quinta-feira, maio 31, 2007

31 de Maio de 1678


Inicia-se a procissão de Godiva em Coventry. Trata-se de uma mulher que supostamente viveu entre os anos 1040 e 1080 a.C., período que não se sabe ao certo. Casada com Leofric, Conde de Mércia, seu nome é lembrado até hoje por ter desfilado nua montada em um cavalo pelas ruas (sob as ordens do mesmo marido) do Vilarejo em que vivia (Coventrye), no Condado de Warwickshire, região sob os domínios de seu marido. Se explica a situação pelo fato desta Lady ser muito piedosa; e preocupada com as duras taxas que Leofric cobrava à população, suplicava que ele não as aumentasse; este por sua vez, irritado com as súplicas e para se livrar delas, lhe fez a proposta acima citada achando que ela não cumpriria, se aquietaria, e ele por sua vez poderia aumentar as taxas locais tranqüilamente.

Denyse G. Rocha em seu texto Lady Godiva: A História e o Mito, não deixa muito claro se Godiva e sua história realmente foi um fato ocorrido, explicando também a origem da palavra voyeur, e outras curiosidades. O texto está disponível na IndexNews Magazine.

Outros sites relacionados:

Lady Godiva Procession, que destaca uma procissão que ocorre todos os anos na cidade de Coventry, durante o Godiva Festival 2001;

Lady Godiva, versão em inglês que conta a história com bastante detalhes. Disponível no site The World According to Jerome;

Godiva Procession, que convida a fazer parte da procissão em sua homenagem. Disponibilizada pelo News & Information for Coventry & Warwickshire;

Lady Godiva, disponível pela Encyclopedia.com, que traz comentários sobre o mito e indica várias bibliografias.

31 de Maio de 1916


The German Kaiserliche Marine and British Royal Navy clashed in the Battle of Jutland, the largest World War I naval battle. The Battle of Jatland, known in Germany as the Battle of the Skagerrak (Skagerrakschlacht), was the largest naval battle of World War I, and the only full-scale clash of battleships in that war. It was fought on 31 May1 June 1916, in the North Sea near Jutland. The combatants were the Kaiserliche Marine's High Seas Fleet, commanded by Vice Admiral Reinhard Scheer, and the Royal Navy's Grand Fleet, commanded by Admiral Sir John Jellicoe.

The Germans planned to use Vice Admiral Franz von Hipper's scouting group of five modern battlecruisers to lure Vice Admiral Sir David Beatty's battlecruiser squadrons into the path of the main German battle fleet and so destroy them. But the British had learned from signal intercepts that a major fleet operation was in prospect, and on 30 May Jellicoe sailed with the Grand Fleet to rendezvous with Beatty.


On the afternoon of 31 May, Beatty and Hipper encountered each other, and in a running battle to the south Hipper drew the British into the path of the High Seas Fleet. Beatty turned and fled towards the Grand Fleet and from 18:30 until nightfall at about 20:30 the two huge fleets — 250 ships — were heavily engaged. Fourteen British and eleven German ships were sunk with great loss of life. Jellicoe tried to cut the Germans off from their base in the hope of continuing the battle in the morning, but under cover of darkness Scheer crossed the wake of the British fleet and returned to port.

Both sides claimed victory. The British had lost more ships and many more sailors, but Scheer's plan of destroying Beatty's squadrons had failed. For the remainder of the war, apart from brief sorties in August 1916 and April 1918, the High Seas Fleet stayed in port. They continued to pose a threat that required the British to keep their battleships concentrated in the North Sea, but they never again contested control of the seas. Instead, the German Navy turned its efforts and resources to unrestricted submarine warfare.

More here.

Once Upon A Time ...

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Até amanhã e boa sorte!!!!

Gás pimenta no metro de Lisboa.

"Um jovem lançou esta manhã uma substância, que se presume seja gás pimenta, na estação de metro do Saldanha, em Lisboa, que foi fechada ao público para abrir ventilação"
Mais grave que a brincadeira de mau gosto é a demonstração da vulnerabilidade a que estamos sujeitos como alvos de ataques terroristas.

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Sinais do tempo.

"O ministro das Finanças afirmou esta quarta-feira que a greve geral convocada pela CGTP ficou «muito aquém dos objectivos», sendo uma paralisação «limitada», que tem «pouco de greve geral»."
É preciso não deixar passar em claro a forma como os jornalistas impediram Carvalho da Silva de falar sobre a greve. Efectivamente rir das fábulas do Chavez e esquecer os “joggings” vai causar surpresas desagradáveis.

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Desespero.

"De forma rápida e criteriosa. Foi assim que, cerca das quatro da madrugada de ontem, foi sabotado o metro do Porto, com cortes nos cabos de comunicação e obstrução de agulhas a condicionar toda a rede (mais aqui). "
Parece que a “Orquestra Vermelha” anda desesperada…

Chávez ataca outra televisão.

"Com a polémica suscitada pelo encerramento da televisão privada RCTV – por ordem do presidente Hugo Chávez – ainda ao rubro, o governo de Caracas acusou uma outra estação televisiva, a Globovision, de ter incitado a assassinar o líder populista. Na sequência dos violentos protestos contra o fecho da RCTV, foram detidos três luso-descendentes."
Comentário politicamente correcto:

Mas se Chavez é assim tão mau, expliquem lá como é que se é eleito, democraticamente, 2 mandatos seguidos? O problema é que os senhores do dinheiro estão a estrebuchar por causa dos direitos perdidos! Chaves está a combater os interesses das multinacionais que exploram o povo humilde. Quem não conhece, não discuta...escute!

Adagio

Novo ensino.

"Responder certo dá pontos. Responder certo com muitos erros também. Nos exames de Português do 9.º ano de 2006, os critérios de avaliação determinaram que, nos grupos de questões em que a expressão escrita era classificada, um aluno que produzisse um discurso "com muitas insuficiências nos planos ortográfico, lexical, morfológico e sintáctico" pudesse obter dois pontos em cinco possíveis. Depois de criticarem o sistema de avaliação das provas de aferição do 4.º e do 6.º ano, os professores viram-se agora para os exames. E alertam: "Estamos a falar da língua materna (mais aqui)."
Brevemente os ilustres “pensadores” da nossa praça vão concluir pelo despropósito da existência de ensino. Trata-se de uma mera perda de tempo a frequência de aulas. Nós, infelizmente, ainda somos do tempo da réguada. E, pior, o fax ainda não tinha sido inventado.

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Esmeralda «medicada» devido a ansiedade.

1/ "O casal que tem educado a menor Esmeralda Porto pediu ao Tribunal de Torres Novas acompanhamento psicológico para a criança, alegando que ela apresenta sinais de ansiedade e problemas de comportamento devido aos contactos com o pai biológico, escreve a lusa."

2/ "Aidida, que garante que nas vezes em que esteve com a criança "correu tudo bem", diz-se espantada com a existência de um relatório médico, assinado pelo pediatra da menina e enviado esta semana ao tribunal pela advogada do casal, em que se dá conta de uma alteração de comportamento da menor. O relatório em que se atesta que a menina "vive com ansiedade o facto de ter de encarar o pai biológico", de tal modo que teve de ser "medicada com valdisper [um calmante "natural"], foi ontem revelado pela SIC. "Não senti nenhuma alteração dela, a minha relação com ela está a correr bem, brincamos e tudo. Ela sabe que eu sou mãe mas não me trata como filha. Sabe o que está acontecendo, mas não a vejo apreensiva (mais aqui)."

Este Sargento é um espectáculo. Mas tal como dizem os notáveis da nossa praça, a miúda não podia estar em melhores mãos. E assim continua a incrível insensibilidade e instrumentalização da criança.

Aferição.

"Parece que ninguém tinha percebido lá muito bem o quê ou quem se queria aferir com as provas de aferição de Português e Matemática dos 1º e 2º ciclos do Ensino Básico. Seriam os alunos? Seriam os professores? Os alunos não têm palavra. Os professores - cujos representantes sindicais são sempre contra tudo - desconfiavam que eram eles próprios que estariam a ser avaliados. O Ministério, pela voz do Gabinete de Avaliação Educacional, fez saber que se tratava de “avaliar o modo como os objectivos e as competências essenciais estão a ser alcançados”. Pois.

Ou seja: as provas de aferição, que mobilizaram 240 mil alunos e um Ministério que sofre de elefantíase, que custaram 300 mil euros a um Estado que fecha escolas e despede professores por alegada falta de dinheiro, não serviram para avaliar nem os professores nem os alunos. Com efeito, soube-se ontem que o Gabinete de Avaliação Educacional deu instruções para que nas provas de aferição de Língua Portuguesa não contassem os erros ortográficos.

Não se sabe se a orientação vem do tempo de um secretário de Estado do CDS que escrevia num ‘blogue’ com montes de erros de ortografia, desculpando-se com a falta de um corrector ortográfico. Não interessa. As políticas são as mesmas. E o mais provável é que as provas de aferição se destinem muito simplesmente a confirmar a excelência da política educativa, os méritos dos sucessivos ministérios e dos respectivos gabinetes de avaliação educacional. E, confirmado tudo isso, como aliás as provas de aferição queriam demonstrar, até se podem fechar mais umas tantas escolas. Portugal deixou de ter governantes para ter contabilistas. E na educação o que interessa são as operações de dividir e subtrair
."

João Paulo Guerra

INTELECTUAIS POVO E PODER

"A fragmentação ideológica demonstrada nas eleições para a Câmara de Lisboa reproduz as dispersões dos partidos e fornece-nos preocupante imagem da sociedade portuguesa. Embora se nos queira persuadir de que este ou aquele candidato são o melhor que há, a verdade é omitida pelo ruído feito em volta deles. Em consciência, nenhum deles agrada totalmente. Quando António Costa, em patética apoquentação, ataca "os jogos partidários" a fim de suplicar "maioria absoluta para a corrente que [ele] representa", o assunto pertence aos domínios do hilariante. Costa é loquaz, mas só convence os que se abandonam a qualquer convencimento.

