programa nuclear iraniano.
O petróleo leve (light sweet crude) para fornecimento em Agosto aumentou USD 0,26 fechando a sessão de hoje, no mercado de Nova Iorque (NYMEX), cotado a USD 137,00/barril.
Em Londres, na bolsa ICE Futures, o barril de brent nos contratos futuros referentes a Agosto, aumentou USD 0,55 cotando-se em USD 136,46.

O que os fez correr?

O que fez correr o casal?

Um agente policial judeu suicidou-se no aeroporto Ben Gurion, em Telavive, Israel, quando decorria a cerimónia de despedida do presidente francês, Nicolas Sarkozy, de visita ao país desde domingo.
Segundo as autoridades judaicas, o incidente foi de imediato interpretado como uma tentativa de assassínio do presidente francês.
O porta-voz da polícia Micky Rosenfeld, no entanto, negou tais suspeitas. A segurança retirou rapidamente Sarkozy do local, fazendo-o embarcar na aeronave.
O chefe de Estado gaulês estava acompanhado pelo primeiro-ministro Ehud Olmert e pelo presidente Shimon Peres.
Os dois estadistas hebraicos saíram do local sob escolta.
Um porta-voz da polícia confirmou que o agente que pôs termo á vida estava a uma distância de 100 a 200 metros do avião.
Segundo a rede televisiva norte-americana CNN, o som do disparo activou o alerta de segurança no aeroporto.
O porta-voz da Presidência francesa, Franck Louvrier, não atendeu as ligações feitas para o seu telemóvel por repórteres da Associated Press. Ver imagens YouTube

Ninguém pára o Benfica.

"Quando me disseram, pensei que fosse brincadeira. Não fui eu que tratei da contratação do Rodríguez. Nem sequer estava cá, não sabia de nada. Fiquei surpreendido e bastante contente. Fiquei surpreendido, porque dois dias antes tinha visto que ele ia assinar pelo Benfica por 4 ou 5 épocas. Fiquei mesmo admirado quando me contaram. O Benfica teve todo o tempo do Mundo para o contratar e quem se antecipou em relação ao FC Porto foi o Rodríguez, não fomos nós (mais aqui).”

Pinto da Costa
Mas felizmente "o projecto será um projecto sólido, mais sólido ainda porque fica a contar apenas com jogadores que queiram vestir e saibam merecer a camisola que envergam (mais aqui)"

Obras públicas

"Manuela Ferreira Leite, no seu discurso de encerramento do Congresso do PSD, ousou criticar os laivos emergentes de "fontismo" que marcam esta última fase do mandato do actual Governo. Fê-lo com particular contundência, dizendo que a situação de depauperação do País e a gravíssima crise social que se espera não são compatíveis com dispêndios de discutível necessidade.

Mas foi ainda mais longe ao qualificar, sem rebuço, a decisão dos anunciados mega-investimentos como um dos mais sérios erros do regime. Colocou, assim, esta questão num patamar de discussão extremamente complexo para o Governo que nesta matéria desejaria consenso e pouca agitação. E demonstrou que não teme os interesses e as influências da grande indústria da construção.

Evidentemente que muitos virão a terreiro invocando estudos e mais estudos justificativos da nova ponte, do novo TGV, do novo aeroporto e de tudo o mais. Como outrora anunciaram as mirificas vantagens da edificação dos estádios do Euro que são hoje pasto do vazio.
Nós, Portugueses, gostamos de nos ufanar dos nossos recordes aferidos pela métrica do Guiness. Rejubilamos com a maior ponte da Europa e com o maior bolo-rei do Mundo. Mas, de que nos servem tantas auto-estradas se as famílias não dispuserem de meios para as fruir e as empresas para as utilizar? De que nos serve a maior ponte da Europa se não registar utilização compatível e se, por causa dela, o empobrecimento das famílias e a erosão da classe média se agravarem, se permanecerem os elevadíssimos índices de iliteracia que nos são atribuídos nos estudos internacionais, se os serviços de saúde mantiverem os mesmos níveis de ineficiência e se o sistemas judiciário prosseguir, reforma após reforma, numa inexorável agonia
?"

José Luís Seixas

Vale e Azevedo

"A fuga de Vale e Azevedo confronta o sistema judiciário com algumas das suas mais graves lacunas e a cooperação judiciária internacional com uma das suas maiores hipocrisias. Com residência fixa em Londres há muito tempo, Vale e Azevedo violou a liberdade condicional e levou o tribunal de execução de penas a acreditar na sua boa-fé.

