segunda-feira, dezembro 31, 2007

Bom ano malta.


Assur, um 2008 ... "Porreiro, Pá" ...!!!

Nova Chicago.

"Um tiroteio ontem à noite no junto ao Centro Comercial Bela Vista, Montijo, envolvendo várias pessoas, provocou um ferido grave, disse fonte da GNR (mais aqui)."
O pessoal de Lisboa é mesmo invejoso e também querem fazer parte da nova Chicago do século XXI. O que vale é estarmos perante actos isolados que não vão afectar as estatísticas do senhor ministro.

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Badajoz duplicou bébes de Elvas.

"Desde 5 Junho de 2006, último dia em que funcionou o serviço de obstetrícia da maternidade de Elvas, que fazia mais de 200 partos/ano, meio milhar de crianças portuguesas já nasceram do lado de lá do Guadiana e pelo menos 2000 utentes já frequentaram o serviço e o aconselhamento pré-natal do Hospital do Perpétuo Socorro de Badajoz. São números do próprio hospital, onde o ritmo de nascimentos de bebés portugueses é à razão de um por dia desde há ano e meio. Desde que a maternidade fechou em Elvas, Badajoz acaba por servir também a maioria das pessoas da raia alentejana. "Os preços são mais baratos, há mais gente, mais jovens, há lojas e centros comerciais, os hospitais são melhores, os cursos de Medicina estão cheios de portugueses e muita gente já procura aqui trabalho porque os ordenados são melhores e há mais emprego", conta-se numa típica conversa de sala de espera de um hospital (mais aqui)."

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Criminalidade no Porto.

"O procurador-geral da República afirmou, ontem, numa entrevista ao jornal "Correio da Manhã" que a violência e criminalidade no Porto "estão longe de ser desmanteladas e controladas", alertando que "regressarão em breve" caso não forem tomadas medidas adequadas (mais aqui)."
O PGR “quebrou” o “habitual” silêncio para dar mais uma entrevista que, curiosamente, vai contra o que o ministro Rui Pereira afirmou. Para quem não se lembra, o ministro afirmou que “o clima de insegurança que se vive no Porto não é um real problema de criminalidade e não há razão para alarme apesar da mediatização de casos particulares (mais aqui).” Aparentemente este governo goza de uma auréola que permite a cada um dizer a sua laracha, muitas vezes contradizendo-se uns aos outros. Enfim, virtudes só possíveis a governos de sucesso.

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E a criminalidade continua a diminuir...

"O presidente da Câmara de Lagos perseguiu e apanhou um ladrão, ontem, após este roubar por esticão a carteira a uma mulher de 59 anos."
Só possível num país aonde a criminalidade se encontra praticamente extinta…

Guiness já.

"A PSP do Barreiro prendeu ontem três jovens, e procura ainda identificar um quarto indivíduo, responsáveis pela prática de onze assaltos à mão armada, em apenas quatro horas. Fazendo uso de uma pistola, de calibre proibido a civis, os jovens atacaram todas as vítimas que lhes apareceram pela frente, despojando-as de todos os valores. Os três assaltantes detidos, e o quarto elemento do gang que ainda está em fuga, têm idades compreendidas entre os 18 e os 25 anos. Todos têm ‘ficha’ na PSP do Barreiro, pela prática de crimes de furto e roubo (mais aqui)."

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New Year's Day

domingo, dezembro 30, 2007

O sítio dos equívocos

Equívoco do ministro da Saúde Ministério diz que nunca foi proposto nenhum protocolo aos Bombeiros de Alijó
Os bombeiros de Alijó estão indignados com o ministro da Saúde.
A direcção diz que Correia de Campos mentiu quando afirmou que a corporação se recusou a colaborar na tentativa de minimizar os efeitos do encerramento do SAP à noite. Por isso, exige um pedido de desculpas público e formal.
O ministério da Saúde já reconheceu que houve um engano.

Manuela Carneiro Jornalista


Só pode ser um equívoco.
É assim que o presidente da direcção dos bombeiros de Alijó reage às declarações do ministro da Saúde.
Correia de Campos afirmou que a corporação se recusou a assinar um protocolo para tentar minimizar os efeitos do encerramento do SAP à noite.
Humberto Barbosa diz que é mentira.
“Estas afirmações que o senhor ministro fez, para mim, são falsas. Não queria ir tão longe, mas tenho de dizer que são mentirosas e o senhor ministro não tem outra solução que não seja pedir desculpas ao concelho de Alijó e especialmente aos bombeiros”, diz o presidente da direcção dos bombeiros de Alijó
.O pedido de desculpas, diz Humberto Barbosa, é fundamental para esclarecer os populares, que não gostaram de ouvir que os bombeiros se teriam recusado a colaborar na resolução do problema.
O presidente da direcção diz ainda que está aberto ao diálogo com o governo, até porque não existe uma ambulância do INEM no concelho e terão de ser, muitas vezes, os bombeiros a responder às emergências. “As nossas ambulâncias são novas, bem apetrechadas, mas não temos as condições do INEM”, explicou à SIC.
António Fontinha, comandante dos bombeiros de Alijó, acrescenta:
“O doente não pode ser estabilizado, nós não somos médicos, não podemos administrar qualquer tipo de medicamento”.
São ainda muitas as questões que se levantam com o encerramento do SAP de Alijó do centro de saúde de Alijó à noite.
Agora os habitantes do concelho terão de se dirigir ao Hospital de Vila Real, que fica a cerca de 40 quilómetros da sede do concelho.
Entretanto, o Ministério da Saúde já reconheceu que houve um engano.
De facto, foram propostos protocolos de colaboração a algumas corporações de bombeiros, que foram rejeitados, mas não foi o caso de Alijó.
No caso da corporação da vila transmontana, não houve sequer proposta, por se entender que o número de saídas é tão baixo durante a noite, que não se justifica uma parceria com o INEM. SIC on line

Equívoco?
Boa governança?
Número de saídas tão baixo, antes ou depois do fecho do SAP?
Tudo serve de desculpas depois das ofensas?
Tudo serve para “dialogar” depois de se ser esbofeteado?
Considera-se ou não que este político tem condições para continuar?
O problema é que o país não aguenta mais tempo este tipo de gente.
Reparem:
Há e continua a haver violência nocturna no Porto e no país, não será de mais dizer que de um país de brandos costumes passámos a um país onde a violência e o medo imperam.
As polícias estão de pés e mãos atadas.

Um PM que se esconde atrás dos fazedores de imagem.

Um ministro das finanças que apresenta um orçamento sem credibilidade com dados sem base, no próprio dia em que apresenta e nos dias em que os discute.

Uma Assembleia da República que reflecte regime sem causa e sem objectivos, apenas a causa da manutenção dos privilégios de uma classe política que afinal estava bem banida antes de Abril.

Um PR que nem bom economista é.
Que se foi embora criando um tabu e que ficou branco como a cal da parede, (não se sabe porquê) quando soube que Barroso se ía embora, porque se Barroso continuasse seria outro o PR.
Aguardam-se as charolas, lá pelos Reis…

O país não pode sobreviver e sobreviver é a palavra certa.

Com os impostos que este estado impõe, com as serventias que os políticos e o escol criam, com os empresários comprados, como Filipe II comprou a chamada nobreza, com a negociação do Euro a favorecer o vizinho do lado, numa península em que Castela manda, põe e dispõe, por culpa dos portugueses, porque se somos independentes “somos porque queremos sê-lo”.

Queremos?
Valem as vontades de cerca de 1 000 homens contra a vontade dos restantes?
Esta é uma pergunta capciosa porque a democracia de Sócrates ( o verdadeiro) e dos gregos não era assim, era muito diferente.
A democracia parlamentar está esgotada e o regime também.
Infelizmente as vozes do deixa andar são muito mais poderosas.
Enquanto não te derem um tiro para te roubarem o que vais comer…

Um Bom Ano para todos os que se sentem ainda Portugueses.

Para repensar e para comparar. Está aí alguém?

Zona Euro apresenta sinais macroeconómicos que sustentam as perspectivas promissoras de médio prazo para a região, apesar do menor crescimento previsto, na óptica da Fidelity International (Jornal de Negócios).
Um cenário de recessão nos Estados Unidos pode alterar o panorama. Nada que não possa ter solução segundo os analistas.
O JdN avança “dois conselhos importantes dados pelas maiores casas de investimento do mundo: há que privilegiar as empresas com maior capitalização e vale a pena apostar em títulos com exposição nos mercados emergentes.
E quais as bolsas que poderão ter melhor comportamento?
O «Barclays Capital» prefere a Alemanha e adverte para os retornos menores de Espanha, Irlanda e Reino Unido, por via da crise do crédito.”
No entanto, as previsões para o mercado britânico não são consensuais.
Uma nota de perplexidade face às previsões para 2008 do vetusto, mas titubeante e «subprime» Barclays:
O ministro alemão da Economia, Michael Glos, numa entrevista publicada pelo semanário Die Zeit (4.ª feira) disse que a taxa de crescimento deverá ser inferior a 2%, sem especificar um número exacto.
O FMI já baixou as perspectivas do crescimento alemão para 1,9%.
O Bundesbank, banco central alemão, na semana passada, reviu, também em baixa, a suas previsões para um valor ainda mais modesto: 1,6%…

(pvc)

Os BRIC padecem todos das mesmas maleitas: corrupção, má governança, Estados de Direito com inúmeros défices - exclusão social, analfabetismo, iliteracia ou menor inclusão no acesso ao saber e ao conhecimento, fosso crescente entre ricos e pobres e fracas classes médias.
As opiniões públicas ou estão desorganizadas ou são reprimidas nos seus direitos, liberdades e garantias. Ainda assim, nos últimos 5-10 anos eles foram os grandes campeões da globalização e desafiam os seculares poderes transatlânticos de inspiração judaico-cristã.
O fulcro dos centros globais de decisão está a mudar para Oriente e para Sul.
A nossa antevisão para os quatro galácticos da competitividade global, embora compartilhando algum optimismo sobre a respectiva evolução global, não deixa de chamar à atenção para as arriscadas políticas públicas dos países mais poderosos do mundo.
Vejam só o que o neoliberalismo nos vai trazer. Os BRIC das economias atípicas, já longe do poder do Consenso e do Banco Mundial ou do FMI procuram as suas saídas.
Por aqui, neste sítio, fazem-se previsões disparatas para urso ver, encomendas...
Mais um excelente artigo de Pedro Varanda de Castro

LFM NA EURODISNEY

"O dr. Menezes prometeu que o eng. Sócrates não vai dormir em 2008. Ao ler a ameaça, pensei que o PSD iria enviar milícias com panelas e buzinas ao prédio onde mora o primeiro-ministro. Erro meu. Trata-se do novo regimento da AR, que impõe a presença do chefe de Governo para debates quinzenais. Na cabeça do dr. Menezes, estes serão momentos épicos, capazes de causar insónias ao eng. Sócrates e, ainda que por motivos diferentes, a boa parte dos cidadãos. É que o dr. Menezes conta com o "povo que está lá fora receptivo a ouvir" um "discurso alternativo", e que não pregará olho enquanto o "combate muito tenaz" do PSD não der resultados.

