quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Até amanhã e boa sorte!!!

A verdade.

"Um ano depois, e em pleno processo de restruturação da rede de serviços de urgência, regressou a polémica à volta do fecho de maternidades. Ontem, o autarca de Vila Real, o social-democrata José Silvano, acusou o ministro da Saúde de ter "errado" ao decretar o fim da maternidade de Chaves. O indício do erro, disse, é o anúncio da construção de um hospital privado com serviço de maternidade, que se prevê concluída em Janeiro de 2009 (mais aqui)."
Parece que, mais tarde ou mais cedo, a verdade vem sempre ao de cima.

Leis e salários.

1/ "Os rendimentos do trabalho dependente de Vítor Constâncio totalizaram os 280 889,91 euros em 2005. Neste ano, só em aplicações financeiras e contas bancárias, o governador do Banco de Portugal declarou um montante global de 570 454 euros. Estes são alguns dos números que se podem retirar da declaração que o governador do banco central entregou no Tribunal Constitucional (TC), relativas aos anos de 2005 e 2004, e que o DN consultou (mais aqui)."

2/ "A saída de Paulo Macedo da Direcção-Geral dos Impostos (DGCI) estará praticamente garantida e deverá ser formalizada ainda esta semana pelo ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, que na mesma altura anunciará o nome do substituto. Em causa está a lei que impede que qualquer pessoa que ocupe um cargo no funcionalismo público possa ganhar mais do que o primeiro-ministro – cerca de 5360 euros. (mais aqui)."
Felizmente a lei não é de aplicação geral (mais aqui) e só alguns casos incomodam tal como o glorioso palatino do moral afirmou ontem na Assembleia. . E depois, salvo melhor opinião, a produtividade de Paulo Macedo justifica mais o seu salário que muitas outras que por aí pairam.

Assim vai o país...

"No ano lectivo 2005-2006, o gabinete de Segurança do Ministério da Educação, recebeu 326 queixas de agressões contra professores dentro da escola e 64 denúncias de violência contra docentes nos acessos escolares. Isto é, em média, todos os dias pelo menos um professor é alvo de violência. Os dados foram apresentados, no Parlamento, pelo Coordenador do Observatório da Segurança Escolar, João Sebastião (mais aqui). "

Sociedade.

"O Conselho da Europa condenou a decisão do Supremo Tribunal de Justiça, de Abril de 2006, em que os castigos corporais são considerados lícitos desde que moderados e com fim educacional (mais aqui)"
Parece que a sociedade bateu no fundo. Vamos criar monstros?

Racionalização de meios.

"Os postos da GNR e esquadras da PSP com menos de 12 e 20 elementos correm o risco de fechar. Isto se o Governo decidir seguir as recomendações de um estudo encomendado pelo Ministério da Administração Interna, que lhe permitiria poupar 42 milhões de euros por ano. Em causa estão todos os postos da GNR com menos de 12 elementos e todas as esquadras da PSP com um efectivo inferior a 20 elementos, em particular nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto (mais aqui). "

Com a criminalidade praticamente extinta justifica-se perfeitamente o fecho dos postos policiais. E depois os “raros” criminosos apanhados pela polícia são logo libertados pelos juízes.

Aos Lampiões d' O Carvalhadas


PARABÉNS
AO
GLORIOSO BENFICA !!!
Porque ... SIM !
Da Leoa "Pézinhos n' Areia"

White Wedding

Hugo Marçal, CEJ e o nosso jornalismo.

"O advogado Hugo Marçal, arguido no Processo Casa Pia, concorreu a um curso para magistrados que lhe pode valer um julgamento autónomo, caso conclua a formação com aproveitamento e inicie uma carreira nos tribunais, noticia esta quarta-feira o SOL «on-line». O nome do arguido no processo de pedofilia aparece publicado no Diário da República de segunda-feira, entre centenas de candidatos a ingressar no CEJ mas Hugo Marçal está isento de prestar as provas escrita e oral por ser licenciado em Direito (mais aqui)"
Parece que os jornalistas têm dificuldade em ler o que os seus colegas de profissão escrevem. Marçal está isento da fase escrita e oral por ser doutor em Direito (ler aqui). O facto de ser licenciado em direito apenas lhe confere a possibilidade de se inscrever no CEJ. Questão diferente é a sua admissão dado estar envolvido num processo criminal.

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Atentados.

"Um atentado suicida fez ontem pelo menos 14 mortos, entre eles um soldado americano e um outro sul-coreano, junto à entrada principal da base militar de Bagram, no Afeganistão. O vice-presidente dos EUA, que passara a noite no local, escapou ileso ao ataque. (mais aqui)."
Agora imagine-se a ideia de enviar o príncipe Harry para o Iraque...

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"Nobre povo"...

"Dois imigrantes romenos, que ao princípio da madrugada de ontem tentaram agredir e extorquir dinheiro a um compatriota, assaltaram uma padaria e tentaram arrombar uma loja de chineses, em Algoz, foram espancados pela população e entregues à GNR de Silves (mais aqui)."
Nestes moldes já se podem fechar esquadras. O próprio povo encarrega-se de conduzir esta imigração de qualidade, a tal de que tanto necessita o nosso país, a bom porto.

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Novas do Oásis.

"Regina Alves embalava o neto de vinte meses quando foi surpreendida por um tiroteio à porta de casa, no Bairro Padre Cruz, em Lisboa. A mulher só teve tempo de correr para a janela e fechar os estores. Lá fora, entre disparos de caçadeiras, dois homens e uma mulher tombaram no chão feridos. A PJ já está a investigar os motivos da desordem. Regina só teve tempo de fechar os estores. A experiência no bairro ensinou-lhe a adoptar medidas de segurança. Ainda assim, foi atingida por estilhaços de chumbo num braço. A moradora diz que se sente insegura ali e recorda um episódio ocorrido há poucos meses (mais aqui)".
Trata-se de um caso isolado no último mês que não merece qualquer preocupação. Em democracia um ferimento ou mesmo o assassinato por uma bala perdida é um preço justo a pagar. Não há segurança, nem liberdade de movimentos mas existe liberdade de expressão. E isso é muito importante.

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No reino das avestruzes.

"A violenta agressão de que foi vítima, anteontem, uma jovem professora da EB1 do Cerco do Porto foi o primeiro caso registado naquela escola. Fonte policial sublinhou, ao JN, que "não há registo de grandes incidentes naquelas escolas". A Direcção Regional de Educação do Norte (DREN) referiu, por seu lado, que o agrupamento "tem problemas, mas não é violento" (mais aqui).
Pronto. Tratando-se de um caso isolado naquela escola já não é motivo de preocupação. Tal como a média diária de um professor agredido. É que, pelo que parece, há muitas escolas. Se calhar com casos isolados mas que conseguem essa média diária. Resumindo nada a merecer preocupação neste reino do politicamente correcto.

terça-feira, fevereiro 27, 2007

Mulheres na Tropa, em Portugal

A military training - South Korean Marines, in Pohang.

"Eu vi-as no Verão passado, na linha da frente, de armas nas mãos, nas ruas perigosas de Kinshasa, a contribuir para o sucesso da missão EUFOR RD Congo. Espanholas rijas! Como a que morreu anteontem no Afeganistão, ao serviço da missão NATO ISAF, a ambulância que conduzia esfrangalhada por uma mina.
É conhecido o caso israelita, onde também as mulheres fazem serviço militar e agora cada vez mais assumem responsabilidades em unidades de combate.
Mas em Portugal, como denunciou o EXPRESSO, a Aspirante Cláudia Almeida Brito, a primeira (!) mulher oficial de Infantaria, foi impedida de completar a sua formação na Escola Prática de Infantaria, por ter sido sujeita a praxes refinadamente sexistas e misóginas. Como dizia um colega de Cláudia "era um mito na Academia que essa fosse a única arma sem mulheres. Foi um choque a entrada dela. Não creio que tão cedo venha para aqui outra." A própria Cláudia resumiu a sua experiência assim: "Cada vez há mais aquele espírito: mulheres em Infantaria, não!"
As Forças Armadas Portuguesas não podem ser imunes às dinâmicas de modernidade que têm marcado a sociedade civil portuguesa desde 1974. Por isso, quando o Chefe de Estado-Maior do Exército diz que "o Exército não violenta pessoas, não confunde praxes com exercícios, não discrimina, nem abusa" e que tem "uma prática indistinta em relação ao género", isso deve ter consequências práticas, nomeadamente na repressão de rituais de iniciação (supostamente 'integradores' dos aspirantes) que refletem uma visão anacrónica, chauvinista e bárbara daquilo que faz um bom oficial, um bom soldado. Não basta declarar que há igualdade de tratamento da (s) mulher (es) aspirante (s). É preciso tomar a iniciativa e combater activamente a imagem catastrófica da Infantaria como "coutada do macho latino" (para utilizar a linguagem colorida de um juiz português).(...)
É vital que as chefias das Forças Armadas Portuguesas actuem rapidamente e encorajem a Aspirante Cláudia Almeida Brito a não desistir. É preciso que as chefias das Forças Armadas Portuguesas identifiquem e assegurem a punição exemplar dos responsáveis pelas provações que a Aspirante Brito sofreu na Escola Prática de Infantaria.
Caso contrário, ficaremos a saber que as nossas Forças Armadas, trinta e três anos depois de Abril, prevalecem prisioneiras de teses obsoletas e reaccionárias: de que se se submeterem futuros oficiais de Infantaria a rituais que impliquem comer comida estragada, flexões em barda e resistência psicológica a outras tantas humilhações, eles ficarão preparados para os desafios das operações militares do século XXI...
E ficaremos então a perceber, também neste domínio, porque é que a Espanha avança e Portugal fica para trás..."
Ana Gomes

Para os anais da História da Corrupção, em Portugal

Fátima Felgueiras:

"Não há nenhum autarca tão preocupado com a lei como eu"

OSCARES DE HOLLYWOOD 2007

A ACADEMIA FEZ A VONTADE AOS CRÍTICOSE NÃO ATRIBUIU O OSCAR A "BABEL" DE UM RESLIZADOR MEXICANO - INARRUTI -E COM UM FILME QUE FOCA A VERGONHOSAREALIDADE DA FRONTEIRA EUA-MEXICO..