Uma brava lista de "intelectuais de esquerda", pelos vistos com fraca memória ou evanescências de espírito, apoia o candidato do PS, como se Costa e o seu partido nada tivessem a ver com o descalabro geral do País e não houvessem sido coniventes com o escândalo que atingiu Lisboa. A decadência intelectual, moral, cívica, cultural desta burguesia cabisbaixa transformou a política num objecto de consumo indispensável à sua manutenção no poder. E os "intelectuais de esquerda", há anos em sono letárgico, despertaram, agora, sobressaltados, incomodam-se um pouco com ter de assinar o manifesto de caução, e apaziguam a alma rezando nesta missa só aparentemente laica.

No caso vertente, escolher quem?, qual deles melhor serve a cidade? O PCP não se coliga com o PS porque, diz, o PS foi cúmplice do PSD. O que o PCP devia ter feito, então, seria entrar em colisão com os "interesses instalados", sair estrondosamente da câmara e esclarecer-nos da pouca-vergonha. Esperemos que não celebre conúbios pós-eleitorais. O PSD descarta-se de Carmona e projecta o pobre Negrão para a fogueira. Carmona atira a todos e a mais alguns e não acerta em nenhum alvo. É um homem apossado de pequenas angústias quotidianas. Costa tenta dissuadir Roseta, Roseta não é mulher para se deixar dissuadir. Sá Fernandes, nada desiludido com as sondagens, vai à Feira do Livro pedir autógrafos e recebe "palavras lisonjeiras", segundo a enternecedora expressão da Imprensa.

Toda esta gente está morta para o respeito público. Mentiram-nos, trataram-nos como matóides, intrigam na comunidade do mesmo partido, traíram os nobres testamentos das gerações anteriores e as esperanças da sua própria geração. A fragmentação ideológica em Lisboa não significa pujança na diversidade nem especificidades de carácter individual - é o retrato moral de um país dirigido por quem perdeu o instinto da própria dignidade.

Votar para quê?, e em quem? A imagem no espelho reflecte os mesmos rostos.
"

Baptista-Bastos

quarta-feira, maio 30, 2007

Até amanhã e boa sorte!!!

Coisas engraçadas.

"A Comissão de Contrapartidas das aquisições de equipamento para as Forças Armadas, liderada desde Janeiro pelo embaixador Pedro Catarino, está a rever contratos de compras de armamento no valor de 1000 milhões de euros para obrigar as empresas fornecedoras a cumprir as contrapartidas. Face às pressões de Portugal para que o investimento previsto como contrapartida fosse concretizado, a reacção da empresa italiana foi, segundo a mesma fonte, esclarecedora: “Nós não percebemos o que está a acontecer, porque, quando assinámos os contratos, disseram-nos que isso [contrapartidas] não era para cumprir” (mais aqui).

Complicado.

"Fernando Arrobas da Silva, o advogado que defende Romeu Francês, está a “equacionar” abandonar o cargo de membro do Conselho de Deontologia de Lisboa (CDL) da Ordem dos Advogados (OA), depois de ter sido alvo de um processo de inquérito por parte deste mesmo órgão. Na origem do processo está o facto de o causídico ter assumido a defesa de Romeu Francês no processo-crime que lhe foi movido por suspeitas de burlas a clientes, numa altura em que tinha em mãos, na Ordem dos Advogados, dois processos disciplinares contra o seu constituinte (mais aqui)."
Perante tão evidente conflito de interesses não estamos a ver qual é a dúvida de Arrobas da Silva. Mas como certos advogados têm razões que a própria razão desconhece…

Irá o rei nu na TAP?

"A contestação à gestão da TAP tem vindo a subir de tom nos últimos tempos. O director geral da easyJet é apenas mais um dos que denunciam “maquilhagens” nas contas da transportadora aérea nacional. Com efeito, depois de ter sido referido, certamente por fontes próximas da administração, que os resultados de 2006 seriam negativos, Fernando Pinto acabou por anunciar sete milhões de euros de lucros. A justificação para aquele resultado parecia ser uma factura do último dia do ano que a Groundforce acabaria por contestar, deixando a ideia que, afinal, os verdadeiros resultados da TAP em 2006 serão mesmo negativos.

Aliás o folhetim que opõe a administração de Fernando Pinto ao presidente da Groundfource tem feito correr muita tinta. A TAP queixa-se e ao que parece com razão dos serviços da empresa de handling que lhe presta serviços, mas esquece-se que foi a essa mesma empresa que vendeu o handling, ao que parece para poder obter resultados positivos no ano da sua alienação. Especialistas do sector garantem que são poucas as companhias de bandeira que não têm a sua própria empresa de handling, para não estarem, em termos de qualidade de serviço aos passageiros, nas mãos de terceiros.

Fernando Pinto e a sua equipa têm, de facto, feito verdadeiros malabarismos contabilísticos para mostrar contas equilibradas na companhia. Também se valeram do seu charme natural e de algumas cedências – há quem diga que nalguns casos houve grandes cedências aos pilotos e ao pessoal de cabina – para pacificarem o ambiente laboral na companhia. E conseguiram, honra lhes seja feita, tornar a TAP numa empresa que deixou de andar nas bocas do mundo pelas más razões.

Nem a queda do único avião da Air São Tomé, que afinal era um Twin Otter da TAP, com manutenção feita pela companhia portuguesa, beliscou a imagem da empresa. O aparelho, com capacidade para 21 pessoas, caiu, há um ano, no mar de São Tomé com quatro pessoas a bordo. Por isso, o mérito pela construção de uma imagem positiva da TAP tem de ser atribuído a Fernando Pinto e à sua equipa.

O mesmo não se pode, porém, dizer dos resultados empresariais. É que, diz o presidente da euroAtlantic, uma empresa como a TAP, que factura cerca de 1,6 mil milhões de euros, devia ter entre 3% e 6% de lucros, ou seja entre 50 e 100 milhões de euros. E vai mais longe ao dar como exemplo os mais de 250 milhões de euros de lucro da GOL brasileira, uma companhia com seis anos, tantos como os que a equipa de Fernando Pinto está à frente da TAP, e com uma dimensão comparável à da TAP. Enfim, talvez seja a altura para verificar se, afinal, na TAP, o rei vai mesmo nu.
"

Francisco Ferreira da Silva

Grande Portas

"Paulo portas diz que a situação do ensino do Português é «inaceitável» e promete questionar José Sócrates no debate mensal desta quinta-feira. O líder do CDS manifesta-se indignado com os erros ortográficos na prova de aferição de Português que não contam para a avaliação dos alunos (mais aqui)."
Quem o viu na grande entrevista até chegou a acreditar que estava perante um novo presidente do PP. Efectivamente a sua retórica (objectivos a atingir) baseava-se na premissa que nunca tinha passado pela presidência do PP. Mas esteve e deixou o CDS, perdão, PP pior classificado do que quando entrou. Mas uma coisa há que aceitar. Foi digno de registo esta distribuição de papas e bolos pelos tolos. E há muitos por aí. Quanto ao resto, Portas não apresenta nada de novo excepto a exibição dos pelos do peito entre a abertura da camisa manca de gravata. Depois da retórica acusadora tipo Rambo cego para ganhar votos, vejamos a classificação do “renovado” PP na Câmara de Lisboa.

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Skin On Skin

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Dias maus

"Vivem-se dias tristes para a democracia portuguesa. Do autoritarismo socrático, praticamente já tudo foi dito. De solenes promessas quebradas por rotina ou pelo rolo compressor da realidade, estamos igualmente há muito conversados. Ontem, o dia foi mais uma vez exemplar dos motivos porque os portugueses confiam cada vez menos em quem os governa. É, simplesmente, porque nenhum deles o merece.

O dia rompeu com as declarações de Mário Lino, tão bombásticas como infelizes, sobre o deserto a sul do Tejo que não merece, por isso, a construção de um aeroporto. Um aeroporto que, diga-se, tem sido vendido precisamente como um elemento dinamizador da economia. Ou seja, mais sentido faria numa região sem grandes âncoras de crescimento do que numa região já desenvolvida.

Mas enfim. A inabilidade política do ministro das Obras Públicas rapidamente foi apagada pela voragem oportunista da oposição em cavalgar a onda. Nunca se viu Paulo Portas ou Jerónimo de Sousa tão ofendidos em nome de populações de que apenas se lembram no circo das campanhas eleitorais. Uma indignação demagógica e bacoca, disparada para as câmaras de televisão. Entre Portas e Jerónimo, só muda o aspecto dos figurantes, os inevitáveis ‘boys’ que lhes espreitam pelas costas. Atrás de Portas, um rapaz bem posto, de sorriso trocista, bem impressionado com a capacidade de representação do líder. Atrás de Jerónimo de Sousa, dois senhores de ar ameaçador – ai de quem discorde da opinião do chefe. Pior, só mesmo Almeida Santos, “reserva moral da Nação”, mais uma das muitas que por aí pululam, a desculpar Lino com a possibilidade de algum terrorista tresloucado “dinamitar” as duas pontes sobre o Tejo, isolando o país do mundo.

Igualmente exemplar do estado a que as coisas chegaram é que, no meio de todo este folclore, até Santana Lopes apareça como uma referência de bom senso. Se fosse primeiro ministro demitia Mário Lino? “Dizia-lhe que fizesse uma declaração pública a pedir desculpa. Até os políticos podem ter dias maus. Basta que o digam aos portugueses”, afirma em entrevista que hoje publicamos.

É verdade. O problema não é os políticos terem dias maus. É ser cada vez mais raro terem um dia bom. Talvez seja por isso que, como acrescenta o antigo primeiro ministro, “hoje há um critério de tolerância muito maior” em relação ao Governo. É que o povo liga a televisão e percebe que para mudar por mudar, mais vale aquilo que já temos. Santana Lopes contribuiu muito para este estado de espírito. Mas corremos cada vez mais o risco de, daqui a menos tempo que o desejável, vê-lo transformado, também ele, numa “reserva moral” de nova geração
."

Pedro Marques Pereira

LA GRANGE / TUSH

E a criminalidade continua a diminuir...