A chatice é que os resultados devem surgir antes das próximas legislativas. O dr. Menezes descobriu que, "se acreditar na sua força", o PSD "tem uma chance" em 2009, mas poucas chances em 2013 e 2017. Porquê? Porque, depois de 2009, os sociais-democratas andarão, nas previsões do seu chefe, "a dizer mal uns dos outros pelos corredores". Supostamente, ou o PSD ganha agora ou apenas voltará a "ter uma chance" aí por 2021. É demasiado para quem ambiciona "desmantelar o Estado em seis meses", pouco para quem reconhece que o "tempo político passa muito depressa" e o adequado para quem quer "fazer como Sarkozy". Daqui a catorze anos, Carla Bruni estará bastante mais acessível
. "

Alberto Gonçalves

E a criminalidade continua a diminuir...

"Perseguição de carro e tiros para apanhar o jovem “China” (mais aqui)".

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Chicago é só no Porto?

"Uma discussão entre dois amigos, o Daniel e o João, ao que tudo indica por causa de uma dívida e que acabou com, alegadamente, o primeiro a ferir o segundo com dois tiros, foi o despoletar de uma desordem pública que se saldou com dois feridos graves: o referido João e um agente da PSP, que levou uma pedrada na cabeça.

Houve ainda mais dois feridos ligeiros, o Ivo, atingido por 12 bagos de borracha e um outro, Bruno, atingido de raspão na cabeça pelos disparos das armas antimotim, dos reforços policiais, duas equipas de intervenção rápida, que, entretanto, chegaram ao bairro para controlar a desordem, com centenas de populares agressivos para com os polícias da esquadra local. “O polícia ferido é que foi um grande homem: apesar de estar a deitar sangue pela boca, mandou os paramédicos do INEM socorrer primeiro o João”, disse uma testemunha
(mais aqui)".

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Killer Queen

sábado, dezembro 29, 2007

Uma vaga lembrança.



Tudo está bem, tudo está certo.
Tudo corre como deve, as águas dos ribeiro correm como devem para outro,
Ou para um rio e daqui para um mar
Tudo estará então bem!
Nós estamos felizes.
Vamos vivendo os ciclos da vida e da natureza,
Afinal, sabemos que sol amanhã nos levantará,
Que a noite se seguirá ao dia,
Que a felicidade é mais importante que a miséria,
Que a dor por vezes é necessária para sabermos que existe,
Que vivemos e que sofremos como os outros seres vivos.
Imaginemos que é verdade tudo o que disse.
Imaginemos que a verdade é um bem, e que sabemos… o que é a verdade.
Mas saberemos?
Saberemos que é pouco, muito pouco, dizer que à verdade se opõe a mentira ?
O mal oposto ao bem, e que a oposição dos contrários é demasiado simples,
Para seres tão complexos como uma simples ameba
Porque no fundo tudo se resume à quantidade de organelos que temos
À quantidade de células de tecidos e de seres e de mundos e de universos.
Mas é apenas esta a verdade e a realidade?
O simples será mesmo simples?
Será que existimos todos com um propósito?
Será que apenas existimos porque…sim?
Será que a existência é um somatório de experiências.
Será que o nexo das coisas e o caos são uma só, e a mesma coisa?
Será melhor perguntar no silêncio da nossa consciência,
Ou no limiar do sono, onde estamos e o que somos?
Os olhos , que alguns dizem serem o espelho da alma,
São apenas um simples organelo como os da ameba.
A complexidade, não faz de nós nada de especial,
.Mas o essencial, a pedra de toque, é sabermos pensar.
É sabermos que estamos a pensar.
É podermos voar como os pássaros!
Já experimentaram?
Voar e repetir o sonho quando queremos?
Como os pássaros e as aves sabem a viagem não ensinada…
Nós saberemos o que nos espera?
Porque duvidamos do óbvio?
Porque apenas nos dizem para acreditar no que vemos?
Porque nos dizem que hoje a verdade é esta, para depois ser negada?
Destes sinto medo e pena,
São pássaros que perderam o fio e deixaram de sentir o destino.
Dantes, os homens procuravam o destino,
Hoje, apenas se limitam a esperar que algo lhes seja dado,
Que a vida seja um mar sem ondas.
Deixámos de procurar…
Assim, raramente, ainda encontro os que duvidam e procuram.
Que não se resignam com a verdade comprada nas prateleiras de uma dessas catedrais de hoje,
Catedrais das sociedades avançadas,
Que avanço digno de um rebanho é este?
Que pastores?
Que cães de maneio tornam a verdade redonda, como rebanho a reunir ao mínimo assobio?
Ecoa alguma coisa desta grande mentira?
Há muitos séculos um polidor de lentes dizia que a alma não existia.
Usou axiomas, deduções e concluiria que a alma não era.
Deus existia e era a Natureza, sem mais.
Mais tarde, outro mapeou o cérebro e mais não disse.
Apenas baseado em mapas e em pessoas tomadas de males,
Calculou que a matemática era uma ciência exacta,
Que a alma se existisse era efémera como o invólucro mortal,
Residia num pouco de cérebro mais aperfeiçoado, no homem,
Sempre o homem!
Tinha de ser!
Tinha de ser no homem, que esse bocado de cérebro,
Muito recente, localizado naquele pequeno local, nos dizia das emoções,
Das lembranças e dos estados de alma,
Que disparate!
Quero dizer da consciência de si , da consciência de nós.
Tudo fácil e sempre a partir de homens em agonia.
De homens incompletos pela desgraça, pela praga que os abatera,
Assim foi criada uma ciência,
A ciência da agonia, dos mapas orientados por nortes inexistentes.
Sim, porque se parte de premissas falsas e de homens incompletos,
De animais completos criados pelos novos evangelhos.
Pelos novos profetas que pregaram em campos de morte, a boa nova,
A nova luz e os novos deuses que devem servir o homem perfeito.
Num mundo perfeito de superfícies de mentira a cada palavra.
Temem o quê?
Temem o vaguear?
Temem o espírito que sabem que se desliga por vezes?
Nunca experimentaram?
Pretendem o quê?
Fazer de um deles um novo deus?
Que assembleia majestosa se aguarda dos secularistas!
Que novos evangelhos querem escrever?
Afinal hoje é fácil escrever, mas será fácil viver com a dúvida?
Por mim, fico satisfeito em ser triste, quando não posso andar alegre.
Contento-me com a revolta que trago vezes de mais comigo.
Mas que posso fazer?
Contento-me com os amigos porque a vida não me dá mais.
Contento-me com a ilusão.
Contento-me com o desespero.
Contento-me com a raiva que refreio até um dia.
Contento-me que um dia sou melhor que no outro,
E amanhã se o sol nascer para mim,
Posso pensar que sou apenas mais um, deste rebanho a que não posso fugir.
Porque as pedradas doem e os dentes dos cães são fortes e duros e nos rasgam a pele,
E acordam –nos do sonho com a dor de alma que afinal fica.
Sempre como uma vaga lembrança.
Porque é disso que se trata; de uma vaga lembrança.

Postado depois do post do Dr Assur, porque irra esta gente está dormente!

A Saúde encerra o ano fechando mais 5 urgências, 1 bloco de partos, 3 SAP.
Para pouca saúde mais vale nenhuma.
Faltará pouco para que ao ministro só lhe reste fechar o próprio Ministério.
O ministro, que ostenta em todas as sondagens o título incontestado de mais impopular membro do Governo, explicou que o fecho de estabelecimentos hospitalares “é para o bem das populações”.
Os portugueses, que são tendencialmente lorpas, ainda não tinham percebido.
Mas, felizmente, os lorpas dos portugueses escolheram um governo que lhes deu um ministro tão alumiado como o da Saúde para lhes abrir os olhos.
Pois não se está mesmo a ver que a solução da saúde é fechar hospitais, como a da educação é encerrar escolas, como a do emprego é liquidar empresas?
E é assim que, “para o bem das populações”, o ministro meteu ombros à tarefa de desmantelar o Serviço Nacional de Saúde, bandeira de socialistas quiméricos e fora de prazo, reduzindo-o à expressão mais simples de enfermarias para indigentes.
De resto, quem quiser saúde que a pague e a Constituição da República que se dane mais as suas arengas sobre serviços e cuidados de saúde tendencialmente gratuitos.
A cruzada do ministro da Saúde, que atinge este pico empolgante no final do ano, tem sido pregada por uma alegada Comissão Técnica, sem nomes nem rostos, que mais não deve ser que um heterónimo do próprio ministro para as decisões mais impopulares.
De nada lhe serve porque os portugueses, para além de lorpas, são ingratos. De maneira que, sondagem após sondagem, o ministro lá vai caindo, caindo, caindo, caindo, caindo sempre, e sempre, ininterruptamente, nas profundezas da impopularidade.
Bem lhe importará. No dia em que cair de vez, sobe."
João Paulo Guerra

Sobe concerteza a gestor de entidade privada com direitos a capital da sociedade.
O interessante nisto, meus caros é que a equipa que o rodeia é feita por gente que milita decerto a olhar para o seu umbigo e dos seus, mas militam também em partidos políticos que ninguém imaginaria, ninguém, digo aqueles que ainda têm os olhos fechados.
Falo do partido comunista português e são membros do único sindicato médico que funciona com o ministro, a FNAM.
Não é que sinta grande simpatia por sindicatos, mas a verdade é que existe outro, o SIM que o ministro e os secretários de estado não recebem. A culpa é do SIM que tanto clamava contra o antigo ministro.
O ministro sabe jogar com a política lodosa, sabe ouvir decerto o cunhado e sabe que a DGS, sempre foi, e é, um coio (esconderijo), de gente deste quilate.
A ENSP, extremamente elitista em termos de admissões é ainda dominada por esta gente.
A grande maioria dos médicos de saúde pública salvo honrosas excepções são militantes do PCP, não os critico por isso, mas pelo facto de serem coniventes com isto tudo, em palavras e nos actos.
Como se ficaram pela burocrática atitude, esqueceram que eram médicos e passaram a ser gestores de números e nos números escolhem apenas os que a lavagem deixou ficar.
A chamada carreira de saúde pública morreu, estes e poucos outros são o que resta.
Portanto as comissões de reestruturação são de facto na sua maioria constituídas por médicos burocratas e enfermeiros burocratas, gestores hospitalares, todos com vários mestrados, coisa hoje muito importante nos curriculae, da importância efectiva duvido, excepto que são autoritários à imagem do mestre, e oportunistas quanto baste.
Nos serviços de urgência encerrados e por encerrar, estará a base da criação dos célebres unidades médicas, sem médico, composta por um enfermeiro e um tripulante em que um médico no CODU, transfere ou delega competências do foro estritamente médico, porque a responsabilidade ética ou de acto não se pode delegar.
Faz lembrar os médicos de pé descalço do tempo da China de Mao.
Assim temos: Serviços de Urgência hospitalares, centrais e distritais e os do INEM, com as VMER e estes veículos que estão a gerar alguma polémica, SIVs se não estou em erro. Uma coisa me intrigou, a maioria dos casos da noite da consoada eram edemas pulmonares agudos, deve ter sido coisa epidémica, para mim foi epidérmica, mas tenho de crer e acreditar sem dúvidas de espécie alguma.
Quando chegar a hora de varrer o lixo, o sr Correia de Campos estará longe, decerto com alguma fundação para gerir, de algum milionário famoso deste sítio cada vez mais mal frequentado, onde é que eu já vi isto?...

sexta-feira, dezembro 28, 2007

Até amanhã e boa sorte!!!

