quarta-feira, janeiro 31, 2007

Ó sancta simplicitas


A Europa esta península na imensidão do grande continente asiático pensa que existe.
Portugal esta pequena faixa com a Espanha agarrada nas costas, preocupa, ao se ouvir dizer que existe.

Dizia um fulano, de quem esqueci o nome, que as multinacionais ao se mudarem para a China e para Índia, melhorariam a vida dos desgraçados que lá vivem, mas que em contrapartida provocariam, em 20 anos, eu diria menos, o cataclismo que se aguarda a nível climático e que nunca mais acontece, para pôr fim a toda esta corja, que desde que sabemos que somos gente, sempre trabalhou em rede e sempre foram muito úteis na libertação das humanidades conhecidas, descritas nas várias histórias, conhecidas e por conhecer.

Sempre gostei muito do termo proselitismo, soa não sei bem a quê, mas acho que agora abusam do mesmo, como abusam da paciência, pelo menos da minha.
Mas que posso fazer?

A globalização, o novo fetiche dos economistas das boas escolas, os novos cientistas dos fluxos de capitais e de trabalho seja ele escravo ou não, querem fazer crer que sabem tudo e que nos podem oferecer um mundo melhor.

Linguagem de escravos para escravos.

Um miserável com cara de anormal e que só abre a boca para dizer asneira, disse tudo, agora que estava na China.

Os baixos salários, mesmo para os tecnologicamente evoluídos é a solução para a Europa e para os Estados Unidos. Tornemo-nos chineses e indianos a bem do super deus global e só isso nos salvará.

Descansem os meus amigos que a suposta previsão de aumento da esperança de vida é apenas um factor para dizer que a segurança social já era.

O que irá acontecer se as coisas continuarem por este caminho, e tudo leva a crer que sim, é que a população dos países ditos desenvolvidos não irá continuar a durar tanto como até aqui, mesmo que a medicina avance como avança. Melhorará para alguns apenas, os que conseguirem comprar os créditos de vida.

Esta será uma das consequências da abertura e uma das maravilhas dos mercados.
A outra, será a acentuação do fosso entre ricos muito ricos e uma humanidade muito pobre, pobre, mas global… Pessimismo? Duvido.

A Europa e aquela coisa chamada de comissão, determina que as emissões de CO2 sejam reduzidas ao mínimo, porque nós os europeus somos a consciência moral do mundo. Pergunto-me como é que uma pulga pode ser a consciência do mundo, mas lembrando a estória do grilo falante, percebi onde teriam ido buscar a ideia.

Assim, temos de reduzir as emissões para que os chineses, os indianos, os brasileiros, possam sair da miséria em que se encontram, a bem das humanidades…
Ó sancta simplicitas, últimas palavras de João Huss, 1369-1415, quando, encontrando-se sobre a fogueira a que o condenara o Concílio de Constança, reparou que uma velhinha, movida pelo seu zelo religioso, atirava mais lenha às chamas em que ele se consumia.

Agora os senhores da plutocracia são beneméritos, sancta simplicitas
Estranho mundo este, onde há bem pouco tempo se falava em colonialismo e neocolonialismo e agora com os chinas a ocupar África, depois das pestes dizimarem os que não emigraram, para a Europa ( claro), se fala nas virtudes da globalização e patati e patátá…

Por mim tudo bem.

Afinal, como dizia Céline, todo e qualquer diabo tem direito à sua côdea de pão, só não digo o que o irritava até ao fundo das cuecas…

Até amanhã e boa sorte!!!

Herói.

"O encontro entre as partes envolvidas no caso Esmeralda terminou sem acordo. Sargento Luís Gomes diz que não há acordo possível, mas afirma: «Vou lutar pela minha filha todos os dias da minha vida». Mostrando-se sensibilizado com a onda de apoio que está a receber ao aceitar ser preso porque não quer revelar o paradeiro da menor, Luís Matos Gomes foi parco em declarações apesar de ter sido muito aplaudido pelos populares que encheram o tribunal (mais aqui)."
Só num país como Portugal e com a ajuda desta comunicação social que temos, um raptor é aclamado como herói nacional.

País competitivo.

Somos um país competitivo em termos de custos, nomeadamente os custos salariais são mais baixos que na média da UE.”

Manuel Pinho, durante a visita de José Sócrates à China, apelando ao investimento chinês em Portugal.
Não sendo mentira acaba por não ser verdade.

Para a Diana.

As lanças chinesas em África

"Os tempos eram outros, os da Guerra Fria, quando África era ainda um campo de batalha entre o Ocidente e a União Soviética. Mas a China, ainda longe do apetite voraz por matérias-primas de hoje, já tinha o mesmo “modus operandi”. No minúsculo arquipélago de São Tomé e Príncipe, por exemplo, em finais da década de 80, podia apreciar-se um tenebroso edifício novo, sede do parlamento local, por sinal, exemplo da generosa amizade chinesa pelo então regime do presidente Pinto da Costa. S. Tomé ainda não sonhava em ter petróleo, era o equilíbrio de forças que importava. À época, a abertura das fronteiras chinesas ao investimento estrangeiro parecia uma miragem. Hoje, nem vinte anos depois, a China conseguiu o feito de aparecer como um novo Eldorado para o crescimento de pequenas empresas como de multinacionais gigantes. Em troca de recursos naturais e apoio na questão sensível de Taiwan, a República Popular não faz perguntas incómodas sobre questões como os direitos humanos e vai avançando em África. Com ou sem intermediários. Pequim, lê-se nas páginas 12 e 13 desta edição, elegeu, em 2006, Lisboa como parceiro estratégico na CPLP. Mas esse é um lugar que depressa podemos perder para Brasília, que mantém com a China relações de cooperação bem mais sofisticadas. "

Mónica Bello com Pedro Marques Pereira e Francisco Teixeira

ASSIM NÃO ! - Marcelo Rebelo de Sousa

Gato Fedorento, Marcelo e o Aborto

Soares ou Aznar?

"Considero Mário Soares uma personagem surpreendente porque penso que, depois de tantos anos na política, não aprendeu nada. O que fazer com os “ex” – condição na qual também me incluo – ?

Para alguém que já foi primeiro-ministro, e inclusivamente Presidente da República – tendo antes ocupado o cargo de secretário-geral do respectivo partido –, o futuro apresenta-se complicado. Os seus sucessores, por seu lado, gostariam que os “ex” mantivessem a boca fechada, uma vez que tudo o que disserem será incomodativo e inoportuno do ponto de vista político. Isto para mim, é um erro na perspectiva do interesse público. Devemos permitir que os “ex” continuem a falar e a escrever, neste caso sem as restrições colocadas pelo poder que impedem uma maior franqueza. Pessoalmente, acompanho dois “ex” de luxo, a saber, Mário Soares e José María Aznar. Considero Soares uma personagem surpreendente porque penso que, depois de tantos anos na política, não aprendeu nada. Continua a acreditar no socialismo e na esquerda como a melhor opção para o progresso, refutando a experiência histórica, que prova exactamente o contrário.

Também acredita que os EUA não constituem um modelo a seguir, que Bush é uma personagem nociva, e continua a apostar numa Europa forte, capaz de disputar e conquistar a liderança moral do mundo. Ou seja, continua a ser um utopista, o que, se tivermos em conta a sua avançada idade, é um mérito sem precedentes. Para Soares, a Europa deve consolidar o seu modelo social que fomenta a coesão, corrige desigualdades e proporciona o bem-estar geral. Cito estas ideias de Soares para as confrontar com as de Aznar – radicalmente opostas mas, na minha opinião, bem mais acertadas. Não porque o primeiro seja português e o segundo espanhol, mas sim porque este último pertence à direita liberal. Concordo com Aznar quando ele afirma que o modelo social europeu – tão apreciado por Mário Soares –, não fez mais do que colocar milhões de pessoas no desemprego, se bem que salvaguardadas por este Estado de Bem-Estar que tanto nos prejudica, e que mais não é do que um excelente antídoto para a economia produtiva ou a garantia ideal para o empobrecimento generalizado. E, enquanto a Europa, agora presidida pela senhora Merkel, está empenhada em continuar a discutir este modelo social, supostamente repleto de êxito, a verdade é que o mundo continua a rodar, violenta e rapidamente, na China ou na Índia – como se pode constatar, nestes dias, no Diário Económico -, alheio aos nossos problemas e ignorando, completamente, a nossa falta de ambição.

O cenário que se apresenta é o de um mundo globalizado e presidido por alterações tecnológicas constantes. Nunca a liberdade de comércio e de transferência esteve tão generalizada como actualmente, proporcionando oportunidades de progresso e bem-estar a tantos milhões de pessoas. No entanto, aqui na Europa, e graças a pessoas como Mário Soares, continuamos a preocupar-nos com as desigualdades existentes no mundo. Assim, o panorama que se devia traduzir em optimismo e numa vontade de fazer coisas novas, acaba por se transformar, na Europa, na reafirmação do modelo que continua a ser válido e merecedor de um aprofundamento. Porém, pessoalmente, acredito que a realidade é bem distinta. A Europa leva décadas a braços com um crescimento económico mínimo, sem comparação possível com os EUA. Ora, isso deveria ser suficiente para convencer pessoas como Soares da necessidade de alterar este paradigma, e de como o intervencionismo, o proteccionismo e o imobilismo são o caminho mais curto para a irrelevância mundial. Do ponto de vista económico, o Estado de Bem-Estar não só se mostrou impossível de ser financiado a longo prazo, como é perverso, culturalmente falando, pois deu origem a múltiplas gerações de jovens habituadas a ter a vida facilitada ou subsidiada, castrando, deste modo, a sua capacidade de criar riqueza e valor.

Mas há mais, principalmente na perspectiva política. Contrariamente ao que pensa Mário Soares, há muito que a Europa perdeu a esperança em si própria, porque faz tempo que renunciou à defesa dos seus valores, e à estima dos mesmos. O relativismo moral instalou-se na sociedade. Segundo Aznar, “uma parte da Europa, ou se quisermos, do Ocidente, parece fascinada pela tentação da autodestruição”, e demonstra uma vontade insólita em atribuir todos os males do mundo – desde os mais brutais e execráveis atentados terroristas à persistência da pobreza em extensas zonas do globo –, à arrogância ocidental. E quem pensa assim? Soares, claro. Neste momento chegámos a uma encruzilhada histórica que, sem dúvida, dará as boas vindas a qualquer contributo como, por exemplo, os dos “ex” presidentes Soares e Aznar. Pessoalmente preferiria o segundo, e o leitor?
"

Miguel Angel Belloso, Ex-director do “Expansion”

De volta.


"Os Police vão mesmo reunir-se e a primeira apresentação é já na 49.ª gala de entrega dos prémios Grammy, marcada para 11 de Fevereiro, em Nova Iorque, confirmou ontem em comunicado a Academia da Música dos Estados Unidos."