ÓSCARES



Scorsese finalmente melhor realizador

Martin Scorsese conseguiu finalmente o triunfo na categoria de Melhor Realizador, uma galardão que alcançou ao cabo de seis tentativas, graças à película «Entre Inimigos», uma das grandes vencedoras da noite. «Dreamgirls» e «Babel» foram os grandes derrotados.

O realizador Martin Scorsese foi o grande vencedor da 79ª edição dos Óscares de Hollywood, ao vencer a estatueta de Melhor Realizador, um galardão que conquistou ao cabo de cinco tentativas.

Scorsese conseguiu o galardão que tanto procurava com o filme «Entre Inimigos» («The Departed»), um "thriller" sangrento que se desenrola nas ruas de Boston, e que alcançou também os prémios de Melhor Filme, Melhor Argumento adaptado e Melhor Montagem.



SCORCESE já merecia ter ganho através de filmes como «Touro Enraivecido», «A Última Tentação de Cristo», «Tudo Bons Rapazes», «Gangs de Nova Iorque» e «o Aviador».

Nada surpreendente foi a atribuição do galardão da categoria para Melhor Actriz, que foi para a veterana britânica Helen Mirren, pelo seu desempenho no filme «A Rainha», onde interpretou o papel de Isabel II.



A actriz britânica de 61 anos, que já conta com mais de 40 anos de carreira, tornou-se assim numa das mais idosas actrizes a vencer este prémio, juntando-se assim Katharine Hepburn e Jessica Tandy, que também ganharam este prémio depois dos 60.

Por seu lado, Forest Whittaker assegurou também sem surpresas o prémio de Melhor Actor pelo seu desempenho em «O Último Rei da Escócia», onde interpretou o papel do ditador ugandês Idi Amin Dada.



Este actor de 45 anos, que teve de engordar 25 kilos para desempenhar este papel, tornou-se no quarto actor negro a vencer este prémio, juntando-se assim a Sidney Poitier, Denzel Washington e Jamie Foxx.

O galardão de Melhor Actor Secundário foi para Alan Arkin, de 72 anos, que assim viu a sua longa carreira ser coroada graças ao papel de um avô de uma menina seleccionada para um concurso de talento e beleza em «Uma Família à Beira de um Ataque de Nervos» («Little Miss Sunshine»).

Já a estreante actriz de 25 anos, Jennifer Hudson, garantiu o triunfo na categoria de Melhor Actriz Secundária pelo seu papel em «Dreamgirls», que acabou por ser um dos filmes derrotados desta noite dos Óscares.

«Dreamgirls» acabou por conseguir apenas mais uma estatueta, ao vencer na categoria de Melhor Mistura de Som, pouco para quem chegou a esta noite de Óscares com oito nomeações.

Esta película conseguiu mesmo a proeza de ser o filme com mais nomeações para os Óscares a falhar o prémio de Melhor Filme, categoria para a qual, de resto, este filme nem sequer tinha sido nomeado.

O outro grande derrotado acabou por ser «Babel», que vinha com sete nomeações, mas que apenas saiu do Teatro Kodak, com uma estatueta na categoria de Melhor Banda Sonora Original, atribuída ao compositor argentino Gustavo Santaolalla.

«Cartas de Iwo Jima», de Clint Eastwood, também teve uma noite para esquecer, ao também conquistar apenas um galardão, o de Melhor Montagem de Som.

Destaque ainda também para a documentário «Uma Verdade Inconveniente», cujo principal protagonista é o ex-vice-presiodente dos EUA, Al Gore, e que venceu nas categoria de Melhor Documentário e Melhor Canção Original.

«O Labirinto de Fauno», do mexicano Guillermo del Toro, esteve também em excelente ao vencer as categorias de Melhor Direcção Artística, Melhor Caracterização e Melhor Fotografia.

«Happy Feet», a história de um pinguim-imperador que dança sapateado ganhou a categoria de Melhor Filme de Animação, ao passo que «West Bank Story», um musical sobre o conflito israelo-palestino foi considerada a Melhor Curta-Metragem de Ficção.Por seu turno, «A Vida dos Outros», uma película germânica realizada por Florian Henkel von Donnersmarck, foi considerado pela Academia das Artes e Ciências Cinematográficas como o Melhor Filme Estrangeiro.

Uma referência ainda para Ennio Morricone, a quem foi atribuído o Óscar Honorário, pelas mais de cinco centenas de músicas que compôs para filmes, obras que lhe valeram a fama mundial.

Até amanhã e boa sorte!!!

Ensino.

"Uma professora primária foi esta tarde agredida pela mãe de uma aluna, com murros, pontapés e puxões de cabelo, à porta da escola onde lecciona, no bairro do Cerco, no Porto (mais aqui)."
Quem viu a reportagem televisiva no domingo claramente percebeu o precipício a que chegou a educação. Efectivamente ao ver alunos dentro da sala de aula com o capuz enfiado na cabeça não é difícil verificar como a culpa só pode ser dos professores tal como o politicamente nos obriga a assimilar. É por estas e outras que cada vez mais estamos tentados a votar no Bloco de Esquerda. A solução do país passa por eles. Indirectamente claro.

P.S. Já que estão a mexer no Código Penal que tal ajustar a tipicidade do crime de Ofensa à integridade física à nova realidade (agressões aos professores)?

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"À minha maneira".

"O casal que educa a menina Esmeralda Porto há quase cinco anos apresentou um requerimento onde pede um regime provisório para legitimar a sua guarda e admite apresentá-la às autoridades, disse esta segunda-feira fonte judicial. O requerimento foi enviado para a juíza Sílvia Pires, do Tribunal de Torres Novas, que tem o processo de regulação do poder paternal e nesse documento o casal Luís Gomes e Adelina Lagarto admite mostrar a menina à Justiça desde que lhes seja atribuído um «regime provisório de guarda» da menor, até que haja uma decisão definitiva final (mais aqui)."
Ah grande sargento. É isso mesmo. Mostre à justiça quem é que manda. Querem ver a menina então que seja feita conforme a vontade do sargento. Nem um raptor fazia melhor.

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E a criminalidade continua a descer ...

"Um rapaz de 15 anos disparou à queima-roupa sobre outro da mesma idade, matando-o. O crime, ocorrido na noite de anteontem no Vale da Amoreira, na Moita, estará relacionado com um ajuste de contas (mais aqui)."

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Love Gun

Novas do politicamente correcto.

"DIREITO DE RESPOSTA EXERCIDO PELO EXMº VICE-PRESIDENTE DO CSM FACE A ARTIGO DE OPINIÃO PUBLICADO NO DIÁRIO DE NOTICIAS, DE 19.01.2007

EXPLICAÇÃO
O “Diário de Notícias” de 19.01.2007 publicou um artigo de opinião da autoria da jornalista Fernanda Câncio, intitulado “O juiz macho e o apalpão latino”, em que são visados os juízes portugueses em geral e, em especial, o Vice-Presidente do C.S.M..Entendeu, por isso, o Vice-Presidente deste órgão, elaborar uma carta, de resposta ao dito artigo, solicitando ao Director do DN a sua publicação ao abrigo do direito de resposta.A publicação foi recusada pelo Director do jornal, conforme carta que remeteu ao Vice-Presidente do C.S.M..Face a tal recusa, e em atenção à solicitação de vários Colegas que do caso tomaram conhecimento e se sentem igualmente atingidos pelo teor do escrito da jornalista, dá-se publicidade, para conhecimento de todos os Juízes, aos três documentos.
Da publicação foi dado conhecimento ao Director do DN.

Artigo de opinião publicado no Diário de Notícias

Direito de resposta por parte do Exmº Vice-Presidente do CSM

Resposta do Director do Diário de Notícias

Resposta do Director do Diário de Notícias (cont.)

Comentário: esta é uma história exemplar do "jornalismo de causas":

- Uma jornalista do Diário de Notícias, de seu nome Fernanda Câncio, que detesta juízes, escreve uma crónica altamente desprestigiante para a magistratura, assacando-lhe atitudes e comportamentos machistas generalizados que de forma alguma correspondem à realidade, com uma parcialidade chocante (...).

- O Conselheiro Vice-Presidente do Conselho Superior da Magistratura envia ao Diário de Notícias uma resposta, para publicação nos termos legais do direito de resposta (...).

- O director do DN comunica ao respondente que a sua resposta não será publicada com argumentos completamente desprovidos de senso (...).
Antigamente, quando os jornais tinham o exclusivo da publicitação de textos, os jornalistas podiam "driblar" os cidadãos com papas e bolos, pondo ponto final a quaisquer situações a seu bel-prazer ou remetendo para as calendas qualquer resposta, inviabilizando na prática o exercício desse direito.

Actualmente, tal já não é possível: se o jornal omitir o direito de resposta, este pode ser exercido noutras sedes, designadamente em publicação na Internet, acessível universalmente.

Foi o que aconteceu neste caso; é o que irá acontecer cada vez mais no futuro.
Acabou-se a desresponsabilização social dos jornalistas ? a partir de agora, por menos que queiram, os seus textos e as respectivas respostas passam a estar acessíveis a todos os cidadãos , que assim poderão ter uma perspectiva concreta do estado a que isto chegou.

Esta pequena história podia ser um bom ponto de partida para os especialistas reflectirem sobre as causas que levam a que se vendam cada vez menos jornais, o que acontece recorrentemente com o Diário de Notícias, cuja direcção (incluindo o director que subscreveu a recusa da publicação do direito de resposta) foi recentemente demitida devido ao baixo desempenho que o jornal demonstrava

Mais aqui.

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E a cabala continua...

"O Ministério Público pediu, ontem, quatro anos e meio de prisão para Vale e Azevedo por burla qualificada no caso "Ribafria", que en volve empresários do sector da cortiça e cuja sentença será lida a 26 do próximo mês (mais aqui). "

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E a criminalidade continua a descer...