“Música no coração”

"O primeiro-ministro não conversa com o país, não comunica com os portugueses, limita-se a governar e a apresentar “resultados”.

Em mensagem festiva, o primeiro-ministro falou à Nação. O relatório de actividades e contas foi lido em estilo solto e eficiente. O reflexo metálico na voz invoca a frieza de uma máquina. Sócrates fez a apologia de Sócrates e informou os portugueses que o Governo é o melhor Governo, que o primeiro-ministro é o melhor primeiro-ministro e que a crise financeira chegou ao fim. No discurso de Sócrates, Portugal é uma colecção de estatísticas que o Governo transforma com zelo burocrático. A julgar pela mensagem, em Portugal não existem portugueses, nem défice de confiança, nem apreensão em relação ao futuro. Através de uma singular inversão, Sócrates parece pensar que Portugal é o pretexto para que Sócrates possa ser primeiro-ministro. Não existe pois qualquer proximidade com a Nação, nem compreensão pelas dificuldades, nem a mínima empatia que empreste a Sócrates uma personalidade para além da política. O primeiro-ministro não conversa com o país, não comunica com os portugueses, limita-se a governar e a apresentar “resultados”. E foi com sinos no coração que os portugueses ignoraram os “resultados” do primeiro-ministro.

A frieza de uma máquina também se revela na conveniência de um silêncio. No momento em que o Governo prepara a nacionalização da gestão do BCP, o silêncio do primeiro-ministro só será surpreendente quando comparado com o silêncio dos profetas da iniciativa privada e da economia de mercado. Não é sintoma de um país normal que o principal banco privado passe a ser dirigido por “gestores públicos”. Não é sintoma de um país normal que a “capitulação” dos accionistas privados seja um exercício de prudência em função dos riscos do mercado. Politicamente, a lição do BCP projecta uma luz meridiana – em Portugal não existem empresários com verdadeira vocação liberal.

No entanto, e em entrevista política, Luís Filipe Menezes revelou a sua profunda vocação liberal. Menezes promete uma “fórmula radical” que passa por “desmantelar”, no prazo de seis meses, o “peso do Estado”. Poderá parecer mesquinho sublinhar o facto de, em dois meses, Luís Filipe Menezes não ter sido capaz de revolucionar o PSD. Será que Menezes acredita que é possível, em Portugal, uma revolução liberal? Talvez o líder do PSD esteja a pensar na maioria silenciosa de empresários e investidores que se abstiveram na mais recente aventura do BCP. Mas a abstenção das maiorias é muitas vezes a prova de que não existem
. "

Carlos Marques de Almeida

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Caindo

"A Saúde encerra o ano fechando mais 5 urgências, 1 bloco de partos, 3 SAP. Para pouca saúde mais vale nenhuma. Faltará pouco para que ao ministro só lhe reste fechar o próprio Ministério.

O ministro, que ostenta em todas as sondagens o título incontestado de mais impopular membro do Governo, explicou que o fecho de estabelecimentos hospitalares “é para o bem das populações”. Os portugueses, que são tendencialmente lorpas, ainda não tinham percebido. Mas, felizmente, os lorpas dos portugueses escolheram um governo que lhes deu um ministro tão alumiado como o da Saúde para lhes abrir os olhos. Pois não se está mesmo a ver que a solução da saúde é fechar hospitais, como a da educação é encerrar escolas, como a do emprego é liquidar empresas?

E é assim que, “para o bem das populações”, o ministro meteu ombros à tarefa de desmantelar o Serviço Nacional de Saúde, bandeira de socialistas quiméricos e fora de prazo, reduzindo-o à expressão mais simples de enfermarias para indigentes. De resto, quem quiser saúde que a pague e a Constituição da República que se dane mais as suas arengas sobre serviços e cuidados de saúde tendencialmente gratuitos.

A cruzada do ministro da Saúde, que atinge este pico empolgante no final do ano, tem sido pregada por uma alegada Comissão Técnica, sem nomes nem rostos, que mais não deve ser que um heterónimo do próprio ministro para as decisões mais impopulares. De nada lhe serve porque os portugueses, para além de lorpas, são ingratos. De maneira que, sondagem após sondagem, o ministro lá vai caindo, caindo, caindo, caindo, caindo sempre, e sempre, ininterruptamente, nas profundezas da impopularidade. Bem lhe importará. No dia em que cair de vez, sobe
."

João Paulo Guerra

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Se a "moda" pega...

"Político condenado à morte por corrupção (mais aqui)".

A MULHER QUE DAVA A CARA

"A foto explica tudo, mas vou contá-la. À direita, um livro de capa espelhada, que ela ergue para se olhar. Ao centro, a mão direita dela e, entre o indicador e o polegar, um batom vermelho. Pouco antes passara-o nos lábios e, com o dedo médio, ela espalha a cor, como as mulheres que gostam de ser belas. À esquerda da foto, ela. Olhos negros, nariz forte e aqueles lábios, polpudos e carmesim. Acabou a foto. Pôs o batom, olhou-se e entrou para o comício. Ao sair deste, ela levou um tiro que lhe procurava a cara, para castigar, e o homem que atirou fez explodir- -se e tudo à volta. Assim morreu Benazir Bhutto. Morreu por causa do que disse. O que disse no comício? Não, quem é que falou do comício? O que ela disse na foto: uma mulher mostra a cara, mostra que é bela, mostra que gosta de ser bela. Uma provocação tremenda para os que devem ser definidos assim: eles. Eles, o inimigo. Uma feia e verdadeira palavra: inimigo. Quando vamos entender que existe?"

Ferreira Fernandes

"Para o bem das populações".

"O fecho dos Serviços de Atendimento Permanente (SAP) e a diminuição das comparticipações do Serviço Nacional de Saúde (SNS) em medicamentos e meios de diagnóstico e terapêutica vão permitir ao Ministério da Saúde poupar, pelo menos, 330 milhões de euros em 2008. “O estudo da comissão que recomendou o fecho das Urgências dizia que as populações não devem estar mais longe 60 minutos de uma unidade. Mas cometeu o erro de não avaliar a demora de uma ambulância ao local onde está o doente e que pode significar mais uma hora, o que faz com o que o doente leve duas horas a chegar ao hospital. Algo que é fatal em caso de enfarte (mais aqui)".

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O CLIMA, ESSE FACTOR DE ATRACÇÃO

"É irónico que Portugal lance uma campanha para melhorar a sua "imagem" na Europa no dia em que recebe altos dignitários europeus com a incompreensível arte e a incompreensível voz de Dulce Pontes. Perante os extravagantes ruídos da senhora, que emprestaram à cerimónia do Tratado um toque surreal, não há campanha que valha nem "imagem" que resista.

São infelicidades assim que dão má fama ao país e permanentemente o impedem de cair nas graças alheias. Não só na Europa: toda a gente viu a angústia dos clandestinos desaguados no Algarve. "Portugal?", repetiam, "Não, não, nós queríamos ir para Espanha. Espanha!" E concluíam, a cabeça baixa: "Não temos sorte nenhuma..." Não sei se lamentavam mais o facto de terem sido apanhados ou o facto de terem vindo parar aqui. E quando uns desgraçados que martelavam bronze em Fez ou contemplavam paredes em Rabat tentam evitar, a desumano custo, um futuro entre nós, o nosso futuro não promete.

Em caso de dúvida, basta atentar nos dados estatísticos que diariamente nos colocam nos fundilhos do mundo civilizado. Segundo o Eurostat, o poder de compra caseiro voltou a cair e a afastar-se da média da UE (actualmente, é inferior ao da República Checa, Malta, Chipre e Eslovénia e metade do da Irlanda). Segundo o Fórum Económico Mundial, ocupamos o 40º lugar em competitividade. Segundo o QREN (o relatório sobre coesão económica e social), somos um dos raros países da UE onde o emprego não evita a pobreza. Segundo a empresa de sondagens GfK Metris, somos os mais pessimistas da Europa quanto à evolução económica. Etc.

É possível que os marroquinos conheçam a informação acima, e isso explica o desespero com que imigrantes famintos fogem da hipótese portuguesa na hora de arriscar nova vida. Ou então sucede apenas que os marroquinos já ouviram Dulce Pontes. De uma forma ou de outra, os responsáveis do SEF garantem que o desembarque no Algarve foi "um caso isolado e pontual" provocado pelas "condições climatéricas". E não há nada que os possa desmentir
. "

Alberto Gonçalves

Ninguém pára o Benfica.

"Miguelito (Braga), Coentrão (Nacional), Romeu Ribeiro, Miguel Vítor e Dabao (Aves) já possuem o destino traçado, com a particularidade de o lateral quebrar o vínculo ao clube. Bergessio, Diaz e Zoro completam o lote de elementos que já não treinaram."
A equipa de sonho, que qualquer treinador gostaria de treinar, está a desfazer-se…

“Razões políticas”

"Alguém desrespeitou a ordem judicial. Como os serviços prisionais dependem do poder político, só pode ter sido uma decisão política", acusa Vaz Teixeira, advogado de Bruno Pinto (Pidá), sobre a separação dos detidos no âmbito da operação "Noite Branca" por vários estabelecimentos prisionais (mais aqui)"
“Razões políticas”? Quando a comunicação social tenta “escavar” uma “boa” notícia…

"Nova Chicago".