Aborto e civilização

"Quando se diz que o feto é “parte” do corpo da mãe, é falso, porque não é parte: está “alojado” nela, melhor, implantado nela. O aborto voluntário vai tornar-se uma das grandes questões nas sociedades ocidentais. O regresso do tema à tolerante Holanda é só mais um sintoma. O interesse com que entre nós se vive o sim ou não no referendo é disso bom sinal. Há diversas formas de entrar no debate: desde a inconveniência ou ilicitude do aborto à fé religiosa, para cristãos com força de convicção de uma moral universal. Há outra posição que pretende ter validade universal: a científica, embora também aqui as provas não sejam acessíveis à imensa maioria dos homens e mulheres, que as admite por fé (na ciência).

A minha preferida – na linha de artigo (1983) do filósofo Julián Marias – é outra, acessível a todos e independente de conhecimentos científicos ou teológicos que poucos possuem. É a visão antropológica, fundada na mera realidade do homem tal como se vê, vive e se compreende a si mesmo.

Trata-se da distinção decisiva entre “coisa” e “pessoa”, que se revela no uso da língua. Em todas as línguas há uma distinção essencial: entre “que” e “quem”, “algo” e “alguém”, “nada” e “ninguém”. Se entro numa casa onde não há nenhuma pessoa, direi: “não há ninguém”, mas não me ocorrerá dizer: “não há nada”, porque pode estar cheia de móveis, livros, lustres, quadros.

O que tem isto a ver com o aborto? Muito. Quando se diz que o feto é “parte” do corpo da mãe, é falso, porque não é parte: está “alojado” nela, melhor, implantado nela (nela e não meramente no seu corpo). Uma mulher dirá: “estou grávida”, nunca “o meu corpo está grávido”. Uma mulher diz: “vou ter um filho”; não diz: “tenho um tumor”.

A pergunta a referendar, ao usar, em vez de aborto provocado, “interrupção voluntária da gravidez”, não só abusa da hipocrisia como se esconde sob a capa de despenalização. Os advogados do sim não gostam da comparação, mas com isto os partidários da pena de morte vêem as dificuldades resolvidas. Podem passar a chamar à tal pena – por forca ou garrote – “interrupção da respiração” (e também são só uns minutos).

Há ainda as 10 semanas, como se para a criança fizesse diferença em que lugar do caminho se encontra ou a que distância, em semanas ou meses, da sua etapa da vida que se chama nascimento será surpreendida pela morte.

O mais estranho é que para os progressistas o aborto é visto como sinal de progresso, enquanto a pena de morte é de atraso. Dantes denunciavam a “mulher objecto”, agora querem legitimar a criança-objecto, a criança-tumor, que se pode extirpar, em nome do “direito de dispor do próprio corpo”.

O direito (com bons propósitos) serve para nos impedir de entender “o que é aborto”. Por isso se mascara a sua realidade com fins convenientes ou pelo menos aceitáveis: o controle populacional, o bem-estar dos pais, a situação da mãe solteira, as dificuldades económicas, a conveniência de dispor de tempo livre, a melhoria da raça.

A tudo isto acrescem as tentativas de abolir as relações de maternidade e paternidade, reduzindo-as a mera função biológica sem duração para além do acto de geração, sem nenhuma significação pessoal entre o “eu”, o “tu” e o “ele(a)” implicados.

Felizmente, ao pôr-se a nu a grave dimensão da aceitação social do aborto, facilita-se o regresso de temas que os “progressistas” julgavam de direita e, por isso, ultrapassados: a família e a natalidade.

Não devemos estranhar que os mesmos que sempre se equivocaram sobre tudo, desde a natureza do regime soviético a Cuba, passando pelo fim do trabalho e as nacionalizações, se encontrem agora, de novo, unidos no “sim” ao aborto (e no “não” ao sofrimento dos animais). E, ontem como hoje, acompanhados de idiotas úteis. Alguns, pelos vistos, “liberais”, que desconhecem que a noção de liberdade para o liberalismo clássico é oposta à de “direito a ou de”. Para T. Jefferson os seres humanos são independentes, mas não da moral; se a desafiamos, não somos livres mas escravos, primeiro das nossas paixões e depois possivelmente da tirania política. Que tipo de governo democrático poderá controlar homens que não podem controlar as suas próprias paixões? Situação que piorará com a ilusão do Estado contraceptivo e a liberalização das oportunidades para a irresponsabilidade
."

José Manuel Moreira

Para meditar.

«O exercício individualista da liberdade origina uma sociedade permissiva. O Estado gasta uma parte significativa das suas capacidades e energias a corrigir abusos de liberdade»

D.José Policarpo, cardeal patriarca.

terça-feira, janeiro 30, 2007

Até amanhã e boa sorte!!!

Metro.

"As obras de prolongamento da Linha Vermelha do Metropolitano de Lisboa até ao aeroporto da Portela foram adjudicadas ontem e arrancam até sexta-feira, data que, segundo a empresa, garante a atribuição de um financiamento comunitário de 165 milhões de euros ao projecto. A execução dos toscos entre a estação Oriente e a estação Aeroporto foi adjudicada ontem ao consórcio formado pelas empresas MSF, OPCA, Edifer, Sopol e Alves Ribeiro, com um prazo de execução de 32 meses (mais aqui). "

Felizmente o Metro ainda vai chegar a tempo de assistir à mudança do Aeroporto da Portela para a OTA.

Apito Dourado.

"Se este processo vier a terminar por questões de direito, ou por causa da ilegalidade das escutas telefónicas, de certa maneira ficarei triste porque quero que se analisem os factos e quero sair deste processo com a certeza de que não há nada que me incrimine». «Não quero que amanhã se diga que não fui condenado porque não havia lei, por isto ou por aquilo. Eu não quero ser condenado porque não cometi qualquer acto que possa ser considerado crime»

Valentim Loureiro
Não podíamos concordar mais com o Major.

Sondagens.

"A maioria dos portugueses acredita que o Governo não será penalizado caso o «não» vença o referendo do dia 11. Segundo uma sondagem da Marktest para o Diário de Notícias e TSF, a maioria dos inquiridos defende ainda que a Igreja Católica não deveria envolver-se activamente nesta campanha (mais aqui)."
Interessante esta forma democrática de limitar o campo de manobra do inimigo.

Cheque em branco?

"O PS guarda segredo sobre a regulamentação da interrupção voluntária da gravidez, caso o "sim" ganhe o referendo do próximo dia 11. Ontem, na sede nacional do PS, António Costa deu uma conferência de imprensa lançando a campanha do PS - hoje é o primeiro dia do período oficial - e, interpelado pelos jornalistas, foi categórico: "Não está em causa a regulamentação. A seu tempo será feita", afirmou, sublinhando que, para já, o prioritário é conseguir a despenalização da IVG até às dez semanas de gravidez (mais aqui)."

Para acabar com a “chaga” dos abortos clandestinos...

por João Titta Maurício


A aprovação de uma lei que consagra o aborto livre e irrestrito seria a consagração da amputação do princípio constitucional e civilizacional do respeito integral da dignidade humana, o qual deixaria de se aplicar a toda a Vida humana. E que se saiba uma coisa: a maioria dos eleitores pode não estar disso consciente, mas a aprovação da lei do aborto passaria a permitir que, por lei, se pudesse negar a um ser humano o respeito pela sua dignidade. Hoje, aos por nascer. Amanhã, aos que, já nascidos, de alguma forma estejam diminuídos.

Muitos dos que apelam ao voto a favor do aborto, buscam uma aquietação legal para a inquietação moral e psicológica que sentem. E, por isso, é justo que se peça a todos os homens e mulheres que pretendem votar Sim no referendo de 11 de Fevereiro, que lhes perguntem se acreditam que será possível que alguém seja capaz de, olhos-nos-olhos, defender com seriedade que a lei que permitiria o aborto a pedido, é uma lei para acabar com a humilhação das mulheres?

Mas haverá maior humilhação do que uma mulher ser levada a cometer o mais indesejável dos actos apenas porque se acha incapaz de sustentar um filho?

Mas haverá maior humilhação do que a memória, pessoal mas eterna, daquela decisão, daquele momento, daquele filho que, por desespero, não deixámos nascer? E alguém é capaz de, olhos-nos-olhos e com verdade, afirmar que alguma lei despenalizadora vai permitir a alguém perdoar-se pelo que fez? A lei e o Estado podem até não punir... mas alguém que abortou pode esquecer e absolver-se?

E haverá maior humilhação quando uma mulher, pelas circunstâncias económicas ou sociais da sua vida, é forçada a abortar. No dia seguinte descobrir-se-á que, afinal, continua a sobreviver nas mesmas circunstâncias desesperantes e angustiantes. Só que agora com um filho a menos e uma enorme dor a mais! É isso que a comunidade, o Estado tem para lhes propor?

Incomoda-me muito o flagelo do aborto clandestino. Não pelo número dos que são praticados (que sempre são inflacionados pela conveniência politiqueira e partidocrática dos defensores do aborto e de uma certa esquerda), mas porque, cada um deles, representa, a um tempo, uma irreparável perda de uma vida, daquilo que de Felicidade (e de tristeza) ela poderia proporcionar aos outros; daquilo que de Belo (e de feio) ela poderia dar ao mundo; daquilo que de Bom (e de mau) ela poderia permitir viver. Mas também, porque cada aborto significa a derrota da Esperança e a vitória do desespero. Porque cada aborto é a derrota da Solidariedade e a vitória do abandono. Porque cada aborto é a derrota da Humanidade e o triunfo do egoísmo.

Por isso, é por respeito e devoção a cada mulher, repito, que me angustia a realidade do aborto clandestino. Só que, ao contrário dos abortistas a quem apenas incomoda o facto de ser “clandestino”, a mim preocupa-me o aborto. Por tudo aquilo que representa de abandono, solidão e desânimo. Alguém duvida que a decisão do aborto é um puro acto de desespero? E se assim é, como justificar que o que o Estado tem para propor seja apenas o acolhimento legal do desespero.

Mais do que o combate à clandestinidade (que sempre existirá pois a legalidade tem consequências necessárias que colocam em causa o sigilo que a maioria jamais dispensará) a verdadeira proposta moderna, progressista e bondosa está no procurar proporcionar à mulher efectivas e reais alternativas ao aborto. Só assim há uma verdadeira proposta de Humanidade à disposição de um ser quase vítima do desespero.

É-se contra a liberalização do aborto, não porque se quer agredir as mulheres que, por desesperança, o fazem... mas porque importa não esquecer a urgência da defesa da Vida que há e que vive no ventre de cada uma delas e que – todos o sabemos! – nos exige, nos intima a que a defendamos.

É-se contra uma lei que quer tornar o aborto num acto banal, não porque se pretende a humilhação das mulheres que, por pressão e em sofrimento o fazem... mas para que a comunidade não desista e antes assuma a responsabilidade de apoiar e participar na ajuda fraterna que apresenta uma alternativa de Amor.