"No limite de desespero, alguns moradores da Rua António Fernandes Ferreira Gomes, em Ferreiros, Braga, estão a ponderar a constituição de milícias populares para travar os assaltos constantes na zona. Há quem chegue a deixar os carros destrancados para que os assaltantes, "gentes da droga", vasculhem o interior das viaturas sem partir os vidros. Todas as noites, há novos assaltos. "A média é até de vários furtos por noite. Assim não dá mais", desabafam (mais aqui)."
Escusado será dizer que a justiça popular é mais fortemente condenada nos tribunais que a criminalidade propriamente dita. È assim a vida no politicamente correcto aonde, devido à inépcia na protecção dos direitos dos cidadãos cumpridores, só compensa ser criminoso.

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Imigração.

"Um indivíduo com cerca de 30 anos, presumivelmente de nacionalidade georgiana, foi detido ao início da tarde de ontem, pela PSP de Espinho depois de, supostamente, ter participado com mais três indivíduos, num assalto à Ourivesaria Costa Verde, na Rua 4 (mais aqui)."
Continuamos a agradecer a esta imigração de qualidade que diariamente nos “invade”. Como poderia Portugal progredir sem eles?

SAUDADES DO FUTURO

"A ministra da Educação legitimou pelo silêncio a censura ao prof. Fernando Charrua. O ministro da Economia ofereceu empregos inexistentes aos ex-trabalhadores da Delphi. O ministro das Obras Públicas transplantou o deserto do Sara para Setúbal. Estes divertimentos, constatados numa única semana, suscitaram o regresso do já popular refrão "Se fosse no tempo de Santana"

A comparação é equívoca. Às quintas, o empolgado Santana pode chamar "nazi" e "estalinista" a Marques Mendes; às sextas, encolhe-se e pede desculpa. O Governo não pede nada, excepto, por omissão, uma infinita tolerância para com os seus dislates. O circo "santanista", que realmente não deixou saudades, nunca se subordinou à prepotência. Ao contrário do circo vigente.

Depois de meses a ouvir e a ler teses desconchavadas contra o aeroporto na Ota, é reconfortante verificar o surgimento de argumentos a favor. E argumentos imbatíveis. Que eu reparasse, a tendência surgiu no Expresso de 12/5, através de um texto no qual dois académicos idóneos (Jorge Gaspar e Manuel Porto) provavam que: 1) a Ota possui "excelentes acessibilidades terrestres, nacionais e internacionais"; 2) o aeroporto "na península de Setúbal iria acentuar a milenária tendência de localizar na margem sul as infra-estruturas de apoio à margem norte"; 3) o aeroporto na zona de Setúbal apenas serviria "um turismo de massas desqualificado".

A seguir, o ministro Mário Lino citou estudos do mencionado e idóneo académico Manuel Porto para demonstrar a existência de um deserto a sul de Lisboa, pelo que o aeroporto "jamais" (escrito não parece, mas é francês) se poderá situar no Poceirão ou em Rio Frio. Almeida Santos concordou e acrescentou a probabilidade de terroristas dinamitarem as pontes sobre o Tejo. Para Vital Moreira, só os sinistros interesses da Lusoponte sustentam a absurda ideia de um aeroporto na margem sul.

Juntando tudo, a escolha do Governo mostra-se, enfim, com cristalina transparência. Vejamos. Ao invés da Ota, que permite aos estrangeiros alcançarem o aeroporto por terra, chegar ao aeroporto da margem sul implica que venham de avião. E a aterragem de um avião obriga a que se construa um aeroporto. Uma estupidez. Pior: por força das infra-estruturas milenares (vide o estádio do Barreirense, erguido por volta de 63 a.C., ou os estaleiros da Lisnave, datados de 142 d.C.), o aeroporto atrairia turistas proletários, condenados a vaguear pelo deserto ou pelas infra-estruturas milenares (consoante o programa adquirido na agência de viagens). A prazo, a peregrinação e a miséria aliar-se-iam no fomento de instintos criminosos, e as massas desqualificadas inevitavelmente rebentariam com as pontes mais à mão. A Lusoponte, que explora as pontes e naturalmente as quer rebentadas, saltaria de júbilo.

Um júbilo evitável, se se optar pela Ota. Debatê-la, como agora sugere Cavaco Silva, é dar asas à irracionalidade dos seus opositores
. "

Alberto Gonçalves

terça-feira, maio 29, 2007

Complicado.

"Nada é mais complicado do que simplificar. Nada é mais simples do que complicar."

Georges Elgozy

Falling ...

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Supremo Tribunal de Justiça: Uma violação aos 13 anos é menos grave do que aos sete

Supremo Tribunal de Justiça diz que pena por pedofilia foi distorcida pela sua “relevância mediática”

Uma violação aos 13 anos é menos grave do que aos sete. É este o entendimento do Supremo Tribunal de Justiça, que considera estar-se a valorizar excessivamente a pedofilia, aplicando-se penas demasiado altas a indivíduos condenados por abusos sexuais de menores.

“O tribunal da 1.ª instância, com o aval da Relação, sobrevalorizou a componente da prevenção geral positiva, filtrada através da sua relevância mediática, com as distorções que uma tal abordagem do problema ocasiona”, disseram agora os juízes, criticando mesmo uma passagem do acórdão onde se agravava a pena a um homem que tinha sido condenado a sete anos e meio de cadeia por seis crimes de abusos sexuais, quer na forma tentada quer continuada.

“No que concerne às necessidades de prevenção geral positiva, há que ponderar o facto de que a natureza deste tipo de crime ser susceptível de causar alarme social, sobretudo numa época em que os processos de pedofilia têm relevância mediática e a sociedade está mais desperta para esse flagelo. Por conseguinte, as necessidades de prevenção geral positiva são relevantes, ( ) tal como a reposição da confiança dos cidadãos nas normas violadas e a efectiva tutela dos bens jurídicos”, diziam então os juízes, ao que o Supremo contrapôs com a idade das vítimas: “É de considerar o grau de desenvolvimento do menor, não sendo certamente a mesma coisa praticar algum dos actos com uma criança de cinco, seis ou sete anos, ou com um jovem de 13 anos, que despertou já para a puberdade e que é capaz de erecção e de actos ligados à sexualidade que dependem da sua vontade”, lê-se no acórdão do Supremo Tribunal de Justiça, onde os juízes determinam que a pena do arguido deve descer de sete anos e cinco meses para cinco anos de prisão.

CINCO CONDENAÇÕES

A pena de sete anos e cinco meses de cadeia resultava do cúmulo jurídico de cinco condenações por diferentes situações. Por três crimes de abuso sexual de criança, na forma tentada, o homem foi condenado a penas de oito, nove a dez meses de prisão; pelo crime de abuso sexual de criança através de conversa obscena, na pena de um ano de cadeia; e pelo crime de abuso sexual de criança na forma continuada, na pena de seis anos e cinco meses.

O Supremo entendeu que só admitia recurso do caso dos abusos sexuais continuados. Os restantes crimes, por preverem penas, no limite máximo, inferiores a oito anos de cadeia, não eram passíveis de recurso.

Também quanto à argumentação do indivíduo, que garantia não ter o Ministério Público legitimidade para avançar com a acção por não haver queixa dos pais do menor, o Supremo não lhe deu razão. Disseram os juízes que a mãe havia inicialmente manifestado o desejo de se queixar, sendo irrelevante que depois não se lembrasse.

RUMORES NA LOCALIDADE

Dizem os juízes-conselheiros que a imagem social do arguido foi prejudicada pelo processo, dado o forte impacto que os crimes tiveram em Celorico da Beira. Lembram ainda que aqueles factos deram “alguma consistência aos rumores que há vários anos circulavam relativamente à sua apetência por crianças, para fins sexuais”, o que por si só também é uma punição a ter em conta.

Relativamente ao indivíduo, os juízes deram como provado que mantinha à data dos factos uma relação afectiva estável e equilibrada com a cônjuge” e com os dois filhos do casal. A vida familiar estava adequadamente estruturada, beneficiando o agregado de uma situação estável ao nível económico. No seu quotidiano, o arguido também privilegiava os momentos passados em contexto familiar e no exercício da sua actividade profissional, mantendo escassas e pouco aprofundadas relações de amizade e convivência social. Mas beneficiava de uma positiva integração ao nível comunitário, sendo a sua imagem social globalmente positiva.

QUATRO ANOS DE ABUSOS

A sentença fala em abusos sexuais entre 2000 e 2004. Foram apuradas situações relativas a quatro rapazes, todos eles abordados pelo arguido para manterem contactos sexuais. Só num caso, porém, os abusos foram concretizados. De forma reiterada e numa garagem em Celorico da Beira.

O rapaz foi obrigado a praticar sexo com o indivíduo e, por medo, nunca o revelou. O que também é anotado pelos juízes-conselheiros que ressalvam que o facto de não ter havido coacção deve também ser entendido como uma não agravante do crime. “O arguido foi mantendo o seu comportamento sobre este menor, o que foi sendo propiciado pelo facto de o menor não contar a ninguém. (...) Por receio do arguido, que se limitou a ‘ordenar’ ao ofendido que não contasse o que se passava entre eles”, dizem os juízes.

SAIBA MAIS

4 juízes assinaram o acórdão. O relator foi Rodrigues da Costa e os restantes são Arménio Sottomayor, Reino Pires e Carmona da Mota.

14 anos é a idade mínima para que o consentimento de um jovem, no caso de contactos sexuais, seja valorizado. Até esse limite a jurisprudência defende que não há maturidade suficiente para permitir ou não o contacto.

EXCESSO

Devido à estigmatização deste tipo de processos, dizem os juízes do Supremo que a pena aplicada mostra-se claramente “excessiva e desproporcionada”.

QUEIXAS

Outras situações apuradas não foram a julgamento visto que os pais dos menores não apresentaram queixa.

PRENDAS

Num dos casos, o homem tentou aliciar o menor oferecendo-lhe fichas para andar nos carrinhos de choque.