"Um comerciante foi agredido à coronhada, na Quinta do Mocho, em Sacavém, no concelho de Loures, durante um assalto praticado à mão armada por três indivíduos, que levaram mais de sete mil euros em dinheiro. Já na madrugada do Dia de Natal, uma discoteca em Camarate, também não muito longe da Quinta do Mocho, tinha sido assaltada. Os assaltantes realizaram vários disparos, que provocaram três feridos ligeiros (mais aqui)."
Afinal o ministro Rui Pereira tem razão. Se a comunicação social nada dissesse até dava para acreditar que a criminalidade estava a diminuir. Assim, quase com uma semana de atraso e por mera sorte, ficámos a saber que Lisboa também concorre com o Porto para o prémio “Nova Chicago”. Só que aqui os artistas fazem parte da “espécie protegida”…

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Bons dias.


quinta-feira, dezembro 27, 2007

Não há pachorra para aturar rebanhos de mansos


Cavaco Silva ficou "branco como a cal" quando, em Junho de 2004, soube da partida do então primeiro-ministro, Durão Barroso, para a Comissão Europeia.
"Mas isso significa entregar o País a Santana Lopes e a Paulo Portas...!", exclamou o agora Presidente da República.
A revelação é da jornalista Maria João Avillez, numa série de artigos sobre a história do PSD publicados, ao longo da última semana, nas páginas do Diário Económico.
Um testemunho na primeira pessoa:
a 21 de Junho de 2004, Avillez e Cavaco estavam num jantar em casa de amigos comuns, quando um dos presentes revelou o que o País só viria a saber oficialmente cinco dias depois.

Que Durão Barroso, líder do executivo de coligação PSD/CDS, estava de saída para Bruxelas, substituindo Romano Prodi na Comissão Europeia."A estranheza de Cavaco era total, a aflição pior.

Saiu dali subitamente envelhecido", revela a jornalista, acrescentando ter ainda testemunhado o "grau de total ignorância em que se encontrava o antigo primeiro-ministro sobre os ideiais europeus do seu antigo pupilo".

Na altura afastado da vida política - faltava ainda ano e meio para as eleições presidenciais que o levaram a Belém - Cavaco Silva nunca se pronunciou sobre a saída de Durão Barroso para Bruxelas, que levaria Santana Lopes à liderança do executivo.

O primeiro sinal público de Cavaco sobre a situação política do País chegaria vários meses depois, com um artigo publicado no semanário Expresso, em que apelava aos políticos competentes para afastarem os incompetentes.

O famoso artigo que invocava a a Lei de Gresham - segundo a qual a má moeda tende a expulsar a boa - seria entendido como uma crítica à governação de então.

E acabaria por preceder em poucos dias a decisão do Presidente da República, Jorge Sampaio, de dissolver a Assembleia e convocar eleições antecipadas.In DN 27/12/2007
O termo algarvio é : “Branco como a cal da parede”
A tristeza já não me afecta, porque faz parte do meu estado habitual.A hipocrisia afecta-me.Não me conformo com a boa e a má moeda do Sr Cavaco e com o enunciado da lei de Gresham, porque a lei de Gresham é mentira e está confirmada pela crise importada dos Estados Unidos.
Não me conformo porque a boa e a má moeda de que o Sr quis falar, são moedas de uma só face e são moedas falsas, não eram simplesmente as moedas que queria...
Ficou de facto preocupado com ele e com a mudança de planos, para a eleição e não vale a pena dizer o contrário, porque o apoio a um governo que destruiu o país, com o seu beneplácito está à vista.
Aprove-se e promulgue-se.

O Orçamento de Estado é mentira.

O défice é mentira.

Os métodos contabilísticos de Bruxelas e os deste sítio são os mesmos, os feiticeiros é que são diferentes.

Como a cal da parede vamos ficar todos, se ainda a tempo, verificarmos novamente que o défice é superior, muito superior porque as dívidas aos fornecedores não são pagas e passam de um ano para o outro.

Que se pagam juros de mora sobre contratos leoninos e que ninguém é chamado a depor para se saber quem é o responsável e se é passível de haver crime de negligência grosseira e se aproveita e a quem, porque meus amigos o dinheiro, não é do Sr Cavaco nem do Sr Sócrates, é da Nação.

Democracia poderosa esta, que de electricista, se não estou em erro, e de balconista se passa a presidente do conselho de administração e a administrador de um banco do estado e do maior banco privado deste sítio.

Isto é que é a terra das oportunidades.
O plano do Sr Sócrates para educação de forma a dar diplomas e aumentar o número de licenciaturas já pode parar, porque o que vale para vencer é começar da base, e passo a explicar:Tirar o 1º ciclo e depois ir para uma oficina, se ainda houver alguma a funcionar e começar, varrendo o chão, ouvir tudo dos oficiais.
Depois passado algum tempo passará a chefe de oficina e no espaço de 20 anos de varredor passará a presidente do conselho de administração da BMW ou da VW, ou da Renault ou que a vossa imaginação quiser.
Este é o plano tecnológico e então com a ajuda do Sr Barroso a cumprir os ditames do Sr Williamson e o seu guião, o Consenso de Washington, o filme será melhor.

O Tratado de Lisboa irá oferecer o que FMI ofereceu à Argentina aqui há uns anos, o neoliberalismo canino, no seu estado puro, para destruir a Europa conforme as ordens do patrão que colocou em Bruxelas o Sr Barroso e as novas ordens, depois deste patrão sair.A volta a dar será esta.

Como a cal da parede?

Eu, simples toupeira, quando vi o Sr Barroso receber os 3 magníficos nos Açores, percebi o que se iria passar, eu e mais uma série de gente, decerto ovelhas ranhosas do sítio e rezo para que sejam cada vez mais.
Quando este senhor Barroso estendeu a passadeira já sabia qual a prenda a receber há muito, se bem me lembro, este senhor esteve nas festividades da queima da Embaixada de Espanha.
Assim os 3 magníficos ficaram com o caminho livre para destruir à bomba um estado soberano como é Angola, a Líbia, a Argélia, a Arábia Saudita, Israel, com o argumento que já se sabia mentiroso das armas, e depois transformado no argumento que aquele ditador não servia, porque não se admitia vender petróleo com Euros.
A questão de ser uma ditadura com mais ou menos mortos conta? A ONU coisa que não existe, como nunca existiu, saberá explicar conforme os seus donos quiserem.
Depois?Foi fazer o servicinho ajudado pelo moços conhecidos, importar artistas para rebentar à bomba tudo o que mexesse e ajudar a saquear os tesouros da antiga Mesopotâmia.
Infelizmente para o povo do Iraque, que sangra como nós, que ama os seus filhos como nós, o plano é o Inferno pior que o de Dante, com os terroristas a fazer a sua internacional, a tropa defende apenas o plo e o petróleo, o que não está mau para um exército de mercenários em outsourcing ou de empresas de outsourcing, algumas delas com donos no governo que salvará o mundo do inferno de Dante.
Não tem interesse para o negócio do petróleo regimes laicos em nações islâmicas, nem para o preço, nem para o saque.
Como a cal da parede fico eu ao saber que afinal a moral da boa e da má moeda é igual.
Bahhhhh…Deus nos ajude e a este pobre país.

Até amanhã e boa sorte!!!

Paulo Portas e o referendo ao Tratado de Lisboa

"Com o seu reconhecido sentido de oportunidade, que não perdeu apesar de acantonado num partido reduzido à mínima expressão e a um grupo de fiéis saudosos da juventude perdida, Paulo Portas veio esta semana insistir no referendo ao Tratado de Lisboa. E justificou: «O principal problema da credibilidade em política é que a palavra dada aos eleitores não é cumprida. Outros podem mudar de opinião, não quero que o CDS seja igual a esses outros».

A alusão era dirigida a José Sócrates e ao PS, mas também, e sobretudo, a este indefinível e apagado PSD de Menezes. Que não só deixou cair a promessa eleitoral do referendo como tem vindo a abandonar todas as bandeiras e propostas que o distinguiam como alternativa de oposição. O Governo socialista (e o CDS) agradecem.

Mas, como sublinha Portas, o que levará Sócrates a assumir o ónus de faltar à palavra dada aos seus eleitores? A fugir do referendo europeu que tantas vezes prometeu nos discursos e manifestos eleitorais? Será o receio de surgir como aluno desalinhado da ordem estabelecida pelos directórios europeus? O temor de afrontar o peso presidencial de Cavaco? A insegurança quanto a conseguir uma maioria tão favorável como no referendo da interrupção voluntária da gravidez? A dúvida sobre a capacidade dos portugueses para se pronunciarem atinadamente?

O ministro Luís Amado tem uma explicação simples para este volte-face socialista: «Por posição de princípio, não sou favorável à ratificação de tratados internacionais por via referendária».

Ora, acontece que Marques Mendes, num artigo que publicou há dias, citava uma outra frase, igualmente ilustrativa, do mesmíssimo Luís Amado. Então secretário de Estado, em 1998, e a propósito do Tratado de Amesterdão, bem menos reformador e estruturante do que o Tratado de Lisboa. Dizia Amado: «As questões europeias deixaram de ser questões circunscritas ao debate político fechado das elites económicas, empresariais, académicas e passaram a atravessar o debate político nas sociedades europeias. Justifica-se, por isso mesmo, que os portugueses sejam ouvidos em referendo sobre a questão europeia». Resta descobrir qual dos Amados fala verdade...

Posições de princípios?! Belos princípios
. "

JAL

GOSTOS PERVERSOS

"Primeira cena. Mário Soares e Clara Ferreira Alves no interior dos Jerónimos. Falam sobre religião. O dr. Soares diz que a religião "tem uma força", mas apressa-se a inventariar os seus limites. A dra. Clara, inclinada, ri-se: "Não ousa dizer que os deuses são os homens..." O dr. Soares não ousa, embora lembre que "o homem é a medida de todas as coisas" e que "o que temos descoberto nestas últimas duas décadas é extraordinário".

Segunda cena. Sinagoga de Lisboa. O dr. Soares, de solidéu, acha que "a religião judaica é extremamente importante" e recorda que foi o primeiro chefe de Estado europeu a pedir desculpa aos judeus. A dra. Clara introduz na conversa Israel e o Médio Oriente e informa que viajou duas vezes com o dr. Soares a Jerusalém.

Terceira cena. Mesquita e Catedral de Córdoba. O dr. Soares desfia inocentemente os mitos acerca da tolerância do "Al-Andalus" e exorta ao fim das guerras religiosas. Depois, numa análise mais profunda, revela que os terroristas são seres humanos e que o Ocidente "deve desarmá-los com a bondade" (sic).