Porque se uma mulher grávida, em situações normais, já sente nela um perturbante turbilhão de sensações, medos, angústias, imaginem como se sentirá uma mulher cruelmente abandonada, amarguradamente só, vítima de circunstâncias que já não domina. Mulher que já não se domina. E que busca a saída que todos os que sentem o “incómodo” que aí vem… mas ninguém é capaz de sentir por ele o amor de que só ela parece ser capaz.

Como pode alguém dizer que é contra o aborto e depois permitir que a proposta oficial e colectiva que uma comunidade faz a uma mulher abandonada, pressionada, desesperada é um… «deixa lá, vamos ajudar-te a livrar desse incómodo, a despejar esse empecilho, essa coisa que não queres»... que agora não queres mas de quem vais ter saudades todos os dias da tua existência terrena!

Seria bom que recordassem a quem se esqueceu... ou que ensinassem a quem ainda não aprendeu... as sábias palavras de Isaiah Berlin, um dos mais brilhantes e influentes pensadores do Séc. XX: «Liberdade é liberdade, não é igualdade, nem equidade, nem justiça, nem felicidade humana, nem uma consciência tranquila».

Falsidades em torno da questão do aborto…

por João Titta Maurício


É falsa a afirmação daqueles que dizem que o Estado deve ser moralmente neutro e que a não aprovação das leis de liberalização do aborto são uma imposição de uma moral particular sobre a sociedade.

Não relevemos a inexactidão da afirmação de que o Estado deve ser neutro nas escolhas morais, pois nada parece ser tão óbvio quanto o facto de, quando opta por punir ou não punir um facto, o Estado faz uma escolha moral. A decisão de liberalizar o aborto (e até propor-se pagá-lo) jamais poderá ser classificado como um comportamento neutro do Estado. Por isso, não só é falso que o Estado seja capaz de neutralidade (nem sequer que o deva procurar ser) como é falso que a aprovação da liberalização do aborto seja a exigência para se alcançar um Estado moralmente neutro.

É falso que a liberalização do aborto seja uma proposta amoral. Basta de imoralismos mascarados de amoralismos. O seu propósito é falsificar os dados, procurando diminuir a carga de repugnância que as propostas abortistas de imediato suscitariam se fossem expostas sem que se acobertassem com esse manto de (aparente) neutralidade valorativa. De que serve afirmarem “eu não sou a favor do aborto, mas...” se no final defendem legitimar o poder de se fazer aquilo que (aparentemente) condenam? Não podem ser contra o aborto e defender a sua liberalização irrestrita. Podem ser adeptos de uma moral alternativa e afirmá-lo… não podem é apresentar-se como portadores de uma (suposta) “não moral”. Porque isso é falso, é insidioso, é enganador!

Todavia, a questão principal está na defesa da Vida. E nisso as propostas dos abortistas são claras: perante a moral presente que exige a preocupação da defesa do “outro” (principalmente do outro mais “fraco”), os defensores da liberalização do aborto colocam a tónica na defesa da vontade de um ser humano sobre a vida de outro, numa evidente renuncia ao altruísmo, uma capitulação em favor do egoísmo. Afirmar que «os cidadãos devem ser livres de agir de acordo com as suas consciências enquanto a actuação não fizer diminuir a liberdade de outros cidadãos» é uma inominável impostura, pois ao colocar “cidadãos” depois de “outros” é transformar um substantivo num adjectivo, e é excluir dos direitos todos aqueles que não são cidadãos. O mesmo fizeram os esclavagistas que, ao recusarem o carácter humano a todos, mais não faziam do que, “coisificando” o ser humano, torciam a realidade para obterem a ilusão de um ganho na argumentação.

Por outro lado, defender que o Estado deve estar à margem deste julgamento é esquecer que o Estado existe exactamente para isso: para colocar todo o seu poder, toda a sua capacidade na defesa dos mais fracos, Principalmente quando ainda não têm voz própria.

Finalmente, pretender excluir da discussão do aborto a questão do momento em que surge a vida humana é procurar ganhar na secretaria (com o apoio activo nas secretárias daqueles que manipulam nos media) aquilo que a ciência tem demonstrado em desabono das teses dos abortistas. Afastar desta matéria a questão do início da vida é manipular a discussão, pois é essencial que se diga que há vida desde a concepção: que não há evidências científicas ou médicas que digam outra coisa (bem pelo contrário); que, sabendo-se que há vida humana a nascer dentro da mulher grávida, consagrar-se o aborto é permitir-se que um ser humano possa, impune e irrestritamente, decidir sobre o destino de outra Vida humana. Porque a proposta submetida a referendo, a ser aprovada, concederia à mulher, pelo menos até às 10 semanas (por enquanto), um ilimitado e um incondicionado poder para, “porque sim”, eliminar uma Vida humana que nasce dentro dela, que é mais do que ela, que vive para além dela. Até na pena de morte se busca, pelo menos, uma aparência de justiça e aquela só é aplicada com uma fundamentação assente em motivos graves e sérios…

Em Portugal, na actual legislação, sobre o aborto, conjugam-se exigências de tempo com motivações éticas ou médicas sérias e (nalguma medida) atendíveis. Requere-se que, tão grave decisão, seja precedida e sustentada por razões minimamente atendíveis. É este o modelo que os países que optaram pelo aborto irrestrito agora se propõem adoptar. Numa coisa Portugal serve de modelo menos mau. Também nisto os abortistas estão tão equivocados e iludidos (e ainda não reparam que as suas propostas já só são defendidas por minorias radicais): apresentam como modernas e evoluídas soluções que já nem são compatíveis com o estado de conhecimento médico e científico de que desfrutamos, nem tão-pouco com as necessidades demográficas que enfrentamos.

Procurar iludir a discussão do aborto não permitindo que se aborde o tema central do começo da Vida seria o mesmo que pretender punir o homicídio e não aceitar discutir como e quando se qualifica a morte.

Procurar defender a não criminalização do aborto e não discutir os factos estatísticos das consequências quanto ao aumento do número de abortos realizados (todos os dados disponíveis inquestionavelmente apontam nesse sentido) é procurar esconder informação que deveria estar à disposição dos eleitores. Porque deveriam saber que, em França, antes da liberalização, os abortistas apresentavam números assustadores: entre 300.000 a 2.500.00 abortos/ano. Todavia, segundo se apurou mais tarde num estudo conduzido pelo Institut National d’Études Démographiques esse número era, de facto, entre 50.000 a 60.000. Hoje ronda os 200.000. Por outro lado, num estudo conduzido nos EUA «72% das mulheres interrogadas afirmaram categoricamente que se o aborto fosse ilegal nunca o teriam feito; 24% exprimiram dúvidas sobre se o teriam feito ou não; e apenas 4% afirmaram que o teriam feito ainda que o aborto fosse ilegal». E 40% são abortos repetidos. Estamos estatisticamente esclarecidos quanto às consequências da liberalização do aborto: este aumenta e passa a ser usado como mais um método anti-concepcional.

Mais, em Portugal, temos menos gravidezes adolescentes do que o Canadá, os EUA ou a Nova Zelândia (onde o aborto é legal). Além disso, «¾ das gravidezes em adolescentes são de maiores de 17 anos, e a maioria dos casos abaixo desta idade são de jovens cm vida marital por opção, do interior do país, e de etnias cigana, guineense e cabo-verdiana, que não desejam abortar mesmo que o aborto fosse legal».

É sintomático que neste referendo os defensores do sim usem e abusem recusar discutir dados estatísticos e fundamentos éticos e científicos. Preferem explorar o medo, a dor de algumas mulheres e homens, oferecendo-lhes um alívio fácil, ainda que incorrecto, para as suas consciências. Ao fazerem isso, os defensores do aborto demonstram, uma vez mais, a sua pouca percepção e respeito sobre a dor das mulheres. Que, assim, uma vez mais, são usadas e abusadas com propósitos partidários.

Os defensores do NÃO, querem ajudar as mulheres a dar à luz os filhos que julgam não poder ter.

Os defensores do NÃO, querem ajudar a proteger as mulheres da dor de abortar que nenhuma lei consegue aliviar.

Os defensores do NÃO, rejeitando um modelo de egoísmo e facilitismo, querem continuar a viver num Estado que tem leis que protegem os mais fracos.

A questão do aborto não se resolve pelo clássico antagonismo direita/esquerda; não é sequer um assunto de morais concorrentes; nem tampouco uma tese do foro religioso. É coisa bem mais simples: é puro Bom Senso, pura Razão, pura Verdade!

Don't Believe A Word 78

Coisas humanas.

"Do animado «Prós e Contras» de ontem saíram duas novidades com interesse: uma nova categoria biológica enunciada pela talentosa escritora Lídia Jorge, a «coisa humana» que vive no útero das mulheres até às dez semanas de gravidez, e um aviso sério de Vital Moreira, feito aos dois partidos centrais do nosso regime, para que digam aos portugueses como irão regulamentar, se estiverem no poder, a autorização legislativa que a vitória do «sim» representará. A isto acrescentou que acharia «muito mal» se o não fizerem até ao dia do referendo. Inquirido pela entrevistadora sobre as razões dessa opinião, esquivou-se a responder. Porquê? Pela simples razão de que essas explicações, sobretudo da parte do governo em exercício de funções, podem fazer toda a diferença e decidir o sentido de voto de milhares de cidadãos. Como é por demais evidente."


Do Blasfémias.

Para meditar...

"Ainda não tinha feito 16 anos e já era um caso sério na criminalidade do Porto. "Siga", o "rei da Pasteleira" (bairro onde residia), tem um longo historial de roubos a pessoas e de furtos de automóveis - uma "arte" em que se especializou quando teria apenas 11 anos. Nos veículos, que posteriormente abandonava, deixava uma espécie de imagem de marca o assento totalmente puxado para a frente, ou não fosse aquela a forma de o jovem chegar ao volante e aos pedais. Na altura, media cerca de metro e meio e era extremamente franzino. Reza a história que entre as viaturas furtadas contava-se um carro-patrulha. Os internamentos em centros educativos e as presenças assíduas no Tribunal de Menores nunca travaram a sua inclinação para o crime. Consumidor de heroína desde os 10 anos, "Siga" enveredou por uma escalada de violência, em que chegou a usar seringas e armas de fogo para roubar. Em Julho de 2000, um mês depois de ter completado 16 anos, a PSP pôde finalmente fazer algo que desejava há muito, mas a lei não lhe permitia: prendê-lo. Apesar de bastante jovem, viu ser-lhe aplicada a prisão preventiva. Condenado no âmbito de vários processos, cumpriu pena e saiu em liberdade condicional, em Fevereiro de 2005. Não demorou muito a voltar ao estilo de vida que o notabilizou. Foi apanhado novamente pela PSP (inclusive por ter furtado uma mota à porta de uma esquadra) e acabou por ingressar no violento "gangue dos restaurantes". Em Dezembro, foi detido pela Polícia Judiciária e voltou para a cadeia. Além deste processo judicial, tem muitos outros pendentes, cuja pena será definida por cúmulo jurídico."

E a criminalidade continua a diminuir...