"Atacam em grupos numerosos, recorrem a facas e a armas de fogo e não hesitam em passar à agressão quando querem assaltar alguém. Trata-se, alegadamente, do denominado ‘Gang Serra City’ – como se auto-intitulou num vídeo que corre pela internet – e é suspeito de vários assaltos violentos no concelho de Sintra. Na última quinta-feira, a GNR deteve um dos elementos do grupo, depois de um assalto em Rio de Mouro. O detido já estava obrigado a apresentar-se periodicamente no posto da GNR no âmbito de um outro processo, também relacionado com roubos. É suspeito de ter participado em pelo menos dez roubos violentos na via pública, que ainda estão a ser investigados No filme disponível na internet, os elementos do grupo identificam-se como residentes na Serra das Minas, em Sintra, e exibem armas brancas. Ao som de uma música que afirma que a GNR os persegue por serem negros, o grupo de amigos não hesita em mostrar armas de fogo, peças em ouro e dinheiro. Os intervenientes no filme de vídeo têm entre os 15 e os 25 anos e já estão identificados pela GNR. Alguns deles são suspeitos de crimes registados em Sintra(mais aqui)."
Claro que a GNR persegue o grupo de amigos por serem negros e não por andarem a roubar e disparar contra as pessoas. Até porque isso no Portugal politicamente correcto dá direito a oferta de casa à borla e ao estatuto de estrela mediática.

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segunda-feira, fevereiro 26, 2007

Até amanhã e boa sorte!!!

Casas de borla II.

"Uma dezena de elementos da Associação Solidariedade Imgirante (ASI) está esta segunda-feira no bairro clandestino da Estrada Militar do Alto da Damaia, para evitar que sejam demolidas duas das nove habitações que a Câmara Municipal da Amadora prevê deitar abaixo. Rita Silva, da ASI, em declarações à TSF, contesta a actuação da autarquia e defende o “direito à habitação” afirmando que a Câmara “não dá qualquer apoio a estas pessoas”. A casa de José António, 40 anos, residente no bairro há mais de três, é uma das nove habitações que a Câmara prevê demolir hoje, segundo disse à imprensa um responsável da autarquia que está a fiscalizar o processo.De acordo com o fiscal das demolições, são demolidas as casas que estão vazias ou aquelas onde as pessoas não estão inscritas no Plano Especial de Realojamento (PER) (mais aqui)."
Está na altura de dizerem a esses senhores e senhoras que o facto de acabarem de chagar de África e construírem uma barraca não lhes dá o direito a receberem uma casa nova. Pelo menos com os impostos vilmente sugados aos portugueses cada vez mais pobres. Se estes senhores dessas associações querem dar casas, que avancem eles com a massa, porque pagar impostos e casa própria ao mesmo tempo para oferecer outras a oportunistas em nome do politicamente correcto já começa a cheirar mal. E ainda mais quando os portugueses carenciados não têm o mesmo tratamento.

Assim vai o Portugal faz de conta.

"Desceu o número de trabalhadores a descontar para a Segurança Social. Segundo os últimos dados do Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, em Outubro do último ano estavam inscritas como pessoas singulares na Segurança Social com remuneração declarada e contribuições pagas 3 418 701. Um valor que representa uma queda de mais de cem mil pessoas face a Janeiro do mesmo ano quando estavam inscritas 3 526 180 pessoas. A redução coincide com um aumento sem precedentes dos trabalhadores portugueses inscritos na Segurança Social espanhola. Nos últimos 12 meses foi de 35 por cento a taxa de crescimento dos trabalhadores nacionais inscritos em Espanha. Em Janeiro deste ano, estavam registados 72 349, enquanto em Janeiro de 2006 o total era de 53 538. Em Janeiro de 2004, os portugueses inscritos na Segurança Social do país vizinho eram apenas 42 530 (mais aqui)."
Sócrates prometeu criar 150.000 postos de trabalho e está quase a cumprir. Afinal ele não mencionou em que país eram criados. Quanto ao não descontarem para a segurança social, o problema fica resolvido com mais uma enchente de imigração clandestina a quem vão oferecer casas de borla pagas com os impostos dos poucos portugueses que trabalham no país e descontam. Mas nem tudo é mau. O governo pode afirmar que o número de empregado diminuiu.

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Governação.

"No mesmo dia em que se reuniu com um "preocupado" José Sócrates para analisar a escalada de protestos contra o encerramento de serviços hospitalares de urgência a nível nacional, o ministro da Saúde, Correia de Campos, fechou negociações para a celebração de protocolos com os presidentes de seis municípios afectados. O protocolo, ontem assinado em Lisboa, deixou os seis autarcas "muito satisfeitos", conforme confessaram aos jornalistas. E parecem ter boas razões para isso: não só as urgências não encerram em Cantanhede, Espinho, Fafe, Macedo de Cavaleiros, Montijo e Santo Tirso como o Ministério da Saúde acaba de dar ainda mais garantias do que os autarcas esperavam à partida: além de se manterem as urgências, ampliam-se os horários de funcionamento dos centros de saúde e colocam-se viaturas especializadas em atendimento urgente à disposição dos municípios (mais aqui)."
O problema que aqui se põe é simples: como é que estes serviços de urgência já não vão fechar como ainda conseguem ver os seus serviços ampliados? De repente essas urgências hospitalares e esses centros de saúde começaram a atender mais de 25 e dez pessoas por noite? De tal forma que foi necessário ampliar os seus serviços? Que estudos foram feitos?

No entanto outra questão mais grave se coloca no seguimento deste tipo de governação: que raio de cidadãos tem este país que ratificam em alta esta política governamental caracterizada pelo aumento dos impostos e do custo de vida e de muita marcha-atrás? Como pode ser colocado Sócrates nos pícaros? Será somente defeito de sondagens ou más influências dos “opinion maker” do regime?

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O habitual populismo bloquista.

"Baseando-se nos dados do Instituto Nacional de Estatística, que apontam para a "maior taxa de desemprego dos últimos 20 anos", o BE lançou um desafio ao primeiro-ministro: escolher o desemprego e o desenvolvimento económico como tema central do próximo debate mensal na Assembleia da República, agendado para a próxima semana (mais aqui)."
Ora aqui uma boa ideia que peca por ser simplesmente mediática. Com o envelope 9 e os voos da CIA foram criadas comissões parlamentares para investigar. Evidentemente que a resposta será que o envelope 9 e os voos da CIA afectam mais os portugueses que o desemprego.

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Números.

1/ "Em declarações à 'Rádio Renascença', o ministro disse que pela primeira vez nos últimos dez anos o número de processos pendentes em tribunal diminuiu, com uma descida de 0,4 por cento num universo de 1,7 milhões existentes. O Governo divulgou esta segunda-feira no Centro Cultural de Belém os benefícios surgidos com a alteração do regime jurídico das férias judiciais, que entrou em vigor no Verão passado. "Vivo com a realidade dos tribunais e não com a frieza dos números", disse o dirigente sindical Fernando Jorge afirmando que a falta de funcionários continua a fazer com que os tribunais estejam "saturados". Também Rogério Alves, o bastonário da Ordem dos Advogados, se mostrou surpreendido e referiu que "não há justificação" para a diminuição anunciada por Alberto Costa (mais aqui)."
As férias judiciais são aproveitadas pelos juízes para despachar os processos mais complexos. Evidentemente que o facto de se despacharem mais processos não é sinonimo de mais trabalho. É que existe sempre a possibilidade dos processos mais difíceis se arrastarem ainda mais tempo.

2/ "Segundo o Ministério, «o número de processos findos, durante os meses d e Julho, Agosto e Setembro de 2006, foi de 128.445, o que representa uma subida de 57,3 por cento». Em 2005, quando ainda estava em vigor o antigo regime de férias judiciais, «o número de processos findos durante Julho, Agosto e Setembro foi de 81.654».

Significa isto que os tribunais sempre trabalhavam nas férias judicias. Certo?

É sabido que os números e as estatísticas são fáceis de manobrar e de moldar de acordo com a vontade. Brevemente vão aparecer os números referentes à saúde, demonstrando a diminuição do tempo de espera, das filas de espera à porta dos Centros de Saúde, etc. E esta última até nem é difícil. Os centros estão todos a fechar…

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Save me.

Os políticos, a natalidade e o aborto.

"A Federação Portuguesa pela Vida, que congregou os movimentos pelo ‘não’ no referendo da interrupção da gravidez, reclamou ontem que o Governo gaste, por cada aborto, o mesmo e mais um euro no apoio à maternidade (mais aqui)."
Se os nossos “representantes” políticos fossem outros, seria criada uma comissão parlamentar para informar ao país as razões que levaram o governo a fechar a maternidade de Elvas e a abrir uma “abortadeira”. São coisas que muitos portugueses, os mais “antiquados”, gostariam de compreender.

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Casas de borla.

"Cerca de um milhar de pessoas participaram esta tarde numa manifestação em Lisboa, exigindo ao Governo que tome «com urgência» medidas legislativas e políticas que garantam o direito à habitação previsto na Constituição, noticia a Lusa. Inquirido sobre o facto do problema da habitação estar directamente ligado com a questão da imigração, Carlos Lopes respondeu de forma afirmativa. «É engraçado porque o Governo acaba por admitir que os imigrantes são importantes para o equilíbrio demográfico em Portugal, mas não basta só admitir, há que fazer também», exclamou.

Entre as perto de mil pessoas encontrava-se a bastonária da Ordem dos Arquitectos, Helena Roseta, que defendeu medidas semelhantes às tomadas nos restantes países da Europa. Falando em nome da Ordem dos Arquitectos, frisou que «o que é preciso é recuperar os prédios devolutos e não, criar bairros sociais
».

Parece que os do costume têm saudade da Reforma Agrária. Não faz mal. Estão cá os otários espoliados pelos empréstimos bancários da compra de casa e, ao mesmo tempo, financiadores de casas à borla para imigrantes graças aos impostos sugados. Sinais de um país acabadinho de entrar no século XXI graças ao “SIM” ao aborto.