Quarta cena. Mesquita de Lisboa. A dra. Clara enverga um lenço muçulmano. O dr. Soares explica que Bush, "um flagelo", "incendiou o Médio Oriente e criou um conflito entre o Islão e o mundo cristão."

Quinta cena. Sinagoga de Lisboa. O dr. Soares confessa que seguiu a filosofia grega e o direito romano. E que não foi "tocado pela fé". A dra. Clara concorda com um aceno. O dr. Soares cita Julia Kristeva (uma referência seríssima) a propósito da "necessidade de acreditar". A dra. Clara interrompe para decretar o dr. Soares "um iluminista que não foi iluminado pelo divino" e ri-se com o engenhoso trocadilho. O dr. Soares resume: "Sou filho da Revolução Francesa..." E a dra. Clara, que aqui estranhamente não ri, completa: "... e dos direitos do homem".

Isto prossegue por outros vinte minutos. Isto é O Caminho Faz-se Caminhando, a série mensal do dr. Soares e da dra. Clara que a RTP transmite. O normal seria imitar a dra. Clara e acrescentar: "... e que o contribuinte paga". Não vou por aí. O Caminho... eu pago com gosto. É verdade que sem gosto também pagaria, mas esse não é o ponto
."

Alberto Gonçalves

Pequenos grandes perigos

"Quando algo pode correr mal, corre mesmo mal. O choque tecnológico poderá vir a converter-se num choque para a liberdade dos cidadãos.

A liberdade constitui, para cada um de nós, uma espécie de escudo protector que indica aquilo que os outros e o Estado não nos devem poder fazer. A existência de uma sociedade decente depende, em primeiro lugar, da existência desta esfera de inviolabilidade de cada pessoa protegida por um conjunto muito diversificado de liberdades individuais.

Apesar das liberdades estarem constitucionalizadas, a sua protecção é uma tarefa continuada e nunca acabada, a todos os níveis: legislativo, executivo, judicial, administrativo, societal. Os perigos para as nossas liberdades surgem a todos estes níveis e de onde menos se espera. Mesmo quando são pequenos na aparência, tendem depois a revelar-se grandes e perturbadores. Vejamos alguns desses perigos, infelizmente muito actuais, associados a três liberdades: a liberdade de escolha da profissão; o direito à protecção da privacidade; e as liberdades políticas.

1. A liberdade de escolha da profissão é crucial para o tipo de vida que cada um de nós pode ter. Mas existem inúmeras pressões corporativas na sociedade portuguesa que condicionam o acesso às profissões. O caso mais conhecido é o dos médicos. Durante anos, a Ordem dos Médicos e as Faculdades de Medicina fizeram um ‘lobby’ bem sucedido contra a abertura de vagas nos cursos de Medicina. O resultado foi excelente para o crescimento dos honorários médicos e desastroso para o país. Recentemente, o ministro da saúde chamou a atenção para a necessidade de alargar as vagas nos cursos de medicina. O bastonário da Ordem dos Médicos reagiu de imediato dizendo que o ministro quer “mandar as pessoas para o desemprego”. Como se um curso universitário tivesse de garantir o emprego! Este é um caso mais do que escandaloso para a liberdade dos cidadãos. Em nome da defesa pura e simples de interesses corporativos impede-se uma grande quantidade de jovens de escolher a via de acesso à profissão para a qual se sentem vocacionados.

2. O direito à protecção da privacidade – que é também uma liberdade fundamental – está obviamente em causa com o novo Cartão do Cidadão. Para além da informação constante dos actuais Bilhetes de Identidade, o Cartão do Cidadão concentra as informações dos cartões do contribuinte, Segurança Social e Serviço Nacional de Saúde. Note-se que uma tal concentração de informação não existe em outras experiências de cartões de identificação electrónicos. Ao pronunciar-se sobre a lei que criou o Cartão do Cidadão, a Comissão Nacional de Protecção de Dados lançou fundadas dúvidas sobre a possibilidade da sua falsificação e contrafacção. Mais graves ainda são as dúvidas que também levantou acerca da sua fiabilidade e inviolabilidade. Conhecidas as debilidades deste tipo de sistemas e a cultura de desrespeito pela privacidade dos cidadãos por parte da nossa administração pública estão reunidas as condições para que algo corra mal. E, como todos sabemos, quando algo pode correr mal, corre mesmo mal. Neste aspecto, o choque tecnológico poderá vir a converter-se num choque para a liberdade dos cidadãos.

3. O valor das nossas liberdades políticas – como a de votar – é constantemente ameaçado pelos casos de corrupção associados às instituições públicas e aos partidos políticos. Os casos que têm surgido em torno do poder central, das autarquias e das polícias são preocupantes. Mas também o são os casos directamente associados aos partidos políticos. Recorde-se o “subsídio” entregue ao PSD de Durão Barroso pela Somague, entretanto eclipsado pelo silêncio dos culpados e pela cumplicidade de outros. Ainda que este caso não seja susceptível de procedimento criminal, ele é a ponta de um ‘iceberg’ que faz com que o controlo democrático propiciado pelas liberdades políticas seja frequentemente ultrapassado por empresários e políticos sem escrúpulos. Neste contexto as liberdades políticas continuam a existir formalmente, mas o seu valor real diminui.

Assim, os perigos para a liberdade tanto podem vir da sociedade como do Estado, das organizações profissionais ou das empresas, do Governo ou dos partidos políticos. No ano de 2008 teremos de estar especialmente atentos aos diversos “pequenos grandes perigos” que sobre ela impendem
."

João Cardoso Rosas

'Farewell ballad'

Discursos do “outro mundo”.

"A mensagem de Natal do primeiro-ministro não convenceu quem acompanha de perto a actuação do Governo. Entre os politólogos e analistas políticos contactados ontem pelo JN, a descrença reinava no que toca ao optimismo demonstrado por José Sócrates face à situação actual do país - e à sua percepção pelos portugueses. João Cardoso Rosas, professor na Universidade do Minho e na Católica, tem uma explicação para o que acredita ser uma "dissonância" entre o discurso do chefe de Governo e "o modo de sentir das pessoas". Trata-se de um factor que, aliás, a maioria dos analistas têm afastado nestas semanas a presidência da União Europeia. "Sobretudo nos últimos três ou quatro meses, as pessoas passaram a sentir um discurso mais descolado da realidade, do dia-a-dia (mais aqui)".

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Para o nosso bem.

1/ "O ministro da Saúde garantiu esta quarta-feira que o encerramento das urgências do Hospital José Luciano Castro, em Anadia, e do Serviço de Atendimento Permanente (SAP), em Alijó, é “para o bem das populações” (mais aqui).

2/ "O futuro Hospital de Todos os Santos, uma parceria público-privada, vai custar entre 150 a 200 milhões de euros e estará em funcionamento em 2012. O concurso público internacional para a construção da unidade de saúde lisboeta vai ser lançado no primeiro trimestre de 2008. O novo hospital permitirá ainda “libertar o coração histórico da cidade para uma requalificação inteligente, para novos espaços públicos”. (mais aqui)."

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E a criminalidade continua a diminuir...

"Os furtos e roubos de caixas multibanco, entre acções concretizadas e tentativas, aumentaram este ano cerca de 33%, face a 2006, segundo os últimos dados do Gabinete Coordenador de Segurança a que o JN teve acesso (mais aqui). "
Felizmente não é nada que possa abalar as estatísticas do Ministro Rui Pereira.

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Colegas novos.


Temos dois colegas novos. Uma é um rebuçadinho, o outro é um rabo alçadinho. O rebuçadinho tem medidas olímpicas, chicha aveludada e recomenda-se. O rabo alçadinho é mais feminino que as próprias mulheres. A leveza do seu andar causa náuseas. Tem um fetiche pela nossa árvore de Natal. Está farto de pedir para ser o anjinho dela mas a malta não tem ido na conversa. É que ainda nos estraga a estrela pontiaguda da árvore. Merecíamos melhor.

Branco como a cal da parede

Cavaco Silva ficou "branco como a cal" quando, em Junho de 2004, soube da partida do então primeiro-ministro, Durão Barroso, para a Comissão Europeia.
"Mas isso significa entregar o País a Santana Lopes e a Paulo Portas...!", exclamou o agora Presidente da República.
A revelação é da jornalista Maria João Avillez, numa série de artigos sobre a história do PSD publicados, ao longo da última semana, nas páginas do Diário Económico.
Um testemunho na primeira pessoa: a 21 de Junho de 2004, Avillez e Cavaco estavam num jantar em casa de amigos comuns, quando um dos presentes revelou o que o País só viria a saber oficialmente cinco dias depois.
Que Durão Barroso, líder do executivo de coligação PSD/CDS, estava de saída para Bruxelas, substituindo Romano Prodi na Comissão Europeia."A estranheza de Cavaco era total, a aflição pior.
Saiu dali subitamente envelhecido", revela a jornalista, acrescentando ter ainda testemunhado o "grau de total ignorância em que se encontrava o antigo primeiro-ministro sobre os ideiais europeus do seu antigo pupilo".
Na altura afastado da vida política - faltava ainda ano e meio para as eleições presidenciais que o levaram a Belém - Cavaco Silva nunca se pronunciou sobre a saída de Durão Barroso para Bruxelas, que levaria Santana Lopes à liderança do executivo.
O primeiro sinal público de Cavaco sobre a situação política do País chegaria vários meses depois, com um artigo publicado no semanário Expresso, em que apelava aos políticos competentes para afastarem os incompetentes.
O famoso artigo que invocava a a Lei de Gresham - segundo a qual a má moeda tende a expulsar a boa - seria entendido como uma crítica à governação de então.
E acabaria por preceder em poucos dias a decisão do Presidente da República, Jorge Sampaio, de dissolver a Assembleia e convocar eleições antecipadas.
In DN 27/12/2007

O termo algarvio é : “Branco como a cal da parede”

A tristeza já não me afecta, porque faz parte do meu estado habitual.
A hipocrisia afecta-me.
Não me conformo com a boa e a má moeda do Sr Cavaco e com o enunciado da lei de Gresham, porque a lei de Gresham é mentira e está confirmada pela crise importada dos Estados Unidos.

Não me conformo porque a boa e a má moeda de que o Sr quis falar, são moedas de uma só face e são moedas falsas, não eram simplesmente as moedas que queria...

Ficou de facto preocupado com ele e com a mudança de planos, para a eleição e não vale a pena dizer o contrário, porque o apoio a um governo que destruiu o país, com o seu beneplácito está à vista.
Aprove-se e promulgue-se.

O Orçamento de Estado é mentira.

O défice é mentira.