CM
Uma violação é uma violação ! Ponto Final !

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Sou como um rio.

Ninguém pára o Benfica…

"Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica, e Fernando Santos, treinador, vão reunir-se esta manhã com José Veiga para começar a definir a próxima temporada. Ninguém confirma oficialmente o regresso do ex-director geral ao Benfica, mas a verdade é que o ex-empresário está a preparar a época 2007/2008 das águias e tem já alguns contactos feitos com jogadores referenciados tanto por ele como por Fernando Santos. E hoje dará conta dos avanços das negociações a Vieira e ao treinador, sendo que assuntos como renovações e dispensas ficarão também definidos já hoje."
Já nem com o novo creme (bem oleoso) conseguimos esfregar as mãos pensando que será este ano que o Glorioso vai ser campeão….

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Assim vai a educação.

"O Presidente da República colocou-se à margem da polémica em torno da não contabilização dos erros de português nas provas de aferição dos 4º e 6º anos, para afirmar apenas que já estabeleceu contacto com o Ministério da Educação no sentido de que as “provas possam evoluir” noutra direcção (mais aqui)."
Naturalmente que faz mais sentido, neste reino do politicamente correcto, corrigir eventuais erros de ortografia na prova de matemática.

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Juventude.

"A localização de uma chamada através de um telemóvel furtado permitiu às autoridades pôr termo à actividade criminosa de um grupo de seis jovens(com idades entre os 17 e os 22 anos), acusado de vários roubos (47 crimes em co-autoria material) à mão armada em postos de abastecimentos de combustíveis, entre Leiria e Torres Vedras (mais aqui)."
Rendimento Mínimo, droga e roubos: assim cresce a juventude no nosso politicamente correcto.

PORQUÊ TANTOS DENTES À VOLTA DE TÃO FRACO OSSO?

"Passei 15 dias fora do país. Antes de ir, a Câmara de Lisboa era um caco inapresentável, com uma dívida estimada em mais de mil milhões de euros. Depois de vir, encontro uma dúzia de candidatos aos pulinhos, cheios de vontade de presidir à coisa. Afinal, o que é que mudou? A dívida da câmara esfumou-se? Os seus 9659 funcionários prescindiram voluntariamente do lugar nos quadros a bem da solvência financeira do município? Nã. Nã me parece. Portugal não mudou assim tanto em dois séculos, quanto mais em duas semanas.

E, não mudando, só há duas formas de encarar esta contradição alfacinha entre a qualidade da oferta e a quantidade da procura. Uma delas, jovial e muito optimista, diz assim: a sociedade portuguesa esbanja saúde, está cada vez mais activa, as ideias políticas fervilham, os pequenos partidos querem fazer ouvir as suas vozes (ainda que algumas, tipo Garcia Pereira, soem a vinil riscado da década de 70) e há cada vez mais candidatos independentes dispostos a romper com as lógicas partidárias. É uma tese muito bonita, cuja divulgação deveria ser feita ao som de violinos celestiais.

Só que depois vem a forma pessimista, cinzenta e soturna de encarar os 12 apóstolos de Lisboa: na sua maioria, rapaziada interessada noutros campeonatos, que aproveita as eleições na capital apenas para se autopromover/agradar ao chefe/ limpar a honra/saltar para um pedestal mais alto (riscar o que não interessa). No meio disto tudo, a câmara é um apêndice - e não, como seria suposto, o centro da questão. Porque se ela, e o seu funcionamento, fosse o que realmente conta, garanto-vos que não haveria tanta alminha de dedo esticado. Imaginemos que Lisboa era uma grande empresa, e já agora falida, como efectivamente está: alguém acredita no aparecimento de uma dúzia de empresários para tomar conta de um negócio que tudo indica ser inviável?

Mas como os políticos portugueses não são responsabilizados pelo que fazem nem punidos por maus actos de gestão, ser presidente da Câmara de Lisboa é suficientemente sexy para justificar a correria. Daí os 12. Daí a confusão. Daí as ideias mais delirantes que já circulam por aí, em busca de uma nesga no telejornal. Querem exemplos? Olhem os dois independentes que supostamente deveriam trazer ideias "frescas". Roseta anda a pregar o conceito de "acupunctura urbana", com o qual pretende salvar a cidade, como se espetar agulhas num cadáver o fizesse ressuscitar. E Carmona escolheu como slogan de campanha "O meu rio é o Tejo. A minha canção é o fado. O meu partido é Lisboa", cuja intepretação freudiana só pode ser esta: eis um lisboeta triste, que mete muita água. Profético, diria eu
. "

João Miguel Tavares

O MENSAGEIRO, A CULPA E O CASTIGO

"Pergunto-me se o eng. Sócrates consulta o correio electrónico. Se respondo sim, pergunto-me como é que ele mantém a aparente serenidade. A minha caixa de e-mail é diariamente atafulhada de mensagens com anedotas, insultos e calúnias à figura de Sua Excelência, o primeiro-ministro de Portugal. Garanto que nunca sorrio com nenhuma. Preocupo-me exclusivamente em localizar o remetente de cada insubordinação, a fim de o denunciar às autoridades. O pior é que os remetentes não se identificam devidamente: uma ocasião perdi horas em pesquisas até perceber que o sr. gandas.malucos.73@clix.pt se calhar não usa o seu verdadeiro nome.

Para cúmulo, as graçolas saltam dos e-mails para os blogues, correm dos blogues para as conversas de café, transferem-se do café para os motoristas de táxi e, pronto, temos o vil alargamento do anedotário nacional. Não sendo, pelo menos por enquanto, exequível a abolição dos computadores, dos cafés e dos taxistas, a solução seria instalar delato-res idênticos ao prestimoso colega do prof. Charrua junto dos potenciais engraçadinhos, e, logo acima, uma réplica da directora regional da DREN, que recebesse a queixa e a encaminhasse. Lamentavelmente, profis- sionais assim dedicados escasseiam na administração pú- blica.

Por isso compreendo o eng. Sócrates, quando jura que ninguém "será sancionado pelo uso do direito da liberdade de expressão". Só o prof. Charrua, varrido há um mês de funções. Os outros milhões de desordeiros são dificílimos de apanhar. A promessa de Sua Excelência, o primeiro-ministro de Portu-gal, soa a desabafo resignado. Aos poucos, Sua Excelência vai descobrindo que o desrespeito não desaparece só porque o Governo (ou os seus dilectos serviçais, para o caso é igual) deseja, e que a tentação de controlar não coincide em absoluto com a possibilidade de contro-lar. Talvez não vá a tempo de descobrir que, infelizmente, a diferença entre ambas anda demasiado próxima do ridículo. Donde as (deploráveis) anedotas
"

Alberto Gonçalves

PARA ONDE CORRE HUGO CHAVEZ?




















Chavez e o encerramento da TV

É um facto que quem tem o poder da comunicação, acaba por ter o poder, de o controlar, de manipular as massas.

Até nas famosas RGA's das universidades, quem tem o microfone na mão tem o poder de ser ouvido pela turba.

Um canal de rádio, um jornal de referência ou um canal de TV é apetecível pelos lucros que podem dar, e aí trata-se de um negócio, mas também formas de controlar ou condicionar o poder.

Passa-se em todo o lado.

Por cá, em Portugal, tivemos recentemente um presidente de um conhecido grupo de comunicação social que afirmou publicamente que podia produzir um presidente, como se vendesse sabonetes, isso na altura em que as audiências do canal que controlava eram esmagadoras, perante a TV pública e na altura em que o outro canal privado dava os seus primeiros passos.

E se um determinado órgão, imaginemos, uma TV com grande audiência tem uma posição política clara, terá o seu público preferencial, terá outra parte do público que a repudia, e por isso vive com base nas audiências que consegue fidelizar.

Por isso, no ocidente, apesar de grandes grupos de mídia terem propriedade sobre vastos suportes noticiosos e comunicacionais, o que se passa é que por terem apenas e só a perspectiva do lucro perante o investimento, a tendência será para que a informação seja séria e descomprometida, única forma de serem lidos, ou ouvidos, ou vistos no caso de uma TV.

Se uma TV se compromete com determinada corrente partidária, sejam pró ou contra um poder, acaba por perder credibilidade noticiosa, logo, baixa nas audiências, perde receitas de publicidade, e acaba por falir.

Em todos os países há lei de TV e regras para que as licenças sejam concedidas e depois, renovadas ou não.

Sem duvidar de algumas tendências autoritárias naturais num regime reformista/revolucionário que se está a implantar com o apoio de vastas massas populares na Venezuela, acho que o actual regime vai mal ao criar uma "vítima" dessa deriva autoritarista que a seu tempo se poderá virar contra si, a partir do momento em que as reformas de Chavez na sociedade possam não resultar como se prevê, caso os preços do petróleo nos mercados internacionais desça abaixo da fasquia dos 55/60 dólares.

Se a TV que foi encerrada era contra o governo de Chavez através da sua linha editorial era mau para ela, já que uma TV, ou um jornal devem ser isentos para terem credibilidade, ou não passarão de pasquins para serem vistos ou lidos por uma meia dúzia de fieis.

E isto independentemente da sua boa ou má programação não noticiosa que capte audiências.

Não sei bem o que se passou agora para fechar o canal, julgo que se argumenta que e os proprietários da TV em causa estiveram por detrás do golpe ou apoiaram-no.

Se foi por isso, penso que não é matéria suficiente para fechar um canal, par amais, porque em tempos, Hugo Chavez já havia tentado a sua golpada contra um regime de má memória, nos anos 90..

Um canal só deve ser fechado se violar a lei da televisão do país, e não pela sua linha editorial.

E nem sei qual é a lei da TV da Venezuela, ou se a tem, de todo.

Acho que é um ponto negativo no entanto para o regime chavista, que de mérito tinha até agora a faculdade de desenvolver uma revolução social e política, mas em liberdade e democracia.

Com este passo, passa a outro nível, o da repressão de vozes incómodas.

O que o aproxima perigosamente do autoritarismo.

E o poder absoluto, cega.