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Descontentes com tamanho do pénis

"Há muitos homens portugueses insatisfeitos com o tamanho do órgão sexual, existindo quem o julgue demasiado pequeno, como há também quem se queixe de o ter grande demais (mais aqui e aqui)."
É o nosso caso que, ainda ontem sem querer, o pisámos. E ainda dói…

domingo, fevereiro 25, 2007

Que vergonha !!!

...E todos, todos se vão...

Com pedido de desculpas a Pézinhos n'areia

PORTUGAL AO FIM-DE-SEMANA

"A mais recente vaga de emigrantes portugueses em Espanha a trabalhar na construção civil opta por deixar a família em Portugal e por vir ao País de origem aos fins-de-semana. Entre sexta-feira e a madrugada de segunda-feira circulam centenas de quilómetros em carrinhas de nove lugares. O cansaço de uma semana de trabalho e a falta de horas de sono semeiam a tragédia nas estradas. Em Dezembro último, um destes acidentes, perto de Salamanca, resultou na morte de dois homens que trabalhavam na construção civil no País Basco e residiam no concelho de Cinfães, no Vale do Douro. Esta é uma das regiões de onde cada vez mais portugueses saem para procurar melhores condições de vida no país vizinho. Também no concelho de Paredes muitos dos homens ligados à indústria de móveis partiram. "
Antes era a guerra, o regime de Salazar e Caetano e em tempos a miséria antes e na I República e agora as culpas vão para a globalização, segundo o douto PR e o Engenheiro PM, sugiro que se procurem os culpados.
O criminoso está quase sempre perto do local do crime, é uma boa regra de investigação quando se trata de assassinato, no caso, de um país.

Alfacinhas, inspecção de canalizações (de gás), JÁ !

Doze pessoas ficaram desalojadas após uma explosão num prédio habitacional em Carnaxide, este sábado, provocado por uma reparação a uma instalação de gás no rés-do-chão. A autarquia de Oeiras já se disponibilizou para ajudar com alojamento provisório.

TSF Online

A propósito da explosão referida na notícia, e de outras notícias anteriores, a reconversão de gás de cidade para gás natural, em Lisboa, pode ter sido um "mau negócio", e comporta riscos de segurança.

Aqui fica a opinião de um "perito" na matéria:

O gás de cidade de Lisboa era abastecido essencialmente em canalizações de chumbo com juntas de vedação húmidas, tal como é recomendado para um gás com elevado teor de humidade. Acontece que o gás natural é um gás seco, o que, forçosamente, conduz à secagem das juntas e à subsequente falha na vedação. A coisa demora algum tempo, mas acaba sempre mal.

O estilo e a condescendência pelas diatribes de um homem que é ministro da saúde do sítio. Ex post facto…


Até o número de mortes por acidente de viação baixou, nos primeiros onze meses de 2005. Para isso terá contribuído o aumento do preço do combustível."
"Este ministro é mesmo assim: tem um estilo que por vezes é descontraído de mais"...

"A instalação de unidades rápidas de suporte intermédio de vida [naqueles concelhos] não é prioritária", disse Correia de Campos. Logo após dois indivíduos em Odemira terem falecido por falta de atendimento em tempo útil. Por insistência de Sócrates, o titular da Saúde acabou por anunciar quatro novos serviços de urgência básica no interior do Alentejo. Isto porque, como disse então, os alentejanos "afinal não são cidadãos de segunda". (...)

Num dia, Correia de Campos anunciou um inquérito às circunstâncias em que um homem atropelado em Odemira demorou quase sete horas a ser evacuado para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, onde faleceu três dias depois. No dia seguinte, mandou travar a investigação. "Não faço inquéritos por demagogia", justificou na Assembleia da República. (...)
O comboio e as lembranças do leninismo? Digo eu...
"O maquinista, quando muito, serei eu. Os senhores são passageiros que representam os cidadãos", sublinhou o titular da Saúde aos deputados do seu partido, falando nas jornadas parlamentares do PS, realizadas em Óbidos. A declaração foi mal recebida por vários deputados.

o peculiar estilo de Correia de Campos voltou a estar em foco. Por exemplo, na passada terça-feira, ao acusar milhares de manifestantes reunidos em Chaves de "perturbarem a ordem pública e a livre circulação dos cidadãos." Uma frase muito semelhante à que proferira dias antes, contra protestos idênticos realizados em Valença - um município de maioria socialista.
"Também na gestão deste problema o ministro tem parecido por vezes um pouco "descontraído de mais".
Dizem eles... na sua grande condescendência como se se tratasse de um doente, com problemas naquele sítio do cérebro na região mais profunda do lobo frontal, onde se supõe morar a alma, ou de um menino mal educado...
Lapsus linguae ou lapsus memorie?

Para os Pézinhos n'areia

Testículos.

"A cantora luso-canadiana Nelly Furtado expulsou o ex-futebolista Paul Gascoigne de uma festa em que comemorava o final da primeira parte de sua digressão (mais aqui)."
Jardim poderá ter razão em relação a muitos homens portugueses. Mas às mulheres não.

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Em Roma, sê romano

"A alegoria é demasiado forte para ser ignorada. Da BBC às cadeias egípcias, todos salientam a parecença do destino de Prodi e de Caio Júlio César. “Tu também, meu filho?”, poderia ter sido lançado pelo derrubado PM italiano ao chefe do neocomunismo local. Na verdade, todos os que alertavam Romano Prodi para uma possível facada nas costas (ainda antes dos Idos de Março), pareciam ter razão.

A coligação que destronou à justa o imperador Berlusconi, parecia, convenhamos, um albergue espanhol. Todos eram bem-vindos se trouxessem algo (votos), mas o único cimento de união acabava por ser o desejo de mudar de rumo, de mudar de vida, de mudar de cara do leme.

Chegadas ao poder, as várias famílias decidiram definir-se, apelar aos seus eleitorados, pregar partidas, pregar rasteiras, colocar uma pitada de voos CIA, outra de política afegã e iraquiana, misturar com doses de maximalismo e chauvinismo e servir gelado.

Romano foi demasiado pródigo, no início, e é agora um exemplo draconiano: nada de concessões (em princípio). No meio da tormenta, a Itália desespera, Silvio esfrega as mãos e os melhores governantes (putativos) continuam a ser aqueles que não querem nada com a “porca da política
”.

Nuno Rogeiro

O agente encoberto

"Os serviços de informações servem para defender o Estado de Direito e devem dispor dos meios necessários para o efeito. Foi publicada, no dia 19, uma nova lei orgânica dos serviços de informações. Talvez o n.º 1 do artigo 12.º seja a mais relevante das normas que a compõem: “Por motivos de conveniência de serviço e de segurança, aos funcionários e agentes do SIED e do SIS, a exercer funções em departamentos operacionais, podem ser codificadas as respectivas identidade e categoria e pode prever-se a emissão de documentos legais de identidade alternativa ”

Esta norma permite, de modo implícito, que os serviços de informações pratiquem “acções encobertas” para prosseguirem as suas finalidades. Ora, tal disposição rompe com a nossa tradição recente que, desde 1984, se orientou para uma definição negativa de competências. O legislador tem proclamado que os serviços não podem violar direitos nem dedicar-se à investigação criminal, mas não costuma definir, pela positiva, as suas capacidades de actuação.

A mudança de orientação é de louvar, porque representa o abandono de uma concepção equivocada. É corrente a ideia de que nunca se deve falar sobre informações. Porém, se as acções concretas dos serviços não podem ser publicitadas, o princípio democrático exige, pelo contrário, que os limites à sua actuação, competências e formas de fiscalização e de tutela sejam de todos conhecidos.

Por outro lado, a nova orientação reconhece que os serviços de informações servem para defender o Estado de Direito e, por conseguinte, devem dispor dos meios necessários para o efeito – incluindo os legais. Sem isso, correm o risco de actuar sem a indispensável cobertura legal ou, em alternativa, de cair na inércia, limitando-se, de acordo com uma caricatura injusta, a ler os jornais e a consultar a internet.

Numa leitura apressada, este regime parece contradizer uma lei de 2001, que confia, em exclusivo, as acções encobertas à Polícia Judiciária, exigindo sempre a anuência das autoridades judiciárias e a observância de princípios de necessidade, adequação e proporcionalidade. Neste quadro, os ilícitos criminais praticados pelo agente encoberto (que nunca pode funcionar como provocador) não são puníveis e as provas obtidas podem ser utilizadas no processo.

Mas não há contradição alguma. Os serviços de informações não tratam da prevenção ou da investigação criminal nem da recolha de provas. As suas “acções encobertas” destinam-se a prevenir actividades contra a segurança interna ou a defesa nacional. E os seus agentes não beneficiam de uma cláusula geral de impunibilidade, embora os ilícitos criminais que pratiquem possam ser justificados, nos termos gerais, por legítima defesa ou direito de necessidade
. "

Rui Pereira

Os ‘leveraged buy outs’ dos pequeninos

"A subida da bolsa portuguesa no ano passado – o melhor ano do PSI-20 em nove anos – levou muitos investidores a fazer contas e a concluirem que valia a pena pedir dinheiro emprestado para investir em acções. Pelo menos, ao contrário do crédito para o DVD ou para umas férias na Tailândia, é um investimento que tem trazido retorno. Como é evidente, é uma aposta de risco, em que são elevadas as probabilidades de se perder o que não se tem. Mas não deixa de ser um investimento racional, alavancado no ainda relativamente baixo nível das taxas de juro. De resto, o racional dos pequenos investidores é precisamente o mesmo do dos grandes. A táctica dos fundos de ‘private equity’ é precisamente essa, e os chamados ‘leveraged buy outs’ estão cada vez mais em moda. Os exemplos são, aliás, bem próximos. No fundo, foi precisamente essa arma da compra a crédito que a Sonaecom decidiu utilizar para se atirar de cabeça à Portugal Telecom. Assim, quando os grandes dão o exemplo, não é fácil aos pequenos resistirem às promessas do lucro fácil e sem custo. "

Pedro Marques Pereira com Hermínia Saraiva e Francisco Teixeira

sábado, fevereiro 24, 2007

Blind Eyes

Mera distracção por certo...