Os métodos contabilísticos de Bruxelas e os deste sítio são os mesmos, os feiticeiros é que são diferentes.

Como a cal da parede vamos ficar todos, se ainda a tempo, verificarmos novamente que o défice é superior, muito superior porque as dívidas aos fornecedores não são pagas e passam de um ano para o outro.

Que se pagam juros de mora sobre contratos leoninos e que ninguém é chamado a depor para se saber quem é o responsável e se é passível de haver crime de negligência grosseira e se aproveita e a quem, porque meus amigos o dinheiro, não é do Sr Cavaco nem do Sr Sócrates, é da Nação.

Democracia poderosa esta, que de electricista, se não estou em erro, e de balconista se passa a presidente do conselho de administração e a administrador de um banco do estado e do maior banco privado deste sítio.
Isto é que é a terra das oportunidades.
O plano do Sr Sócrates para educação de forma a dar diplomas e aumentar o número de licenciaturas já pode parar, porque o que vale para vencer é começar da base, e passo a explicar:
Tirar o 1º ciclo e depois ir para uma oficina, se ainda houver alguma a funcionar e começar, varrendo o chão, ouvir tudo dos oficiais.
Depois passado algum tempo passará a chefe de oficina e no espaço de 20 anos de varredor passará a presidente do conselho de administração da BMW ou da VW, ou da Renault ou que a vossa imaginação quiser.

Este é o plano tecnológico e então com a ajuda do Sr Barroso a cumprir os ditames do Sr Williamson e o seu guião, o Consenso de Washington, o filme será melhor.

O Tratado de Lisboa irá oferecer o que FMI ofereceu à Argentina aqui há uns anos, o neoliberalismo canino, no seu estado puro, para destruir a Europa conforme as ordens do patrão que colocou em Bruxelas o Sr Barroso e as novas ordens, depois deste patrão sair.
A volta a dar será esta.

Como a cal da parede?

Eu, simples toupeira, quando vi o Sr Barroso receber os 3 magníficos nos Açores, percebi o que se iria passar, eu e mais uma série de gente, decerto ovelhas ranhosas do sítio e rezo para que sejam cada vez mais.
Quando este senhor Barroso estendeu a passadeira já sabia qual a prenda a receber há muito, se bem me lembro, este senhor esteve nas festividades da queima da Embaixada de Espanha.
Assim os 3 magníficos ficaram com o caminho livre para destruir à bomba um estado soberano como é Angola, a Líbia, a Argélia, a Arábia Saudita, Israel, com o argumento que já se sabia mentiroso das armas, e depois transformado no argumento que aquele ditador não servia, porque não se admitia vender petróleo com Euros.
A questão de ser uma ditadura com mais ou menos mortos conta? A ONU coisa que não existe, como nunca existiu, saberá explicar conforme os seus donos quiserem.
Depois?
Foi fazer o servicinho ajudado pelo moços conhecidos, importar artistas para rebentar à bomba tudo o que mexesse e ajudar a saquear os tesouros da antiga Mesopotâmia.

Infelizmente para o povo do Iraque, que sangra como nós, que ama os seus filhos como nós, o plano é o Inferno pior que o de Dante, com os terroristas a fazer a sua internacional, a tropa defende apenas o plo e o petróleo, o que não está mau para um exército de mercenários em outsourcing ou de empresas de outsourcing, algumas delas com donos no governo que salvará o mundo do inferno de Dante.
Não tem interesse para o negócio do petróleo regimes laicos em nações islâmicas, nem para o preço, nem para o saque.

Como a cal da parede fico eu ao saber que afinal a moral da boa e da má moeda é igual.
Bahhhhh…
Deus nos ajude e a este pobre país.

quarta-feira, dezembro 26, 2007

Obrigado Sr António.


"Obrigado Sr António por me ter convidado também. Já há muito que não nos víamos. Foi muito agradável este encontro. Adorei recordar as histórias da vossa infância, a amizade que o une ao meu filho desde esse tempo, e, sobretudo, adorei rever as suas filhas, hoje já adultas. Lembro-me de tomar conta delas enquanto o senhor e a sua esposa se ausentavam para o trabalho. Infelizmente chegou a hora da despedida.

Desculpe-me este rio de lágrimas que alaga o meu rosto enrugado. Tenho 94 anos, já quase não vejo, não tenho forças para partir a comida, já mal consigo andar, tenho problemas de coração, etc. O senhor ainda é novo. Só tem 62 anos. Sei que esta é a última vez que nos vamos ver. E esta é a única certeza que tenho.

Adeus e obrigado."

Até amanhã e boa sorte!!

Ninguém pára o Benfica.

"O treinador José António Camacho garante que renovaria contrato com o Benfica se lhe fosse apresentado um projecto para levar os "encarnados" à conquista da Liga dos Campeões, e diz ainda ser possível chegar ao título nacional de futebol (mais aqui)".
Significa isto que actualmente não há projecto para a equipa maravilha que qualquer treinador gostaria de treinar?

E como será amanhã?

"O ministro da Administração Interna (MAI), Rui Pereira, esclareceu que a entrevista que concedeu ao jornal do Partido Socialista, “Acção Socialista”, apresenta "uma gralha que pode prejudicar a compreensão do seu pensamento".

Sondagens.

"A reacção do procurador-geral da República à vaga de crimes na noite do Porto, ao nomear uma equipa especial de procuradores do Ministério Público (MP) de Lisboa para coordenarem as investigações, tem o apoio de uma clara maioria da população, segundo uma sondagem feita pela Aximage para o Correio da Manhã (mais aqui)."
Tendo em conta que os sondados responderam sem ter conhecimento dos efeitos colaterais na investigação que tal nomeação provocou, só prova que o PGR é mediático.

Tempos modernos.

Sporting.

"Soares Franco: o Sporting tem de ser campeão a curto prazo. Quanto aos reforços desta época, disse que até agora nenhum o desiludiu, mas o mesmo não se passa relativamente a épocas anteriores (mais aqui)".
O facto dos reforços desta época não o terem desiludido não significa que tenham qualidade. Até o podem surpreender se ele pensar que não jogam nada de nada…

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150 mil novos empregos.

"O primeiro-ministro admitiu ontem na sua mensagem de Natal que “ainda não foi possível reduzir a taxa de desemprego”, mas ressalvou que o Governo já conseguiu “conter o seu crescimento”. Confessando que este é o problema social que mais o preocupa, José Sócrates lembrou, porém, que nos últimos dois anos e meio da sua governação a economia gerou 106 mil novos empregos. Falta assim criar 44 mil postos de trabalho para o Governo cumprir a promessa eleitoral de criação de 150 mil novos empregos até 2009 (mais aqui)."
Sócrates é modesto. Se contasse com os milhares de empregos criados em Espanha há muito que essa meta estava ultrapassada.

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"Robinatal".

"Foram três infindáveis minutos de terror que nunca mais vão ser esquecidos pelos proprietários e vizinhos da Ourivesaria Dolidete, em Santa Maria da Feira. Com uma rajada de metralhadora, anteontem à tarde, um indivíduo mascarado estilhaçou os vidros do estabelecimento: entrou, roubou o que pôde, enquanto o ‘Pai Natal’ e outro cúmplice o esperavam no carro para fugir (mais aqui)."
No nosso tempo o Pai Natal oferecia presentes. Actualmente, neste reino do politicamente correcto, o Pai Natal dedica-se a roubar. Se for para dar aos pobres, estamos perante um novo ídolo que é o “Robinatal”.

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Back For My Life

terça-feira, dezembro 25, 2007

Novas da religião da paz.

"Mauritânia: Terrorismo islâmico apontado como responsável pelo assassínio de quatro franceses (mais aqui)".

Novas da retoma.

"Longe vai o tempo em que se compravam prendas para a família toda e ainda para os amigos e colegas de trabalho. Hoje em dia, a lista de compras natalícias é cada vez mais curta, e os presentes cada vez mais económicos. As circunstâncias a isso obrigam. É que o custo de vida não pára de subir e os ordenados esticam cada vez menos. Com a escalada das taxas de juro e do preço dos combustíveis, os custos da habitação e dos transportes têm aumentado muito e sobra pouco para o resto. Prova disso mesmo é que, apesar de os centros comerciais e as baixas das cidades terem andado cheias de gente, muitas pessoas regressaram a casa sem sacos nas mãos. Passeia-se muito e compra-se pouco (mais aqui). "

Nada de novo...

"O ministro da Segurança Interna garante que o clima de insegurança que se vive no Porto "não é um real problema de criminalidade". Rui Pereira afirma "não há razão para alarme apesar da mediatização de casos particulares".

Rui Pereira diz que incidentes registados foram «mediatização» de casos particulares. «Pese embora a mediatização de que têm sido alvo os recentes incidentes no Porto, também neste distrito se verificaram tendências semelhantes [às de diminuição no número de ocorrências do resto do país]. Aliás, dos distritos que têm mais participações, o Porto foi um dos que registou diminuições mais acentuadas no número total de ocorrências entre 2006 e 2007»
(mais aqui)."

Evidentemente que um indivíduo ser assassinado com 3 rajadas de metralhadora, bem como a "guerra" entre grupos rivais de seguranças profissionais que já matou quatro, é uma situação perfeitamente normal que só é notícia por ser um caso mediatizado. Melhor, é particular e não público porque acontece exclusivamente com certas pessoas (eles), é virtual e não real porque só acontece na televisão.

Com isto tudo não se percebe porque o PGR nomeou uma equipa especial para o Porto. Se não há a tal criminalidade preocupante como o ministro disse foi por mediatismo. Se foi por mediatismo…

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E a criminalidade continua a diminuir...

"Deverá rondar a dezena o número de viaturas assaltadas, durante a madrugada de ontem, na praia da Granja, em S. Félix da Marinha, Gaia"

Christmas

Um Bom e Santo Natal


Os desejos de um animal subterrâneo, malquisto por uns e olhado de soslaio por outros, com simpatia por poucos.

Os hábitos não fazem o monge, e um monge não se faz só com o hábito.

Há dias encontrei um musaranho que com a maior das calmas afastou uns gatos.
Bicho extraordinário que não é um rato.
Com um esguicho de almíscar afastou os predadores.
Ficou à mercê de um sol inclemente no Inverno que lhe pode ser fatal durante uma ou duas horas.
O bicho é bonito, tem uma máscara tipo bandido até às orelhas, rabo felpudo com fim em pincel. Safou-se e foi tudo.
É um bicho pouco visto e decerto pouco frequente.
É um resistente.
Aos amigos desejo um BOM NATAL.
Aos que pensam ser inimigos desejo uma vida feliz .
Aos inimigos nada desejo, apenas que sejam e continuem infelizes com pensamentos de gente superior a tudo e que nada lhes toca, como o musaranho, espero que ainda tenham reserva de almíscar para ejectar e que sol não lhes derreta a pele, se a tiverem, porque é tudo uma questão de pele. Deus afinal deu-nos este órgão, sendo o maior do corpo, por alguma razão ou por razões sque a razão desconhece.

