Apesar de o Rock não se ter desenvolvido radicalmente nos tempos mais recentes, o modo de tocar guitarra evoluiu consideravelmente. Os intérpretes americanos Steve Vai, Joe Satriani e Eddie Van Halen são possivelmente os mais progressivos da sua geração. Van Halen é famoso por ter popularizado a voga do «Finger Tapping», uma técnica em que ambas as mãos são utilizadas para "martelar" as cordas, permitindo assim a execução de solos com velocidades incríveis.
Steve Vai está activamente envolvido no design de guitarras para a companhia Ibanez, e é um exelente executante da guitarra, mas o mais significativo executante de guitarra eléctricade todos os tempos remonta aos anos 60, onde nos meros 4 anos que decorreram entre o lançamento do seu primeiro disco e a sua morte, Jimi Hendrix, revolucionou o modo de tocar guitarra, não só pela sua técnica fantástica, (sendo inclusivé o primeiro guitarrista de nomeada a exprimentar sonoridades diversas) como também pela sua ortodoxa forma de dominar o instrumento (apesar de esquerdino, Hendrix tocava uma Fender Stratocaster direita. Com os controles de volume e tom directamente debaixo do seu antebraço, era capaz de os integrar no seu estilo de tocar, utilizando o braço esquerdo para alterar os controles, raspando-o nos mesmo enquanto tocava, evitando uma normal pausa). Estes são os mais importantes efeitos utilizados para tocar guitarra:
Abafar as Cordas, é uma técnica muito frequentemente utilizada. Existem duas maneiras de se abafar o som das cordas: pode-se reduzir a tensão dos dedos da mão esquerda quando a nota seja tocada (Exemplo: Execute o acorde Fá, e enquanto a nota ainda esteja a soar, retire os dedos da mão esquerda do braço da guitarra. O som cessará), ou ainda utilizar a parte de fora da mão direita nas cordas por cima da ponte, evitando então a continuação da vibração das cordas e consequentemente o som.
Hammer-On, é uma técnica fundamental de solo, frequentemente utilizada no Rock, e conhecida na música clássica como «Legato». Esta técnica ocorre quando o tom de uma nota ressoante é subida movendo um dedo da mão esquerda para outro trasto acima da mesma corda (Exemplo: coloque o indicador no 5º trasto na primeira corda, toque a nota e enquanto esta ainda estiver a soar, coloque o anelar no 7º trasto na mesma corda, deixando prolongar o som). Esta técnica permite tocar duas notas muito mais rápidamente do que se o fizesse utilizando a mão direita duas vezes.
Pull-Off, é precisamente o contrário do Hammer-on. Desta vez toca-se uma nota e retira-se o dedo que pisa para fazer soar uma nota mais grave (Exemplo: coloque o anelar no 7º trasto na primeira corda e o indicador no 5º trasto da mesma corda. Toque a nota e enquanto a nota estiver a soar retire rapidamente o dedo anelar, provocando o efeito contrário do exemplo anterior). Tanto os Hammer-On como os Pull-Off podem usar-se com notas singulares (o caso dos exemplos) como com acordes.
O Bending, é uma das mais básicas técnicas de solo utilizadas. Consiste em tocar uma nota e depois puxá-la elevando a altura do som. Originalmente foi desenvolvida pelos guitarristas de Country e Blues para imitar o som de uma guitarra Bottleneck, mas cedo se tornou uma ferroz arma de melancólicos solos. (Exemplo: Coloque o dedo médio no 5º trasto, na segunda corda. Toque a nota (Mi) e enquanto ela estiver a soar puxe firmemente a corda para cima com o seu dedo médio. Se puxar até um pouco tocará a nota Fá (bending de meio tom), caso puxe mais, soará um Fá sustenido(bending de um tom). Existem uma série de métodos que pode aplicar ao fazer bending, em todo o caso, o factor primordial que vai determinar até que ponto pode puxar a corda, é a grossura dela própria. Cordas muito espessas ou de nylon dificilmente permitem um bending de meio tom. Também é possível executar-se um Pré-Bending, ou seja tocar a nota já a fazer o bending das cordas e enquanto ela soa, levar a corda à sua posição original. Esta última técnica requer no entanto um elevado nível de perícia.