1/ "Um jovem de 23 anos foi atingido com um tiro nas costas, ontem de madrugada, numa rixa na Rua de Santa Catarina, junto à Batalha, no Porto."

2/ "Encontra-se em estado grave, no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, um empresário com cerca de 40 anos, que foi baleado na madrugada de anteontem, no Entroncamento."

segunda-feira, janeiro 29, 2007

Da Série "Grandes Portugueses"


Só mesmo DO ARREBENTA !

Até amanhã e boa sorte!!!

Direitos.

"Uma parte dos autores do blogue Pela Vida defendem a figura e a política de Salazar e subscrevem a tese do integralista António Sardinha que escrevia, no início do século passado, que "a democracia é uma forma inferior da vida colectiva, só natural nos povos em formação ou nas nacionalidades em decrepitude".

Ao contrário do Blogue do Não - que, apesar de ter sido acusado pelo BE de ter ligações a figuras da extrema-direita tem apenas colaboradores como Jorge Miranda, Kátia Guerreiro e Sarsfield Cabral, sem haver ali links para outros blogues ou sites que não sejam só alinhados pelo "não" -, entre os 29 autores do Pela Vida, que também é pelo "não", há os que negam a chacina de Badajoz por Franco, verberam o julgamento dos nazis em Nuremberga e até sustentam que um novo livro sobre o Holocausto de Hitler é do género... "conto
"! (mais aqui)".
A tolerante esquerda tem a sua piada com a sua habitual coerência. A nossa Constituição impede a formação de sociedades com carácter racista ou fascista. Não defende que certos cidadãos tenham menos direitos que os outros. Especialmente quando podem atrapalhar na contagem dos votos. Ou o aborto é considerado uma questão racista ou fascista e impede-se os cidadãos de o referendar, ou não é e permite-se que esses cidadãos tenham os mesmos direitos que os admiradores de Estaline, Fidel e Kim jong Il.

A eterna cassete da xenofobia e racismo.

"Alcorcón tornou-se, numa Espanha que debate em permanência os problemas da imigração, sinónimo de intolerância e xenofobia. O nome desse subúrbio de Madrid, que há uma semana esteve a ferro e fogo, continua a ser notícia, pelos distúrbios isolados que vão ocorrendo, apesar do pesado dispositivo policial destacado, que tenta ter mão nas manifestações não autorizadas que surjam de ambos os lados da barricada, ou seja, movidas por antifascistas ou por ultranacionalistas. O poder municipal de Alcorcón tem tentado minimizar a importância dos incidentes, negando que haja grupos violentos organizados. Tal postura convence poucos. De acordo com um estudo recente, existem no município, pelo menos, oito bandos violentos organizados, dos "Latin Kings" sul-americanos aos neonazis, passando pelos "Redskins" antifascistas ou por grupos de jovens magrebinos (mais aqui)."
Parece que a lição de França não serviu para nada. Está claro de ver que a pretensa “intolerância e xenofobia” é fruto da violência originada pelos gangs violentos compostos por imigrantes. E, para variar, a comunicação social agrava ainda mais a situação ao manipular as notícias. Enfim, um mal que podia ser cortado pela raiz mas que devido ao politicamente correcto vai ser solucionado com violência.

Comunicação social.

"Ora porque a Comunicação Social toma partido e mais ou menos involuntariamente condiciona a formação de opinião, ora porque é, ela própria, condicionada (coagida?) a transmitir uma visão apenas destinada a fazer passar ou valorizar uma parte da verdade, o certo é que o jogo de sombras montado em torno de alguns temas que vão saltando para a ribalta dificultam cada vez mais a percepção objectiva da realidade. Não é que os jornalistas não possam nem devam emitir opinião ou expressar sentimentos. Bem pelo contrário, têm (ou devem ter) espaços próprios e formas claras de o fazer. Por isso mesmo, caiu mal ver, por exemplo, Fátima Campos Ferreira tomar partido tão apaixonadamente por um dos lados no "Prós e contras" que abordou a questão da menina confiada a pais "do coração". Este foi, aliás, um tema em que a Comunicação Social funcionou em uníssono. É difícil, por isso, aceitar como bom o argumento de que toda a informação foi prestada quando, afinal, nos apercebermos que só nas "letras pequeninas" se conseguiu ler que o Tribunal decidira há anos - e não apenas agora - a favor do pai biológico, ou se conseguiu perceber que uma questão é o problema da outorga da custódia da menina, outra bem distinta a moldura penal (o crime de sequestro) escolhida para condenar um militar a seis anos de prisão (mais aqui)."

Angels don´t Kill

Dois terços dos deputados votam a favor da despenalização do aborto

Será interessante, após os resultados referendo, verificar como o país está mal representado.

Prova de vida.

"Isto começou com o Iraque e com aquela triste Cimeira das Lajes em que o doutor Durão Barroso pôs Portugal do lado errado do mapa político», defendeu Manuel Alegre, em entrevista à agência Lusa, lamentando «a maneira como tem sido tratado este problema dos voos da CIA que passaram por Portugal». «Tem-se esquecido a origem da história, que é a Cimeira das Lajes e a posição que o então primeiro-ministro doutor Durão Barroso tomou. Ele sai incólume e absolvido disto tudo quando eu penso que a história começa nele», reforçou o ex-candidato independente a Belém.

De acordo com o deputado do PS e vice-presidente da Assembleia da República, «Portugal prestou pouca atenção ao assunto, as entidades prestaram pouca atenção» e «o Presidente da República tem também aí uma palavra, é possível que a tenha dito, em público não disse». «Talvez eu tivesse tido outro tipo de intervenção se fosse Presidente, mas também não tenho os dados todos», referiu Manuel Alegre, considerando que «o assunto tem sido mal esclarecido e mal conduzido e tem sido muito fulanizado
» (mais aqui)."
Em Portugal parece haver o costume de se criticar algo sem ter toda a informação necessária. Mas quando alguém ressabiado pela derrota, ao criticar a actuação do Presidente Cavaco, admite que podia ter tido outra no seu lugar se tivesse na posse dos dados todos, o que dizer?

E a criminalidade continua a descer...

"Os crimes graves e violentos que tinham diminuído em 2005, em Portugal, subiram, em 2006, cerca de 3%, elevando-se o número total de crimes a 380 mil - «uma média de 43 por hora, quase um por minuto», refere hoje o semanário Expresso. O semanário adianta que os crimes com utilização de armas de fogo foram os que mais influenciaram aquela tendência. As estimativas têm por base dados provisórios, que o Expresso apurou junto das forças de segurança, e «mostram uma tendência marcada de um acréscimo da ordem dos 3% na PSP e de 1,5% na GNR».

A PSP e a GNR «detiveram mais pessoas que em 2005, com uma subida de 10%. O número total de detidos ascendeu aos 60 mil. Uma média de cerca de um detido em cada 10 minutos. Outra matéria que preocupa as forças de segurança, são os crimes contra a autoridade (agressões, ameaças contra os polícias), que aumentaram 17% na área da GNR e cerca de 6% na PSP», adianta o semanário."

Aborto.

"Paulatinamente, vários defensores do "não" afirmam-se a favor da despenalização das mulheres que abortam. Entendem que o aborto é crime, mas que a mulher não é criminosa. Tortuoso paradoxo! E é Marcelo Rebelo de Sousa (MRS) quem mais protagoniza esta nova vaga. Pretende despenalizar o aborto, independentemente do tempo de gravidez (!), sem o legalizar. Longe da vista, longe do coração. Para MRS, os problemas da actual lei (aborto clandestino e criminalização das mulheres) resolvem-se (ou não se resolvem) assim: "Abortem à toa, desde que ninguém tope." Obrigada (mais aqui)."

A Joana tem toda a razão.

domingo, janeiro 28, 2007

Cose de la vita

E o desemprego continua a diminuir…

"No final do ano passado, as autoridades espanholas contabilizavam 72.505 cidadãos portugueses com residência legal no território espanhol, uma subida de 21,27% ou 12.718 portugueses face a 2005, indicam os dados da Secretaria de Estado da Imigração e Emigração espanhola (mais aqui)."

Nova táctica do FCP?

"Jesualdo Ferreira passou-se com a arbitragem de Leiria e, talvez porque esteja na moda, sugeriu "Investiguem!". Antes dele, outro treinador do F. C. Porto, José Couceiro, já avisava: "É evidente que há muitos condicionalismos dos árbitros em relação ao F. C. Porto. Temos sido muito prejudicados e sabemos que os árbitros têm problemas em actuar nos nossos jogos, principalmente desde que o processo Apito Dourado foi desencadeado". O treinador que chegara de Setúbal falava assim após um jogo no Estoril, onde fora descoberto um absurdo penálti por mão involuntária de Costinha, assinalado por... Sérgio Lacroix, o mesmo árbitro auxiliar que, nessa época de 2004/2005, expulsou Quaresma de um jogo em Moreira de Cónegos, por dá-cá-aquela-palha. O mesmíssimo que anteontem voltou a cruzar-se no caminho do extremo portista.O "liner" que comunicou a Elmano Santos a susposta agressão de Quaresma a Tixier é o mesmíssimo Sérgio Lacroix que, a 2 de Dezembro último, passou pelo Estádio do Dragão, à 12.ª jornada da liga, e não viu um violento pontapé de Linz num joelho de... Quaresma. Elmano também não viu. Usou "um critério largo", como se diz agora, e a equipa do Boavista lá escapou com três singelos cartões amarelos (mais aqui)."

Portugal em movimento.

"Em defesa da legalização da cannabis para fins recreativos e medicinais, vai decorrer, em Lisboa, a Marcha Global da Marijuana, iniciativa que junta cidades em todo o Mundo, de acordo com a comissão organizadora. Pedro Pombeiro e Margarita Menezes, da COM.Maria (a designação adoptada), manifestaram, em conferência de Imprensa, a expectativa de que o evento reúna mais do que as cerca de 200 pessoas que nele participaram em 2006, o primeiro ano em que se realizou em Portugal (mais aqui)."

Dantes Portugal era Fado, Futebol e Fátima. Agora é sexo, droga e aborto. Não podemos negar que o país se está a modernizar...

Cadê o Dr. Louçã.

"O amplo investimento dos partidos políticos faz com que os defensores do Sim à despenalização do aborto disponham de mais do dobro do orçamento de campanha que os defensores do Não, apesar de o número de movimentos cívicos ser muito menor entre os apoiantes da alteração da lei. O Sim conta assim com um milhão 432 mil euros, contra os 676.484 euros do Não. Mas a montante superior dos adeptos da despenalização deve-se muito aos 598 mil euros declarados pelo Partido Socialista. No seu conjunto, as forças partidárias investiram um milhão e 12.700 euros no Sim, contra 419 mil euros vindos dos cinco movimentos favoráveis à despenalização.Do lado do Não, os 19 grupos cívicos inscritos na Comissão Nacional de Eleições apostaram muito mais fortemente, reunindo no seu conjunto 615.834 euros. A estes somam-se 60.650 euros do CDS-PP, do Partido Popular Monárquico e do Partido Nacional Renovador (mais aqui)."
Estranha-se o silêncio do Dr. Louçã que foi tão lesto a atacar o tal orçamento milionário do não.