"De cada vez que se prevê nova subida dos juros, o mercado bancário apressa-se a subir a taxa cobrada às famílias com crédito à habitação, mas não aumenta da mesma forma os juros pagos aos clientes pelos seus depósitos. É comum dizer que a subida dos juros prejudica quem contrai empréstimos e beneficia quem tem depósitos, mas o certo é que isso não acontece na mesma medida em Portugal, em 2006, o benefício ficou muito aquém do prejuízo (mais aqui)."

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Modernismo “compreendido”.

"Os dados do último barómetro publicados ontem no DN vieram confirmar o que já se sabia. PS, Governo e José Sócrates estão no auge da popularidade. Se as eleições fossem hoje, o Partido Socialista ganharia com 47% dos votos.Este é o valor mais elevado registado desde as eleições de Fevereiro de 2005.

Normalmente, a popularidade costuma estar associada a resultados económicos positivos. Sendo a economia o assunto mais determinante para o bem-estar social, só quando os governos conseguem produzir crescimento, baixar a inflação ou reduzir o desemprego é que costumam ser vistos com bons olhos. A grande novidade em Portugal é que o Executivo ascende a níveis cada vez mais impressionantes de aprovação, sem que o panorama económico dê mostras de melhorar. Pelo contrário.

No mais recente ranking da UE, Portugal encontra-se já confortavelmente entre o grupo dos países mais pobres que aderiram à União Europeia em 2004, em termos de PIB per capita. E os mais recentes dados publicados sobre a economia portuguesa não contrariam esta tendência. Tanto o investimento como o consumo registaram quebras importantes nos últimos dois meses. O nível de desemprego continua a subir
(mais aqui).

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Modernismo incompreendido.

"As pessoas manifestaram-se na rua em vários pontos do país e o Governo percebeu e foi obrigado a recuar. Teve medo das manifestações de rua, teve medo da contestação que um pouco por todo o lado surgia» disse Marques Mendes aos jornalistas, durante uma visita a Pampilhosa da Serra (mais aqui). "
O povo, apesar de votar favoravelmente, não compreende a modernidade de trocar as urgências por clínicas de aborto. Sinais que o país ainda não se adaptou ao tão necessário modernismo da esquerda politicamente correcta.

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«Sócrates estaria no olho da rua»

"Em qualquer país normal em que o primeiro-ministro tivesse mentido aos portugueses como mentiu aqui, estava no olho da rua. Veja como em situação semelhante, ocorrida na Hungria, o sarilho que tem sido só pelo primeiro-ministro ter admitido que também mentiu aos húngaros. O senhor Pinto de Sousa, conhecido por engenheiro Sócrates, tem aquela acutilância e aquela força toda quando vai ao Parlamento, porque ainda ninguém lhe fez frente. A partir do dia em que alguns deputados comecem a atirar-se a ele, toda a gente vai perceber que não passa de um tigre de papel»

Alberto João Jardim em entrevista publicada neste sábado pelo jornal Expresso
(mais aqui).

Quem sabe se o Sr. João não tem uma certa razão…

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PGR

"O Procurador-Geral da República (PGR), Pinto Monteiro, afirmou este sábado que “não há ainda em Portugal uma consciência ética forte que censure a corrupção”, referindo-se a um estudo segundo o qual “os portugueses são permissivos (mais aqui)".
Alguém dizia que o antigo PGR era muito mediático …

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Lithium

www.carloscoelho.eu


"2.000 kms de distância…

Bruxelas e Estrasburgo tão longe de Lisboa.

Pouca informação e menor esclarecimento. Hoje em dia, constatar e reclamar do afastamento entre os cidadãos e a construção europeia tornou-se quase um lugar-comum.

Com efeito, temos de reconhecer que a informação é escassa e, muita da que existe, excessivamente técnica e dirigida para especialistas.

Durante a campanha eleitoral prometi em todos os locais onde estive, contribuir para colmatar esta distância e aproximar a Europa dos cidadãos portugueses.

Com a Carta da Europa, o Dicionário de termos europeus, a Europa em directo e outros instrumentos de informação procurei fazê-lo para dirigentes políticos, líderes de opinião, personalidades diversas e órgãos de comunicação social.

Desde 2001, procurei com o site www.carloscoelho.eu dirigir-me a todos os cidadãos sem excepção. Porque com a criação da cidadania europeia, os portugueses são hoje, também, cidadãos europeus. Mas a verdade é que não há exercício da cidadania sem participação e não pode haver participação quando não há informação.

A Europa foi e é, para muitos portugueses, o desafio de uma geração. Mas a Europa é uma enorme democracia com órgãos próprios e onde temos de fazer valer a nossa influência: onde temos de participar.

Para além do seu intuito genuinamente pedagógico, este site também é o lugar indicado para prestar contas do que faço para honrar o meu mandato, defendendo o nosso País e ajudando a construir a Europa em que acredito.

Espero a vossa crítica e o vosso conselho. Tentarei responder a todas as vossas questões.

Não hesitem em contactar-me pelo mail@carloscoelho.eu"
(Deputado - PPD/PSD - ao Parlamento Europeu)
Foi Presidente da Comissão Temporária sobre alegada utilização pela CIA de países europeus para o transporte e a detenção ilegal de prisioneiros.

Agora é com o "Senhor Silva" (PR) !!!!!!

O Presidente da República decidiu convocar todos os partidos políticos representados na assembleia regional da Madeira, na sequência da demissão de Alberto João Jardim.

VPV

"Jardim perdeu a esperança em Lisboa e precisa de uma legitimidade esmagadora para uma operação de outro calibre: a de renegociar os termos da autonomia. Não prepara uma manobra táctica, prepara um terramoto."
Vasco Pulido Valente
PÚBLICO, Fevereiro 23, 2007

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Balada de Outono.



"Águas e pedras do rio
Meu sono vazio
Não vão acordar
Águas das fontes calai
Ó ribeiras chorai
Que eu não volto a cantar

Rios que vão dar ao mar
Deixem meus olhos secar
Águas das fontes calai
Ó ribeiras chorai
Que eu não volto a cantar

Águas do rio correndo
Poentes morrendo
P'ras bandas do mar
Águas das fontes calai
Ó ribeiras chorai
Que eu não volto a cantar

Rios que vão dar ao mar
Deixem meus olhos secar
Águas das fontes calai
Ó ribeiras chorai
Que eu não volto a cantar"

Zeca Afonso

Até amanhã e boa sorte!!!

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Tarifas eléctricas agravadas com nova taxa da água.

"As tarifas eléctricas vão ser sobrecarregadas com um novo custo que se vem juntar à já longa lista de custos de interesse económico que penalizam o consumidor final, como é o caso das energias renováveis, cogeração, rendas com municípios ou a harmonização tarifária entre o continente e as regiões autónomas (mais aqui)."
Agora que alguém “descobriu” que os portugueses têm maior poder de compra…

Despedidas por estarem grávidas.

"São cada vez mais as grávidas ou recém-mamãs a sofrer discriminação no mercado de trabalho. De ano para ano, a Inspecção-Geral do Trabalho (IGT) tem instaurado mais processos de contra-ordenação e os autos de advertência aos empregadores são sempre mais do que muitos (mais aqui)."
Claro que num país moderno como o nosso é mais importante o aborto…

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l Gore diz que a Humanidade está a tempo de salvar o planeta.

"Os automóveis estacionados junto ao Museu da Electricidade, em Lisboa, durante a conferência de Al Gore sobre a acção do Homem nos desvarios climáticos da Terra, transmitiam a imagem de dois tipos de convidados em maior número, aqueles que o ex-vicepresidente dos EUA mais pretende sensibilizar, com os seus veículos de alta cilindrada e, portanto, emissores de elevados níveis de dióxido de carbono (CO2). Em expressão escassa, os carros de reduzido consumo ou já híbridos, de quem optou por poluir menos (mais aqui)."
“Temos inveja” do Zé da Avô que consegue ler os jornais enquanto está na bicha da A5 para Lisboa. Mas agora que Al Gore conseguiu sensibilizar a humanidade, as bichas vão acabar. Brevemente vão acabar a CRIL, fazer a alternativa ao IC19, etc, etc.

Ok ok. Vamos já acordar …

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Obrigada, Zeca !


Pelo Expresso Multimedia.
20 anos depois da morte de Zeca Afonso.

A whiter shade of pale

Fátimas.

"Fátima’ apoia o sargento mais conhecido do País. O programa matinal da SIC está a exibir um ‘separador’ com a imagem do pai afectivo de Esmeralda e uma declaração do militar preso (mais aqui)"
Brevemente o lobby vai arrastar o Portugal profundo para peregrinações a Fátima no intuito do divino libertar o sargento da cabala que é vítima pelo tribunal. Não vamos dizer que temos pena desta gente que assina de cruz e de pois morrem de susto com a ameaça de pagamento do dano.

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Sondagens.

"O dia 11 de Fevereiro, que deu a vitória ao "sim" no referendo sobre a despenalização da interrupção voluntária da gravidez ditou o ritmo do Barómetro da Marktest para o DN e TSF do corrente mês. Os socialistas, que se bateram pela alteração ao Código Penal no que diz respeito ao aborto, conseguem reforçar a maioria absoluta, passando dos 43% nas intenções de voto obtidas no primeiro mês do ano para os 47%, mais dois pontos do que obtiveram nas legislativas de 2005. Curiosamente, é o eleitorado masculino o mais rendido ao partido de José Sócrates, por comparação com o feminino. O secretário-geral dos socialistas e primeiro-ministro - que foi considerado pelos opinion makers como o grande vencedor do referendo, devido ao seu empenho na causa - consegue mesmo a proeza de duplicar a subida do PS no índice de popularidade dos líderes, ao arrecadar mais oito pontos percentuais (ver texto abaixo) na consideração dos portugueses auscultados (mais aqui)."
Portugal é governando pelos “opinion makers “ e pelas sondagens. Sócrates pode descansar.

Poder de compra.

"O poder de compra dos portugueses aumentou em 2006 face aos parceiros comunitários, segundo os dados do Banco de Portugal relativos à evolução da taxa de câmbio real (mais aqui). "

Portugal "moderno".