Se as suas reformas resultarem, todo de bom para o povo venezuelano, e de outros países da AL massacrados ao longo de décadas por poderes corruptos, ditaduras militares, esquadrões da morte, corrupção e caciquismo, democracias de opereta.

Mas se falhar, Chaves e seus seguidores dar-se-ão muito mal.

Por isso, acredito que seria mais vantajoso deixar a TV continuar a emitir em aberto (julgo que o processo vai agora para tribunal, e que essa TV poderá continuar a transmitir através de cabo), até que se se confirmasse que a sua informação era de fraca qualidade e tendenciosa, ela própria se descredibilizaria, perante os eventuais bons resultados das políticas de Chavez nos domínios económico e social.

segunda-feira, maio 28, 2007

28 de Maio de 1588.


A Invencível Armada, com 130 navios e 30 000 homens, começa a levantar âncora de Lisboa rumo ao Canal da Mancha (somente no dia 30 todos os navios haviam saído do porto) . A Armada Invencível (no espanhol antigo: Grande y Felicíssima Armada), foi chamada de la Armada Invencible ou the Invincible Fleet com certo tom irônico pelos ingleses no século XVI, foi uma esquadra mandada pelo rei Filipe II da Espanha em 1588 na tentativa de dar um fim à sua guerra com a Inglaterra. Foi a maior batalha da Guerra Anglo-Espanhola. A esquadra espanhola foi desestruturalizada por um Navio Fogo em um ataque enviado por Francis Drake, atingida por uma tempestade, e recuou para a Espanha.



Na tarde de 19 de julho de 1588, no prado de bochas, em Plymouth, Grã-Bretanha, Sir Francis Drake, primeiro-capitão de Sua Majestade Britânica, e outros oficiais da Marinha inglesa estavam empenhados numa partida de bochas, quando vêem rumar, na direção do porto, com as velas pandas, um pequeno navio armado. O comandante, um certo Fleming, atraca às pressas e logo vai ter com os oficiais. Excitadíssimo, quase sem fôlego, consegue gaguejar apenas poucas palavras:

— A Armada... eu vi, esta noite, a frota espanhola perto das costas da Cornualha!

A esta notícia, alguns capitães correm para o lido e gritam, pedindo que dos navios, mandem chalupas (pequenas embarcações de um só mastro). Dos becos e das pequenas lojas que dão para o porto, eis que, logo, acorre uma multidão, vociferando. A notícia de que o perigo é iminente espalhou-se num átimo, e a tranqüila cidade inglesa fica em polvorosa. As ansiosas perguntas dos cidadãos cruzam-se com as vozes concitadas dos chefes de churma (a gente de serviço nos navios) que ordenam aos marinheiros seguirem o exemplo dos seus comandantes, apressando-se em retornar às respectivas embarcações. Sozinho, entre todos, Sir Francus Drake se mantém impassível.

— Um momento, senhores! — troveja sua voz. — Temos todo o tempo de terminar esta partida e de bater os espanhóis. — E parece, segundo a História, que, efetivamente, os oficiais, encorajados por essas palavras, voltaram a jogar, lançando as últimas bochas.

Havia, contudo, com que se preocuparem! Grandiosa, implacável, sob o comando de Medina Sidônia, a Armada dirigia-se, de fato, para a Inglaterra, decidida a quebrar as poucas resistências navais e permitir, assim, às forças espanholas, acampadas em terras de Flandres, sob o comando de Alexandre Farnese, que invadissem todo o país.


A Armada, "a invencível armada", como, orgulhosamente, gostava de definí-la, o rei Felipe II, da Espanha, era a frota mais poderosa do mundo, com mais de 130 naus de guerra.

Àquelas forças, a Grã-Bretanha pouco podia opor: uma centena de navios, muitos dos quais não aptos para a batalha, e todos de tonelagem inferior aos dos espanhóis.

Todaviam os ingleses podiam contar com os mais famosos e hábeis homens do mar da época, que já haviam prestado numerosos e memoráveis serviços à rainha Elisabeth. Eram ele: Sir Francis Drake, o primeiro ingles circunavegador do globo, terror de todas as costas espanholas do Velho e do Novo Mundo; Sir John Hawkins, o rude veterano de muitas viagens nos mares da África e da América; Lord Howard, Grande Almirante da Inglaterra.


As primeiras escaramuças do encontro tiveram lugar perto das costas de Cornualha, num sábado, 20 de julho. A Armada estava disposta em forma de meia-lua; de um extremo a outro, podiam-se medir cerca de sete milhas.

Os ingleses, espalhados em várias ordens, deixavam passar os navios espanhóis, limitando-se como que temerosos, a conservá-los sob vista, a distância.

Uma estranha calma parecia reinar sobre aquelas águas, onde duas frotas, uma segura de si, outra cautelosa, se estudavam de longe. Mas eis que, de improviso, com simultânea manobra, os navios ingleses, de todas as direções, caem sobre as costas do adversário. A batalha trava-se logo, violenta, entre troar de canhões, gritos de homens enfurecidos, chamas que se levantam. Os ingleses, valendo-se de barcos menores e velozes, atacam repetidamente os espanhóis, retirando-se, depois, sobre suas posições, após havê-los acertado.

Esta tática dá bons frutos. os enormes galões espanhóis, embaraçados, geralmente cerrados um contra o outro, levam a pior e devem dobrar, a tôda pressa, para o porto de Calais.

Aqui se verifica o imprevisto, o fato de coroará a mais famosa batalha do século XVI.


Num verdadeiro golpe de gênio, na noite de 27 de julho de 1588, Sir Francis Drake lança, contra as maiores naus espanholas alinhadas no porto de Calais, oito "bulotes". Estas pequenas embarcações estão carregadas de explosivos, de substâncias inflamáveis que impelidas pelo vento, vão chocar-se contra os navios inimigos. Com o choque, sobrevém uma tragédia. Apanhados de surpresa, apavorados pelo fragor das explosões, que se sucedem incessantemente, os espanhóis cortam as amarras e zarpam em grande desordem. Da grande Armada, da "Vencível Armada", como a chamou, depois, ironicamente, Sir Francis Drake, somente 53 barcos, meios rebentados, devolveram à Pátria suas churmas.

Para a Espanha, esta derrota significou o fim de um mito, de um domínio; para a Inglaterra, o início de um poderio marítimo destinado a refulgir nos séculos futuros.

Wikipedia.

Até amanhã e boa sorte!!

Texas ou Amadora a ferro e fogo.


"Vanda Lourenço não ganhou para o susto. Tinha acabado de jantar em casa de uns amigos no centro da Amadora e ia para casa, na Charneca de Caparica, pouco depois da meia-noite, quando percebeu que se tinha enganado no caminho. Ao passar junto ao Bairro de Santa Filomena, na freguesia da Mina, ouviu um barulho e sentiu estrondo na parte traseira do automóvel que conduzia. "Isto acontece muito frequentemente. Não é a primeira vez que vêm cá pessoas queixar-se. Aquele bairro é um dos mais perigosos que aqui temos. Em termos de armamento é pior que a Cova da Moura. Nós não passamos lá porque os nossos carros também são apedrejados (mais aqui)".
Isso não é verdade. O Bairro de Santa Filomena (ler aqui) é composto por gente trabalhadora e democrata que não diferencia as suas “vítimas”. Comerciantes, transeuntes ou automobilistas tanto faz. Nem os polícias escapam. E a criminalidade continua a diminuir…

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Para memória futura II.

"António Costa disse que quer governar a autarquia de Lisboa pelo menos durante seis anos e que a situação na capital «não pode ser pior (mais aqui)".
Dificilmente aguentará 6 anos em Lisboa. A não ser que seja forçado a isso.

Discriminação salutar.

"Um 'pub' australiano frequentado por gays ganhou uma acção judicial passando a ter o direito de 'vetar' a entrada de heterossexuais (mais aqui)."
Pela parte que nos toca, não precisavam incomodar-se tanto.

Chuva dissolvente.

Para memória futura.

"Os preços da electricidade para os consumidores domésticos são 18 por cento mais altos em Portugal do que em Espanha, refere um estudo da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), relativo à situação a 1 de Janeiro de 2006 (mais aqui). "

Imigração

"Um casal de nacionalidade romena tentou vender a filha de três meses, no sábado à tarde, na pequena aldeia de Casa Branca, no concelho de Sousel (mais aqui)."
É sempre um prazer ler sobre a imigração de qualidade que desemboca em Portugal…

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O mundo dos gays.


"A Parada do Orgulho Gay de Moscovo, que se realizou neste domingo, terminou em violência pelo segundo ano consecutivo, quando membros de grupos da direita nacionalista e extremistas cristãos-ortodoxos atacarammanifestantes, informa a BBC (mais aqui)."
E o mundo continua insistindo em não se modernizar…

A MÃE DE TODAS AS LEIS

"Perante uma data de vultos do regime, o prof. Freitas do Amaral leccionou a sua derradeira aula na Universidade Nova. Apostado numa saída grandiosa, o docente disse: "O último ponto que falta cumprir da Constituição de 1976 é o da regionalização do Continente." E disse: "Um Estado tem que se dar ao respeito."

Se, por absurdo, o prof. Freitas se referia à Constituição de 1976 propriamente dita, convém lembrá-lo de que ainda não se cumpriu, pelo menos com carácter definitivo: a nacionalização dos principais meios de produção; a participação das Forças Armadas no exercício do poder político; a reforma agrária; a transição para o socialismo; etc.

Mas, considerando que uma Constituição é composta por princípios, será evidente que o prof. Freitas falou de modo genérico, e incluiu tacitamente na Constituição de 1976 as revisões posteriores. De qualquer forma, é reconfortante notar que, além do PCP, eternamente empenhado na defesa da "mãe de todas as leis" (o termo é dos comunistas), há sempre quem lute em prol de um documento luminoso, consensual e unificador dos portugueses. Tão unificador que, à época da sua criação, só não mereceu a aprovação do CDS, então liderado por reaccionários indignos até de partilhar uma menção com Freitas do Amaral, herói progressista. À semelhança do Estado, também os cidadãos têm que se dar ao respeito. Fica a lição. Pena que seja a última
. "

Alberto Gonçalves

domingo, maio 27, 2007

Não digas nada!