A nova censura..

"O dirigente do SOS Racismo Bruno Gonçalves afirmou este sábado, em Coimbra, que a comunicação socal têm contribuído para o aumento dos fenómenos de racismo e xenofobia na sociedade, através de notícias sensacionalistas que denegrecem as minorias, refere a Lusa. Além de debaterem o tema, os participantes promovem espaços de diálogo e interacção entre eles para minimizar o fenómeno de discriminação. Esta manhã foi exibido o filme «Arrastão», da jornalista Adriana Andriga, que pretende desmistificar o célebre assalto na Praia de Carcavelos, ocorrido em Junho de 2005, seguido de debate com Paulo Marques, chefe de redacção do Diário as Beiras."
O politicamente correcto em nome da luta contra o racismo e a xenofobia impõe a censura da comunicação social proibindo certas notícias e passando outras manipuladas.

Boas notícias.

"As portas do Maxime voltaram este sábado a abrir-se para o regresso do cabaré lisboeta às noites de luz vermelha, bola de espelhos e swing, depois de vários meses encerrado devido a queixas por causa do barulho (mais aqui)"

Bill Haley - R-O-C-K


Bill Haley (6 juillet 1925 - 9 février 1981) était un musicien célèbre, pionnier du rock and roll.

Né sous le nom William John Clifton Haley à Highland Park banlieue de Detroit dans le Michigan, il grandit en Pennsylvanie (certaines sources ajoutent Junior à son nom mais son frère aîné a déclaré que c'était une erreur). En 1946, Haley rejoint son premier groupe professionnel, les Down Homers. Il sort quelques titres de country dans les années 1940 pour des labels, comme Cowboy Records. En 1948-1949 il travaille aussi comme musicien itinérant et DJ. En 1951 avec son groupe The Saddlemen il change de style et enregistre des reprises de Jackie Brenston comme Rocket 88 and Rock this Joint Jimmy Preston. Le relatif succès de ce dernier a convaincu Haley qu'il pourrait peut-être avoir quelque succès dans le rock and roll. En 1952 The Saddlemen deviennent Bill Haley and His Comets. En 1953, l'enregistrement de sa chanson Crazy Man, Crazy devient le premier titre de rock and roll à atteindre les charts américains.

En 1953, une chanson intitulée Rock around the clock a été écrite pour Bill Haley mais il n'a pas été possible pour lui de l'enregistrer avant le 12 avril 1954. À l'origine, c'est un échec commercial mais Haley fait un succès international de sa reprise de Shake, Rattle and Roll qui s'écoule à 1 million d'exemplaires. Haley et son groupe ont joué un rôle majeur dans le lancement du rock and roll auprès d'un plus large auditoire, notamment les blancs après des années pendant lesquelles ce style était encore marginal.

Quand Rock Around the Clock apparaît en 1955 sur la bande originale du film Graine de violence (The Blackboard Jungle), c'est une véritable révolution musicale qui ouvre la porte à Elvis Presley et bien d'autres. Pendant les années 50, Haley continue à produire de grands succès comme See You Later Alligator. Il apparaît également dans les premières comédies musicales rock. Sa notoriété a cependant vite été dépassée par le sexy Elvis Presley, mais Haley est resté une star incontestée en Amérique Latine et en Europe tout le long de sa carrière. Son dernier concert a lieu en 1980 en Afrique du Sud. Bill Haley meurt fou a cause d'une tumeur au cerveau le 9 février 1981 à Harlingem.

Não fales com estranhos !

Álvaro Tomé, inspector da PJ na Secção Central de Investigação de Criminalidade de Alta Tecnologia (SCICAT), diz que, em Portugal, "até agora não houve casos de assédio ou de abuso sexual, mas esse é o maior risco dos sites". As queixas relacionadas com plataformas como o Hi5 têm sido frequentes, especialmente nos últimos seis meses. Muitos processos envolvem divulgação de imagens íntimas de outras pessoas, pela Net e com recurso ao telemóvel, e, "de há um ano para cá, têm surgido muitas situações de adolescentes que divulgam vídeos de pedofilia".Na opinião do investigador, a Internet não é totalmente segura. "A solução pode passar pela educação na escola e em casa. Os pais deviam tentar saber o que os filhos estão a ver no quarto. Deviam criar um perfil e tentar ver quem são os seus amigos e as suas actividades, tentando não entrar na sua privacidade de forma abusiva."

Luís Silveira, presidente da Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD), considera que os novos meios de comunicação, como a Internet e os telemóveis com SMS, são "uma ferramenta fantástica, mas trouxeram novos riscos, em particular para os jovens, os seus principais utilizadores". Por isso, sustenta, "é fundamental esclarecer" os mais novos sobre os perigos que correm. "Muitas vezes não se sabe muito bem com quem estão a comunicar. Podem pensar que estão a falar com alguém da mesma idade e, na realidade, tratar-se de uma pessoa mais velha, possivelmente com más intenções."

DN


sábado, janeiro 27, 2007

Diferenças de Género

COMO SATISFAZER QUALQUER MULHER

01.. Acaricie,
02.. massage,
03.. cante,
04.. suporte,
05.. alimente,
06.. dê banho,
07.. ria,
08.. sorria,
09.. estimule,
11.. console,
12.. abrace,
13.. excite,
14.. pacifique,
15.. proteja,
16.. seduza,
17.. ligue,
18.. corresponda,
19.. antecipe,
20.. perdoe,
21.. sacrifique-se,
22.. assessorie,
23.. mostre-se igual,
24.. fascine,
25.. respeite,
26.. encante,
27.. ignore,
28.. defenda-a,
29.. faça planos,
30.. enfatize
31.. faça serenata,
32.. agrade,
33.. mime,
34.. envolva-a,
35.. banhe-se,
36.. perfume-se,
37.. barbeie-se,
38.. elogie,
39.. faça uma surpresa,
40.. acredite,
41.. santifique-a,
42.. ajude,
43.. reconheça,
44.. seja gentil e educado,
45.. actualize-se,
46.. aceite,
47.. presenteie-a ,
48.. peça,
49.. escute,
50.. entenda,
51.. leve,
52.. acalme,
53.. mate por ela,
54.. morra por ela,
55.. sonhe com ela,
56.. prometa,
57.. entregue-se,
58.. comprometa-se,
59.. eleve,
60.. alivie,
61.. sirva,
62.. salve,
63.. prove,
64.. agradeça,
65.. dance,
66.. olhe nos olhos,
67.. escove,
68.. seque,
69.. dobre,
70.. lave,
71.. guarde,
73.. cozinhe,
74.. idolatre,
75.. ajoelhe-se e...
76.. volte ao começo e faça tudo de novo.

COMO SATISFAZER QUALQUER HOMEM

01.. Tire a roupa.

E depois dizem que os homens é que são complicados ! ! !...

Para a Diana.


Help comes when you need it most
I'm cured by laughter
Mood swings not sure I can cope
My life's in plaster (in plaster)

May your mind set you free
(chorus: opened by the wonderful)
May your heart lead you on
May your mind let you breathe all of disaster
(chorus: opened by the wonderful)
May your heart lead you on

These wounds are all self-imposed
Life's no disaster, disaster
All roads lead unto death-row
Who knows what's after

May your mind be wide open
May your heart beat strong
May your mind's will be broken
By this heart-felt song

May your mind set you free (Chorus: Be opened by the wonderful)
May your heart lead you on
May your mind let you breathe all of disaster (Chorus: Be opened by the
wonderful)
May your heart lead you on, may your heart lead you on
May your eyes let you see all of disaster
May your heart lead you on, lead you on
(Chorus: May your eyes be opened by the wonderful)
Set you free (Chorus: May your heart lead you on)
Lead you on

Procura-se obra feita.

"O primeiro-ministro considerou este sábado essencial que os portugueses passem da fase do «queixume» para a «acção», num discurso em que elogiou os empresários com espírito de risco e desafiou as câmaras a criarem bons ambientes de negócios (mais aqui). "
Trata-se de um plágio ao discurso de Cavaco só que com diferente alvo. Efectivamente ainda não se viu o governo fazer nada além de conversa mole e sacar impostos.

Aborto e Constituição.

"O constitucionalista Jorge Miranda defendeu ontem que, se o "sim" vencer no referendo de 11 de Fevereiro, uma futura lei permitindo o aborto a pedido da mulher até às dez semanas violará a Constituição da República. "Na lei de 1984 há um ponderação de valores entre a vida humana e o direito à saúde e dignidade da mulher. Aqui não há nenhuma realidade constitucionalmente admissível que justifique pôr em causa a vida humana", afirmou Jorge Miranda, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (FDUL), onde foi apresentado um grupo de 42 professores de Direito de várias universidades do país que defendem o "não" no referendo sobre aborto. Questionado sobre se, em caso de vitória do "sim", a legislação futura violará a Constituição, Jorge Miranda respondeu afirmativamente. "Entendo que sim", disse, lembrando que a Constituição da República refere, no seu artigo 24.º, que "a vida humana é inviolável" (mais aqui). "
Sempre se pode emendar a Constituição nessa parte, passando a vida humana a ser violável para satisfação do egoísmo feminino e aproveita-se para incluir uma nova alínea a proibir a aterragens de voos da CIA em Portugal.

Procurador quer criança com pais 'adoptivos'.

"O procurador do Ministério Público do Tribunal de Torres Novas, Dinis Cabral da Silva, vai defender que a menor E. se mantenha à guarda do casal Luís Gomes e Adelina Lagarto (mais aqui)."
E o referido procurador já sabe disso?

O xadrez mexe...

"O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia contesta com firmeza o projecto norte-americano de construir duas bases do seu sistema de defesa anti-mísseis na Polónia e na República Checa. Moscovo considera pouco convincentes os argumentos dos EUA que justificam a criação de um centro de radares na República Checa e de uma base com dez "poços" de mísseis interceptores, na Polónia, para proteger a Europa de eventuais mísseis provenientes dos "estados párias" (mais aqui)."

Há mais Iraques?

"Seis jovens saíram de casa para jogar futebol com amigos em Bonsucesso, na zona norte do Riode Janeiro. Por serem moradores da Vila do João, uma das favelas do Complexo da Maré, foram sequestrados, torturados e cinco deles esquartejados.Um dos adolescentes conseguiu escapar. Os corpos dos rapazes, com idades entre 14 e 18 anos, foram abandonados num automóvel, próximo a um posto de saúde em Del Castilho, na zona norte. Outros dois adultos, mortos na mesma sessão de torturas, também foram abandonados no carro. O grupo foi abordado por traficantes e levado para o alto do morro num carro roubado. Os jovens sofreram torturas e chegaram a ser arrastados, conta um dos que conseguiu fugir, embora bastante ferido"

Anorexia.