Feliz Natal para quem acredita, para os outros que fazem férias nesta época, Deus saberá a causa delas.

segunda-feira, dezembro 24, 2007

Feliz Natal


Não há inocentes

"A importância do momento exige-o. Vítor Constâncio, governador do Banco de Portugal, deu um violento murro na mesa e virou o BCP ao contrário. Reparem bem: Vítor Constâncio deu um murro na mesa. Os banqueiros centrais são figuras pardas, tranquilas, discretas. Não dão murros, enviam recados às três tabelas, produzem sinais de fumo. São guardiões do sistema, não são revolucionários. Desta vez, no entanto, o sereno e pacato governador deu um pontapé no habitual conformismo. Perante a extrema proporção do incêndio, Constâncio convocou os principais accionistas do BCP para lhes repetir o que já dissera na véspera a Filipe Pinhal: que a actual administração do maior banco privado nacional está enterrada até ao pescoço perante a gravidade das suspeitas. E que Pinhal só tem uma saída: deixar o barco, não se candidatar a mais mandatos e esperar pelas conclusões das quatro investigações em curso. Isso mesmo, já são quatro as investigações: Banco de Portugal, CMVM, SEC (Security Exchange Comission) e DIAP. Como se vê, o caso já derramou para a esfera criminal e para os Estados Unidos. Por aqueles lados, é bom lembrá-lo, estes problemas são levados com seriedade. E mão dura.

Vamos por partes.

Chegou ao fim um capítulo importante no martírio de Filipe Pinhal e de Jardim Gonçalves. Uma parte deste capítulo poderia ter sido evitada se não fosse a intransigência cega desta dupla em manter-se agarrada ao poder. As razões para esta inflexibilidade estão à vista: parece que tinham alguma coisa a esconder – por isso não saíam. Veremos se é mesmo assim. Para já, só há suspeitas, embora fortíssimas, daí ser estranho que o Banco de Portugal, sem o assumir, tenha decidido derrubar a mesa neste preciso momento. Como se sabe, ainda não estão formalmente concluídas as investigações. Esta súbita pressa de Constâncio pode ser confundida com má consciência. As suspeitas que existem hoje já circulavam há semanas, com nomes, números e factos. É evidente que Pinhal não tinha condições éticas para ser o próximo líder do BCP. Todos o sabiam. Se foi isto que Constâncio quis travar agora, deveria tê-lo feito logo no momento da candidatura, evitando este penoso arrastar e este frenesim tardio.

Acontece que o comportamento do Banco de Portugal e da CMVM – os supervisores do mercado –, tem funcionado ao retardador. Primeiro, revelaram-se incapazes de apanhar e investigar as operações suspeitas quando elas ocorreram. Depois, assobiaram para o lado. A seguir, tiveram que esperar pelas indicações de Joe Berardo para seguir uma pista que já era gritante para todos. Ou seja, perante esta falta de energia e esta dolorosa complacência, a confiança que o país pode ter nos reguladores fica seriamente danificada. Falhar uma vez acontece. Falhar consecutivamente é incompreensível e tem um preço. Ou melhor: deveria ter um preço.

Um último ponto, talvez o mais importante: o que está a acontecer no BCP não é apenas a substituição inflamada da administração de um banco. É muito mais do que isso. Se Carlos Santos Ferreira se tornar, de facto, o próximo presidente do BCP (o que é possível, mas não certo) assistiremos à mudança do centro de gravidade do poder nacional. Dito de outra maneira: teremos outro BCP, um BCP com outra tonalidade, outras ligações, novos compromissos, talvez um BCP dos accionistas e não apenas dos administradores. Ou seja, será uma ruptura definitiva com o banco fundado por Jardim Gonçalves há 20 anos. É uma mudança impressionante. Uma revolução absoluta. Só assim se compreende a mobilização institucional dos últimos dias: da Presidência da República ao Governo, passando pela Procuradoria-Geral da República, todos deram um passo em frente. O assunto é grave. E não ficará por aqui. Ou não deveria ficar por aqui.
"

André Macedo

Padre suicida-se, mas promete ressuscitar

"Um sacerdote indiano de 25 anos suicidou-se este sábado na região de Chattisgarh, na India, mas antes de morrer, prometeu ressuscitar três dias depois (mais aqui)".

Propaganda.

"Teremos seguramente um número abaixo dos 900, registados em 2006, um objectivo que apontámos para 2009 e que já concretizámos no ano passado e este ano".

Rui Pereira

Num balanço divulgado no seu sítio na Internet, a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária refere que há um aumento de 19 mortos, no período entre 01 de Janeiro e 16 de Dezembro deste ano, em relação ao período homólogo de 2006. Em 2006, morreram 850 pessoas nas estradas portuguesas (mais aqui)
. "

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Merry Christmas



So this is Christmas
And what have you done
Another year over
And a new one just begun
And so this is Christmas
I hope you have fun
The near and the dear ones
The old and the young

A very merry Christmas
And a happy New Year
Let's hope it's a good one
Without any fear

And so this is Christmas War is over
For weak and for strong If you want it
For rich and the poor ones War is over
The world is so wrong Now
And so Happy Christmas War is over
For black and for white If you want it
For yellow and red ones War is over
Let's stop all the fight Now

A very merry Christmas
And a happy New Year
Let's hope it's a good one
Without any fear

And so this is Christmas War is over
And what have we done If you want it
Another year over War is over
And a new one just begun Now
And so Happy Christmas War is over
I hope you have fun If you want it
The near and the dear one War is over
The old and the young Now

A very merry Christmas
And a happy New Year
Let's hope it's a good one
Without any fear

War is over if you want it
War is over now

Os impostos sobem, as receitas crescem, mas o Estado deve mais

"Este ano, o sempre incómodo parecer do Tribunal de Contas (TdC) sobre as contas do Estado chegou mais cedo e a uma hora cómoda para o Governo – ao fim da tarde de sexta-feira, em vésperas de Natal.

O espírito natalício afasta as atenções para a prosa difícil do TdC, onde pontificam as críticas de sempre: a suborçamentação continua a ser uma prática utilizada; as regras de contabilidade pública continuam confusas; o Estado não sabe quanto património tem, nem tem muito bem a certeza sobre quanto entrou nos cofres do Estado em termos de receita fiscal. Face a estas insuficiências, o presidente do Tribunal de Contas mostra-se preocupado e aponta as 100 recomendações deixadas no relatório deste ano – muitas das quais já velhas conhecidas, ignoradas pelos Governos em anos anteriores. Outro dos reparos da instituição liderada por Oliveira Martins vai para o crescimento de 19% das dívidas do Estado a fornecedores. Este é o quadro actual: os impostos são altos, a receita cresce, mas o Estado deve cada vez mais (e paga fora de horas). O défice está a baixar, sim – mas a engorda pública continua
."

Bruno Faria Lopes

Portugal?

"Na semana passada, o país foi invadido por milhares de cartazes mostrando rostos de pessoas conhecidas e de outras absolutamente desconhecidas. A completar os cartazes a palavra «Portugal» e uma frase: «Portraits from the West Coast of Europe by Nick Knight».

Presumo que a campanha foi concebida para promover Portugal no estrangeiro.
Para lá do uso do inglês, só por si esclarecedor, a indicação «West Coast of Europe» (Costa Oeste da Europa) só faz sentido para os que estão lá fora – não para os que cá vivem.Se a campanha era também destinada ao turismo interno, a língua e a mensagem teriam forçosamente de ser outras. Assim, é absurdo o dinheiro que está a gastar-se nesta divulgação nacional.

Quanto às fotografias, o seu autor declarado, Nick Knight, é um ilustre desconhecido fora do seu meio, certamente escolhido pelo ministro da Economia, Manuel Pinho, que tem o hobby da fotografia.

E, aqui, tudo se deve ter passado como na história de O Rei Vai Nu.

O fotógrafo deve ter apresentado as fotografias ao ministro como obras de arte – e o ministro, para não fazer figura de inculto, disse que sim.

Por sua vez, Manuel Pinho deve ter apresentado os cartazes ao primeiro-ministro como sendo obras-primas de um grande fotógrafo – e o primeiro-ministro, para não fazer figura de ignorante, disse que sim
(mais aqui)."

Banca de Portugal

"Vítor Constâncio está no BdP desde 2000. Teixeira dos Santos esteve na CMVM até 2005. Estão à espera de quê para se demitirem? A Polícia Judiciária não colocou 200 homens no terreno para efectuar buscas às casas dos administradores e fiscalizadores do BCP desde 1999. Os inspectores da PJ não arrombaram portas com barras de ferro, não convidaram televisões para os acompanhar e, obviamente, não prenderam ninguém.

O senhor procurador-geral da República deste sítio cada vez mais mal frequentado não nomeou uma brigada especial liderada por uma qualquer super-mulher para investigar o primeiro banco privado português.

Esses tratamentos de luxo estão reservados para outros tipos de crimes, para bandos de criminosos da noite, da droga ou do tráfico de seres humanos. Desta vez a cena foi muito mais civilizada, digna de uma sociedade em que os padrinhos são tratados com o devido respeito.

O senhor governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio de seu nome, convidou para a luxuosa sede da instituição os principais accionistas do BCP e anunciou-lhes, provavelmente com a voz embargada de aflição, que os administradores e responsáveis pelos órgãos de supervisão e fiscalização do banco desde 1999 iriam ficar inibidos de exercer cargos em instituições financeiras.

O senhor governador do Banco de Portugal sugeriu assim aos accionistas que procurassem alguém que tivesse as mãos limpas no negócio do dinheiro. E assim foi. Os suspeitos renunciaram e de imediato as empresas do Estado accionistas do BCP trataram de pôr em marcha um plano para salvar rapidamente e em força um dos principais pilares da corporação neosalazarenta do sítio. Com a EDP a servir de anfitriã, os accionistas do BCP escolheram para seu líder o presidente da Caixa Geral de Depósitos.

O complexo neosalazarento, abalado pelo escândalo e com medo de perder um dos seus pilares, não hesitou em avançar para uma verdadeira nacionalização do primeiro banco privado português. Uma nacionalização que, verdade se diga, sempre existiu em nome do chamado interesse nacional neosalazarento e dos também chamados centros de decisão nacionais. Nesta história de polícias, banqueiros e ladrões não deixa de ser curiosa a forma como actuam neste sítio os chamados órgãos de supervisão e fiscalização da banca e do mercado financeiro.