Não digas nada!

Nem mesmo a verdade
Há tanta suavidade
em nada se dizer
E tudo se entender –

Tudo metade
De sentir e de ver...
Não digas nada
Deixa esquecer

Talvez que amanhã
Em outra paisagem
Digas que foi vã
Toda essa viagem

Até onde quis
Ser quem me agrada...
Mas ali fui feliz
Não digas nada.

Fernando Pessoa

SCP

A Taça é Nossa !

Ponte 25 de Abril (ontem à noite)


PS - Ah, esquecia-me de dizer:
Não se trata de qualquer teste a um possível ataque terrorista de ponte dinamitada.
(eheheheh ... o Alzheimer é "lixado" !)


Mas sim, o início do próximo Rock in Rio

The lady wore black

Tugas.

"Cinco turistas portugueses e dois espanhóis foram detidos, a 16 de Maio, em Riga, Letónia, depois de terem alegadamente pisado e destruído bandeiras daquele país, e aguardam a sentença do tribunal. Têm idades entre os 25 e os 36 anos e incorrem numa pena que pode ir até três anos de prisão ou numa multa até 50 ordenados mínimos (mais aqui)."
Sempre interessante ler sobre as férias dos nossos no estrangeiro.

Escolas a fechar.

"São 1313 as escolas básicas do 1.º Ciclo que não deverão reabrir no início do próximo ano lectivo. O JN teve acesso ao relatório produzido pelo Gabinete de Informação e Avaliação do Sistema Educativo (GIASE), que sinalizou 614 estabelecimentos para fecharem só na Região Centro. Pelo país multiplicam-se os concelhos que ficarão apenas com uma, duas e três escolas - sempre no Interior. No Alentejo, aumentam os municípios que só ficam com as integradas a funcionar - caso de Barrancos e Gavião. As direcções regionais de educação alegam "não ter ordens" para se pronunciarem. O ministério mantém-se em silêncio. Os sindicatos revoltam-se contra o que consideram ser a "desertificação" do país (mais aqui)."

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O ALEGADO JORNALISMO

"No Verão de 2005, Israel desmantelou os colonatos da Faixa de Gaza, abandonando o território à flexível jurisdição palestiniana. Desde então, Gaza tem sido principalmente utilizada pelo Hamas para lançar morteiros sobre as cidades "sionistas" limítrofes, em parte graças ao fluxo de armas e terroristas vindos da fronteira franca com o Egipto. De vez em quando, israelitas civis morrem. De vez em quando, Israel reage e bombardeia os carros ou as residências de alguns ilustres do Hamas. Em simultâneo, apoia, militar e financeiramente, a Fatah nas rituais matanças entre palestinianos. Por motivos discutíveis e discutidos, o Governo de Olmert convenceu-se de que a Fatah constitui uma espécie de aliado, embora nada permita reconhecer-lhe força ou vontade para tal. Em simultâneo, a fronteira de Gaza com o Egipto permanece aberta à circulação de "jihadistas" sedentos de martírio, próprio ou alheio. Receoso dos efeitos de uma invasão de Gaza na "opinião pública", Olmert limita-se a eliminar a ocasional luminária do Hamas e a esperar que a coisa acalme. A coisa não promete acalmar.

Resumidíssimos, eis os factos, de resto comprováveis. Mas não com facilidade. Quem, por exemplo, acompanhou os últimos dias no Médio Oriente pelos "telejornais" ou por certa imprensa, ficou apenas convicto do seguinte: a chatice que decorre no Líbano não envolve directamente Israel, portanto, não dá drama; dramática é a situação em Gaza; em Gaza, Israel estourou com uma casa repleta de civis, tanto mais inocentes quanto o "alegado" psicopata do Hamas que, por mera coincidência, habitava a dita, não estava lá dentro no instante fatal; Israel assassinou "alegados" membros do Hamas; Israel prendeu "políticos" do Hamas; Israel rejeitou "tréguas"; Israel matou e esfolou; as acções de Israel são injustificáveis, visto que o Hamas vai enviando uns engenhos "artesanais" que, no fundo, nem ambicionam magoar ninguém. Como sempre, os israelitas são deliberadamente cruéis. Como sempre, os palestinianos são "resistentes", "activistas", "insurgentes", "militantes", "combatentes". Enfim, fazem pela vida, coitados.

Podemos atribuir esta peculiar visão à má-fé. A má-fé não explica tudo. Claro, qualquer sujeito que queira saber sabe o que se esconde (se se esconde) por detrás do "jornalismo de referência" da BBC ou da Reuters. E a retórica enviesada de certa imprensa indígena só engana criaturas particularmente impressionáveis. O problema é que, inclusive na classe jornalística, as criaturas impressionáveis abundam: basta ver os pivots dos nossos noticiários televisivos repetirem os delírios acima com candura. Ali não há vestígios de uma "agenda" oculta ou de preconceito ideológico: repetem-se os delírios porque os delírios ascenderam ao cânone.

Ainda existe disponibilidade para conceder um mínimo de compaixão face ao "judeu errante", em fuga cinematográfica dos pogroms ou nos transportes para Auschwitz. Mas, passem os séculos e as tragédias que passarem, na Europa quase ninguém aceita graciosamente que os judeus tenham pátria e poder. E muito menos que tenham razão
."

Alberto Gonçalves

'URSS ENTREGOU NITO AOS CUBANOS'

"No seu livro, Proa a la Libertad [Rumo à Liberdade], faz revelações inesperadas sobre o 27 de Maio em Angola. Nito Alves era o homem dos soviéticos em Angola e Agostinho Neto o dos cubanos. Passou-se o mesmo no Zimbabwe e na Namíbia. Nessa época, havia muitas rivalidades desse tipo em África (mais aqui)."

Us and Them

O melhor do mundo são as crianças ...

A pequena Jada Chow, com 11 meses, posa para a fotografia ao colo da mãe, vestida de Princesa Leia, durante a cerimónia de abertura da IV convenção da saga galáctica Star Wars, em Los Angeles.

Público

sábado, maio 26, 2007

Até Amanhã !



Ui, ui .........

As Esquerdas em Lisboa

"Com José Sócrates, o PS de Mário Soares deixou de existir. [...] Na vertigem de ocupar o centro político, o PS transformou-se num PSD rosa. Lisboa continua a ser o “barómetro” da política nacional. E as eleições intercalares mostraram subitamente o rosto do Regime e o estado da Nação. Os candidatos à Presidência da Câmara revelam a exaustão dos grandes partidos, mais um factor de renovação zero e mais a evidência de um discurso político nulo. Vamos por partes.

Com José Sócrates, o PS de Mário Soares deixou de existir. O partido da liberdade, orgulhoso da autoridade moral da Esquerda, deu lugar ao partido dos funcionários, vaidoso no autoritarismo geral do Estado. Em certos funcionários mais zelosos, os “tiques autoritários” serão mesmo a principal marca de militância. Na vertigem de ocupar o centro político, o PS transformou-se num PSD rosa. Sem ideologia, sem memória, pragmático no poder, o PS criou todo um vazio político no espaço natural da Esquerda. O vazio político que justifica a pulverização das candidaturas de Esquerda ao Município de Lisboa. Observem-se pois os candidatos.

Helena Roseta apresenta-se em nome dos “cidadãos”. Mas a candidata parece confundir a ideia de cidadania com a sua vontade e disponibilidade políticas. Para Helena Roseta, a cidadania continua a ser uma espécie de contra-cultura política, alicerçada na militância da posição contrária.

Ruben de Carvalho simboliza a ortodoxia democrática da CDU. Ruben de Carvalho será o símbolo de uma “Esquerda conservadora”, consciente de um passado histórico, mas que trata a realidade contemporânea como um desvio teórico ao marxismo.

Sá Fernandes representa uma certa “Esquerda moralista”, plena de iniciativas e outras causas. Sá Fernandes, o procurador do povo, transformou a política num contínuo exercício de indignação.

Finalmente, Garcia Pereira, veterano de todas as batalhas, será o clássico timoneiro de uma revolução perdida.

A pulverização da Esquerda não é sintoma de “pluralidade”, nem prova da existência de “alternativas”, nem indício de fortuna ideológica. Em Lisboa, a pulverização da Esquerda é a marca da desordem política – uma desordem política que passa por normalidade democrática. No Portugal profundo, Lisboa surge coberta por uma atmosfera de fim de regime. Até quando?
"

Carlos Marques de Almeida

E a criminalidade continua a diminuir...

"A média de assaltos era superior a uma dezena por mês. Só automóveis furtados foram 80. Depois, atacavam em cafés, escolas, colectividades, armazéns ou unidades de saúde. O gang, composto por 24 jovens, actuou entre as Caldas da Rainha e Aveiro, foi desmantelado e vai ser julgado em Junho, no Tribunal da Marinha Grande. Os prejuízos provocados pelo grupo são elevados. Segundo a acusação do Ministério Público (MP), divulgada ontem pelo jornal ‘Região de Leiria’, os arguidos actuaram entre Março de 2004 e Fevereiro de 2005 e não olharam a meios para atingir os fins. Furtavam as viaturas para vender às peças ou simplesmente para se divertirem a altas velocidades. Quando já não queriam os veículos, abandonavam-nos danificados ou destruíam-nos como complemento da diversão. Um dos carros foi atirado para um rio, três foram incendiados e 13 estiveram envolvidos em acidentes de viação (mais aqui).

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Malhada do centeio - Tradição revivida no Minho


Dantes, "era" nas malhadas, que elas "malhavam" !
:-)

Birmânia: a luta pela Democracia

Um criança birmanesa posa ao lado de um poster da Nobel da Paz Aung San Suu Kyi, cuja ordem de prisão domiciliária foi hoje renovada pela junta militar no poder.
Público

A vida é bela .........

sexta-feira, maio 25, 2007

25 de Maio de 1977.