"Apesar das mortes recentes de seis raparigas brasileiras vítimas de anorexia – uma delas modelo de profissão e outra estudante de moda –, as federações de moda europeias, reunidas em Paris para reflectirem sobre os problemas de saúde associados à magreza extrema, decidiram não adoptar medidas para travar o fenómeno (mais aqui)."

O problema é que a moda fomenta a anorexia. E como o “corpo é meu, faço o que quero”, não há informação que chegue para combater a doença.

sexta-feira, janeiro 26, 2007

Até amanhã e boa sorte!!!

Quousque tandem abutere patientia nostra?

"O Conselho Superior de Magistratura não rectificou - nem tão pouco assinalou -, na versão que disponibilizou ontem, no seu sítio da Internet, da matéria de facto dada como provada no caso de E., os erros e falsidades constantes na sentença da regulação do poder paternal da criança. Refira-se que a publicitação da matéria de facto, decidida pelo Conselho, se destina, de acordo com o comunicado respectivo, a certificar que "numa sociedade democrática aberta, a crítica do funcionamento do sistema judicial e das próprias decisões dos tribunais" , que se afirma considerar-se "natural", tendo em conta a "condição destes como órgãos de soberania que administram a justiça em nome do povo", corresponda a "uma prévia recolha de informação e descrição de factos, tão rigorosa quanto possível, capaz de lhe conferir um elevado grau de credibilidade". O "rigor possível" parece assim ficar manifestamente prejudicado, para não falar da credibilidade (mais aqui)."

Fernanda Câncio
Vamos então analisar uma parte dos os erros e falsidades :
"1/ Note-se que esta perfilhação surge, de acordo com o que a sentença de regulação de poder paternal dá como provado, ou seis meses (se se tiver em conta a data de Fevereiro, referida no acórdão ) ou oito meses (caso se tome como boa a referência a Abril que a própria sentença faz) após a "comprovação científica da paternidade" que o juiz Domingos Mira refere como tendo tido lugar "por volta de Agosto de 2002". Um prazo de tempo longo na vida de uma bebé, mas que não parece ter tido qualquer relevo na decisão final, que refere Luís Gomes e a mulher, com quem E. vivia desde Maio de 2002, apenas como testemunhas e atribui a tutela a Baltazar, então desempregado, em detrimento da mãe biológica (nessa altura com emprego, sendo-lhe decretado o pagamento de uma prestação mensal de alimentos a Baltazar) (mais aqui)."
Claro que o tribunal devia entregar novamente a criança à mãe biológica para esta poder dar a outro casal mediante a entrega de recibo. Adiante.

2/ "Nesta sentença, datada de 2002, o DN detectou uma série de factos erróneos nomeadamente a data que é estabelecida como a do teste ADN e a data de perfilhação da menor pelo pai biológico , assim como a atribuição da iniciativa destes testes (a sentença afirma que Baltazar Nunes os "solicitou", quando na realidade os fez por notificação do Ministério Público, que pode ser entendida como obrigação) e o momento em que o casal que acolheu E. se inscreveu na Segurança Social como candidato à adopção."

Independentemente de efectuar os testes por imposição do MP ou por vontade própria, o facto é que “o pai biológico procurou a filha junto da mãe, que a tinha supostamente em seu poder, tendo recebido desta informações erróneas e equívocas, nomeadamente ocultando o paradeiro dela. O pai, após sucessivas insistências junto do M. P. da Sertã, veio a saber que a filha se encontrava a residir com o casal Luís/Adelina em Torres Novas, desconhecendo, contudo, na altura, as circunstâncias e motivos de tal situação. No aniversário da menor, o Baltazar… deslocou-se ao local onde se encontrava o casal Luís/Adelina e tentou entregar um presente à E..., o que também não lhe foi permitido “. ou seja, mostrou vontade.
3/ "A existência destes erros e imprecisões, já de si difícil de entender - afinal, o juiz que regulou o poder paternal escreve "por volta de 2002" como "data" da "comprovação científica da paternidade", quando os testes de ADN ocorreram em Outubro e só tiveram resultado em Janeiro - colide com a versão dos acontecimentos provada no acórdão também do Tribunal de Torres Novas que condena o sargento Luís Gomes, o pai "adoptivo" de E., por sequestro, e que apresenta outras datas para os mesmos factos".
As datas colidem. Mas o efeito prático é o mesmo. Ele assim que soube foi procurar a criança. Já agora. Esconder a criança do seu verdadeiro pai não é sequestro?

Quanto ao rigor é melhor nem falar depois do que se leu na comunicação social e ouviu-se dos comentadores que deviam, ao menos, inteirar-se da verdadeira história antes de fabricarem outra no intuito de alimentar a moda corrente de criticar a justiça.

A campanha.

"A campanha mal começou e ambas as facções ultrapassam os limites do ridículo a cada instante, numa (...) exibição de fanatismo. Domingo passado, a minha cidade natal assistiu a uma caminhada pelo ‘sim’ no referendo. Assistir não é bem o termo: ninguém sai de casa para contemplar 200 sujeitos com rosas brancas na mão. Mas os dirigentes do PS, do PCP e do BE, mais dois ou três nomes da ‘cultura’ e do desporto e um punhado de anónimos de facto percorreram a marginal de Matosinhos, a distribuir flores pelas transeuntes que não os conseguiam evitar. No final, lançaram as que sobraram (as flores, não as transeuntes) ao mar, em ‘memória’ das ‘vítimas’ do aborto clandestino. No final, um participante anónimo jurou que tem vergonha da lei actual.

Aceita-se que um rapaz naquela triste figura sinta vergonha: o curioso é que não seja de si próprio. De qualquer modo, isto evidencia os sacrifícios a que os partidários do ‘sim’ estão dispostos para demonstrar o seu ponto de vista. Em princípio, quem se deixa ser filmado a atirar rosas ao mar já não tem nada a perder, incluindo a decência. Imagino que esta espécie de desespero seduza e converta gente à causa.

O problema é que o outro lado não facilita. Para domingo que vem, os partidários do ‘não’ também preparam a sua caminhada, sabe Deus com que coreografia e adereços. Eis a verdade: a campanha mal começou e ambas as facções ultrapassam os limites do ridículo a cada instante, numa empenhada exibição de fanatismo que confunde, e devia comover, o eleitorado.

Ainda anteontem, por exemplo, a dra. Edite Estrela anunciou o apoio do parlamento da Dinamarca ao ‘sim’ português. Por acaso, a posição dinamarquesa não chegou para suspender o referendo e declarar a vitória da despenalização. A luta, portanto, vai continuar, mediante tempos de antena, comícios, missas, acusações mútuas de barbárie e chorosas manifestações em prol da ‘vida’ ou da ‘mulher’. Por mim, aguardo com ansiedade os pequenos pormenores que as próximas semanas nos reservam, além, claro, das deliberações parlamentares da Líbia e da Turquia. Sei que verei cançonetistas a explicar porque é que o ‘sim’ é vital, e futebolistas a provar o contrário. Sei que verei políticos a revelar convicções íntimas, sem que alguém lhes tivesse perguntado. Sei que verei testemunhos de senhoras arrependidas por abortar e de crianças traumatizadas por não terem sido abortadas. Sei que terei saudades.

Infelizmente, hoje tornou-se moda enxovalhar a campanha. Como o dr. Sampaio, muitos pedem um “debate digno”, e não percebem que a virtude deste debate (digamos) consiste justamente na sua desmesurada histeria. A questão do aborto, no fundo insolúvel e irrelevante, é apenas pretexto para uns tantos portugueses mostrarem que acreditam na intervenção cívica, e que são capazes de esforços desumanos e patéticos para a praticar. Mesmo que finjam, fingem com aprumo, e é altura de reconhecermos o valor dos envolvidos. Nem vale a pena esperar o resultado do referendo (e seria injusto votar nele): num certo sentido, são todos vencedores. E um País que reúne algumas das suas mais destacadas personalidades em tamanho circo só nos pode suscitar orgulho. Orgulho e um medo desgraçado
. "

Alberto Gonçalves

Voos "Ana Gomes".

"Luís Amado acusa a comissão temporária do Parlamento Europeu sobre os voos da CIA de falta de rigor, parcialidade e desinformação, numa carta enviada ao eurodeputado Carlos Coelho a que a Lusa teve hoje acesso. Na carta, datada de quinta-feira, 25 de Janeiro, o ministro dos Negócios Estrangeiros português contesta a fundamentação das conclusões apresentadas terça-feira no relatório final da comissão, afirmando nomeadamente que "as tão faladas e equívocas listas de passageiros" não foram transmitidas à comissão porque "não há listas de passageiros nos serviços administrativos competentes para avaliar os pedidos de autorização de sobrevoo e aterragem" dos voos em causa.

Luís Amado contesta igualmente a conclusão de que houve 91 escalas feitas em Portugal pela CIA, afirmando que nas investigações feitas junto dos serviços competentes "não se confirmaram as alegadas 91 escalas, inspiradas numa lista da NAV (ou do Eurocontrol) que pode reportar-se apenas a planos de voo que não se realizam necessariamente".

O mesmo acontece com a lista de 17 escalas em Santa Maria, com destino ou origem em Guantanamo, incluída nas conclusões do relatório como uma informação que o governo português não refutou. Segundo o ministro,
é "inadmissível, à luz das regras da boa- fé", que o atraso do governo em enviar à comissão a resposta ao pedido de esclarecimentos sobre aquela lista "num prazo tão curto, unilateralmente fixado" tenha "autorizado a que se afirmasse que o governo dava por confirmados os factos alegados" (mais aqui)."

The Freeze

O habitual.

"O Blogue do Não à despenalização do aborto lamentou hoje «as ofensas» do Bloco de Esquerda, que o acusou de ter ligações a conteúdos fascistas, salientando que não está ao serviço de «qualquer partido, credo ou instituição». «Não admitimos que a reboque da liberalização do aborto se queira igualmente liberalizar a difamação. Também a isso respondemos, com a serenidade de sempre, Não!», refere um comunicado do Blogue do Não (mais aqui)."

Abstenção cresce com o "sim" a perder terreno

"Preocupantes sintomas de crescimento da abstenção eis o mais relevante indício do comportamento do eleitorado perante o referendo à interrupção voluntária da gravidez recolhido pela sondagem da Universidade Católica, que hoje publicamos. O estudo, realizado para o JN, RTP e Antena 1, revela que em três meses - desde o último, de Outubro passado - o sim à despenalização perdeu 13% dos adeptos, preservando ainda assim uma vantagem de 18% (mais aqui)."
A ver se o sim ganha senão o Louçã e companhia nunca mais nos larga com o seu respeito pelas decisões democráticas das maiorias. Isto de andar quase todos os anos a fazer o mesmo referendo já chateia.

Para memória futura

"Aidida Porto Rui recorreu aos serviços de um detective particular para descobrir o paradeiro de Esmeralda em 2003. Pelo menos a partir de Junho desse ano, a brasileira quis reaver a filha, mas as suas intenções esbarraram na recusa de Luís Gomes e de Adelina Lagarto, a quem a tinha entregue um ano antes (mais aqui)."