"Uma ourivesaria de Valpaços foi assaltada à mão armada por três indivíduos encapuzados , ao meio-dia de ontem. Enquanto um dos três assaltantes disparava para o ar tiros de revólver, para afugentar os comerciantes vizinhos, os outros dois entraram no estabelecimento, ameaçando a proprietária com uma arma (mais aqui)".

Quem queira ver o assalto basta dirigir-se ao vídeo clube e alugar um filme do Farwest. Insistimos. É o Portugal “moderno”.

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Portugal moderno.

"O segundo caso provável da chamada variante da doença de Creutzfeldt-Jacob, relacionada com o consumo de carne de vaca contaminada com a BSE (sigla em inglês para a encefalopatia espongiforme bovina), fez levantar um coro de críticas por Portugal não ter tomado, na década de 90, medidas de prevenção (mais aqui) ."

Há que respeitar...

"Um ferido grave e dois ligeiros foram o resultado de uma desordem ocorrida esta quinta-feira no Casino da Figueira, ocasionada por uma discussão, confirmou à agência Lusa fonte da PSP. O incidente aconteceu numa das salas de Jogo do Casino da Figueira, quando dois indivíduos de etnia cigana, utilizadores daquele espaço, se desentenderam e um deles, recorrendo a uma arma branca, agrediu o outro. Um funcionário da empresa, ao aperceber-se da situação, tentou restabelecer a ordem e acabou por ser ferido."
Há que proteger certas “espécies em extinção” neste Portugal “moderno”.

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Dedicado a Pézinhos n' Areia.

Dedicado a Smeagol


"Saving Private Ryan"
Samuel Barber's Adagio for Strings (music)

Até amanhã e boa sorte!!!

Machos destes já não existem.

"Um trabalhador da construção civil, de 30 anos, foi detido no Tribunal de Castelo Branco, depois de ter confessado que mantinha uma relação amorosa com a enteada, de 14 anos, que está grávida. A rapariga confirmou os abusos sexuais que eram do conhecimento da mãe (mais aqui)."

Justiça.

"No labirinto de processos e decisões judiciais que enformam o caso de E., a menina que aos três meses de idade, em Maio de 2002, foi entregue pela mãe biológica ao casal Adelina Lagarto/Luís Gomes e que o pai biológico, Baltazar Nunes, disputa com o casal nos tribunais, surgiu uma nova viragem. O Tribunal da Relação de Coimbra, em acórdão de ontem, indeferiu o recurso do sargento Luís Gomes no sentido de lhe ser anulada a prisão preventiva imposta pelo Tribunal de Torres Novas desde 12 de Dezembro de 2006. O acórdão contraria o parecer do procurador do Ministério Público junto da Relação, que defendeu que a prisão preventiva não fazia sentido neste caso, por não se configurar nenhum dos dois pressupostos (perigo de fuga e continuação da actividade criminosa) e que qualificou o sargento como "um bom samaritano" por ter acolhido E. e cuidado dela como sua filha, e por ter iniciado o processo de adopção da menina (mais aqui)."
A notícia releva que o MP considerou que não existe “continuação da actividade criminosa”. A validade desse requisito implica a entrega da miúda raptada ao pai biológico conforme a decisão judicial. Como tal não aconteceu, não é preciso tirar um curso de direito para se concluir que os argumentos do MP não tinham pernas para andar. Tal como o “habeas corpus” intentado por um especialista em direito. Acresce que todo o mundo afirma que a criança está a ser bem tratada. Não conseguimos encontrar qualquer base de sustentação a essa teoria dado que a miúda vive como um fugitiva e ninguém sabe nada dela. Como a juíza disse com toda a propriedade” Nem sabemos sequer se ela está viva" (ler aqui). Mas fica bem defender-se o que não se sabe só porque é moda.

Ler o Acórdão aqui

Visibilidade social da justiça e deveres estatutários dos juízes

"Comunicado da Direcção Nacional

A visibilidade social da justiça e os deveres estatutários dos juízes

As questões da visibilidade social da justiça e do dever de reserva dos juízes, de reconhecida importância, entraram recentemente na ordem do dia com notoriedade acrescida.

A Direcção Nacional da ASJP absteve-se de intervir publicamente, até ao momento, por considerar que a proximidade dos casos concretos e pontuais poderia prejudicar a objectividade necessária para essa discussão.

Impõe-se, no entanto, sem entrar nos casos concretos, tornar públicos os princípios que, no entender da Direcção Nacional da ASJP, devem nortear a discussão daquelas questões:

1) Numa sociedade democrática, plural e transparente, a legitimação da justiça passa pela sua sujeição à lei e aos mecanismos internos próprios de controlo das decisões, mas também, necessariamente, por uma maior abertura à crítica pública e ao escrutínio dos cidadãos;

2) Nesse âmbito, para que o direito de opinião se possa exercer de forma esclarecida e responsável, é essencial que a sociedade, através da comunicação social, conheça a actividade dos tribunais e tenha acesso às decisões judiciais que nos termos da lei possam ser publicitadas;

3) Procurando contribuir para esse objectivo, a ASJP tem vindo a realizar encontros de trabalho com jornalistas da área da justiça, passou a disponibilizar o seu site para a divulgação da actividade e das decisões dos tribunais que suscitem interesse público e está a elaborar um documento visando facilitar o relacionamento dos tribunais e dos juízes com a comunicação social e com a sociedade;

4) Para a visibilidade social da justiça é igualmente desejável uma maior intervenção cívica dos juízes nos assuntos da cidadania, devendo naturalmente essa intervenção ser exercida nos limites dos seus deveres estatutários, nomeadamente da ética, da deontologia e da reserva;

5) As limitações postas pelo dever de reserva à liberdade de expressão dos juízes, que os impede de tomar a iniciativa de fazer declarações ou comentários sobre processos, têm de ser compreendidas atenta a especial função que exercem e para que a emotividade e ligeireza próprias da discussão mediática não se confundam com a racionalidade e fundamentação exigíveis no julgamento;

Tendo em conta estes princípios, a Direcção Nacional da ASJP:

a) Reitera a sua disponibilidade para contribuir activamente para o esclarecimento público sobre a actividade e as decisões dos tribunais e compromete-se a divulgar um manual de boas práticas, com um conjunto de regras indicativas, visando promover um melhor relacionamento entre os tribunais, os juízes, a comunicação social e a sociedade;

b) Interpela o Conselho Superior da Magistratura, enquanto órgão constitucional de governo do poder judicial, a assumir um papel institucional mais preponderante na divulgação pública da actividade e das decisões dos tribunais e a elaborar e divulgar um código de regras interpretativas e uniformizadoras dos deveres estatutários dos juízes, nomeadamente os relacionados com a ética, a deontologia e o dever de reserva;

c) Considera desejável que a intervenção dos juízes na vida pública se paute sempre por critérios de cuidadosa e responsável observância dos deveres estatutários da ética, da deontologia e da reserva
"

Associação sindical dos juízes portugueses.

Forever And One

Uma boa ideia.

"O CDS/PP ressuscitou ontem a sua antiga proposta, apresentada em 2003 por Paulo Portas, no sentido de a idade da imputabilidade criminal ser reduzida dos 16 para os 14 anos. "É difícil sustentar que um jovem de 14 anos não atingiu, ainda, a idade prudente para distinguir o bem do mal, e ser responsável dos seus actos, quando a esmagadora maioria sabe, afirma e até usa esse facto", frisou o deputado centrista, lembrando que, "enquanto entre nós a inimputablidade se mantém nos 16 anos, a Inglaterra optou pelos 10; a Holanda e a Grécia pelos 12; a França pelos 13; a Alemanha e a Itália pelos 14; e os países escandinavos pelos 15 (mais aqui)."

Como lucrar.

"Exigir valores mínimos para a abertura de uma conta à ordem ou aplicar-lhe custos de manutenção superiores aos permitidos por lei são práticas recorrentes na banca portuguesa, de acordo com um estudo a nove bancos, efectuado pela revista Dinheiros & Direitos de Março/Abril, da Deco (mais aqui). "

Falta de senso.

"O Ministério da Defesa do Reino Unido confirmou hoje que o príncipe Harry, filho mais novo do príncipe Carlos e da princesa Diana, irá para o Iraque (mais aqui). "

A criminalidade contina a diminuir.

"Olhar à volta quando se vai utilizar uma caixa multi-banco é uma medida de segurança elementar. Ainda mais agora, com o surgimento de um novo tipo de ataque realizado por dois pedintes menores: enquanto um distrai o cliente o outro furta o dinheiro da máquina (mais aqui)."

O aborto mínimo garantido.

"Na lei alemã, o aborto sendo livre não é gratuito. Na Alemanha, o preço do aborto varia com os rendimentos da pessoa. No seu discurso de vitória no referendo, José Sócrates declarou que a nova lei da IVG deveria incorporar “as boas práticas das leis europeias que já existem”. Nos dias seguintes, o PS revelou algumas divisões sobre o que seriam as tais “boas práticas”, mas também admiração pela lei alemã. E em que consiste a lei alemã? Em primeiro lugar, a lei alemã impõe “consulta médica obrigatória”. Até aqui nada de empolgante. Parece óbvio a qualquer cabeça, que sendo a IVG um acto médico complexo, seja necessário ser antecedido por consultas médicas. Pacífico, portanto.

Em segundo lugar, a lei alemã prevê a obrigatoriedade de “aconselhamento”. Alguém terá de ter a responsabilidade de “explicar” à mulher o que ela vai fazer, e dizer-lhe quais são as consequências e as alternativas. É claro que este ponto não é cem por cento pacífico. É neste “aconselhamento” que podem ser feitas “pressões sobre a mulher”. É óbvio que existe algum fundo de verdade nisto, mas se a lei for suave, e não se encher de burocracias e de “opiniões relevantes”, e mais um sem número de trapalhadas, então pode ser uma “boa prática”. Se existir apenas uma pessoa, no máximo duas, que fazem o aconselhamento, e se estiverem bem definidos os seus limites, é possível.