O filme Starwars - Uma nova esperança estréia nos cinemas americanos. A história gira em torno do garoto-fazendeiro Luke Skywalker (Mark Hamill), que descobriu que o robô adquirido pela família recentemente continha uma mensagem da Princesa Leia (Carrie Fisher) implorando pela ajuda de Obi-Wan Kenobi. Luke encontra-se com Bem Kenobi (Alec Guiness), amigo de seu pai, e lhe conta o ocorrido. Descobre, então, que Bem e Obi-Wan são a mesma pessoa. Kenobi deixa Luke a par da batalha que os rebeldes estão travando contra o Império. Conta-lhe também sobre a existência de uma energia espiritual chamada “A Força”. Logo Luke, Kenobi e um mercenário chamado Han Solo (Harrison Ford) juntam forças para resgatar a princesa Leia da Estrela da Morte, uma extraordinária nave de guerra, controlada por Darth Vader (David Prowse, com voz de James Earl Jones).

Foi aqui que tudo começou. Quando George Lucas teve a idéia para Star Wars, teve que mendigar de estúdio em estúdio até que a Fox o acolheu, mas o dinheiro só era suficiente para uma parte da história. Lucas elegeu este "miolo" da história para produzir, e o chamou de Episódio 4 - Uma Nova Esperança.


Interessante é que o filme "empacou" depois de gastos 8 milhões de dólares. Lucas precisava de mais de 3 milhões para completar o projeto. Para isto abriu mão do seu salário de diretor em troca de participação na bilheteria. Sábia Decisão...

Lucas também exigiu os "direitos de merchandising", ou seja, licenciamento de produtos com a marca "Star Wars". Até então ninguém tinha idéia do potencial que isto representava.


Os quase 11 milhões de investimento inicial já viraram 500 milhões de dólares só nas bilheterias dos EUA, isto mesmo, meio BILHÃO de dólares. O licenciamento dos produtos deu muito mais que isto, e só as locações do filme atingiram 1 bilhão de dólares.

Isto fez de George Lucas um homem muito rico, que passou a ter liberdade para tocar seus projetos e completar os outros 2 filmes de sua trilogia original.

Lucas também passou a investir pesadamente nos efeitos especiais, criou a ILM (Industrial Light & Magic), líder no setor. Investiu na melhria do aúdio através da Skywalker sound e investiu na certificação da qualidade de exibição através do THX.


Curiosidades Sobre Star Wars:

» Carrie Fisher pensou em perder peso para interpretar sua personagem, Princesa Léia, mas George Lucas foi contra.

» Os executivos do estúdio mostraram preocupação sobre o fato de Chewbacca não usar calças.

» Harrison Ford não pode, inicialmente, fazer testes para nenhum papel, pois havia estrelado American Graffiti, e Lucas queria apenas rostos novos para os personagens. Mas Harrison Ford foi usado para contracenar com todos que faziam testes, completando as falas. Depois de vê-lo fazer isto à exaustão Lucas decidiu usá-lo no papel de Han Solo.

» Na semana de estréia, menos de 40 salas concordaram em exibir Star Wars. Ao final do ano de estréia a Fox teve um lucro de 70 milhões de dólares!

» Num determinado momento, George Lucas pensou em usar anões nos papéis de Luke Skywalker e seu Tio.

» O filme deveria ter sido lançado no natal de 1976, mas sua estréia foi adiada para 25 de maio de 1977 por atrasos na produção, especialmente os efeitos especiais. O estúdio ficou preocupado com este atraso pois o filme estrearia na mesma semana que "Agarre-me Se Puderes" (Smokey And The Bandit). Star Wars faturou o dobro deste filme na semana de estréia.


Em apenas 3 semanas após a estréia de Star Wars as ações da 20th Century Fox dobraram de preço.

George Lucas queria originalmente que Orson Welles fizesse a voz de Darth Vader, o primeiro personagem a ser criado, mas achou que a voz seria muito reconhecível. Optou pela voz do ator James Earl Jones, que na versão original nem pediu que seu nome aparecesse nos créditos, pois achava que seu trabalho tinha sido pequeno. A partir da Edição Especial seu nome passou a ser creditado.

» A maior parte da "platéia" durante a cena da entrega das medalhas são recortes de fotos em papelão.

25 de Maio de 1977.

Estreia nas salas de cinema "Alien". Além de ser o primeiro exemplar de uma das mais populares séries de ficção científica, Alien é um clássico moderno que consagrou o diretor Ridley Scott (Blade Runner, Gladiador) e revelou a novata Sigourney Weaver, que interpretou a tenente Ellen Ripley. Tudo funciona no filme: a direção perfeita, os efeitos especiais de Brian Johnson (maquetes) e Carlo Rambaldi (efeitos da cabeça do monstro), a atmosférica trilha de Jerry Goldsmith, o elenco afiado, os cenários sinistros e, principalmente, o Alien em si, fruto da imaginação (doentia?) do artista plástico suíço H. R. Giger. O terror começa quando os sete tripulantes do cargueiro espacial Nostromo investigam uma transmissão vinda de um desolado planeta, e lá, em uma nave alienígena abandonada há séculos, descobrem uma forma de vida que se reproduz dentro de um hospedeiro. Levada para o Nostromo, agarrada ao rosto de um dos tripulantes, a criatura começa a se metamorfosear em um pesadelo que apenas é visto de relance quando ataca para matar. O ponto alto de Alien é o conceito à época inovador, criado pelo roteirista Dan O´Bannon, de que formas de vida alienígenas podem se apresentar das mais diferentes formas e estágios no seu ciclo vital, adaptando-se a qualquer meio ambiente. Outro aspecto no qual o filme inovou foi mostrar uma mulher (Ripley) como uma líder, um personagem bem mais consistente do que as figuras meramente decorativas, comuns em tantas produções do gênero.


E melhor ainda, fazendo dela o único sobrevivente capaz de enfrentar o monstro. Certo, ninguém é de ferro e Ridley Scott incluiu no momento climático o afamado strip-tease "às avessas" de Sigourney Weaver, como se dissesse, “Olhem, essa mulher é durona, mas não se esqueçam que ela também é gostosa”. Como nos demais discos da coleção, ao carregar o DVD será oferecida a opção de assistir a Versão do Diretor/Estendida ou a Versão do Cinema. Mas não se preocupe, seja qual for a escolha, é possível mudar a opção a qualquer momento no menu. Para a Versão do Diretor, Ridley Scott optou por manter praticamente a mesma duração original (na verdade, ficou 1 minuto mais curta), subtraindo curtas cenas da versão de 1979 e adicionando algumas das que, na versão anterior do DVD, estavam disponíveis nos extras. Elas incluem a tripulação ouvindo a transmissão alienígena na ponte do Nostromo, Kane ajustando sua arma antes de olhar o interior do ovo do Alien na nave abandonada, alguns novos takes de Brett procurando pelo gato Jonesy e uma curta cena do Alien batendo na gaiola de Jonesy. Mas há principalmente duas cenas que tornam a Versão do Diretor efetivamente diferente da original.


Na primeira, do lado de fora da enfermaria onde Ash (Ian Holm) e Dallas (Tom Skerrit) examinam o facehugger em Kane (John Hurt), Lambert (Verônica Cartwright) esbofeteia Ripley (Sigourney Weaver) por esta não ter permitido que a equipe de exploração entrasse na nave trazendo o Alien. Ficamos sabendo nos extras, pela própria Cartwright, que ela de fato acertou o rosto de Weaver. Esta cena marca o início da tensão que existe entre as duas mulheres durante boa parte do filme, e que ficou sem explicação na versão final. Já a segunda seqüência de destaque, por muitos anos foi comentada pelos fãs. Nela, após encontrar os corpos sem vida de Lambert (Cartwright) e Parker (Yaphet Kotto), Ripley (Weaver), em seu caminho de fuga, descobre o ninho do Alien, no qual estão os corpos de Dallas (Skerrit) e Bret (Harry Dean Stanton), dentro de casulos. Dallas, agonizante, implora a Ripley que o mate. Chorando e com relutância, ela o incinera com o lança-chamas.

Don't Say a Word.

Família.

"Só dois tiros para o ar seguraram ontem os amigos de Miguel, enquanto a PSP tentava enfiar no carro um irmão do jogador da Selecção Nacional. O suspeito é conhecido na zona J de Chelas, Lisboa, pelo ‘Dadit’, adiantou ao CM fonte policial – e foi detido ao final da tarde por “tráfico de cocaína, ameaça e coacção”. A actividade, de resto, alastrará aos mais velhos da família e, garantem as nossas fontes, “também o padrasto e a mãe do Miguel respondem por tráfico”. O primeiro por ter sido recentemente apanhado pela Polícia Judiciária de Leiria “com um carregamento de droga” – e a segunda, mãe de cinco filhos, “também foi detida à guarda do mesmo processo” (mais aqui).
E a sorte da polícia foi o Miguel não estar cá… Senão havia porrada e da feia.

Santana Lopes.

"Santana Lopes: «Retiro o que disse (mais aqui)"
Santana não precisava de ter tanto trabalho. Efectivamente já poucos o levam a sério.

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Para os Pézinhos n' Areia

Wellcome to texas.

"Dois homens foram detidos, ontem, pela GNR de Seia, por estarem envolvidos num tiroteio na estrada nacional entre Gouveia e Seia. Ambos seguiam em veículos diferentes; um conduzia um camião e o outro uma viatura ligeira. Segundo fonte da GNR, o indivíduo que seguia na viatura ligeira disparou contra o camião, atingindo o habitáculo, acabando por provocar vários danos no vidro e numa das portas do veículo. Apesar do aparato, não houve nenhum ferido, resultando deste tiroteio apenas alguns danos materiais nas viaturas. O autor dos disparos e o condutor do camião foram detidos e o caso foi entregue à Polícia Judiciária. Contactada, a GNR não quis prestar esclarecimentos sobre a causa do tiroteio. "

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OTA por favor...