Sinais dos tempos.

"São muitos os cartomantes, tarólogos, astrólogos, videntes, exorcistas e espiritistas de outros géneros que participam no Encontro do Oculto que decorre até domingo, no Estádio Municipal de Braga. Para garantir a «credibilidade» da actividade, os visitantes e clientes têm direito a livro de reclamações (mais aqui)"

quinta-feira, janeiro 25, 2007

O faz de conta que a corrupção é combatida e o faz de conta em geral.Um sítio que é o sítio do faz de conta que...

Do “ Correio da Manhã”
“Permitiremos que todas as outras propostas sejam debatidas. É fundamental em termos de debate. Mesmo propostas sem o apoio de nenhum grupo parlamentar. Queremos que o debate seja feito com toda a profundidade”, afirmou Alberto Martins, que falava aos jornalistas no final da reunião da bancada socialista, que voltou a discutir o combate à corrupção.”

Diz o jornalista:
Recorde-se que na semana passada, a direcção parlamentar socialista anunciou que iria agendar dez diplomas sobre a corrupção, acordadas num grupo de trabalho, tendo o deputado João Cravinho comunicado que, além dessas dez, apresentaria outras iniciativas a título individual, entretanto modificadas e apresentadas em conjunto com os colegas da bancada socialista Irene Veloso, Vasco Franco e Nelson Baltazar.Questionado sobre as propostas de João Cravinho e mais três deputados socialistas, Alberto Martins revelou que o grupo parlamentar tem uma “posição de discordância” relativamente aos projectos apresentados. “As propostas têm a ver com a criação de um organismo no âmbito da prevenção, com o alargamento da prescrição e com a tipificação do crime de corrupção”, revelou.O líder parlamentar acrescentou ainda ter sido retirada “a proposta de enriquecimento”, que considera que a iniciativa põe “em causa os princípios do Estado de direito porque altera no domínio penal o ónus da prova e a presunção de inocência”, reiterando a posição transmitida ontem no debate mensal por si e pelo Primeiro-ministro, José Sócrates.

Continua o jornalista e Cravinho:

Estou perfeitamente... não satisfeito, mas tenho a ideia de que procurei cumprir o meu dever”, declarou João Cravinho, acrescentando apenas que “é a minha última reunião, tanto que já apresentei a minha carta de renúncia ao presidente da Assembleia da República”.

Continua o diz que o outro disse:

Em resposta, o primeiro-ministro justificou a rejeição de algumas propostas de Cravinho por serem “erradas”, rotulando-as de “asneiras”. “Seria um erro diminuir a Procuradoria-Geral da República e a PJ, criando uma nova entidade.” E acrescentou: “O segundo erro seria pôr em causa valores sólidos do Estado de Direito como o ónus da prova.”Sócrates não poupou críticas a Mendes e recordou ainda que com o actual Governo, Maria José Morgado foi nomeada para uma “investigação importante”, enquanto durante o mandato do PSD, a procuradora-geral adjunta foi “obrigada a demitir-se”.

Diz a Toupeira:
O semantismo e o bizantismo das questões nem mereceriam comentários perante a apatia de um povo que merece o que tem.

Gosta de ser governado por imbecis, porque se revê neles e quando se olha ao espelho gosta de se rever, porque neles vê um primo que singrou, um tio ou mesmo o pai ou mãe que afinal usaram o que tinham, foram espertos quanto bastasse para arranjarem as fortunas exibidas pelo novo riquismo, que o fisco sabe que existe e que portanto não vale a pena se declarar, palavras de omnívoro, tipo suíno de aviário ou mesmo pata negra, quem quer bolota procura.

De que se queixam então, ou de que me queixo eu, pobre Toupeira, se em democracia o povo é que decide. Não podem nem se devem queixar, nem ao alcaide, como era uso antigamente e quando o tipo era bruto, levavam com cada arrochada que até fervia, exercendo assim a sua autoridade.

A imbecilidade veiculada pelas televisões e pelos chamados órgãos de comunicação social cumprem o seu dever perante o seu patrão de facto.

Ressalta daqui uma coisa que me deixa intrigado: a Senhora Procuradora foi obrigada a demitir-se?

O actual PM sabia que o outro, agora candidato ao cargo de PM, a obrigara a se demitir?

Numa coisa fiquei esclarecido é que a pobre Senhora foi nomeada para uma investigação importante, coisa de alegada, como é costume se dizer agora, corrupção desportiva, futebolística, metendo alterne pelo meio, coisa que não sei o que é.
Já Salazar se queixava dos portugueses:

« Devido ao carácter volúvel e instável dos portugueses, e a serem impressionáveis por tudo e por nada, isto parece que está sempre a cair! Há que falar-lhes, dizer-lhes qualquer coisa, animá-los de quarto em quarto de hora» - em 28 de Maio de 1933, depois das comemorações do 28 de Maio, desabafava.

Perante isto tudo, vou para a toca e só tenho pena de não ser urso, porque assim hibernava até à Primavera.

Os portugueses que são ursos não hibernam, não podem, têm que sustentar a corja.
A corja, ou o monstro como diz o ilustrado PR, dependem do pograma do governo que está a fazer as reformas e bem.

Está um frio do raio que parta isto tudo.

Boa nôte!

Até amanhã e boa sorte!!!


Joga Comandante?

No reino do politicamente correcto.

"É um momento histórico”, disse ontem o jurista Fernando Silva após entregar no Tribunal de Torres Novas a petição que pede a libertação imediata do sargento Luís Gomes. “É a primeira vez na história da jurisprudência portuguesa em que um ‘habeas corpus’ não é peticionado por uma pessoa, mas por dez mil”, afirmou, manifestando “clara confiança na Justiça”.
O politicamente correcto segue a sua campanha contra a justiça. Evidentemente «habeas corpus» tipo campeonato de assinaturas tem poucas hipóteses tendo em conta a conduta do visado. Receber uma criança como mercadoria de recibo passado e escondendo esta durante anos do pai e da mãe afigura-se como sendo um sequestro. Uma coisa é certa. As decisões judiciais devem escrutinadas pelos cidadãos mas estes devem ter conhecimento dos factos para evitarem fazerem figura triste como certos conceituados comentadores da nossa praça. Felizmente estamos em Portugal e estes deslizes são facilmente perdoados.

Segredos.

"A Procuradoria-Geral da República (PGR) garantiu ontem ao DN que , "de acordo com os elementos recolhidos, não foi violado qualquer segredo profissional" dos jornalistas do site www.sportugal.pt, que divulgou na passada semana um fac- -símile do despacho de Maria José Morgado, no âmbito do processo "Apito Dourado". Ainda assim, a advogada dos jornalistas, Ana Paula Mendonça, vai invocar a nulidade do despacho que autorizou as buscas e apreensões que decorreram anteontem nas instalações do site (mais aqui)."
Dúvida. O segredo profissional dos jornalistas é superior ao segredo de justiça?

E a criminalidade continua a diminuir ,,,

"Em Coimbra, a apreensão está a tomar conta da população devido a inúmeros furtos no interior de residências e viaturas, assaltos à mão armada, montras partidas de dezenas de estabelecimentos comerciais (sobretudo pastelarias, cafés e tabacarias), pessoas assaltadas na rua (mais aqui)."

Para memória futura.

"O advogado Ricardo Sá Fernandes foi vítima de dois assaltos entre anteontem e ontem. A casa do denunciante do alegado caso de corrupção que envolve Domingos Névoa, um dos donos da Bragaparques, foi visitada pelos assaltantes durante o dia de terça-feira. Ontem de madrugada, foi a vez do anexo do seu escritório, na rua Júlio Andrade, em Lisboa. "Espero que não tenha nada a ver com o caso Bragaparques, não sei se foi coincidência, o que é certo é que nunca tinha sido vítima de um assalto deste género", disse, escusando-se a enumerar os objectos que desapareceram para "não prejudicar a investigação". No entanto, do escritório terão desaparecido apenas dois monitores de computador, enquanto da casa terão sido levados jóias, relógios e outros objectos de valor.

Sá Fernandes deixa entender, todavia, que os dois acontecimentos poderão ter a ver com o seu papel nas investigações do caso Bragaparques, no qual uma actuação do advogado como agente encoberto permitiu o Ministério Público reunir provas para, na semana passada, acusar Domingos Névoa de um crime de corrupção activa.

A advogada - mandatária da Bragaparques na acção popular interposta por José Sá Fernandes para travar o negócio da permuta dos terrenos da Feira Popular com o Parque Mayer, em Lisboa - revelou-se ao JN "muito incomodada". "No nosso escritório, no edifício principal, nem entraram. Só foram a um anexo em que trabalham os estagiários. Entraram pela janela. Levaram dois monitores, que não armazenam qualquer tipo de informação. Com declarações vagas, o meu colega tenta passar informações que não são verdadeiras", disse a advogada
(mais aqui).

O Fortuna

Agora já não pega.

"Esta Justiça não vê nem quer ver o que significa arrancar brutalmente uma menina de quase cinco anos ao convívio dos que ela desde sempre identificou como pais verdadeiros para entregá-la nas mãos de um pai biológico acidental e desconhecido. Um pai biológico que, aliás, começou por esquivar-se a reconhecer voluntariamente esse estatuto mas a quem - cúmulo dos cúmulos! - o tribunal acabou também por atribuir o inconcebível direito a ser indemnizado em dinheiro por aqueles que asseguraram a paternidade e a formação da criança (mais aqui). "

Vicente Jorge Silva no DN
Continua-se a falar do que não se sabe ou do que não se quer saber:

"16. Em 11 de Julho de 2002, o pai biológico é ouvido no âmbito do processo de averiguação oficiosa da paternidade (nº 209/02) no T.J. da Sertã, aí afirmando que assumiria a paternidade, se efectuados os testes hematológicos, estes indicassem ser ele o pai (PC)

17. O Baltazar solicitou a realização de testes de ADN para comprovar a sua paternidade biológica, em virtude de ter tido apenas um relacionamento ocasional com a Aidida… (REPP);

18. Baltazar é notificado do resultado dos exames[1] que o dão como pai biológico da E..., perfilhando-a de imediato no dia 24 de Fevereiro de 2003, tendo sido o termo de perfilhação rectificado em 30 de Abril de 2003 (REPP e PC);

19. Entretanto, em 20 de Janeiro de 2003, o casal Luís/Adelina intenta no Tribunal Judicial da Sertã um processo de adopção (PC);

20. No dia 27 de Fevereiro de 2003, o pai biológico vai aos serviços do MºPº da Sertã, dizendo que quer regular o exercício do poder paternal da filha, esclarecendo que desconhece o seu paradeiro mas que a irá procurar já que pretende ficar com ela à sua guarda e cuidado (PC);

21. Imediatamente a seguir, o pai biológico procurou a filha junto da mãe, que a tinha supostamente em seu poder, tendo recebido desta informações erróneas e equívocas, nomeadamente ocultando o paradeiro da E... (REPP e PC);