O terceiro requisito é que exista “um período de reflexão”, de 3 dias, que pode ser encurtado para apenas um caso a mulher já esteja na 10ª semana de gravidez. Parece-me pacífico. Feitas as consultas e recebido o “aconselhamento”, não é difícil esperar três dias para pensar. A decisão é complexa, e por vezes sentida como muito urgente pela mulher, mas 3 dias são apenas 3 dias. Terça, quarta, quinta, e a interrupção fica marcada para sexta. Parece-me pacífico.

A dado momento, surgiu a notícia de que o PS estava também a considerar a hipótese de introduzir uma regra de “confidencialidade”, obrigando hospitais e clínicas a protegerem a identidade da mulher. Pelo que li, a ideia é pensar nos meios mais rurais ou desfavorecidos, onde há uma punição social ao acto de abortar, e também nos meios mais religiosos, onde poderá existir uma tendência para a punição moral que seja dolorosa à mulher. Embora isso nunca tenha sido dito, é também óbvio que a exigência de confidencialidade é feita a pensar no “marido”. Em muitos casos, os maridos podem tornar-se violentos sobre as mulheres se as souberem grávidas, e a “confidencialidade” visa protegê-las da fúria masculina. Embora eu seja um defensor que o manto de vergonha que ainda cobre o aborto desapareça progressivamente, compreendo que a regra de confidencialidade pode ser necessária em Portugal.

Chegados aqui, mais ninguém no PS invocou mais argumentos. Aparentemente, a lei alemã era apenas isto. Erro crasso. Além de todas estas “boas práticas” que já referi, há na lei alemã mais uma “boa prática”, que até agora o PS oportunamente se esqueceu de referir. É que, na lei alemã, o aborto sendo livre não é gratuito. Na Alemanha, o preço do aborto varia com os rendimentos da pessoa, excepto nos casos de violação, malformação, risco de vida da mãe ou do feto. Não sendo uma “doença”, mas sim um acto médico voluntário, não há razão para ser gratuito, e o SNS não o tem de considerar como apenas um custo. Consoante os rendimentos, as mulheres podem pagá-lo. Chame-se a esse preço “taxa moderadora” ou outra coisa qualquer, a verdade é que faz sentido que exista. Mas, e então os mais desfavorecidos, os muito pobres? Bem, para esses pode ser criada uma excepção, e o aborto teria apenas um preço simbólico. Seria o tal aborto mínimo garantido de que fala o título desta crónica.

Contudo, não tenho grande esperança que o PS adopte esta ideia. Provavelmente, com os dogmas da “igualdade” e da “gratuiticidade” que ainda infestam as suas cabecinhas, e com a aversão tonta que existe a qualquer tipo de “liberalismo”, os socialistas não consideram isto uma “boa prática”. É pena
."

Domingos Amaral

A Madeira é o Jardim

"A Madeira não precisa de esperar por homens providenciais: há quase trinta anos encontrou o seu. Existe um Alberto João Jardim altruísta que confessa não estar “agarrado ao poder” e se demite a meio de um mandato vastamente maioritário. E existe Alberto João Jardim, o próprio, que anuncia a recandidatura logo a seguir. Para efeitos práticos, a rábula de segunda-feira foi apenas isso: a proverbial birra pública que, pelo inédito modelo escolhido, valeu uns minutos nos noticiários. A prazo, não suscitará alterações eleitorais, não ‘pressiona’ Sócrates a coisa nenhuma (pelo contrário) e, que se saiba, a ‘Europa’ não reforça o financiamento a pretexto de cada tomada de posse. Excepto para satisfazer uma íntima inclinação para o bombástico, a rábula do dr. Jardim foi assim inútil, e inútil também é repetir banalidades em volta dela.

Como costuma acontecer, o relevante no discurso do dr. Jardim ficou nas entrelinhas. Isto é, na habitual identificação absoluta entre ele mesmo, o Estado regional e a Madeira. Uma identificação que, aliás, já ninguém estranha e apenas por desfastio alguns teimam em questionar. Não admira. Depois da demissão, os canais televisivos interrogaram populares, no Funchal e na Madeira ‘profunda’. Não notei uma dissidência, um reparo, sequer uma dúvida face à atitude do chefe. Nas ruas, a opinião dominante, perdão, consensual, garantia que o dr. Jardim fez o que está correcto e conseguirá o que pretende. Não por causa, note-se, do que ele ‘fez’ ou do que ‘pretende’, mas por se tratar do dr. Jardim, cuja vontade e cujos métodos miraculosamente coincidem com o que o povo deseja e com o que melhor facilita tais desejos. Acusá-lo, como se acusou, de ignorar os “interesses superiores” da Madeira é não perceber o óbvio. A acreditar nos eleitores locais, até ver o único critério válido, os interesses da Madeira são os interesses do dr. Jardim, um facto que não se explica pelo terrível e eventual “défice democrático”. Se não fosse dúbio, “excesso democrático” seria um termo mais adequado a essa avassaladora unanimidade.

Afinal, e apesar do ódio que lhe dedicam, o dr. Jardim representa, em carne e retórica, a personificação do redentor pelo qual os portugueses, os do Continente, sempre ansiaram. Em vão. Nós, deste lado do mar, experimentámos salvadores sem conta e desiludimo-nos vezes sem conta. Hoje, continuamos à espera. A Madeira não precisa de esperar por homens providenciais: há quase trinta anos encontrou o seu. O desmesurado, e retribuído, paternalismo do dr. Jardim é a essencial virtude que a atávica miséria dos portugueses, de todos os portugueses, procura num guia. E só a fatal necessidade de se definir contra um inimigo (o “centralismo”, os “cubanos”, etc.) impediu o dr. Jardim de ser o nosso guia. Com frequência, o ódio mascara a inveja.

Durante o PREC, os anarquistas rabiscavam as paredes de Lisboa: “Não há eleições. D. Sebastião volta pr’à semana!” Na Madeira, há eleições: o ‘encoberto’ local tem morada certa, regressa já e para ganhar. Mas ganhar o quê?
"

Alberto Gonçalves

quarta-feira, fevereiro 21, 2007

Até amanhã (ou até já) e boa sorte!!!

Sr. Alberto.

"Alberto João Jardim, que anunciou segunda-feira a demissão do cargo que exercia há 29 anos para forçar a realização de eleições antecipadas, afirmou esta terça-feira que «está bem com a sua consciência (mais aqui)".
Parece que, para além de os “cubanos” terem de pagar o financiamento da ilha, também têm de pagar os exercícios narcisistas do pseudo-independente cacique local. Pena o Sr. Silva não o poder meter na ordem.

DO PORTUGAL PROFUNDO.

"A primeira vez que estive com o António, já lá vão cerca de quatro anos, não podia prever o que seria o seu labor em prol das vítimas. Ser humano extraordinário, nem por um momento faltou quando a dor das crianças abusadas solicitou a sua presença solidária. Muitos vieram, sobretudo quando e durante o estrito tempo em que os holofotes mediáticos estiveram ligados. Mas depressa partiram, seguramente ocupados por afazeres inadiáveis. Com o António foi bem diferente. Ele é um daqueles homens de que Brecht falou: se necessário lutará toda a vida por imperativo de consciência. E o sistema tem medo de quem luta assim. O António não está à venda e não desiste. Em bom rigor, rapidamente percebi que ele era diferente para melhor. A 13 de Abril de 2005 escrevi neste blogue:

“Obrigado, um destes dias o teu empenho será conhecido pelo povo comum. Por enquanto somos poucos a saber como sofres por teres recusado o silêncio. Por persistires na luta ao lado dos que nada têm, além da dignidade dos que não se vendem. Eles, por mais iniquidades que cometam, nada podem contra a marcha inexorável da verdade. Que te roubem o produto do teu trabalho: continuarás a produzir. Que te invadam a casa a horas impróprias: continuarás a residir ao nosso lado. Obrigado António, pelo exemplo solidário que os gansos jamais esquecerão.”

Actualmente, este agradecimento tem que ser reforçado. O senhor Paulo Pedroso decidiu processar criminalmente o
António. Porquê? Por ter um blogue e assinar de forma responsável e coerente as opiniões que possui. Sempre ao lado das crianças maltratadas. Ou seja, por delito de opinião. Paulo Pedroso lida mal com isso. Prefere as entrevistas à medida, como aquela que concedeu à SIC quando foi libertado da prisão. E os cronistas sabujos, bajuladores.

António, a luta continua. Por mais que desagrade aos pedrosos cá do burgo. E nós estaremos contigo. E não permitiremos que reescrevam a história a seu contento."

Pedro Namora no VALE A PENA LUTAR !

Urgências.

"Fernando dos Santos deslocou--se três vezes às Urgências do Hospital Distrital da Figueira da Foz (HDFF) com fortes dores nas costas e no peito. Apesar das queixas insistentes, o doente, de 61 anos, foi sempre mandado para casa com uma receita médica, acabando por morrer, no passado dia 14, nos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), devido “à dissecção de uma artéria da aorta (mais aqui)."
Analisando melhor não podemos deixar de concluir que o ministro acaba por ter razão em fechar as urgências. Efectivamente servem para quê?

“Direito Penal do inimigo”

"Há direito que um homem fortemente indiciado pela violação de uma mulher recuse submeter-se a testes de ADN – mesmo que o resultado possa provar que está inocente? (mais aqui)"
A nossa justiça é notoriamente garantista. E tal gera cepticismo e frustração e a confiança dos cidadãos na validade das normas ficará comprometida. Depois queixem-se que está generalizada a convicção de que o crime compensa. Mesmo que não é praticado com habilidade.

Para os Pézinhos n'areia



Das duas "três" ... Eh eh eh

Ainda o desemprego.