"Acho faraónico fazer o aeroporto na Margem Sul, onde não há gente, onde não há escolas, onde não há hospitais, onde não há cidades, nem indústria, comércio, hotéis e onde há questões da maior relevância que é necessário preservar."

Mário Lino

"Um aeroporto na Margem Sul tem um defeito: precisa de pontes. Suponham que uma ponte é dinamitada. Quem quiser criar um grande problema em Portugal, em termos de aviação internacional, desliga o Norte do Sul do País."

Almeida Santos

Fala-se que o aeroporto construído na margem Sul do Tejo seria mais barato, mas o problema é que o barato sai caro. Uma coisa é a construção do aeroporto, outra coisa é a sua utilização durante décadas. Imaginem 20 milhões de pessoas a terem de pagar portagens à Lusoponte. Dá seguramente centenas de milhões de euros por ano. Se fosse administrador ou accionista da Lusoponte estaria disponível para dar uma pequena percentagem dessa quantidade a todas as campanhas destinadas a desqualificar o aeroporto da Ota

Vital Moreira

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O "nosso" jornalismo.

"O Editorial - ler aqui - (não assinado) de hoje do DN é muito engraçado.
É mesmo um caso sintomático de como o processo político/mediático funciona nos dias de hoje.

O tema do editorialista é a manutenção da alta popularidade do governo, apesar da ocorrência de polémicas recentes. «Nem as gafes perturbam popularidade do Governo» é o título da peça. E de seguida referem-se as ditas gaffes, começando pelas de Manuel Pinho (dia 21), a censura na DREN (dia 19) e Mário Lino (dia 24).

Na profundidade de análise, certamente pressionado pela hora de fecho da edição, conclui: «Por enquanto, como demonstra o Barómetro que o DN hoje publica, são nulas as consequências destes deslizes de comunicação na popularidade do Governo.».

Correctíssimo. Aliás se o editorialista do DN tivesse lido a ficha técnica do barómetro publicado no seu próprio jornal, poderia descobrir com facilidade a razão de tal nulidade de efeito: «"O Barómetro foi elaborado pela Marktest para a TSF e para o Diário de Notícias entre 15 e 18 de Maio de 2007
."».

Do Blasfémias.

Até Amanhã !



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Dia Internacional das Crianças Desaparecidas

Especialistas portugueses e estrangeiros participam hoje em Lisboa na II Conferência Europeia sobre Crianças Desaparecidas e Exploradas Sexualmente, organizada pelo Instituto de Apoio à Criança na data em que se assinala o Dia Internacional das Crianças Desaparecidas.

A debater esta matéria no novo auditório da Assembleia da República, em Lisboa, vão estar o presidente do Grupo Especialista em Crimes Contra Menores da Interpol, representantes do Centro Internacional de Crianças desaparecidas e exploradas (ICMEC) e da Federação Europeia das Crianças Desaparecidas e o coordenador do Departamento de investigação Criminal da Policia Judiciária do Funchal, entre outros.
O Dia Internacional das Crianças Desaparecidas surge na sequência do rapto de uma criança de seis anos - Etan Patz - a 25 de Maio de 1979 em Nova Iorque.
Na Europa, foi em 2002 que este dia foi assinalado pela primeira vez pela Child Focus, uma organização europeia não governamental criada no seguimento do desaparecimento de duas meninas na Bélgica em 1998, que ficou conhecido como caso Dutroux.

O objectivo da iniciativa é encorajar a população e a comunicação social a reflectir sobre todas as crianças que foram dadas como desaparecidas na Europa e no mundo e também levar as autoridades a reflectir na prevenção e nas estratégias a criar, em colaboração com as entidades responsáveis pela educação, justiça e segurança.

Regra do PSD: "Estalinista" e "Nazi" (Santana Lopes)

O ex-primeiro ministro e presidente da Câmara de Lisboa, Pedro Santana Lopes, classificou hoje de «estalinista» e «nazi» o princípio da direcção do PSD de que os autarcas constituídos arguidos devem renunciar aos mandatos.

«Um partido impor, como se fosse um Estado totalitário, a uma pessoa, que está a fazer esclarecimentos em processos judiciais, nessa fase é o que se trata ainda, uma punição como se já tivesse sido julgada, isso é estalinista, é nazi, não é próprio de um partido democrático», defendeu Santana Lopes em declarações à Lusa.

Segundo o deputado social-democrata, «quem não respeita as regras do Estado democrático de Direito, pratica as regras das ditaduras».

Santana Lopes ressalvou não estar «a chamar estalinista ao doutor Marques Mendes nem nazi», mas sublinhou tratarem-se de «regras próprias de ditaduras».

Em reacção a estas declarações, a direcção do PSD acusou Santana Lopes de apenas se preocupar com as ambições pessoais, sublinhando que este está a fazer uma «falsa interpretação» da decisão tomada pelo partido.

TSF Online

Comunicação Social: Negócio ou Ética ?

No Reino Unido, o pontapé de saída foi dado no The Guardian, numa coluna em que se qualificou a cobertura mediática do "caso Maddie" como "absurdamente para lá dos limites" e "inacreditavelmente entediante e voyeurista".
Em Portugal, num debate com responsáveis dos canais nacionais, Ricardo Costa, director da SIC Notícias, admitiu "algum excesso", mas justificou-se com "a grande pressão". O mesmo ou parecido havia já dito, em resposta ao Guardian, um responsável da BBC, invocando o "interesse do público", que aderiu de forma tão apaixonada que já se fala de "princess Maddie" como sucessora de Diana de Gales.

Quer dizer: nós fazemos, mas os outros também fazem; se nós não fizermos, haverá quem faça; e havendo quem faça, nós temos de fazer. Porque os media são um negócio. E assim, diz-se, a lógica só pode ser essa: "quanto mais audiência melhor". De tal modo que até os que supostamente não são um negócio, como os canais públicos, funcionam de acordo com a mesma regra . É, diz-se, uma questão de sobrevivência empresarial.

O problema - sempre foi esse o problema - é saber como compatibilizar os imperativos que advêm da viabilidade financeira dos media com os princípios que devem reger a actividade jornalística. Ou seja, conciliar a sobrevivência da empresa com a sobrevivência do jornalismo.

Fernanda Câncio

quinta-feira, maio 24, 2007

24 de Maio de 1941


Neto de imigrantes russos judeus, Dylan nasceu Robert Allen Zimmerman, em Duluth, Minnesota. Começou escrevendo poemas em torno dos dez anos de idade, e se auto instruiu em piano e guitarra no começo de sua adolescência. Caindo na mágica de Elvis Presley, Jerry Lee Lewis, e outras estrelas do rock, ele formou suas próprias bandas, incluindo o "Golden Chords and Elston Gunn" e "His Rock Boopers".O jovem Zimmerman rumou à Universidade de Minnesota, em Minneapolis, no outono de 1959. As visões e sons da grande cidade abriram novos horizontes para ele, o inspirando a se aprofundar nas raízes do rock contemporâneo, ouvindo o trabalho de artistas de country, rock e folk, entre eles pioneiros como Hank Williams, Robert Johnson e Woody Guthrie.

O músico começou a se apresentar como artista solo, já com trabalho próprio, em bares locais, em posse de um violão e uma gaita, e expressando uma voz nasal que se tornaria sua marca registrada. Foi em torno dessa época, também, que ele adotou o nome artístico de Bob Dylan. No ano posterior, largou a universidade e mudou-se para Nova Iorque até que, em novembro de 1961, assinou seu primeiro contrato, com a Columbia Records. O resultado, lançado no início de 1962, foi um disco sombrio e obsessivo, que soava mais como o trabalho de um cantor negro de blues do que o de um jovem artista. Mesmo tendo sido um álbum promissor, seu primeiro trabalho não preparou ninguém para a obra-prima que viria em seguida.

“The Freewhellin´ Bob Dylan”, lançado no ano seguinte, trazia alguns dos hinos que embalaram os anos 60, como "Blowin´ in the Wind" e "A Hard Rain´s A-Gonna Fall.O próximo álbum de Dylan, “The Times They Are A-Changin’”, manteve as expectativas e os destaques ficaram a faixa título e "The Lonesome Death of Hattie Carroll", ambas com fortes mensagens de protesto. Em 1964, chega “Another Side of Bob Dylan” um disco introspectivo, que fugia de rótulos e, no começo de 1965, o músico entra em estúdio com uma banda de nove integrantes para gravar “Bringin It All Back Home”, um álbum bastante variado, que trouxe clássicos como "Subterranean Homesick Blues", "Mr. Tambourine Man" e "It´s All Over Now, Baby Blue". Na seqüência veio “Highway 61 Revisited”, que trouxe o ‘hit’ "Like a Rolling Stone".

Um acidente quase fatal de moto no dia 29 de julho de 1966 acabou afastando Dylan do cenário musical por alguns meses, mas ele não se abalou e, após o country “Nashville Skyline”, o vocalista compõe um dos maiores sucessos de toda sua carreira, o single “Knockin´ on Heaven´s Door”, regravado posteriormente por diversos artistas. Continuando a ótima fase, o ao vivo “Before the Flood” chegou à terceira posição da parada da Billboard e “Blood on the Tracks” foi considerado um dos trabalhos mais importantes do compositor. Outros discos também de fundamental importância foram “Desire” e “Slow Train Comming” e “Infidels”, de 1983, co-produzido por Mark Knopler, do Dire Straits.

Durante toda a década de 80, Dylan se apresentou em grandes shows e continuou gravando discos regularmente, porém, sem o mesmo impacto de antigamente. Os anos 90 começam com algumas coletâneas e discos ao vivo até que, em 1995, é realizado o “MTV Unplugged”, que dá um novo ânimo ao artista.Em 1997, Bob Dylan foi hospitalizado devido a um problema cardíaco, mas recuperou-se a tempo de se apresentar em Roma, numa performance presenciada pelo Papa João Paulo II. Em 2001, o inédito “Love and Theft” chega às lojas e mostra que, apesar do tempo de estrada, o músico ainda tem criatividade de sobra e o álbum é indicado ao Grammy como o melhor disco do ano.

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