22. O pai, após sucessivas insistências junto do M. P. da Sertã, veio a saber que a filha se encontrava a residir com o casal Luís/Adelina em Torres Novas, desconhecendo, contudo, na altura, as circunstâncias e motivos de tal situação (REPP e PC);

23. No aniversário da menor, o Baltazar… deslocou-se ao local onde se encontrava o casal Luís/Adelina e tentou entregar um presente à E..., o que também não lhe foi permitido (REPP );

24. Em 13 de Junho de 2003, o MP abre um processo administrativo nos Serviços do MP do Tribunal da Sertã, com vista à propositura do processo de regulação do exercício do poder paternal referente à menor (PC);

25. Logo que conhecido o local onde se encontrava a sua filha, o pai biológico procurou-a na casa de residência do referido casal, em …, ali se deslocando aos fins de semana, inúmeras vezes, reclamando a sua filha, conhecê-la e levá-la consigo para a sua residência (REPP e PC);

26. No entanto, contactado o casal, primeiro telefonicamente e depois pessoalmente, nunca este permitiu que aquele contactasse com a E..., não o recebendo, mantendo para tanto a porta exterior fechada, desligando mesmo as luzes e não reagindo ao toque da campainha (REPP e PC);

27. Não obstante, o pai biológico aguardou o desfecho do Processo de Regulação do Exercício do Poder Paternal, convicto de que viria por essa via, como veio a suceder, a ser-lhe reconhecido o direito de ter a sua filha junto de si (PC);

28. Continuando a deslocar-se sucessivamente, várias vezes ao mês, de sua residência em Cernache do Bonjardim – Sertã -, ora a Torres Novas, ora ao Entroncamento, aqui domicilio profissional do Luís …, percorrendo milhares de quilómetros em viatura própria, quer para ver a filha, quer para que lhe fosse entregue (PC);

29. Pelo menos a partir de Junho de 2003, a Aidida … pretendeu reaver a E..., passando a procurar o casal Luís/Adelina, chegando a telefonar para este, sem qualquer sucesso (REPP);

30. Nesse processo de regulação do exercício do poder paternal, ambos os progenitores pretenderam que lhes fosse atribuída a guarda da menor E... (REPP);

31. O C.R.S.S., desde Setembro de 2003, que acompanha o casal Luís/Adelina como casal candidato à adopção (PC)
(mais aqui)

"A Justiça prescindiu de ouvir os pais adoptivos tal como foi cega e surda aos argumentos de psicólogos, pedopsiquiatras ou simples testemunhas que poderiam informá-la sobre as circunstâncias em que decorreu a adopção e educação da menina ou os óbvios e graves traumatismos a que seria sujeita se fosse abruptamente retirada à família que a recolheu e criou. Mas tudo isto porquê? Porque, aparentemente, houve um daqueles vícios de forma kafkianos no processo de adopção e que a cegueira da Justiça inscreve implacavelmente nas tábuas da lei, ao qual se foram juntando sucessivas incongruências e absurdos em diferentes tribunais e serviços assistenciais do Estado."

Se tivermos em conta que:

"7. Em Maio de 2002, o casal Luís/Adelina teve conhecimento de que num consultório médico havia uma mãe disposta a entregar uma criança para adopção (REPP);

8. Combinaram, então, a entrega da criança, tendo por objectivo a futura adopção da mesma, “encontrando-se inscritos como casal adoptante nos serviços da segurança social” (REPP );

9. Em 28 de Maio de 2002, a mãe da menor, através de terceira pessoa (uma sua amiga), entregou-a ao casal Luís/Adelina, acompanhada de um declaração: “Entrego-a ao Sr. Luís … e Sra. D. Maria Adelina …, casados um com o outro, para que seja adoptada plenamente pelos mesmos, integrando-se na sua família, extinguindo-se desta forma as relações familiares existentes entre mim Aidida … e E... … Desde já dou autorização aos referidos Sr. Luís … e Sra. D. Maria Adelina … para a abertura do respectivo processo de adopção e para todos os actos que levem ao bom termo do mesmo” (REPP e PC)
;

chega-se ao artigo 37 do Código do IVA: No caso de entrega de mercadorias à consignação, proceder-se-à à emissão de facturas ou documentos equivalentes no prazo de cinco dias úteis a contar do momento do envio das mercadorias à consignação.

Já agora. E este pequeno pormenor:

"
29. Pelo menos a partir de Junho de 2003, a Aidida … pretendeu reaver a E..., passando a procurar o casal Luís/Adelina, chegando a telefonar para este, sem qualquer sucesso (REPP);

30. Nesse processo de regulação do exercício do poder paternal,
ambos os progenitores pretenderam que lhes fosse atribuída a guarda da menor E... (REPP)
"

Portugal em movimento.

"Estalou a guerra. O anunciado encerramento do posto da GNR de Tangil, uma freguesia montanhosa do concelho de Monção, está a causar a revolta e a indignação dos autarcas e da população local. “A GNR só paga luz e telefone, já que as instalações são da Junta de Freguesia e a manutenção do edifício e o abastecimento de água estão a cargo da autarquia”, explicou o autarca José Alberto Cardoso.O posto da GNR funciona num edifício inaugurado há sete anos, tem todas as condições e responde pela segurança de dez freguesias do Vale do Mouro, o que equivale a 40 por cento do território do concelho de Monção (mais aqui)."

Resposta do politicamente correcto:

"As pessoas não entendem, por vezes o facto de existir um posto na freguesia com efectivo reduzido, não é sinonimo de que possa existir muita segurança. Porque esses agentes praticamente só conseguem assegurar o serviço interno necessario ao funcionamento diario do Posto, mais vale que sejam transferidos para um posto vizinho e sejam posteriormente ali colocados a fazer policiamento diurno/nocturno."

Nem mais. Então se forem colocados em Faro (Algarve) conseguem um patrulhamento mais eficiente de todo o concelho de Monção (Minho).

Voos CIA.

"Manifestamente, os problemas centrais que se colocam em torno dessa temática não têm como sede Portugal e têm como sede outros países que provavelmente do ponto de vista mediático passarão até neste momento muito mais despercebidos»

António Vitorino

Agora vem o mais difícil para Teixeira dos Santos.

"Aumenta a sua credibilidade. Foi com este raciocínio que o ministro das Finanças realizou ontem uma conferência de imprensa para anunciar ao mundo que o Governo cumpriu o seu objectivo de défice orçamental para 2006: 4,6% do produto. Teixeira dos Santos sabe que a credibilidade das políticas públicas é fundamental para que corram bem e esta só se consegue de uma maneira: palavra dada é palavra cumprida. Ao garantir por dois anos consecutivos a meta para o défice sem recorrer a receitas extraordinárias, o Governo consegue que os agentes económicos tenham mais confiança no futuro. Ou seja, acreditam mais que a consolidação orçamental vai ser um sucesso, provocando uma recuperação dos indicadores de confiança, o que ajudará à retoma económica. Mas a forma não é dispiciente relativamente ao conteúdo. Até agora, a redução do défice foi conseguida com base na receita. Esse solução esgotou-se. Agora vem a parte mais difícil, sobretudo politicamente: é preciso baixar a despesa. Assim, será bom que Teixeira dos Santos continue a cumprir a sua palavra em 2007"

Bruno Proença com Pedro Marques Pereira e Mónica Silvares

quarta-feira, janeiro 24, 2007

Os novos condicionamentos II

Os eternos condicionados filhos de um Deus menor

A sociedade para que atiraram este país, governos e governados, sofre deste mal, se substituirmos os pais pelos indivíduos que têm governado ou desgovernado. Destruíram o Estado, ou transformaram-no numa coisa que serve apenas de bode expiatório quando algo não corre de feição, quando o cidadão quer atirar para cima dos outros a responsabilidade das suas omissões, da sua falta aos deveres e responsabilidades.

Foi de propósito, digo eu.

Nada acontece por acaso.

Quem faz o maneio do rebanho quer que ele seja manso, que obedeça ao maioral e o maioral sabe que deve obedecer ao dono.

Este é o retrato do Estado destruído por todos os que hoje fazem parte dele, desde o mais pequeno presidente de junta até ao mais alto magistrado.

Condicionaram o rebanho, para melhor o poder conduzir, mas criaram um rebanho com ovelhas, (aceitando a lógica de um rebanho como aceitável num mal menor), à imagem e semelhança dos donos, ranhosos e mal formados, só que uns são rebanho com pasto a prazo, até que dure, os outros trataram do porvir, daí a oligarquia e o nepotismo desta casta de ranhosos.

Entretanto os secularistas evangélicos do politicamente correcto, trataram de criar um Estado no qual é preciso que o cidadão se reveja, que o entenda como o seu pai de facto, porque a família há muito perdeu a sua função.

Esta nova Inquisição criou uma série de regras e de armadilhas, criou uma nova verdade e tenta que ela seja imposta, primeiro condicionando o rebanho, levando-o depois a aceitar como verdades todas as barbaridades, sempre em nome de coisas muito agradáveis ao ouvido, como : justiça, igualdade, solidariedade e patranhas do género.
Estes novos Torquemada são os homens do culto da nova religião, com uma liturgia própria e já bem decantada.

O Estado deve ser omnipresente, omnisciente e omnipotente, não interessa como, porque o seu novo clero foi forjado através da corrupção dos valores, hierarquizado pelos que os seus patrões e o seu deus, um deus há muito existente, e a que chamo de capital e usura. Em nome deste, todos os que fazem parte deste novo clero, decretam em nome sempre da igualdade e da justiça, o que querem e o que se tornar conveniente ao grupo e se for necessário vão plebiscitar, porque sabem como está o rebanho que previamente condicionaram.

O humano quando se encontra em desespero e deita fora todo o tipo de preconceitos, costuma fazer como o escorpião, suicida-se se o cenário não lhe parece ser outro que não a morte, mas os humanos como animais de família e de sociedade, tornam-se perigosos em turba e em grupo e por vezes muito violentos, parecendo esquecer o que foi previamente condicionado.

Por enquanto, o novo clero, do politicamente correcto e os seus secularistas evangélicos transformaram a multidão em filhos de um novo pai, o Estado, fazendo crer que assumirá todas as despesas e que todas elas serão de qualquer forma pagas, utilizando para isso a justiça, que habitualmente não paga o que deve, mas que sabe servir-se dos instrumentos que tem à mão e em nome dela, punirá os recalcitrantes, as ovelhas negras do rebanho, sempre em nome dos novos cânones e sempre com a nova liturgia.

Os administradores da plutocracia, o clero superior, delegam as tarefas mais ingratas aos que podem sujar as mãos, aos seus criados e mordomos, mas sempre legitimados através do voto do povo, arrependidos amargamente no dia seguinte, mas esquecidos logo que lhes acenam com um naco de pão, afinal são humanos, demasiadamente humanos, como dizia o filósofo.

O deus descido é a usura, o poder do dinheiro e não há limpo nem sujo, é apenas dinheiro…

Vae victis (Ai dos vencidos…)

Divulgue o seu blog!