E como no meio da poeira provocada pelo escândalo há senhores que tentam sair bem de um filme de corrupções e roubos feitos em nome do chamado interesse nacional. Vítor Constâncio está no Banco de Portugal desde 2000. Teixeira dos Santos, ministro das Finanças, esteve na CMVM de 2000 a 2005. Estes dois senhores estão à espera de quê para se demitirem?
"

António Ribeiro Ferreira

domingo, dezembro 23, 2007

Palavras que vale a pena ler, no meio deste manicómio, tipo Rilhafoles, em que um país ou sítio se transformou

Misérias domésticas
23.12.2007, António Barreto Retrato da semana

A impunidade, a irresponsabilidade e o branqueamento parecem indispensáveis às obras e aos concursos públicos.
Depois das glórias internacionais, chegou a vez das nacionais. Antes mesmo de acabar a presidência portuguesa, foram inauguradas as estações de metropolitano do Terreiro do Paço e de Santa Apolónia. Foi momento alto para a obra pública e para a vida do Governo. A luzidia comitiva fez o que tinha a fazer, accionou os sistemas, inaugurou e cumprimentou. Sócrates fez discurso. O melhoramento dos transportes que se anuncia é indiscutível. O conforto para os que fazem a trasfega todos os dias aumentou muito. Há décadas que estas obras deveriam estar feitas. A principal estação de caminho-de-ferro da capital não tinha metro, caso certamente único em metade do mundo, e a outra metade não tem metro! O mais importante ponto de passagem, durante décadas, entre as duas margens do Tejo não tinha ligação directa entre barcos, comboios, autocarros e metropolitano! Toda esta obra é discutível, pelo sítio, pela dimensão e pela solução adoptada. Com certeza.
Mas os benefícios parecem, para já, inquestionáveis.
Só que... A obra demorou dez anos a mais. E custou muitos milhões de euros a mais, pelo menos 140.
A câmara e o Estado foram relapsos, as empresas construtoras não previram os graves acidentes ocorridos, nunca foram apuradas as responsabilidades pelos atrasos, pela imprevidência, pelos prejuízos e pelos custos exagerados.
As inspecções não funcionaram, a fiscalização também não.
Muito menos a justiça.
A impunidade, a irresponsabilidade e o branqueamento parecem indispensáveis às obras e aos concursos públicos.
Esta é apenas a última de uma longa e permanente série de obras públicas sem controlo nem planeamento.
E, ao que parece, sem honestidade e rigor.
O julgamento da UGT e de mais de 30 dos seus dirigentes, entre os quais o antigo secretário- -geral Torres Couto, chegou ao fim.
Com uma excepção (mas com crime prescrito), os arguidos foram todos absolvidos.
Falta de provas.
Acusações não fundamentadas.
Ausência de documentação demonstrativa.
Foram estas as conclusões do tribunal.
Os factos alegados datam de 1990. O processo foi iniciado em 1995.
Foram necessários 17 anos!
Perderam-se vidas e carreiras.
Não se fez justiça.
A ASAE decidiu responder aos seus críticos. Ou antes, o secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor publicou um comunicado no qual investe contra os críticos da actuação daquela polícia da segurança alimentar.
É, a todos os títulos, um comunicado notabilíssimo.
Muito daquilo que a ASAE e o Governo são acusados é totalmente confirmado por este comunicado, que é uma verdadeira obra-prima!
Num estilo de grande burocrata despótico e num exercício de puro cinismo técnico e jurídico, garante que nada é proibido, "desde que...". Bolas -de-berlim na praia, castanhas assadas, facas de cozinha, colheres de pau, açorda de pão velho e produtos artesanais, tudo é permitido, "desde que...".
No "desde que..." está a chave.
Os produtores têm de estar certificados, as facas descontaminadas, as colheres higienizadas, as gorduras medidas, os aromas calibrados, as licenças actualizadas, os géneros embalados, os procedimentos normalizados, as torneiras automatizadas, as mãos desinfectadas, as temperaturas aferidas, os queijos datados, o fiambre etiquetado, a ventilação assegurada, os transportes refrigerados, as licenças regulamentadas, as certificações validadas, as inscrições conferidas, os funcionários identificados, os géneros protegidos, os produtos separados e os operadores licenciados.
Desde que tudo isto seja feito e esteja assegurado, há bola-de-berlim e croquete.
Com este mês de Dezembro, iniciou-se mais uma campanha de promoção de Portugal no mundo. São dezenas de cartazes, de enormes dimensões, nas cidades portugueses e centenas de inserções em revistas e jornais do mundo inteiro.
Portugal foi transformado na "West coast of Europe".
As imagens reproduzem as caras dos portugueses de sucesso, Mourinho, Ronaldo, Mariza e outros.
É a mais vistosa de todas as saloiices em que este Governo (e outros antes dele...) se empenhou. É um velho hábito dos países do Terceiro Mundo e de algumas ditaduras que consiste em comprar páginas de jornal e minutos de televisão para se promover.
Escolhem-se umas personalidades com hipóteses de serem reconhecidas e tenta-se convencer os putativos clientes de que este país é todo assim, feito de belas paisagens e de pessoas excepcionais.
O dinheiro que se gasta com isto é colossal, mas talvez nada de muito grave.
Apesar de inútil.
O que mais choca, além da capacidade de influência no Governo que as agências de publicidade assim exibem, é a atitude de quem encomenda estas campanhas.
Quem assim procede está a dizer aos outros que o país, sem campanha, é desconhecido e ninguém dá conta dele.
São justamente os países que têm pouco a oferecer, que nem pela sua mediocridade se distinguem, que não pesam nas balanças da fama e da reputação, que são destituídos de interesse especial e que se revelam razoavelmente simplórios e longínquos, que sentem a necessidade de se promover e de repetir a sua excelência, a paz, o sossego, a beleza e os tesouros escondidos.
Quem assim age está plenamente convencido de que o seu país não vale grande coisa e de que tem de fazer estas campanhas.
Os responsáveis julgam que tudo se compra com publicidade, mesmo ridícula.
O resultado é o previsível.
Quem vir os cartazes e seja capaz de reconhecer aquelas individualidades de excepção pensará imediatamente que o país não tem mais nada a oferecer e pretende, com as excepções, convencer os estrangeiros.
Portugal não precisava desta campanha para nada. Para absolutamente nada!
Talvez o Governo precise, mas o país não.
Graças a Deus ainda existem vozes sérias e realistas no meio desta vertigem de patifarias e de loucura com chancela.

Holy Thunderforce

sábado, dezembro 22, 2007

Um artigo excelente e “de ocasião”


“A injecção de liquidez concertada entre os bancos centrais ,na semana passada, foi impressionante”, escreve um editorialista do Financial Times (FT).
“Todavia - prossegue - mais de cinco meses após o congelamento do mercado interbancário, a sede dos bancos por numerário parece insaciável.”
Após considerar que o bancos centrais fizeram o possível e o impossível para garantir que o dinheiro não faltaria nos circuitos de financiamento do sistema, correndo consideráveis riscos, o articulista considera que o máximo que conseguiram foi evitar o “dilúvio da liquidez” advertindo que “a luz ao fundo do túnel ainda não está à vista.”

“A banca comercial consegue dar a volta ao texto?” é a pergunta que deixa no ar.
Conforme temos vindo a escrever neste espaço, desde Setembro, o que o opinion maker do diário financeiro britânico, agora enuncia, são factos para os quais repetidamente temos vindo a chamar à atenção dos leitores da MRA Alliance .

Estamos a assistir à tentativa dos bancos centrais para salvar os mercados hipotecário e interbancário com a panaceia de cortes nas taxas de juro e inundar o sistema com quantidades astronómicas de papel-moeda, sem o respectivo contra-valor em activos mais seguros e líquidos.
O afundanço do dólar, os modestos resultados das multimilionárias injecções de liquidez, violando as regras prudenciais básicas do sector, o colapso dos mercados de capitais, a drástica redução do apetite dos investidores para o risco, a fuga da zona dólar para aplicações mais sólidas e estáveis são ingredientes que, conjuntamente, estão a transformar a “bolha imobiliária” na “bolha do sistema”.
Ou seja a epidemia hipotecária está a transformar-se numa pandemia financeira global.
A crise não é conjuntural.
É sistémica. Contra factos, não há argumentos:

Os grandes bancos estão atulhados em capitais que, cautelosamente, guardam para seu próprio uso, pois sentem as areias movediças que pisam, mas desconhecem ainda se, e como, vão conseguir salvar-se do aperto. À cautela acumulam reservas para evitar a insolvência;

Ao mercado e aos accionistas, tanto quanto lhes é possível, os banqueiros globais vão anunciando as desgraças contabilísticas em pequenas tranches, convencidos de que essa é a estratégia adequada para evitar o pânico, e impedir a corrida dos clientes aos bancos, na tentativa de salvarem os respectivos depósitos (o caso Northern Rock é elucidativo);

Os milhares de milhões/bilhões (mm/bi) em créditos malparados, mas artificialmente não contalizados nos relatórios e contas da banca, vão crescendo hidroponicamente - regando gota-a-gota as ervas daninhas “subprime” - tentando esconder o sol com a peneira;

O facto de os conglomerados financeiros, entre si, não fazerem empréstimos overnight é revelador de que a comunidade bancária perdeu a confiança em si própria. Cada um estima as suas astronómicas perdas, mas desconfia que as contas do vizinho poderão ser ainda mais deploráveis;
Os mercados, perante isto, hesitam entre os tartufos e os pinóquios, mas cada vez menos acreditam no que lhes é transmitido pelos “Big Players”;

A volatilidade das sessões bolsistas é um dos sintomas da qualidade do humor dos investidores, cuja sintomatologia é igualmente reveladora de depressão bipolar;

Quatro meses depois da implosão “subprime” o contágio do alto risco alastrou pelo sistema financeiro global e já afecta a economia real, stressada com a contracção do crescimento económico global e a ameaça de hiperinflação - petróleo a rondar os USD 100,00/barril conjugado com a subida vertiginosa das matérias-primas e bens alimentares;

Perante isto, 2008 perfila-se como o ano da verdade, onde não cabem os personagens de Molière nem de Collodi/Lorenzini.
Chegou a hora do acerto de contas. Entre mortos e feridos, alguém há-de escapar. Mas que vai ser penoso, e doloroso, não tenhamos dúvidas.
E não julguem que somos pessimistas. Somos apenas optimistas, com alguma experiência (e memória)…

Apesar de tudo, Boas Festas…
Pedro Varanda de Castro
MRA, Dep. Data Mining
Consultor

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