Vale demonstra como é fácil para um arguido rico contornar a lei em matéria de execução de penas, deixando a nu a fragilidade dos mecanismos que têm a responsabilidade de acompanhar as saídas condicionais dos reclusos. A simples libertação, ainda que sujeita a várias obrigações, abriu a Vale e Azevedo a possibilidade imediata de fixar residência em Londres ou de tirar partido do facto de o ter feito antes.

Episódios destes arrasam a percepção, já muito negativa, que a população tem da Justiça. E o cumprimento do mandado europeu de detenção seria da máxima celeridade se fosse um suspeito de terrorismo – por vagas que fossem as suspeitas. Tratando-se de um fugitivo por crimes económicos praticados fora de território inglês e não prejudicando ingleses, a detenção de Vale não será uma das prioridades das autoridades inglesas. Nos discursos a cooperação judiciária internacional conta, mas na hora da acção emergem os interesses de cada um
. "

Eduardo Dâmaso

Vale e Azevedo

João Vale e Azevedo garantiu hoje à Lusa que não é fugitivo, mas que não vai voltar a Portugal voluntariamente, mas obrigado e às custas das autoridades. O PGR garante que «fez tudo o que tinha a fazer»

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A Justiça em Portugal é cada vez mais cegueta. E coxa também...

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São Cipriano




A lenda de São Cipriano - O Feiticeiro - confunde-se com um outro célebre Cipriano imortalizado na Igreja Católica, conhecido como Papa Africano. Apesar do abismo histórico que os afasta, as lendas combinam-se e os Ciprianos, muitas vezes, tornam-se um só na cultura popular. É comum encontrarmos fatos e características pessoais atribuídas equivocadamente. Além dos mesmos nomes, os mártires coexistiram, mas em regiões distintas.

Cipriano – O Feiticeiro - é celebrado no dia 2 de Outubro. Foi um homem que dedicou boa parte de sua vida ao estudo das ciências ocultas. Após deparar-se com a jovem (Santa) Justina, converteu-se ao catolicismo. Martirizado e canonizado, sua popularidade excedeu a fé cristã devido ao famoso Livro de São Cipriano, um compilado de rituais de magia.

A fantástica trajectória do Feiticeiro e Santo da Antioquia, representa o elo entre Deus e o Diabo, entre o puro e o pecaminoso, entre a soberba e a humildade. São Cipriano é mais que um personagem da Igreja Católica ou um livro de magia; é um símbolo da dualidade da fé humana.

Filho de pais pagãos e muito ricos, nasceu em 250 d.C. na Antioquia, região situada entre a Síria e a Arábia, pertencente ao governo da Fenícia. Desde a infância, Cipriano foi induzido aos estudos da feitiçaria e das ciências ocultas como a alquimia, astrologia, adivinhação e as diversas modalidades de magia.

Após muito tempo viajando pelo Egito, Grécia e outros países aperfeiçoando seus conhecimentos, aos trinta anos de idade Cipriano chega à Babilônia a fim de conhecer a cultura ocultista dos Caldeus. Foi nesta época que encontrou a bruxa Évora, onde teve a oportunidade de intensificar seus estudos e aprimorar a técnica da premonição. Évora morreu em avançada idade, mas deixou seus manuscritos para Cipriano, dos quais foram de grande proveito. Assim, o feiticeiro dedicou-se arduamente, e logo se tornou conhecido, respeitado e temido por onde passava.

O famoso Livro de São Cipriano foi redigido antes de sua conversão, mas o mistério que envolve a vida do Santo interfere também em seu livro. Uma parte dos manuscritos foi queimada por ele mesmo. A questão é que não se sabe quando, e por quem os registros foram reunidos e traduzidos do hebraico para o latim, e posteriormente levados para diversas partes do mundo.

No decorrer dos anos, o conteúdo sofreu alterações significativas. Houve uma adaptação de acordo com as necessidades e possibilidades contemporâneas; além da adequação necessária na tradução para os vários idiomas. Esses fatores colocam em dúvida a fidelidade das versões recentes, se comparadas às mais antigas.

Actualmente, não é possível falar do Livro, mas sim dos Livros de São Cipriano. As edições capa preta e capa de aço; ou aquelas intituladas como o autêntico, o verdadeiro, ou o único, enfatizam um mesmo acervo mágico central, e ainda exaltam o cristianismo e a vitória do bem sobre o mal. Porém, existem grandes diferenças no conteúdo. Enquanto alguns exemplares apresentam histórias e rituais inofensivos, outros apelam para campos negativistas e destrutivos da magia.

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