"O Instituto Nacional de Estatística (INE) surpreendeu ontem o País ao anunciar um forte crescimento do desemprego no último trimestre de 2006. De 7,4% no terceiro trimestre, a taxa de desemprego passou para 8,2%, e acima da que se verificara um ano antes - 8%. Este agravamento notável do desemprego não só contraria os sinais de recuperação como ergue o número total de desempregados para o nível mais elevado desde, pelo menos, 1986: são 458,6 mil pessoas que declaram não ter emprego; estar disponíveis para trabalhar e terem feito diligências nesse sentido nas três semanas anteriores à data do inquérito (mais aqui)."
O relatório do INE reflecte a falácia da propaganda governamental, os maus empresários nacionais que, apesar de pagarem salários miseráveis aos seus trabalhadores, não conseguem sobreviver e reflecte a quantidade de portugueses que imigraram em busca de melhores condições. Se assim não fosse, mesmo com os malabarismos habituais que mascaram o desemprego (cursos de formação profissional, etc), este corria o risco de atingir o maior número de sempre. Mas felizmente o governo continua em alta nas sondagens apesar da contestação. Incoerências estatísticas que, para quem sabe ler nas entrelinhas, reflectem o estado do país.

Poluição.

"No mínimo 20 por cento até 2020, esta é a meta estabelecida ontem pelos ministros do Ambiente europeus, no respeitante à taxa de redução de gases com efeito de estufa para a atmosfera, a qual terá de ser cumprida por todos os 27 Estados da União Europeia (mais aqui)."
Não deixa de ter piada ouvir falar na redução de gases com efeito de estufa para a atmosfera e ver as longas filas de trânsito parado a poluir. E ainda mais piada tem ver pseudo-ecologistas a gritar contra a poluição e a vetar, ao mesmo tempo, a construção de alternativas às estradas poluentes porque incomoda uma formiga ou passa perto de uma silva.

Necessita-se de explicação evidente.

"O ministro da Justiça deverá ir a 06 de Março próximo à Assembleia da República, a pedido do CDS-PP, esclarecer o caso do indulto concedido pelo Presidente da República a um foragido no último Natal, noticia a agência Lusa (mais aqui)."
Esperamos que, ao contrário da leitura, a explicação seja evidente.

"Leitura evidente".

"O Ministério da Justiça revelou esta segunda-feira que na instrução do processo de indulto presidencial a um indivíduo sobre o qual pendiam vários mandados de captura constavam elementos que não foram tomados em consideração por não serem de «leitura evidente», escreve a Lusa (mais aqui). "
Convinha explicar isso da “leitura evidente”. Será que estando lá escrito não está ou é preciso um egípcio para traduzir?

Política da vida

"A ausência de apoios resulta da incapacidade de afectar bem os recursos públicos e não da sua escassez. O recente referendo sobre a IVG teve o mérito de mostrar que a sociedade portuguesa é capaz de se mobilizar por valores e opções fundamentais, ultrapassando em muito as fronteiras das máquinas partidárias o que, aliás, foi especialmente notório do lado do “não” já que a esmagadora maioria dos mais de 1.5 milhão dos seus votantes não se relacionava com o único partido que fez campanha pelo “não”.

Apurados os resultados, emerge como preocupação imediata a preparação de legislação e a sua aplicação de modo a respeitar os objectivos que, aliás, foram reafirmados como consensuais ao longo da campanha – evitar o aborto clandestino e a penalização das mulheres sem promover a liberalização do aborto – mas estou certo de que urge colocar também uma questão menos imediata, mas não menos essencial ao nosso país: a política de apoio à natalidade.

Infelizmente, Portugal apresenta uma das mais baixas taxas de natalidade da Europa (abaixo de França, Países Baixos ou Suécia), sendo fácil compreender esta evolução atendendo às imensas dificuldades económicas associadas aos cuidados exigidos por mais um filho. Recordo-me de, cerca de 1970, as análises demográficas que fazia para o planeamento educativo basearem-se em quase 200 000 nados-vivos anuais enquanto que, actualmente, estamos próximos dos 110 000, apesar do aumento de população. As boas práticas de outros países europeus, desde França aos nórdicos, ensinam-nos que é especialmente crítico o apoio público ao nascimento e aos primeiros 3 anos de vida, idade a partir da qual o pré-escolar deve começar a complementar a educação familiar.

Como é evidente, o argumento contrário baseia-se na necessidade de não aumentar a despesa pública mas é fácil mostrar que o simples ajustamento da política de subsidiação permite acomodar este objectivo já que envolve menos de 10% do orçamento anual dos subsídios sociais. Ou seja, a ausência de apoios resulta da incapacidade de afectar bem os recursos públicos e não da sua escassez.

Esta questão é grave também em termos económicos porque receio que a inércia e o tradicionalismo procurem continuar a fazer crer que é possível desenvolver o país com baixíssima natalidade, reduzindo a imigração e mantendo os benefícios sociais, designadamente para os mais idosos e doentes. Ora, por muito que custe aos nossos políticos menos esclarecidos, esta equação não é resolúvel; ou se aumenta a natalidade, ou cresce a imigração ou se diminui a factura social. Há que escolher.

Consequentemente, importa que os movimentos de cidadãos que se empenharam no referendo, promovam agora iniciativas a favor duma política da vida, criando sistemas de apoio ao nascimento e aos 3 primeiros anos, já que, até agora, os partidos políticos não tiveram tal iniciativa.

Dirigentes do “não” já se manifestaram neste sentido pelo que convirá que os do “sim” não revelem menor empenhamento a favor do apoio a uma política de vida
."

Luís Valadares Tavares

terça-feira, fevereiro 20, 2007

Coreia do Norte

I Can

Quando gradivez significa discriminação.

"São jovens mulheres, mães e com problemas acrescidos no local de trabalho por causa da gravidez. E porque é no comércio que a grande maioria destas mulheres trabalha, é sobre os hipermercados e supermercados que recai o maior número de queixas de discriminação no emprego (mais aqui)."

Curiosidades.

"Os Moradores do antigo Bairro das Calvanas, realojados este mês na Alta de Lisboa, querem atribuir o nome de Pedro Santana Lopes a uma das ruas do PER 13, onde ficam as suas novas habitações (mais aqui)."

Do Liberalismo Trabalhista

O Centro de Londres é a região mais rica da europa. Todo o resto da cidade tem um PIB per capita próximo do de Lisboa. Um terço.

A democracia de sucesso dos referendos.Próxima pergunta:" Concorda que as parelhas sejam casais?

In "Correio da manhã"
O somatório das regiões deixa Portugal no 18.º lugar a nível europeu, abaixo de todos os 15 membros mais antigos e tendo já sido ultrapassado por três dos membros mais recentes – Chipre, Eslovénia e República Checa.
O Produto Interno Bruto português estava em 2004 nos 74,8 por cento per capita, de acordo com os dados ontem divulgados pelo Eurostat, o gabinete de estatísticas da Comissão Europeia. A lista é encabeçada pelo Luxemburgo, com 251 por cento, e tem nos últimos lugares a Roménia e a Bulgária que só este ano se tornaram membros de pleno direito da UE.
Desde há alguns anos que Portugal é o mais pobre dos 15 Estados-membros mais antigos da União Europeia, mas em 2004 foi mesmo ultrapassado por três dos dez Estados que aderiram a 1 de Maio desse mesmo ano.
O Chipre tem um PIB de 91,4%, a Eslovénia tem 83,3% e a República Checa tem 75,2%. O quarto destes novos Estados-membros, Malta, está prestes a ultrapassar Portugal, com um PIB de 74,4%.
A nível de regiões, Lisboa tem o PIB mais elevado do País, 105,8%, mas ainda longe dos 303% da região mais rica da Europa – Londres central.
Seguem-se a Madeira e o Algarve, com 90,8 e 77,1%, respectivamente.
O Norte é a região mais pobre com 58,8%.
OCDE DUPLICA CRESCIMENTO
A taxa de crescimento média nos 30 Estados-membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) quase duplicou no ano passado, ao subir de 0,5% para 0,9%, segundo as estimativas preliminares ontem divulgadas pelo organismo. Os dados revelam que a Zona Euro cresceu no quarto trimestre do ano passado ao mesmo ritmo que os Estados Unidos, 0,9 por cento. No contexto dos países desenvolvidos, o Japão terá registado a expansão mais acelerada, 1,2 por cento, seguido pela Itália com 1,1 por cento. O último lugar coube à França com 0,6 por cento.
APONTAMENTOS
VALORES EM EUROS
O PIB português situava-se, em 2004, nos 143 478 milhões de euros, o que, segundo o Eurostat, dava 13 662 euros por habitante. Em Lisboa este valor chegava aos 19 317 euros por habitante. Em Espanha o PIB chegava aos 840 106 milhões de euros – 19 678 por habitante – enquanto em Madrid o valor rondava os 25 818 euros por pessoa.
CÁLCULO
Os cálculos para a elaboração da tabela do Eurostat são feitos com base em estimativas da paridade de poder de compra (PPC), uma moeda virtual que tem em consideração os níveis de preços domésticos e as taxas de câmbio, permitindo tornar comparáveis alguns indicadores económicos, como o PIB por habitante.
PIB NA UE
CINCO MAIS
Londres (central): 71 338e / 303%Luxemburgo: 59 554e / 251%Bruxelas: 55 442e / 248%Hamburgo: 45 091e / 195%Viena: 40 281e/ 180%AS
PORTUGUESAS
Lisboa: 19 317e / 105,8%Madeira: 16 589e / 90,8%Algarve: 14 086e / 77,1%Alentejo: 12 837e / 70,3%Açores: 12 039e / 65,9%Centro: 11 741e / 64,3%Norte: 10 742e / 58,8%
A PIOR
Nordeste da Roménia:1 949 e / 24%

segunda-feira, fevereiro 19, 2007

Até amanhã e boa sorte!!



Já agora.

"O PCP exigiu este domingo que o governo fiscalize e puna as actividades das empresas que contratam portugueses para trabalharem na Europa «prometendo-lhes mundos e fundos» mas deixando-os frequentemente sem salários e em condições precárias nos países de acolhimento, refere a Lusa (mais aqui)."
Já agora convinha que também o governo fiscalize e puna as actividades das empresas que empregam e exploram os imigrantes clandestinos em Portugal. Na sua habitual "coerência" a esquerda esquece-se deles quando eles não servem para obter mediatismo.

Divulgue o seu blog!