O Slide é o resultado de se fazer deslizar os dedos ao longo das cordas. Esta técnica é várias vezes utilizada como forma de adição de emoção e sensibilidade a uma música. (Exemplo: Coloque o indicador no 2º trasto da segunda corda, faça soar a nota e sem retirar o indicador do braço e enquanto a nota soa faça-o deslizar até ao 9º trasto da mesma corda). Por vezes é também utilizado um acessório, denomindo mesmo por Slide ou Bottleneck (gargalo de garrafa), num dos dedos da mão esquerda que produz efeitos originais quando deslizado pelas cordas.
O Vibrato é o efeito que se consegue fazendo ascilar rápidamente e de um lado para o outro a ponta do dedo que pisa a corda, provocando uma variação na frequência muito usada como forma de expressão. (Exemplo: Toque uma nota qualquer à sua escolha, e sem retirar o dedo desse trasto, mova a ponta do dedo rápidamente para um lado e para outro). As alavancas de tremolo foram originalmente cocebidas para produzir o efeito de Vibrato. Os guitarristas cedo se aperceberam da sua potencialidade para executarem também bendings até então impossíveis com os métodos convencionais.
A Alavanca de Tremolo é uma peça mêcanica que faz oscilar a ponte da guitarra, alterando a tensão e a altura do som nas cordas. As unidades de tremolo formam colocadas nas guitarras a partir de 1950, quando o seu efeito «Twang» se tornou uma imagem de marca de guitarristas como Duane Eddy, Hank Marvin e Dick Dale. Alguns guitarristas usavam-no para fazerem enormes alterações do som, o que frequentemente levava a que a guitarra ficasse desafinada quando a alavanca de tremolo regressava à sua posição normal. A solução para isso foi o sistema de encaixe para tremolo, desenvolvido pelo guitarrista Floyd Rose. O seu sistema mostrou-se tão eficaz, que as unidades de tremolo alternativas deixaram praticamente de ser usadas.
O Finger Tapping ou Apenas Tapping, como é mais vulgarmente conhecido, é uma técnica relativamente recente. Basicamente consiste em usar um dedo da mão direita, para dar pancadas («Tap») nas cordas em determinadas notas, manter essa notae depois passá-la para outra corda. Esta técnica permite ao solista tocar a velocidades alucinantes. Num estado mais avançado também se pode utilizar todos os dedos das duas mãos, incluindo os polegares, para tocar acordes. (Exemplo: coloque o indicador no 5º trasto na segunda corda. Dê um puxão na corda algures perto do 10º trasto com o indicador da mão direita, deixando prolongar a nota Mi. Enquanto a nota ainda estiver a soar bata com o dedo médio da mão esquerda no 7º trasto dessa mesma corda e enquanto esta segunda nota estiver a soar "martele" rápidamente com o indicador da mão direita no 10º trasto (Lá), soltando (Pull-Off) e ao mesmo tempo dar um leve puxão para tocar a nota Fá novamente).
Os Harmónicos, são tons semelhantes ao som de sinos, obtidos abafando suavemente trastos específicos com a mão esquerda. Ocorrem harmónicos audíveis em quase todos os trastos do braço, mas são mais frequentemente usados no 5º, 7º e 12º trastos, e menos vulgarmente no 3º e 9º trastos. Os harmónicos pisados, são executados pisando as notas com a mão esquerda e criar o hamónico abafando e tocando simultanêamente com a mão direita (Exemplo: Coloque o indicador da mão esquerda no 2º trasto da segunda corda. Agora coloque o indicador da mão direita levemente sobre o 14º trasto e faça soar a nota com o polegar ou com uma palheta segura entre o polegar e o dedo médio da mão direita).
A Afinação Alternativa é muitas vezes utilizada como forma de obter um panorama músical original e eficaz. Esta não é bem uma técnica de tocar guitarra, mas sim uma maneira diferente de o fazer. Em vez da tradicional afinação da guitarra (Mi-Lá-Ré-Sol-Si-Mi [da 6ª corda para a 1ª]), utilizan-se muitas vezes afinações diferentes, com o objectivo de criar acordes impossíveis de alcançar no âmbito da afinação standard. Muitas destas afinações evoluíram de antigos instrumentos acústicos e outras tiveram origem com os Delta Blues, cujos executantes desenvolveram técnicas e afinações para slide com os músicos havaianos.